Joe and Mac: Caveman Ninja (Super Nintendo)

O artigo de hoje leva-nos de volta à Super Nintendo para aquela que é uma de várias adaptações para diferentes sistemas de um jogo arcade. Produzido originalmente em 1991, a Super Nintendo foi a primeira plataforma a receber uma conversão deste jogo, tendo saído ainda no mesmo ano em solo japonês. O meu exemplar veio de uma CeX do Reino Unido, tendo-me sido trazida por um amigo que foi recentemente a Londres em trabalho .

Jogo com caixa e manual

Este jogo coloca-nos no papel de Joe ou Mac, dois jovens do período pré-histórico que se vêm num cliché habitual. É que teremos de resgatar todas as moças da sua aldeia, que por sua vez havia sido atacada por um grupo de neandertais que as raptaram a todas.

Exclusivo a esta versão SNES temos um mapa com os diferentes níveis que poderão ser jogados

No que diz respeito à jogabilidade, este é então um simples, porém divertido, jogo de plataformas onde apenas precisaremos de utilizar o direccional e dois dos botões faciais da Super Nintendo, que servirão tanto para saltar como para atacar. Para atacar inicialmente estamos apenas munidos de um bastão de madeira maciça, mas rapidamente poderemos encontrar outras armas de maior alcance como power ups. Estas armas podem ser bumerangues, ossos, bolas de fogo ou mesmo rodas de pedra. Os ossos e bolas de fogo quando atirados seguem trajectórias parabólicas, sendo que as bolas de fogo quando atingem o solo causam uma pequena explosão. Os bumerangues vão e voltam e as rodas de pedra têm depois de atiradas e seguirem a sua trajectória parabólica, continuam a rebolar pelos cenários até chegarem a algum penhasco, pelo que é também uma óptima maneira de causar dano a inimigos que venham a surgir mais à frente. Todas estas armas causam quantidades de dano diferentes e deverão ser usadas em certas circunstâncias, podendo nós alternar entre as mesmas recorrendo ao botão Select.

Os bosses vão sendo grandes, bem detalhados e ocasionalmente com algumas expressões cómicas

Existem também algumas manobras especiais a ter em conta. Pressionar o direccional duas vezes para a esquerda ou direita faz com que rebolemos nessa direção, enquanto que se pressionarmos o direccional para cima ou baixo enquanto saltamos faz com que saltemos mais alto, ou saltemos para uma plataforma imediatamente abaixo da que estamos actualmente. De resto, para além das já referidas armas, poderemos também encontrar outros itens como comida que nos restabelece a vida ou mesmo vidas extra. Muitos destes power ups estão escondidos em ovos de dinossauros que teremos de partir e alguns deles escondem pterodáctilos bébés e cor-de-rosa. Estes animais levam-nos para secções especiais do nível onde poderemos encontrar vidas extra e uma chave no final. Essa chave servirá para desbloquear outros níveis de bónus! Isto porque, tal como em jogos como no Super Mario Bros. 3, temos um pequeno mapa para escolher qual o nível que queremos jogar a seguir. Por fim convém também mencionar que o jogo tem dois modos multiplayer distintos para dois jogadores. O primeiro permite-nos jogar em turnos, enquanto que o segundo é um modo cooperativo e que aparentemente introduz mecânicas de jogo extra, mas sinceramente nem sequer o experimentei.

As diferentes armas que vamos tendo acesso possuem diferentes padrões de ataque que serão especialmente úteis em determinadas situações.

A nível audiovisual este é um jogo colorido e bem detalhado, com personagens grandes, bem animadas e bosses gigantes (tipicamente outros dinossauros ou criaturas pré-históricas, como é o caso de um mamute). Os níveis vão sendo também bem detalhados e coloridos, mas não existe propriamente uma variedade de cenários tão grande como noutros jogos do género da pré-história (como por exemplo o Bonk 2). Esperem então por montanhas, florestas, vulcões em erupção, rios e outros cursos de água ou cavernas. O último nível é nada mais nada menos que o interior de um dinossauro, algo também já visto no primeiro Bonk. Já no que diz respeito ao som, a banda sonora é bastante agradável, embora tenha muitas músicas que se vão repetindo ao longo dos níveis. Nada de especial a apontar aos efeitos sonoros que vão fazendo bem o seu trabalho.

Ocasionalmente poderemos encontrar estas criaturas que nos transportam para níveis bónus

Portanto este Joe & Mac é um óptimo e agradável jogo de plataformas. Nunca tinha jogado o lançamento original arcade, mas aparentemente esta versão SNES é consideravelmente diferente, ao incluir o mapa e níveis bónus. O jogo foi também convertido para vários sistemas ao longo dos anos 90, incluindo uma versão Mega Drive que aparentemente bem mais fiel à original arcade, embora seja exclusiva do território americano. A série foi recebendo várias sequelas ao longo dos anos 90, com duas sequelas exclusivas para a Super Nintendo. Curiosamente todas as versões Super Nintendo destes jogos acabaram por sair na Europa, o que muitas vezes não acontecia com outras séries, pelo que manterei estes Joe and Mac de olho caso encontre algumas das suas sequelas a preços apetecíveis. De notar também que a versão arcade deste primeiro jogo recebeu um remake em 2022, intitulado de New Joe & Mac: Caveman Ninja com lançamento (físico) para diversas plataformas actuais.

World Cup Striker (Super Nintendo)

A série Striker, produzida originalmente pela britânica Rage Software para computadores como o Amiga ou Atari ST em 1992, é possívelmente das séries de jogos de futebol mais confusas para analisar, devido aos seus diferentes nomes entre consolas, regiões e sequelas ou semi-sequelas que também sofrem do mesmo. Por exemplo, nas consolas da Sega tínhamos os Ultimate Soccer e depois o Striker, todos variantes do mesmo jogo de base. Na Super Nintendo, já cá trouxe o Eric Cantona Football Challenge, lançado com esse nome exclusivamente na França, conhecido como Striker no resto da Europa, World Soccer no Japão e World Soccer ’94: Road to Glory nos Estados Unidos. Este World Cup Striker, nome europeu e japonês, é conhecido nos Estados Unidos como Elite Soccer. O meu exemplar foi comprado numa feira de velharias no passado mês de Julho, tendo-me custado uns 5€.

Cartucho solto

Ora bem, este jogo foi lançado para coincidir com o campeonato do mundo de 1994, nos Estados Unidos, embora não possua uma licença oficial. Quer isto dizer que apenas teremos disponíveis para jogar as 32 selecções que participaram na competição, todas com jogadores com nomes muito parecidos aos reais, o que acaba por ser um corte quando comparado com o Striker anterior. A nível de modos de jogo, confesso que já não me recordo grande coisa da variedade que havia no primeiro Striker da SNES, mas teremos aqui as habituais partidas amigáveis e depois várias competições distintas, como o próprio campeonato do mundo, bem como diferentes torneios por eliminatórias que podem ser algo customizáveis, ou um modo “liga das nações” que funciona por pontos. Estes modos de jogo estão todos disponíveis também para serem jogados como futebol de salão. Treinar penálties ou situações de controlo de bola também podem ser exploradas através do modo de práctica, bem como temos também um editor de equipas se quiserem renomear os jogadores para os seus nomes reais, bem como as cores dos equipamentos.

Como habitual, teremos vários modos de jogo, desde partidas amigáveis, campeonatos e taças por eliminatórias

Mas o que interessa aqui é mesmo a jogabilidade e, tal como o Striker original, esta é bastante intensa, com os jogadores a poderem atravessar o campo de uma ponta à outra em meros segundos. A perspectiva mantém-se igual ao seu predecessor, com a câmara a posicionar-se em linha com ambas as balizas, mas numa perspectiva vista de cima, mas algo inclinada. Faz lembrar o Super Soccer nesse aspecto, mas muito, muito mais rápido e fluído.

Infelizmente no entanto, o número de selecções disponíveis é menor neste jogo

No que diz respeito aos audiovisuais, bom durante as partidas em si, esperem pela mesma qualidade que no primeiro Striker, pois o jogo usa o mesmo motor gráfico. Sempre que há uma falta, golo ou outra situação de maior perigo, surgem na parte inferior do ecrã algumas animações tal como existiam nos painéis luminosos da época. Um pequeno detalhe que achei interessante é o facto de, quando um jogador sofre amarelo, durante o resto da partida o mesmo terá um cartão amarelo a pairar sobre si, em vez do seu número. De resto, ainda nos gráficos, tendo sido este um jogo não oficialmente ligado ao campeonato do mundo de 1994, antes de cada partida vemos também umas fotos em baixa resolução dos estádios onde as mesmas irão decorrer, que suponho que tenham sido os estádios onde decorreu o campeonato do mundo. Já no que diz respeito ao som, nada de especial a apontar durante as partidas, onde apenas ouvimos o barulho do jogo, do árbitro e o ruído habitual do público. As músicas apenas existem nos menus e entre partidas, mas devo destacar a música que abre o jogo. É uma música electronica, que faz lembrar a dance music dos anos 90, mas com uma óptima qualidade de som nos seus instrumentos e também com clipes de voz, onde ouvimos uma voz feminina a cantar Striiiikeeeer, e outra masculina, mas mais discreta a cantar “World Cup“. Soa mesmo que usaram samples reais, o que se for verdade, ainda deve ter ocupado um bom espaço no cartucho.

O motor gráfico é o mesmo do Striker original, pelo que já sabem com o que contar.

Portanto este World Cup Striker é um jogo de futebol óptimo para quem gostar de jogos mais arcade e com uma jogabilidade mais frenética. Não adiciona muito, porém, ao primeiro Striker da SNES, pelo contrário, até lhe retiraram umas quantas equipas para aproximarem-se das selecções que disputaram o Mundial de 1994. Pelo que se calhar, o primeiro Striker acaba por ser uma melhor opção.

Eric Cantona Football Challenge (Super Nintendo)

eric-cantonaPara não variar, o jogo de hoje vai ser mais uma rapidinha. Na verdade, é um daqueles jogos bastante confusos pois recebeu nomes diferentes em vários locais. Produzido pela britânica Rage Software, foi lançado na Europa com o nome Striker para uma panóplia de sistemas diferentes, incluindo a Super Nintendo. Focando-nos na versão para a consola de 16bit da Nintendo, o lançamento Japonês chama-se World Soccer (não confundir com o jogo para a Master System de mesmo nome), para os Estados Unidos tem o nome de World Soccer ’94: Road to Glory. Como devem calcular, esta versão aqui foi supostamente lançada apenas na França. O meu exemplar veio da feira da Vandoma no Porto, por 5€, algures durante o verão de 2016.

Apenas cartucho
Apenas cartucho

Independentemente da versão que escolherem, o jogo é practicamente o mesmo e se estão à espera de algo mais realista como os FIFA ou International Superstar Soccer então esqueçam pois em Striker (nem pensem que vou andar sempre a escrever Eric Cantona Football Challenge), temos uma jogabilidade frenética e bastante arcade, o que até resulta bem se quisermos jogar umas partidas com amigos. Como muitos jogos de futebol de origem europeia dessa época, temos aqui vários modos de jogo à nossa disposição, como partidas amigáveis, campeonato do mundo, torneios por eliminatórias (cujo número de eliminatórias é customizável), ou campeonatos por jornadas, onde também podemos definir o número de equipas a participar. Para além disso temos ainda a possíbilidade de jogar qualquer um destes modos de jogo como futebol de salão, bem como treinar os controlos em diferentes modos de práctica. O único senão é apenas existirem equipas nacionais, não clubes. Mas para os mais pacientes há também um poderoso editor de equipas que permite alterar os nomes dos jogadores e cores dos equipamentos de cada nação.

Nem se deram ao trabalho de mudar este ecrã para ter uma foto do Cantona...
Nem se deram ao trabalho de mudar este ecrã para ter uma foto do Cantona…

De resto, tal como já referi, a jogabilidade é bastante rápida. Com o mesmo jogador conseguimos percorrer o campo de uma ponta a outra em poucos segundos, tornando as partidas bastante intensas, principalmente quando jogamos contra um amigo. Existe a possibilidade de alterar a formação do nosso 11 em campo, bem como colocar a IA a optar por estratégias mais defensivas ou ofensivas, mas sinceramente com toda a rapidez de jogo nem noto assim tantas diferenças.

Por fim, a nível técnico é um jogo bastante simples. As músicas practicamente que apenas existem nos menus ou no ecrã inicial, e sinceramente não a acho nada demais. Se gostarem de músicas de fanfarra, então sintam-se em casa. Durante as partidas temos apenas o ruído do público, o barulho da bola a ser chutada de um lado para o outro e os apitos do árbitro e estes até que soam bastante realistas para a altura. Graficamente é também um jogo simples, com os menus a serem o mais minimalistas possível a nível estético e os gráficos também são simples, porém funcionais para o estilo frenético de jogo. O estádio é mostrado como um plano de Mode 7, o que resulta num scrolling bastante suave, no entanto com o pequeno defeito do público e outros adornos dos estádios ou pavilhões não serem lá muito bem detalhados.

Alguns comentários engraçados podem ser vistos no placard, aqui na parte de baixo do ecrã
Alguns comentários engraçados podem ser vistos no placard, aqui na parte de baixo do ecrã

No fim de contas, é mais um daqueles jogos de futebol algo clássicos das escolas europeias da primeira metade da década de 90, com uma jogabilidade simples, porém bastante frenética e mesmo assim ainda incluem uma série de diferentes modos de jogo e opções, dando de certa forma a impressão de ser um jogo bem mais completo do que na realidade o é. Não vai ser a última vez que irei referir este jogo, até porque o Striker nas consolas de 8 e 16bit da Sega tem o nome de “Ultimate Soccer”.

 

Dragon’s Lair (Super Nintendo)

Dragons LairComo não poderia deixar de ser, o artigo de hoje é mais uma rapidinha. E já que a temática do jogo anterior eram os dragões, nada melhor que revisitar aquela que talvez é a franchise mais clássica dos videojogos sobre esse tema. O Dragon’s Lair foi um jogo lançado originalmente para as arcades que narra o eterno cliché de um cavaleiro em busca de salvar uma princesa das garras de um dragão, só que foi dos primeiros jogos a aproveitar a capacidade de armazenamento do formato Laserdisc, tornando-o basicamente num filme interactivo. É talvez o pai dos quick time events, embora na altura os mesmos nem apareciam no ecrã! Existem imensas versões e conversões desse clássico para os mais variados sistemas, e na Super Nintendo decidiram torná-lo num jogo de plataformas mais genérico, pois a SNES não teria capacidades para oferecer uma experiência fiel ao original, como seria de esperar. Este meu exemplar veio num bundle de vários cartuchos de SNES que comprei recentemente no OLX, fazendo as contas ficou-me por 12€ cada cartucho.

Apenas cartucho
Apenas cartucho

Este Dragon’s Lair para a SNES é um jogo bastante colorido e bem detalhado, com boas animações e cenários algo variados, embora estejamos sempre a explorar um castelo, desde as suas muralhas, até às cavernas e catacumbas dos seus subterrâneos, evitando imensos perigos pelo caminho. Tirando uma ou outra excepção, os bosses são bem grandinhos, embora as animações não sejam as melhores. E já que comecei por referir os audiovisuais, na parte do som é também um jogo competente, embora não tenha músicas que sejam propriamente orelhudas.

Os níveis são algo labirínticos e por vezes encontrar a saída dentro do tempo limite pode se tornar algo complicado.
Os níveis são algo labirínticos e por vezes encontrar a saída dentro do tempo limite pode se tornar algo complicado.

Indo para a jogabilidade, esta é a típica de um jogo de plataformas, com Dirk a poder executar ataques com a sua espada ou outras armas de maior alcance como machados ou punhais, que podem ser encontrados como power ups ao longo do jogo. Inicialmente começamos apenas com um escudo, o que quer dizer que podemos levar 1 ponto de dano antes de perder uma vida, mas também poderemos encontrar outros escudos, que naturalmente nos aumentam essa resistência. E bem que serão preciosos, pois os controlos infelizmente não são os mais fluídos e sofrer dano não é nada difícil de acontecer. Depois o setup default de botões também não é o que mais me agrada, mas felizmente é possível customizá-los ao nosso gosto.

Este dragão podia ser um bocadinho mais imponente... digo eu!
Este dragão podia ser um bocadinho mais imponente… digo eu!

No fim de contas, é um jogo que me provoca alguns sentimentos mistos. Se por um lado era muito difícil conseguir replicar o filme interactivo que é o Dragon’s Lair original na Super Nintendo, a adaptação para um jogo de plataformas é muito benvinda, pois é algo que nem se encaixa mal no conceito do jogo em si. Agora infelizmente a jogabilidade não é a melhor, mas se há uma boa notícia a retirar daqui é que esta versão é infinitamente superior à versão NES que é absolutamente atroz.

Space Harrier (ZX Spectrum)

SpaceHarrierEnquanto ontem escrevi um artigo sobre a versão Master System desse clássico da Sega das arcades, hoje fica cá uma rapidinha à sua versão ZX Spectrum. Com o sucesso do jogo pelas arcades de todo o mundo, conversões para outras plataformas eram coisa certa. E apesar de já nessa altura a Sega ter de se preocupar e bem com a sua Master System que ainda não estava a ter lá grande sucesso, a empresa japonesa sempre foi algo permissiva em autorizar conversões de vários dos seus jogos bem sucedidos para outras plataformas. O Space Harrier até chegou a sair para a NES, e no que diz respeito aos computadores ocidentais foi a Elite quem ficou com a responsabilidade dessas mesmas conversões. Esta minha bootleg do mercado cinzento nacional foi comprada ha uns meses na Feira da Vandoma no Porto por 1€.

Space Harrier - ZX Spectrum
Bootleg do mercado cinzento

Bom, este é essencialmente o mesmo jogo que já foi referido na Master System. Somos uma pessoa que voa a altas velocidades (ou corre pelo chão) e tem de destruir uma série de estranhas criaturas e robots, aparentemente ao serviço de um qualquer império maligno. Do espaço! Mas se já a Master System se contorcia toda para conseguir reproduzir o mais fielmente possível essa experiência das arcades, como se safaria o pobre Spectrum 48k?

screenshot
Apesar de visualmente inferior, o scrolling desta versão era bem mais suave

Bom, o resultado final é um misto de sucessos e falhanços. Os falhanços devido às fraquíssimas cores que aparecem no ecrã, mas isso já é o esperado, ou as sprites monocromáticas. Mas os sucessos é que o jogo é rápido. Mesmo rápido. Com um scrolling bem suave e zooms de sprites bem credíveis, nesse ponto de vista técnico foi realmente uma surpresa. Mas a fraca paleta de cores aliada a toda a acção non-stop que vamos vendo no ecrã acaba por atrapalhar bastante a acção e é frequente morrermos por não ver algo que vinha em nossa direcção, ou não calcularmos bem as noções de distância – relembro que este é um jogo 2D a querer simular o 3D. A nível de som infelizmente também não contém quaisquer músicas, apenas os efeitos sonoros de disparo.

O veredicto que dou acaba por ser igual a practicamente todas as outras conversões de jogos arcade para o Spectrum que já trouxe para cá: existem conversões muito superiores e por essa forma não recomendo a versão ZX. No entanto, tendo em conta as limitações da plataforma até o achei uma conversão bem competente e acabo por a recomendar quer para os entusiastas da máquina da Sinclair, ou para os coleccionadores que gostam dos jogos da Sega desta época.