Predator 2 (Sega Mega Drive)

Vamos voltar à Mega Drive e a mais uma rapidinha visto que já cá trouxe no passado a versão Master System deste mesmo jogo. E apesar desta versão Mega Drive ser tecnicamente superior em todos os aspectos à versão 8bit da consola da Sega, o conceito do jogo é em tudo similar. O meu exemplar deu entrada na colecção algures em Maio passado, depois de ter sido comprado a um amigo meu.

Jogo com caixa e manual, na sua versão norte-americana.

Tal como a versão Master System, este é então um jogo de acção onde iremos percorrer toda uma série de níveis distintos e o objectivo é sempre o mesmo: o de resgatar uma série de reféns e assim que o fizermos teremos também de procurar a saída do nível, tudo isto debaixo de fogo constante de inimigos que surgem de todos os lados. Tal como na versão Master System os reféns poderão ser assassinados pelo predador e ocasionalmente vemos no chão a sua mira com os 3 pontinhos em forma de triângulo a percorrer o solo. Assim que esta chega ao seu alvo, o predador dispara e lá perdemos um refém. Para quem viu os filmes recentemente, isto não faz sentido nenhum porque o alienígena não ataca pessoas indefesas, mas é o que é. Uma vez libertados todos os reféns, o predador começa é a perseguir-nos a nós, pelo que não poderemos ficar muito estáticos.

A mecânica de resgatar reféns mantém-se nesta versão 16bit

No que diz respeito aos controlos os botões A e B disparam enquanto o C circula pelas diferentes armas que viermos ter à disposição. A diferença entre os botões A e B é que o primeiro faz com que disparemos sempre na direcção de movimento, enquanto o B deixa-nos disparar numa direcção fixa. Começamos com uma pistola de munição infinita, mas à medida que vamos explorando e destruindo inimigos poderemos apanhar munições de outras armas como granadas, metralhadoras, caçadeiras ou até armas do próprio predador como os discos, as lanças ou a arma que lança redes. Outros itens que podemos apanhar ajudam-nos a regenerar a nossa barra de vida, vidas extra ou simplesmente nos dão mais pontos, o que é o caso dos itens relacionados com drogas que apreendemos. De resto convém também mencionar mais algumas particularidades: ocasionalmente o jogo indica-nos, na forma de setas, a direcção do próximo refém a salvar, ou pelo menos aquele que potencialmente será a próxima vítima do predador. Isto é útil nos níveis mais labirínticos que eventualmente iremos explorar. O outro detalhe é que os níveis estão fechados por zonas e apenas poderemos avançar para a zona seguinte uma vez que tenhamos resgatados todos os reféns nessa zona.

Estes helicópteros são muito chatos, é melhor guardar as granadas para eles

Agora os problemas! O jogo é desafiante por todos os inimigos que surgem no ecrã e pela sua agressividade. Mediante a dificuldade escolhida, a nossa margem de falha para salvar reféns é também diferente, o que poderá complicar as coisas. Mas o que eu gostaria mesmo era de ter algum indicador visual de quantos reféns faltam salvar, apenas temos o indicador do contrário, ou seja, quantos o predador matou.

Ocasionalmente temos alguns bosses para derrotar também

A nível audiovisual este é um jogo bastante superior às suas versões 8bit, como seria de esperar. Os níveis e personagens são mais bem detalhados e, apesar de termos alguns níveis com uma perspectiva vista de cima mais tradicional, abrimos logo com uma dupla de níveis em perspectiva isométrica. Em relação ao som, nada de especial a apontar. A banda sonora não é incrível, mas também não me irritou nada… passou algo despercebida, portanto!

O último nível é passado na nave dos predadores, pelo que iremos combatê-los às dezenas.

Portanto este é um jogo de acção minimamente competente e desafiante. Apesar de ser tecnicamente superior às versões 8bit que sairam também para os sistemas da Sega, ainda tinha alguma margem de manobra para ser um pouco melhor a meu ver.

Alien 3 (Sega Game Gear)

O artigo de hoje é uma super rapidinha pois é uma versão practicamente idêntica de um jogo que eu já cá trouxe no passado, o Alien 3. Sendo a Game Gear essencialmente uma Master System portátil (se bem que com a capacidade de ter mais cores em simultâneo no ecrã, com a penalização de uma resolução inferior), é normal que os jogos que saiam nas duas plataformas sejam muito parecidos, senão mesmo iguais. O meu exemplar foi comprado a um amigo meu por 10€ algures no mês passado.

Jogo com caixa e manual

Este jogo é uma “adaptação” do filme Alien 3, mas ao contrário do filme onde teríamos só uma dessas criaturas com que nos preocuparmos, aqui temos aliens às dezenas para combater. O objectivo é, em cada nível, resgatar uma série de prisioneiros e depois disso encontrar a saída do nível, tudo dentro de um tempo limite que até pode ser algo apertado dada a natureza labiríntica dos níveis. Teremos várias armas distintas com as quais os podemos combater, desde as pulse rifles, lança chamas, granadas, entre outros, cada qual com munição limitada. Os controlos são simples, com um botão para saltar, outro para disparar a arma actualmente seleccionada. Pressionando o botão 2 em simultâneo com a direcção baixo permite-nos ir rodando entre as armas disponíveis. Para além dos níveis normais, ocasionalmente teremos também alguns bosses para derrotar.

Mesma coisa que na Master System, mas com um ecrã mais reduzido

A versão Master System deste jogo já era bastante similar à versão Mega Drive, embora esta seja superior a nível audiovisual. Entre a versão Master System e esta da Game Gear o jogo é, creio eu, exactamente igual, excepto em duas particularidades. Uma é o facto de o ecrã e resolução ser mais reduzido na Game Gear o que não é bom visto a agilidade das criaturas que nos atacam. Com maior resolução horizontal na Master System temos um pouco mais de folga para reagir atempadamente. A outra diferença está no facto de a versão Master System ter um modo que permite multiplayer para 2 jogadores (embora cada um jogue à vez), o que não fazia muito sentido estar a trazer para esta versão portátil. De resto, bons gráficos e som, para um sistema 8bit, tal como já havia referido na versão MS.

Predator 2 (Sega Master System)

Vamos agora voltar à Master System para uma das suas muitas adaptações de filmes de Hollywood para videojogos. Mas esta é, na verdade, uma segunda adaptação. A primeira foi lançada originalmente em 1990 para PC e uma série de microcomputadores como o Spectrum, Commodore 64, Amiga ou Atari ST e era um jogo inspirado em títulos como Operation Wolf. Em 1992 foram lançadas adaptações inteiramente novas para as consolas da Sega, publicadas pela Acclaim/Arena, com as versões 8/16bit a serem algo diferentes entre si. Este meu exemplar foi comprado a um amigo meu no passado mês de Março por 5€.

Jogo com caixa e manual

Pensem neste Predator 2 como um shooter com uma perspectiva vista de cima, algo como um Commando ou Mercs, mas com sidescrolling horizontal e automático. Controlamos então o polícia Harrigan, tal como no filme, mas aqui o foco está quase a 100% em confrontos contra traficantes de droga. Ocasionalmente lá temos de fugir da mira laser do Predator que vai surgindo ao longo dos níveis e a partir do quarto nível lá vamos ter de enfrentar alguns predadores também. O último nível, já passado numa nave alienígena, já teremos de enfrentar apenas predadores e naturalmente, o último boss será também um predador.

Estes sacos brancos aparentemente contêm drogas e ganhamos pontos se as apreendermos. Mais à frente temos uma granada de mão.

O objectivo de cada nível é o de salvar um certo número de reféns e claro, sobreviver às dezenas de bandidos que nos vão atacando. Os controlos são simples, com o botão 1 para disparar a arma de fogo actualmente equipada e o botão 2 para ir alternando de armas, se entretanto as tivermos apanhando. A arma que temos por defeito é uma pistola que apesar de não ser potente, tem munições infinitas. Ao longo do jogo poderemos encontrar metralhadoras, uma caçadeira com o three shot spread, granadas entre outras, embora estas armas já tenham munições limitadas. No último nível poderemos também apanhar armas dos predadores! Na parte inferior do ecrã vemos uma série de informação útil como a pontuação, número de vidas que nos restam, a arma seleccionada e respectivas munições e à direita de tudo vemos 3 caras que representam reféns. O predador, com a sua mira laser, tanto nos tenta atingir a nós, como aos desgraçados dos reféns (dava jeito era que ele acertasse nos bandidos) e caso o predador mate 3 reféns é game over. Acima, vamos a nossa barra de vida que rapidamente se esvazia.

No final de cada nível temos um boss que é tipicamente uma autêntica esponja de balas

O jogo é difícil, principalmente porque a nossa personagem não tem frames de invencibilidade sempre que somos atingidos. E a partir do nível 3, onde os bandidos começam a ser mais agressivos e literalmente correm para a nossa posição, é muito fácil perder uma vida em meros segundos, pelo que teremos de ser ainda mais ágeis e estar em constante movimento. E claro, no final de cada nível temos sempre um boss que é uma autêntica esponja de balas, mas com inimitos normais a fazerem respawn constantemente. Mas vamos poder também encontrar itens para nos ajudar. A maioria são itens que sinceramente nem dá para entender muito bem o que são, mas depois de os apanhar apercebemo-nos que são drogas e estas apenas contribuem para a nossa pontuação. De resto, para além das armas acima mencionadas poderemos também encontrar coletes à prova de bala que nos regeneram a barra de vida na totalidade e medkits que nos dão vidas extra.

Os 3 pontos vermelhos representam a mira laser do predador e temos que os evitar, bem como salvar eventuais reféns que possam estar na sua mira

Graficamente até que é um jogo competente e os níveis vão ser todos em áreas urbanas como ruas, estações de metro ou esgotos excepto o último nível que já é numa nave alienígena como referi acima. A maior parte dos inimigos são também bandidos humanos e o jogo até que possui uma boa performance sem sprite flickering considerando que muitas vezes temos vários inimigos ou projécteis no ecrã em simultâneo. As músicas são também agradáveis, tendo em conta as limitações do sistema e soam muito ao típico que estúdios europeus produziam para micro computadores 8bit como é o caso do Commodore 64.

Portanto este Predator 2 até que é não é um mau jogo de acção, embora a sua dificuldade acima da média o penalize um pouco (pelo facto de não termos frames de invencibilidade). A versão de Game Gear é muito similar, sendo no entanto penalizada pelo ecrã menor e a versão de Mega Drive, apesar de possuir o mesmo conceito de base, é tecnicamente mais avançada e apresenta os níveis já numa perspectiva isométrica.

Mortal Kombat (Sega Game Gear)

mortal-kombatO próximo dos artigos super-rápidos por serem sobre conversões idênticas a jogos que já tenha analisado, desta vez trouxe a versão Game Gear do primeiro Mortal Kombat. Como estariam à espera, esta versão é muito idêntica à da Master System, o que por si só não é muito abonatório ao seu favor. Tal como a versão SMS, aqui também faltam lutadores, nomeadamente o Kano e o Reptile. Algumas das arenas também foram cortadas e a jogabilidade não é tão boa. A grande diferença está uma vez mais na menor resolução do ecrã da Game Gear.

Apenas cartucho
Apenas cartucho

O meu exemplar veio também da Feira da Vandoma no Porto, num bundle em que comprei a consola mais uns quantos jogos por 10€. Para mais informações sobre esta adaptação do primeiro Mortal Kombat, recomendo passar pelo artigo da Master System.

Alien 3 (Sega Master System)

Alien 3Hoje é tempo para mais uma rapidinha até porque este Alien 3 é uma conversão do mesmo jogo para a Mega Drive, que já tinha sido aqui analisado anteriormente. E na verdade até é uma conversão surpreendente, mantendo as mesmas mecânicas de jogo, níveis bem detalhados dentro dos possíveis da Master System e também uma excelente banda sonora. Este meu exemplar foi comprado na Feira da Ladra em Lisboa algures durante o passado mês de Fevereiro, e custou-me menos de 5€ pois veio num pequeno bundle.

Alien 3 - Sega Master System
Jogo com caixa

O jogo tenta seguir minimamente os acontecimentos do filme. Minimamente. É passado no planeta Fiorina “Fury” 161, um planeta que serve de prisão pseudo-abandonada, onde Ripley “naufragou” devido à sua nave trazer um outro passageiro indesejado, mas ao contrário do filme onde só temos um alien com que nos preocupar, aqui são carradas deles. E o objectivo do jogo consiste em  encontrar e libertar todos os prisioneiros em cada nível, tudo dentro de um tempo limite e com imensos aliens a surgirem de todos os lados. Felizmente o armamento que podemos encontrar está à altura com as habituais pulse rifles e lança-chamas, entre outros, a darem o ar de sua graça. O problema está é nos níveis serem por vezes bastante labirínticos e o tempo pode ser bem curto para libertarmos todos os prisioneiros e encontrar a saída. Ocasionalmente temos também combates de bosses.

secreenshot
As mecânicas de jogo são idênticasÀ versão Mega Drive

A nível técnico esta é uma boa conversão. Os níveis são semelhantes aos da Mega Drive, embora naturalmente sejam muito menos detalhados, o que é perfeitamente normal. Ainda assim para as capacidades da Master System o resultado final não ficou nada mau. Os efeitos sonoros também são OK, nada a apontar, mas já a música…. bom, a música é excelente,bastante groovy e com as melhores linhas de baixo que alguma vez ouvi numa Master System. Mesmo com o adaptador FM! Só que por mais boa que a música seja, infelizmente acho-a desajustada ao jogo que é. Aqui deveria ser algo mais tenso, na onda do que foi feito no Metroid, por exemplo.

screenshot
Esta animação na intro até está engraçadinha

Alien 3 para a Master System continua a ser um jogo difícil tal como o da Mega Drive. Mas não deixa de ser um trabalho de conversão louvável por parte da Probe/Arena, só por isso já vale a pena irem espreitar. Mas para quem já tiver a versão Mega Drive não ganha muito. Numa outra nota, mas ainda sobre o Alien 3, fico bastante curioso com o mesmo jogo para a SNES, que é completamente diferente. Espero ter a sorte de o encontrar um dia destes.