Predator 2 (Sega Master System)

Vamos agora voltar à Master System para uma das suas muitas adaptações de filmes de Hollywood para videojogos. Mas esta é, na verdade, uma segunda adaptação. A primeira foi lançada originalmente em 1990 para PC e uma série de microcomputadores como o Spectrum, Commodore 64, Amiga ou Atari ST e era um jogo inspirado em títulos como Operation Wolf. Em 1992 foram lançadas adaptações inteiramente novas para as consolas da Sega, publicadas pela Acclaim/Arena, com as versões 8/16bit a serem algo diferentes entre si. Este meu exemplar foi comprado a um amigo meu no passado mês de Março por 5€.

Jogo com caixa e manual

Pensem neste Predator 2 como um shooter com uma perspectiva vista de cima, algo como um Commando ou Mercs, mas com sidescrolling horizontal e automático. Controlamos então o polícia Harrigan, tal como no filme, mas aqui o foco está quase a 100% em confrontos contra traficantes de droga. Ocasionalmente lá temos de fugir da mira laser do Predator que vai surgindo ao longo dos níveis e a partir do quarto nível lá vamos ter de enfrentar alguns predadores também. O último nível, já passado numa nave alienígena, já teremos de enfrentar apenas predadores e naturalmente, o último boss será também um predador.

Estes sacos brancos aparentemente contêm drogas e ganhamos pontos se as apreendermos. Mais à frente temos uma granada de mão.

O objectivo de cada nível é o de salvar um certo número de reféns e claro, sobreviver às dezenas de bandidos que nos vão atacando. Os controlos são simples, com o botão 1 para disparar a arma de fogo actualmente equipada e o botão 2 para ir alternando de armas, se entretanto as tivermos apanhando. A arma que temos por defeito é uma pistola que apesar de não ser potente, tem munições infinitas. Ao longo do jogo poderemos encontrar metralhadoras, uma caçadeira com o three shot spread, granadas entre outras, embora estas armas já tenham munições limitadas. No último nível poderemos também apanhar armas dos predadores! Na parte inferior do ecrã vemos uma série de informação útil como a pontuação, número de vidas que nos restam, a arma seleccionada e respectivas munições e à direita de tudo vemos 3 caras que representam reféns. O predador, com a sua mira laser, tanto nos tenta atingir a nós, como aos desgraçados dos reféns (dava jeito era que ele acertasse nos bandidos) e caso o predador mate 3 reféns é game over. Acima, vamos a nossa barra de vida que rapidamente se esvazia.

No final de cada nível temos um boss que é tipicamente uma autêntica esponja de balas

O jogo é difícil, principalmente porque a nossa personagem não tem frames de invencibilidade sempre que somos atingidos. E a partir do nível 3, onde os bandidos começam a ser mais agressivos e literalmente correm para a nossa posição, é muito fácil perder uma vida em meros segundos, pelo que teremos de ser ainda mais ágeis e estar em constante movimento. E claro, no final de cada nível temos sempre um boss que é uma autêntica esponja de balas, mas com inimitos normais a fazerem respawn constantemente. Mas vamos poder também encontrar itens para nos ajudar. A maioria são itens que sinceramente nem dá para entender muito bem o que são, mas depois de os apanhar apercebemo-nos que são drogas e estas apenas contribuem para a nossa pontuação. De resto, para além das armas acima mencionadas poderemos também encontrar coletes à prova de bala que nos regeneram a barra de vida na totalidade e medkits que nos dão vidas extra.

Os 3 pontos vermelhos representam a mira laser do predador e temos que os evitar, bem como salvar eventuais reféns que possam estar na sua mira

Graficamente até que é um jogo competente e os níveis vão ser todos em áreas urbanas como ruas, estações de metro ou esgotos excepto o último nível que já é numa nave alienígena como referi acima. A maior parte dos inimigos são também bandidos humanos e o jogo até que possui uma boa performance sem sprite flickering considerando que muitas vezes temos vários inimigos ou projécteis no ecrã em simultâneo. As músicas são também agradáveis, tendo em conta as limitações do sistema e soam muito ao típico que estúdios europeus produziam para micro computadores 8bit como é o caso do Commodore 64.

Portanto este Predator 2 até que é não é um mau jogo de acção, embora a sua dificuldade acima da média o penalize um pouco (pelo facto de não termos frames de invencibilidade). A versão de Game Gear é muito similar, sendo no entanto penalizada pelo ecrã menor e a versão de Mega Drive, apesar de possuir o mesmo conceito de base, é tecnicamente mais avançada e apresenta os níveis já numa perspectiva isométrica.

Sobre cyberquake

Nascido e criado na Maia, Porto, tenho um enorme gosto pela Sega e Nintendo old-school, tendo marcado fortemente o meu percurso pelos videojogos desde o início dos anos 90. Fã de música, desde Miles Davis, até Napalm Death, embora a vertente rock/metal seja bem mais acentuada.
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