Metal Gear Portable Ops Plus (Sony Playstation Portable)

MGS Portable Ops plusA PSP tem uma série de “expansões” dos seus jogos que incluem o jogo original. É assim com o Monster Hunter Freedom Unite, com o Dissidia Duodecim, e eu pensei que fosse o mesmo com este MGS Portable Ops Plus, tendo-o comprado antes do jogo original. Comprei-o salvo erro numa GAME, não me tendo custado mais de 10€. Na altura estava absolutamente convicto que o jogo vinha com o “story mode” do original, que nem me apercebi da mensagem no verso da caixa “Story mode from MPO not included“. Assim sendo, este artigo será mais breve pois as mecânicas de jogo são idênticas às do original.

Metal Gear Solid Portable Ops Plus - PSP
Jogo com caixa e manual

Bom, lá porque o jogo não tem um story mode, não quer dizer que não tenha uma vertente single player. Este modo chama-se “Infinity Missions”, consistindo num conjunto de missões com objectivs variados, seja uma simples infiltração, seja neutralizar todos os inimigos num mapa, cumprir um objectivo dentro de um tempo limite, não ser detectado, entre outros. Capturar inimigos e convertê-los para lutar ao nosso lado continua a ser um aspecto importante no jogo, onde podemos inclusivamente importar as personagens que tenhamos nalgum savegame do primeiro jogo. Apesar deste modo single player que inclusivamente inclui um bom tutorial para quem for novato na série, esta versão “plus” é especialmente pensada para quem quiser jogar umas partidas online. Existem novos mapas, novos modos de jogo e é possível jogar com quem possui a versão anterior do Portable Ops, desde que se escolham modos de jogo, mapas e personagens com items compatíveis com o jogo anterior. Infelizmente não experimentei o multiplayer, não faço ideia se ainda existem servidores disponíveis, e mesmo que existam, a minha PSP está com um problema no WiFi, na medida em que deixou de detectar qualquer rede disponível. É possível jogar localmente através de redes ad-hoc, bastando apenas uma pessoa possuir o jogo, mas como seria de esperar não conheço pessoalmente ninguém estivesse disponível para umas partidas.

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Como é habitual, podemos desbloquear algumas personagens especiais

No que diz respeito ao audiovisual, apesar de existir mais alguma variedade nos mapas, o motor gráfico do jogo é o mesmo, como seria de esperar, logo está tudo igual ao Portable Ops. Posto isto, apesar de ser um jogo fácil de encontrar e barato, não é uma versão que recomende a menos que sejam aficcionados totais pela série Metal Gear. É um jogo produzido a pensar no multiplayer, mas sinceramente acho que foi lançado para a plataforma errada.

Metal Gear Solid Portable Ops (Sony Playstation Portable)

MGS Portable OPsDe volta ao Snake e companhia para uma análise ao Portable Ops, um jogo da saga Metal Gear que inclui diversas novas componentes na jogabilidade, como recrutar outros soldados para as forças de Snake (Big Boss), podendo os mesmos ter diversas tarefas diferentes. Ainda assim a jogabilidade é a tradicional dos Metal Gear Solid, deixando de lado o que foi introduzido nos Metal Gear Acid também para a mesma plataforma. A minha cópia veio-me parar às mãos através de uma compra na Amazon UK, não me tendo custado mais de 10€. Está completa e em estado razoável, o manual já viu melhores dias.

Metal Gear Solid Portable OPs - PSP
Jogo completo com caixa, manual e demais papelada

O jogo passa-se na América do Sul, no ano de 1970. A guerra fria continuava no seu pleno, com as tensões entre os Estados Unidos e a União Soviética ainda em alta, com os acontecimentos de Metal Gear Solid 3 ainda não estarem totalmente resolvidos. Snake acorda sozinho numa cela, sem se recordar como lá foi parar, sendo depois torturado por um antigo elemento da sua antiga unidade FOX, uma força de operações especiais que trabalhava para a CIA. Pouco depois Snake encontra um jovem Roy Campbell, personagem que será importante noutros jogos da série, estando também aprisionado. Roy diz que estão numa base militar secreta da União Soviética, em plena América do Sul. A unidade de forças especiais em que Roy fazia parte foi tomada de assalto pelos FOX e ele foi o único sobrevivente. Eventualmente, Snake e Roy Campbell conseguem então fugir da sua prisão e decidem investigar qual a tramóia que está por detrás disto. Como é habitual, a história acaba por se complicar mais, envolvendo ao barulho várias conspirações e a tecnologia Metal Gear acaba por ficar por detrás de tudo.

Os controlos acabam por ser essencialmente os mesmos dos jogos principais, apesar de a PSP possuir menos botões que a consola caseira. De qualquer das formas, o jogo herda o sistema de câmaras do Metal Gear Solid 3 Subsistence, existindo um controlo 3D da câmara, já não é obrigatório mudar constantemente para a perspectiva de primeira pessoa para conseguirmos ver melhor o que nos rodeia. O jogo incita como sempre a uma abordagem mais stealth, estando o Snake munido de um radar algo estranho mas que vai alertando a presença dos inimigos. Se formos vistos, a sequência habitual das fases “Alert-Evasion-Caution” mantém-se, com os inimigos a serem mais minuciosos nessas alturas. Infelizmente, com a falta de um analógico, e do outro ser algo impreciso, acaba por complicar um pouco quando queremos mirar na perspectiva de primeira pessoa.

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Ecrã que aparece entre missões, onde podemos gerir o nosso “batalhão” e escolher quais os locais que queremos infiltrar

De resto, este Portable Ops tem uma série de novos conceitos. Snake pode agora capturar os inimigos que vai enfrentando, sendo que os mesmos vão acabar por ser “convertidos” a lutar ao nosso lado. Com isto, é possível construir esquadrões de 4 pessoas que podem ser jogadas nas várias missões que vamos fazendo, e podemos alternar entre os 4 elementos a qualquer altura do jogo. O jogo está então dividido em várias missões, que são acessíveis através de um “hub” que mostra o mapa da base e as várias posições já conhecidas, podendo visitar essas localidades sempre que quisermos. Os prisioneiros que capturamos podem também ser alocados para várias outras tarefas, sejam tarefas de espionagem, onde os podemos mandar para as localizações já conhecidas, recebendo periodicamente informações do que se vai passando por lá. Outros podem ser alocados para equipas técnicas ou médicas, que vão construindo munições ou items que nos podem ser úteis, como visores térmicos ou medkits que nos restaurem a saúde. Para além do mais é possível recrutar algumas personagens especiais, sejam antigos bosses, ou personagens de outros jogos, através de vários pré-requisitos. Não cheguei a experimentar, mas o jogo tem uma componente multiplayer que, para além de ser possível trocar soldados entre si, podemos lutar contra outros jogadores, de uma forma algo semelhante ao modo online do Metal Gear Solid 2 Substance.

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As cutscenes apresentam este visual

Visualmente o jogo apresenta uns visuais 3D, que apesar de competentes, já vi melhor na PSP. Apesar de o jogo decorrer na Colômbia, desta vez não temos toda aquela componente de sobrevivência que foi introduzida em Snake Eater, e os próprios cenários, apesar de estarem inseridos num meio montanhoso, passam-se todos em estruturas militares pelo que não há uma grande variedade dos visuais. As cutscenes desta vez  são mostradas num formato mais “comic book“, sendo apresentadas como uma sequência de desenhos, da autoria de Ashley Wood, que já tinha participado na comic digital da PSP “Metal Gear Solid: Digital Graphic Novel”. Nessas cutscenes, o jogo utiliza um voice acting em que vários actores já emprestaram as suas vozes para os jogos da série, mas infelizmente são poucos os diálogos que fazem uso deste recurso, pela baixa capacidade de armazenamento dos discos UMD face aos DVDs da PS2.

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Ecrã de jogo da vertente multiplayer

Para além deste Portable Ops, a Konami lançou uma expansão chamada Portable Ops+, focando-se mais na componente multiplayer, e numa catrafada de missões para se jogar sozinho, herdando todas as mecânicas deste jogo, e incluindo alguns outros personagens especiais secretos que possam posteriormente vir a ser recrutados. Esse jogo também faz parte da minha colecção, mas como não tem qualquer componente com história, não irei perder muito tempo com o mesmo e poderão ler um ligeiro artigo sobre o jogo muito em breve.

Resistance: Retribution (Sony Playstation Portable)

Resistance RetributionO Resistance Fall of Man foi um dos jogos de lançamento da PS3, um FPS que decorria num passado distópico em que uma misteriosa raça – os Chimera – tomou todo o bloco soviético e continente Europeu de assalto, dizimando a raça humana. O jogo até que teve algum sucesso e não tardou muito para que fosse lançada uma sequela para a PS3, acompanhada de um outro jogo para a PSP. Jogar FPS totalmente em 3D numa que apenas dispõe de um analógico é uma tarefa ingrata (no entanto a plataforma ainda recebeu alguns), pelo que este jogo assume a forma de um third person shooter à lá Resident Evil 4. A minha cópia foi comprada numa GAME perto de casa, tendo-me custado uns 5€, se não estou em erro.

Resistance Retribution PSP
Jogo com caixa e manual

A história deste Retribuition decorre em pleno solo Europeu, após os Chimera terem sido derrotados no Reino Unido pelo que foi contado no primeiro jogo. Encarnamos no papel do soldado britânico James Grayson, que por alturas do conflito com os Chimera no UK encontrou o seu irmão, também militar, morto num centro de transformação de humanos em híbridos Chimera. Esse acontecimento traumatizou James que desertou do seu posto e sozinho, conseguiu destruir mais de 20 dessas bases “Chimerianas“, até que foi capturado pelo seu antigo exército e condenado à pena de morte por deserção (really?). De qualquer das formas, o seu feito atraiu o exército dos Maquis, uma espécie de força de resistência da europa central, que recrutou James para os auxiliar na campanha de eliminação dos Chimera em solo europeu, salvando-se assim da pena de morte. Depois o resto da história resume-se a dar cabo de uns quantos Chimera e também de uns Cloven, uma outra raça que tinha sido mencionada no primeiro jogo, atravessando várias cidades europeias, desde Roterdão até Paris.

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Grayson fica automaticamente em cover se não clicarmos no botão para disparar

A jogabilidade é um pouco confusa devido à falta de um segundo analógico para se controlar a câmara. No entanto isso não impediu que vários shooters acabassem por ter sido lançados na PSP, utilizando os 4 botões frontais principais da PSP como os botões para controlar a câmara. Isto seria muito chato para se mirar em condições nos inimigos, mas por defeito o jogo tem um mecanismo de auto aim activado, o que acaba por facilitar a vida. No caso de utilizarmos a perspectiva com zoom, teremos mesmo de mirar manualmente, como é o caso da sniper rifle ou do lança rockets. Existe também um simples sistema de covers, onde Grayson se protege automaticamente sempre que nos aproximamos de algum objecto/superfície que sirva para o efeito. O grande arsenal que acompanha o primeiro resistance está também aqui presente, com várias armas a regressar com os seus modos secundários inclusivamente, enquanto outras acabam por surgir ligeiramente modificadas. Infelizmente, tanta arma para tão pouco botão disponível acabou por atrapalhar um pouco em momentos mais caóticos a mudança para uma arma mais eficaz para aquela situação.

O jogo conta também com um sistema de achievements interno chamado skills, à semelhança do primeiro Resistance. Completar essas skills desbloqueam várias imagens conceptuais e artwork do jogo, bem como algumas cutscenes e pequenos making-ofs de alguns cenários e personagens. Uma funcionalidade interessante deste jogo é a sua interacção com o Resistance 2 para a PS3. Ao ligar as 2 plataformas com os respectivos jogos, é possível “infectar a PSP”, infectando Grayson com o vírus dos Chimera e tornando a história do jogo ligeiramente diferente logo desde o início. Para além de que Grayson ganha vida regenerativa, passa a ser capaz de respirar debaixo de água e tem inclusivamente acesso a novas armas. Ainda não tenho o Resistance 2, mas assim que o tiver vou tentar dar uma espreitadela neste modo. Também através do Resistance 2, é possível utilizar o comando da PS3 para se controlar este jogo, ficando o auto aim desligado. Para além da campanha, Retribution trazia também uma componente multiplayer que poderia ser jogado online com até 8 jogadores em simultâneo, onde poderíamos experimentar diferentes modos, desde as tradicionais variantes de Deathmatch e Capture the Flag, para outros modos que também não são muito originais.

Graficamente o jogo é competente, chegando a apresentar alguns efeitos interessantes de luz que até à altura ainda não tinha visto na PSP. Os Chimera estão bastante detalhados tendo em conta o hardware da PSP, dá para perceber muito bem quando utilizamos a mira telescópica da sniper rifle. Infelizmente as minhas queixas vão mais uma vez para a narração da aventura, que tal como no primeiro jogo ficou a cargo da personagem da Coronel Parker, o que acabou por ser bastante insípida. Isto a conjugar com a personalidade muito estranha de Grayson e de outras personagens como o Roland Mallery, líder dos Maquis ou os seus antigos líderes das forças armadas Britânicas. A história e os diálogos entre as personagens dão tantas cambalhotas mal dadas que acaba por se tornar ridícula, na minha opinião. Felizmente a coisa fica muito melhor composta com os vários documentos que vamos encontrando ao longo da aventura, com muita informação extra a ser passada.

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Um santuário Cloven. Podemos aprender um pouco mais sobre as origens dessa raça neste jogo.

Ainda assim, e com alguns problemas nos controlos bem como uma recta final da campanha algo repetitiva, este Resistance acabou por ser um shooter agradável. Se não fosse o facto de existir um auto aim, controlar a câmara apenas com 4 botões digitais seria um martírio. Pelo que pesquisei, este jogo utiliza a engine de um dos Syphon Filter da PSP, que por acaso é uma série que planeio ir comprando aos poucos, num futuro a médio prazo. Veremos depois como esses se saíram.

Phantasy Star Portable 2 (Sony Playstation Portable)

Phantasy Star Portable 2Que Phantasy Star é das minhas séries preferidas de RPGs já não deve ser segredo nenhum por aqui. Os Phantasy Star Universe apresentaram algumas boas ideias, mas tiveram uma execução não tão boa, e o Phantasy Star Portable conseguiu de certa forma adaptar bem o conceito da série para uma portátil, mas era algo curto e faltou-lhe o multiplayer online. Agora nesta sequela a Sonic Team conseguiu redimir-se, apresentando um jogo bem mais completo e com várias modificações interessantes à jogabilidade que irei referir. A minha cópia foi comprada algures no ano passado na Amazon UK. Está completa e em óptimo estado, não me terá custado mais de 12€.

Phantasy Star Portable 2 - PSP
Jogo completo com caixa e manual

A história decorre uns anos após os acontecimentos dos Phantasy Star Universe e Portable anteriores, com a ameaça SEED completamente erradicada. Desta vez, em vez de a nossa personagem pertencer aos GUARDIANs, uma força militar neutra ao serviço do sistema solar de Gurhal, pertence aos Little Wing, um pequeno grupo privado de mercenários a bordo de uma nave espacial gigante de nome Clad 6. Por esta altura os recursos naturais dos planetas de Gurhal estavam a escassear, pelo que a comunidade científica começou a desenvolver estudos nas tecnologias dos “sub-spaces“, que lhes permitiriam viajar rapidamente pelo espaço e colonizar outros planetas (onde será que já vi este filme?). Ao longo da aventura vamos conhecer várias novas personagens, entre as quais algumas dos jogos anteriores, sendo que a personagem principal é a jovem Emilia Percival, uma rapariga loira com uma personalidade muito irritante (sempre choramingas), mas que está no centro do conflito que se avizinha. Dentro da mente de Emilia vive Mika, o espírito de uma Ancient da antiga civilização de Gurhal, que havia sido dizimada pelos SEED milhares de anos antes. Acontece que esses Ancients tinham colocado as suas consciências em hibernação durante todo este tempo, estando agora a acordar e planeiam usar os corpos dos novos habitantes de Gurhal para regressarem. Mika é uma ancient que não concorda com este plano e quer ajudar o grupo a travá-lo.

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Emilia e Yut, dois dos primeiros companheiros que vamos conhecendo

Bom, para quem estiver habituado aos Phantasy Star Universe e Portable, várias coisas mudaram. A criação da personagem baseada em raças mantém-se idêntica, mas houve mudanças no sistema de classes. Desta vez existem menos classes que no jogo anterior, mas as mesmas são bem mais versáteis. Ao longo do jogo e das missões que vamos cumprindo, para além da experiência que a nossa personagem vai adquirindo, as classes também ganham pontos de experiência. Até aqui tudo igual, mas desta vez podemos utilizar esses pontos de experiência para evoluir a nossa aptidão para usar os vários tipos de armas e suas classes. As classes dividem-se em C-B-A-S, sendo então possível utilizar um Hunter, classe tipicamente criada para combates melee, e evolui-lo de tal forma que consiga utilizar armas mágicas que outrora apenas a classe Force o poderia, mesmo as armas de nível S, se assim o desejarmos. A variedade de armas é também maior, sendo que cada tipo de armas tem as suas propriedades que permitem variar o estilo de combate para qualquer tipo de situação.

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O “bicho” no centro do ecrã é o nanoblast de uma personagem qualquer

Algo que não referi nos jogos anteriores é o facto de a raças Beast e Casts poderem utilizar uns poderes ou armas especiais chamados Nanoblasts ou SUV-Weapons. Desta vez as outras raças também têm os seus poderes especiais que mais uma vez podem ser customizados. Estes poderes estão disponíveis sempre que se encher uma barrinha de energia própria ao longo dos combates. Falando nos combates, também aqui houve algumas mudanças. Existe um sistema de combos mais complexo que sinceramente não lhe dei muita atenção, o mecanismo de mudar de armas, utilizar items em tempo real também se encontra idêntico, sendo que desta vez também é possível trocar de armadura manuseando a palete de acções. Mas as grandes novidades no combate na minha opinião foi a inclusão de uma manobra de evasão e a utilização de escudos para defender alguns ataques inimigos. Bastante útil por sinal, melhoraram imenso o combate e a falta de um analógico extra para controlar a personagem. Algo que também mudou foram as missões. Anteriormente divididas apenas entre Story Missions (necessárias para progredir no jogo) e Free Missions (pequenas missões livres que podem ser realizadas quantas vezes se quiser), desta vez temos também as Tactical Missions – autênticas sidequests com histórias próprias e as Trade Missions, que apenas servem para trocar alguns items angariados nas missões por armas/equipamento raro. Para além do mais existem também uma série de Challenges propostos por alguns NPCs, consistindo em completar algumas missões num determinado intervalo de tempo, matar x monstros, etc. Existem dezenas de missões, cada uma podendo ser jogada em 4 graus de dificuldade e outras dezenas de challenges, portanto conteúdo neste jogo é coisa que não falta.

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Alguns inimigos são chatinhos com os seus ataques elementais

Outra grande novidade, algo que deveria ser até obrigatório mas que no primeiro jogo da PSP não o foi, é a jogatina online. Infelizmente a minha PSP está a ter alguns problemas com o Wi-Fi e não consegui experimentar o multiplayer online, sinceramente nem sei se os servidores ainda estão a funcionar, provavelmente não. De qualquer das formas foi uma adição muito importante, principalmente tendo em conta que não existia qualquer subscrição paga para usufruir do serviço, algo que não acontecia com os Phantasy Star das consolas de mesa/PC. É possível também jogar em multiplayer local com mais 3 amigos, mas mais uma vez não conheço ninguém que tenha o jogo sequer, mais uma funcionalidade desperdiçada.

A apresentação do jogo na minha opinião está muito bem conseguida. O artwork é algo diferente dos jogos anteriores, estando agora bem mais trabalhado. Embora eu tenha preferido a história dos jogos anteriores por ser bem mais épica, a verdade é que só neste jogo as personagens conseguiram ganhar mais carisma, sendo mais agradável por esse motivo. Infelizmente a Emilia, personagem principal, é uma menina chorona com complexos de inferioridade, em certos pontos a história irritou-me um pouco. Infelizmente também neste jogo existe muito menos voice acting. No Portable anterior, todos os diálogos principais tinham voice acting, aqui isto apenas acontece durante as CGs, que têm uma qualidade muito boa, por acaso. Outras coisas que mudaram na apresentação foi todo o interface com a “comunidade” de NPCs e o hub. Embora existam missões nos três planetas de Gurhal – Parum, Moatoob e Neudaiz, deixou de ser possível de visitar as cidades. Desta vez existe apenas um pequeno hub na nave Clad 6, onde é possível visitar poucas lojas e mais alguns outros locais. Embora o hub seja mais pequeno, tudo o que interessa acabou por ficar mais concentrado, o que me agradou.

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Alguns dos bosses são bastante imponentes, e muitos regressam desde os jogos anteriores, inclusivamente os do PSO

Haveria muito mais a dizer sobre este jogo mas o post já vai algo longo. Acho que a Sonic Team fez um excelente trabalho neste novo capítulo da já longa saga interestelar. Embora não seja perfeita – ainda existem alguns problemas com os controlos – conseguiram corrigir muitos dos problemas que o pessoal se queixava dos jogos anteriores, e acrescentaram imenso conteúdo, tornando este PSP2 bem mais próximo dos MMORPGs que vemos nos dias de hoje. Para quem gosta deste tipo de jogos, terá muito que jogar pois para além de um número considerável de missões e tarefas para fazer, existem várias outras coisinhas interessantes, como bosses e áreas secretas que surgem de forma aleatória na jogatina, um sistema interno de achievements, é possível catalogar as criaturas e armas encontradas, decorar “o nosso quarto” com centenas de adereços, entre outros. A Sega lançou em 2011 uma expansão deste jogo com o sobnome “Infinity”, que introduziu diversas coisas novas, incluindo uma continuação da história, e mais uma raça – os Dumans – seres humanos infectados pela SEED. Infelizmente, e como muitos bons RPGs tardios da PSP, ficou-se apenas pelo Japão, o que é pena, pois eu compraria essa versão com gosto.

Phantasy Star Portable (Sony Playstation Portable)

Phantasy Star PortableUltimamente tenho voltado a explorar a saga Phantasy Star, essencialmente o story arch de Phantasy Star Universe que nunca tinha jogado antes. Não contando com os spin offs Phantasy Star Gaiden e Adventure, exclusivos da Game Gear para o mercado japonês, Phantasy Star Portable foi o primeiro “grande” jogo da série especialmente para as consolas portáteis, trazendo consigo grande parte das mecânicas de jogo introduzidas em Phantasy Star Universe. A minha cópia foi adquirida na loja portuense TVGames, não me tendo custado mais de 7€, se a memória não me falha. Infelizmente é uma versão “Essentials”, mas pelo preço não me pareceu mau negócio.

Phantasy Star Portable - Sony Playstation Portable
Jogo completo com caixa e manual – versão Essentials

A história de Phantasy Star Portable serve de ponte entre Phantasy Star Universe e a sua expansão Ambition of the Illuminus, introduzindo algumas personagens que mais tarde iriam  surgir na expansão, como a instrutora dos GUARDIANs Laia Martinez, a vilã Helga ou a CAST topo de gama Vivienne. Encarnamos então num herói criado à nossa medida, algum tempo após o primeiro ataque SEED, logo na altura em que “graduamos” de trainee GUARDIAN para o cargo em si. Com essa graduação ficamos também responsáveis por treinar Vivienne, uma CAST bastante avançada, com traits mais humanos, como sentir emoções. Ao longo da aventura e das missões que vamos cumprindo como GUARDIANs, Vivienne vai sendo mais “educada” do mundo que a rodeia, bem como lidar com as emoções que vai sentindo. Em relação ao plot em si, é neste jogo que os conflitos com a organização misteriosa Illuminus começam, com o primeiro aparecimento da vilã Helga. A título de curiosidade, para quem jogou ou está a pensar em jogar a expansão Ambition of the Illuminus, o envolvimento da Illuminus no conflito bem como o de Helga só se tornam claros no Episode 3, cujo está acessível apenas online. Visto que todos os servidores oficiais do PSU foram encerrados, os fãs ficaram por fora da melhor parte da história. Felizmente houve quem gravasse todas as cutscenes, estando as mesmas disponíveis no youtube.

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Um dos bosses que iremos enfrentar

Não me vou adiantar muito sobre a jogabilidade, leiam os posts do PSU e Ambition of the Illuminus para o efeito. Aqui irei apenas mencionar o que foi feito de diferente. Bom, em primeiro lugar as 4 cidades que podemos visitar passaram a ficar completamente estáticas. Para entrar em lojas ou outros edifícios temos de o fazer através de menus. Para interagir com outros NPCs, o mesmo é feito como se um point-and-click se tratasse. Para piorar as coisas, os NPCs não estão representados como sprites, mas como pontos com um smiley no ecrã. Contudo, ao tocar num NPC é aberta uma janela de diálogo separada, onde se mostram artworks 2D detalhados das personagens. Ao menos desta forma o mundo de PSU acaba por ter mais alguma variedade de caras. O fluxo do jogo está na mesma dividido entre Story Missions, necessárias para se avançar no jogo, ou as Free Missions, que à medida que vão sendo desbloqueadas, podem (e devem!) ser jogadas sempre que o jogador assim o quiser. Em ambas as missões é possível escolher o grau de dificuldade, que varia de C até S. Mediante a escolha, os inimigos são mais fortes e o loot que podemos encontrar também é mais valioso. Felizmente neste jogo eliminaram por completo o contador de tempo nos trials, permitindo ao jogador que explore os mapas de uma forma mais calma.

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Os Beasts podem activar o Nanoblast, transformando-se temporariamente em animais com elevado poderio físico

Tal como nos PSU, é possível criar jogadores de 4 raças diferentes, sendo que se pode ir alternando de classe (Hunter, Ranger ou Force) sempre que se queira. Neste jogo foram introduzidas algumas novas classes, sejam extensões das classes anteriores (permitindo utilizar novas e mais fortes armas e armaduras), ou classes que misturam um pouco das anteriores. O sistema de skills/bullets/tech também foi algo modificado: mediante a classe escolhida, apenas podemos “evoluir” as mesmas até um determinado nível. Foram também colocadas mais algumas restrições de equipamento, mediante a classe escolhida. Eu sempre joguei maioritariamente como Hunter, uma classe melee com grande porte físico e em jogos anteriores poderia na mesma utilizar algumas TECHs de Force, como a Resta que é bastante útil. Aqui como Hunter isso não é possível. A customização do nosso quarto também foi sacrificada neste jogo, não que isso me tenha interessado muito. No seu lugar implementaram uma série de outras coisas que me pareceram bem mais interessantes. Existe um bestiário que podemos consultar, com informação das criaturas/bosses que já tenhamos derrotado, bem como um logbook de todas as armas que nos vão passando pelas mãos. Ainda mais, o jogo tem um sistema interno de achievements que pode ser também lá consultado, sendo que o jogador é recompensado com bons items sempre que atinja um. A vertente multiplayer, especialmente o online, é o foco da série desde o lançamento de Phantasy Star Online em 2000, para a Dreamcast. Aqui o online foi inteiramente descartado, embora a PSP ter uma estrutura online que o permitisse. É possível jogar com até 4 jogadores, mas apenas numa rede local. Considerando que até o Phantasy Star Zero para a Nintendo DS (excelente portátil na minha opinião, mas com uma fraca estrutura online) suporta jogo online, é de estranhar que a Sega não tenha aproveitado esta característica, coisa que o fizeram nas sequelas Portable 2 e Infinity.

Graficamente é um bom jogo para a PSP. Ainda assim os assets são inteiramente partilhados com o PSU e sua expansão, o que pode acabar por cansar um pouco quem já tiver jogado os jogos anteriores até à expansão. Existem alguns inimigos novos, mas novas paisagens nem por isso. As cutscenes em 3D são mínimas, tanto em CG como utilizando o motor gráfico do jogo. A grande parte da história é contada através de balões de diálogo em conjunto com imagens 2D dos intervenientes, como se uma visual novel se tratasse. Contudo, todos os diálogos importantes possuem voice acting, algo que não foi feito em Ambition of the Illuminus. Para o bem ou para o mal, os actores que deram as vozes aos personagens parecem ser os mesmos (excepto para o Headmaster Nav que me parece ter uma voz diferente).

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Existem imensas armas, umas menos convencionais que outras…

Apesar de não possuir uma estrutura online, é um jogo que recomendo vivamente aos donos de uma PSP, seja para fãs da série Phantasy Star, como para fãs de RPGs hack and slash no geral. Ainda assim, comecei há pouco o Phantasy Star Portable 2 e a evolução é bem mais evidente, sendo aparentemente um jogo mais extenso, com mais possibilidades de customização e mais inovações à fórmula. Mas isso fica para outro dia.