Battletoads in Battlemaniacs (Super Nintendo)

Já aqui trouxe o Battletoads, um jogo da Rare lançado originalmente para a NES e que deu muito que falar na altura em que foi lançado. Se por um lado parece uma imitação das Tartarugas Ninja, uma franchise muito na moda na época, por outro surpreendeu pela sua grande variedade na jogabilidade, onde nenhum nível era igual aos outros. Esta sequela para a SNES mantém o mesmo padrão e, apesar da história ser diferente, devo desde já dizer que me desiludiu um pouco visto os níveis serem muito semelhantes aos do jogo original. O meu exemplar foi comprado a um particular no mês passado, tendo-me custado algo entre os 12 e 15€ se a memória não me falha.

Apenas cartucho

A história envolve qualquer coisa como um videojogo que usa a realidade virtual e os vilões desse mesmo videojogo conseguiram saltar para o mundo real, raptaram uma rapariga importante e mais um dos sapos, desta vez o Zitz, em vez do Pimple como tinha acontecido no primeiro jogo. Então cabe aos outros 2 sapos (Pimble e Rash) entrarem nesse mundo virtual e defrontarem Silas Volkmire, o seu novo arqui-inimigo. Se bem que a Dark Queen também está por detrás dessa tramóia e vamos vendo várias cutscenes com ambos ao longo do jogo.

Gostava que isto tivesse mais níveis de beat ‘em up puro!

O primeiro nível é mais um beat ‘em up à lá Final Fight, se bem que desta vez temos mais combos e cada sapo possui diferentes golpes à sua disposição. No entanto, o combate contra o boss desse nível não é tão original quanto no clássico da NES. O segundo nível é também inspirado no segundo nível do jogo anterior, na medida em que os sapos vão descendo uma grande conduta, desta vez a bordo de uma plataforma voadora ao invés de estarem a ser segurados por uma corda, mas a premissa é a mesma. O terceiro nível… adivinharam, é semelhante ao terceiro nível do jogo da NES…. aquele onde conduzimos uma espécie de Speeder Bikes do Star Wars e temo-nos de nos desviar de uma série de obstáculos sem fim e evitar perder a nossa sanidade mental.

Aqui precisamos de reflexos felinos, ou de grande capacidade de memória. Ou ambos.

O quarto nível já é similar ao sexto nível do primeiro jogo, onde usamos umas cobras gigantes como plataformas, enquanto elas percorrem uma grande sala cheia de obstáculos. Os dois níveis seguintes, que por sua vez são os últimos, são também muito similares a outros dois níveis da versão NES. No penúltimo estamos agarrados a uma maquineta que percorre um carril num nível cheio de obstáculos. Temos de estar atentos quando for para mudar de direcção e mais uma vez temos de estar também atentos aos obstáculos que nos forem surgindo. No último nível temos de descer uma torre cheia de plataformas e obstáculos o mais rápido possível, sobretudo temos de garantir chegar primeiro que o rato Scuzz, caso contrário já fomos. No fim dessa corrida lá defrontamos o boss final. Portanto a primeira crítica que faço é mesmo ao facto do jogo me ter desiludido pois apenas reciclou ideias da primeira aventura, e mesmo assim o jogo de NES possui mais uns quantos níveis. É verdade que temos aqui dois níveis de bónus com mecânicas de jogo semelhantes entre si, e esses não apareceram no primeiro jogo, mas mesmo assim este Battletoads acaba por saber muito a pouco nesse campo.

A única coisa realmente original deste Battlemaniacs são os níveis de bónus. Infelizmente é pouco.

No que diz respeito aos audiovisuais, bom, esses já são excelentes. Os cenários vão sendo bastante detalhados e diferenciados entre si, e as sprites estão muito bem animadas e detalhadas também. Gosto particularmente das animações exageradas dos sapos quando aplicam golpes mais poderosos, como os braços a transformarem-se num martelo, por exemplo. As músicas, apesar de a sua maioria me parecerem novas versões das músicas do primeiro jogo, também me agradaram bastante visto que são numa toada mais rock que eu aprecio, e sinceramente até acho bem que se adequa ao tipo de jogo.

Portanto, se por um lado não tenho nada de especial a apontar à qualidade do jogo em si, tanto nos seus audiovisuais como jogabilidade (e sim, o jogo é também difícil como o primeiro!!), por outro lado não consigo deixar de ficar um pouco desapontado também, pelo facto de não terem conseguido ser tão originais quanto no primeiro jogo. E se fossem só fazer uma espécie de remake do clássico da NES, mesmo assim esta entrada da série na Super Nintendo deixa algo a desejar pois houve também muita coisa que ficou de fora.

Super Star Wars (Super Nintendo)

Star Wars é uma das maiores franchises de entertenimento do planeta, não há dúvidas disso. Seja nos filmes, livros, ou videojogos o que não falta são lançamentos de qualidade. Nos videojogos foram inúmeras as adaptações para os mais variadíssimos sistemas e a Super Nintendo não passou ao lado. Aqui temos uma série de 3 jogos de acção, todos publicados pela JVC, que abordam a primeira trilogia passada nos cinemas, referentes aos episódios IV, V e VI. O meu exemplar foi comprado a um particular algures no mês passado, tendo-me custado 17€ se a memória não me falha.

Apenas cartucho

Este é um jogo de acção/plataformas, que nos faz lembrar títulos como Contra (se bem que menos intensos), com algumas secções onde conduzimos alguns veículos como um Landspeeder ou uma X-Wing no famoso assalto à Death Star. Inicialmente podemos jogar apenas com o Luke Skywalker, mas mais para a frente poderemos jogar também com Chewbacca ou Han Solo. Não há grande mudança na jogabilidade entre as personagens, uns são mais ágeis que outros, ou possuem mais resistência físíca e todos possuem mais ou menos o mesmo tipo de habilidades. A grande excepção está no Luke Skywalker, que pode alternar entre a sua pistola e sabre de luz, após o seu encontro com Obi-Wan Kenobi. Todos possuem uma arma de fogo, se bem que ao longo do jogo poderemos apanhar vários power ups que nos aumentam o poder de fogo. O melhor é que esses power-ups transitam de nível para nível, mas perdem-se se perdermos alguma vida entretanto. Mas temos muitos outros itens que podemos apanhar, desde extensões do tempo limite para terminar o nível, multiplicadores de pontos, invencibilidade temporária ou sabres de luz que servem para extender a nossa barra de energia.

Ao longo do jogo poderemos ganhar diferentes upgrades para a nossa pistola, alguns com habilidades diferentes

Depois temos também os níveis onde controlamos veículos, níveis esses que usam e abusam do famoso efeito gráfico mode 7. Confesso que inicialmente achei estes níveis algo confusos mas depois de perceber a manha até se tornaram mais agradáveis. Nos primeiros níveis deste género controlamos um Landspeeder, onde teremos de ter em atenção não só aos inimigos que vamos apanhando, bem como ao nível de combustível. Inicialmente uma pessoa anda ali a vaguear pelo mapa sem saber muito bem o que fazer nem para onde ir, mas o objectivo é mesmo o de destruir um certo número de inimigos ou obstáculos e depois lá “desbloqueamos” o final do nível, que consiste em chegar a algum lado. Nessa altura o horizonte muda um pouco e acabamos por conseguir ver a meta. O segundo veículo que pilotamos é um X-Wing na luta final para destruir a Death Star. Inicialmente sobrevoamos sobre a superfície da Death Star, onde teremos de destruir um número mínimo de TIE Fighters e de torres, sendo que depois passamos para aquela mítica cena na “trincheira”, onde defrontamos outros TIEs, inclusivamente aquele pilotado pelo próprio Darth Vader.

Sim, eventualmente temos alguns bosses para defrontar

De resto deixem-me referir que foi um jogo que me surpreendeu bastante pela positiva. Naquela época era perfeitamente natural os videojogos se desviarem das obras originais, até pelas limitações de hardware dos sistemas em si. No entanto fico contente que este videojogo se relacione muito bem com o filme. Naturalmente que há algumas coisas muito diferentes de forma a adaptarem-se num jogo de plataformas/acção em 2D, como é o caso do resgate de R2D2, onde no filme foi comprado aos Jawas, comerciantes de sucata, aqui tivemos mesmo de lutar pelo robot. Mas tirando isso todos os cenários são locais do filme: o planeta Tatooine e o encontro com os Jawas e Sand People, Mos Esley e a cena de pancadaria no bar onde encontramos Han Solo e claro, o resgate de Leia na Death Star e seguinte assalto final. Só tenho pena de não controlarmos Obi-Wan na sua luta contra Darth Vader mas lá está, também seria uma luta que teríamos de perder se quisermos ser fieis ao filme.

Tendo em conta as limitações inerentes às consolas da época, este jogo até que segue muito bem os acontecimentos do filme.

Entre cada nível lá vamos tendo algumas cutscenes que uma vez mais são também fieis ao filme e no geral fiquei satisfeito com o grafismo do jogo, pois achei os níveis bem detalhados, inclusivamente aqueles em mode 7. Se bem que em alturas de maior aperto com a presença de mais inimigos no ecrã são bem notórios alguns abrandamentos. Por outro lado a música está excelente, quase orchestral mesmo! A Super Nintendo tinha de facto um chip de som muito bom para a época e as músicas estão aqui muito bem representadas. Basicamente, quem viu o filme, irá reconhecer instantaneamente as músicas do jogo.

O assalto à Death Star é um bom exemplo de uso do mode 7

Depois deste Super Star Wars tivemos também o Empire Strikes Back e Return of the Jedi, ambos produzidos pela mesma equipa. Fiquei curioso em jogá-los, mas como ainda não tenho o Empire Strikes Back, terá de ficar para outra altura.

Legend (Super Nintendo)

Continuando pelas rapidinhas, vamos agora falar de um interessante beat ‘em up da Super Nintendo, cujas influências do Golden Axe são inegáveis. Simplesmente intitulado de Legend, este jogo foi desenvolvido pelo pequeno estúdio Arcade Zone (mais tarde renomeado para Toka) e lançado nos mercados Americano e Europeu algures durante o ano de 1994. O meu exemplar veio de uma Cash Converters em Lisboa, algures durante o mês de Junho e custou-me 12€.

Apenas cartucho

Inspirado por Golden Axe, que por sua vez era inspirado nos filmes de Conan o Bárbaro, este Legend segue o mesmo tipo de história: o reino de Sellech vivia um período de terror que já perdurava há 1000 anos, onde o seu imperador governava com uma mão de ferro. O seu filho Clovis também planeia algo nada de bom, e a missão de libertar o povo do seu tirano cabe-nos agora a nós, através de um ou dois guerreiros bárbaros, caso joguemos com um amigo, claro.

No início não há lá muita variedade de inimigos.

No que diz respeito à jogabilidade, esta é também muito parecida com a de Golden Axe. Isto pois para além distribuir porrada a torto e a direito, um dos itens que podemos apanhar são potes de magia que podem depois ser usados para efectuar ataques mágicos que atingem todos os inimigos em simultâneo. Podemos carregar com um máximo de 9 potes, mas ao contrário de Golden Axe, onde poderíamos desencadear ataques mágicos mais potentes consoante o número de potes mágicos que gastávamos, aqui apesar de existirem diferentes ataques, todos eles gastam 2 potes apenas e causam a mesma quantidade de dano aos inimigos. Outros itens que podemos apanhar podem ser comida que nos restabelecem parte da nossa barra de energia, ou chaves que podem ser posteriormente usadas em níveis bónus, para abrir baús que podem conter vidas extra, comida, magia, entre outros.

Os níveis são muito bem conseguidos, com alguns detalhes gráficos muito interessantes como o uso de transparências.

Graficamente é um jogo muito bom, com níveis e personagens muito bem detalhadas. No entanto, por outro lado, inicialmente notei pouca variedade de inimigos, muitos sendo palette swaps uns dos outros, mas a partir da segunda metade do jogo começamos a ter mais variedade. Os níveis em si, conforme já referido, possuem muito detalhe mas por vezes tanto detalhe também atrapalha. Isto porque pos cenários possuem detalhes em foreground que tapam Clovis e/ou os inimigos, atrapalhando assim um pouco na jogabilidade. No que diz respeito às músicas, estas são agradáveis mas também notei pouca variedade nas mesmas.

Portanto, mesmo não sendo um jogo perfeito, este Legend não deixa de ser uma experiência bastante agradável. 4 anos depois, já com a Arcade Zone ter mudado o nome para Toka, foi lançado um remake para a Playstation original que inicialmente me deixou bastante curioso, mas depois de ver que mudaram o estilo gráfico de um bonito 2D para um 3D primitivo, confesso que a curiosidade me passou logo.

Axelay (Super Nintendo)

Nos anos 90, os shmups eram um dos videojogos mais populares das arcades e não só. A Konami, que com a sua série Gradius revitalizou o género em meados da década de 80, esteve também por detrás deste Axelay, um shooter que parece ter sido desenvolvido tendo unicamente em conta os pontos fortos que a Super Nintendo na altura apresentava face à sua concorrência, o mode 7, rotação de sprites e uma boa banda sonora. Mas já lá vamos. O meu exemplar foi comprado algures no passado mês de Julho, numa ida a Lisboa. Custou-me 12€ numa Cash Converters.

Apenas cartucho

O jogo começa com uma interessante cutscene de uma nave espacial gigante a aparecer numa cidade e de repente o mundo já estava em ruínas. Ou seja, naturalmente que começamos a aventura com o cliché habitual: uma civilização extraterrestre toma de assalto uma civilização humana algures no sistema solar de Illis e cabe-nos a nós encarnar no piloto da única nave de combate que resta à civilização e travar este assalto antes que tudo esteja perdido.

Antes de cada nível podemos escolher uma arma de cada tipo para equipar

Se por um lado a história não é nada de original, por outro a jogabilidade é bastante agradável. O jogo vai alternando entre a jogabilidade típica de um shmup vertical e horizontal, sendo que nos níveis verticais há um muito interessante efeito mode 7 que acaba por resultar muito bem e dá uma boa sensação de profundidade. Alguns dos bosses destes níveis verticais ficaram muito bem conseguidos por isso mesmo. Antes de cada nível podemos escolher quais as armas que queremos equipar a nossa nave, embora inicialmente a escolha seja limitada. À medida que vamos progredindo no jogo novas armas vão sendo desbloqueadas, pelo que vamos ter um leque maior à nossa escolha. Quando vamos conhecendo melhor os níveis, vamo-nos apercebendo que algumas armas acabam por resultar melhor nalguns inimigos que noutras, pelo que a decisão de que armas levar connosco em cada nível acaba por ser importante. Depois de termos  3 armas escolhidas podemos alternar entre as mesmas de forma livre, com os botões L e R.

Nos níveis verticais, há um interessante efeito de mode 7 que simula a rotação do planeta!

E se por um lado as armas possuem ataques muito distintos entre si, por outro lado não temos aqui nenhum sistema de power ups e afins. É escolhermos bem as armas que queremos e acabou! Por outro lado o jogo também não é assim tão imperdoável, pois as armas vão servindo de escudo. Ao levarmos um tiro, a arma que tínhamos equipada fica desabilitada e passamos automaticamente para a arma seguinte. Quando se esgotarem as três armas, então sim, lá perdemos uma vida. Se colidirmos com uma nave inimiga a perda de vida é imediata.

Antes de começarmos o jogo temos direito a uma interessante cutscene

No que diz respeito aos audiovisuais, este é um jogo muito forte nesse patamar. Por um lado por os níveis estarem muito distintos entre si, tanto sobrevoamos desertos como cidades, cavernas e claro, com os últimos confrontos a serem levados para o espaço. O efeito de mode 7 está de facto muito bom nos níveis verticais, dando-nos uma sensação de estarmos mesmo a sobrevoar um planeta com a sua curvatura natural. Nos outros níveis também estão repletos de detalhe, inimigos grandes e igualmente bem detalhados. Como sempre, nos últimos níveis, e se jogado em níveis de dificuldade superiores, por vezes é complicado estar atento a tudo o que se passa à nossa volta: todos os projécteis coloridos dos inimigos, os nossos próprios disparos, os obstáculos dos cenários, e as naves que deixamos passar! No que diz respeito às músicas, este jogo possui uma banda sonora um pouco fora do comum. Geralmente temos música techno ou hard rock, mas aqui as músicas são bem mais calmas e até um pouco jazzy, o que não é habitual. Mas o que é certo é que até resultam bem!

Este boss é impressionante!

Portanto, este Axelay até que é um jogo muito interessante, principalmente se forem fãs de shmups, então passa mesmo a ser um jogo obrigatório na vossa colecção de SNES.

Kirby’s Fun Pak (Super Nintendo)

Voltando à série Kirby, o jogo que cá trago hoje é o interessante Kirby’s Fun Pack, lançado para a Super Nintendo. Conhecido lá fora como Kirby Super Star, este é na verdade uma compilação de vários jogos e mini-jogos todos num só cartucho. Tal como o Kirby’s Dream Course, foi comprado na mesma altura (algures em Abril), na mesma loja e pelo mesmo preço: 15€.

Apenas cartucho

Kirby é uma personagem especial. Tal como o Yoshi pode abocanhar e digerir os seus inimigos, ou cuspi-los como projécteis. Mas ao contrário de Yoshi, quando Kirby digere as suas presas, adquire também as suas habilidades. Os jogos de plataforma do Kirby sempre usaram isso como mecânica de jogo pincipal e aqui tal não é excepção. A grande diferença está em que ao invés de absorvermos as habilidades para nós, poderemos usá-las para criar uma personagem secundária, que pode ser controlada por um segundo jogador. Sendo assim, este jogo acaba por ter uma vertente multiplayer cooperativa muito forte.

Alguns bosses são bastante familiares

Portanto inicialmente dispomos de vários jogos (e dois mini-jogos) que poderemos jogar, até que vamos desbloqueando mais alguns, tendo um total de 7 jogos e 2 mini jogos para explorar num só cartucho. O Spring Breeze é um remake (simplificado) do Kiby’s Dream Land, O Dyna Blade coloca-nos a atravessar uma série de níveis para depois defrontar o Dyna Blade, um pássaro gigante que andava lá a aterrorizar a população. O Gourmet Race é um subjogo de corridas onde defrontamos o rei Dedede numa série de níveis de plataforma. Aqui o objectivo não é necessariamente o de chegar em primeiro lugar (embora isso também seja recompensado) mas sim o de apanhar mais comida!

São vários jogos num só cartucho, embora alguns deles não possam ser seleccionados logo de início.

O Revenge of the Meta Knight foi um dos meus sub-jogos preferidos, principalmente pelo seu maior foco dado à acção. Aqui levamos Kirby a invadir a nave de Meta-Knight, o Halberd e tentamos travar os vilões de conquistarem a Dream Land. Este jogo está repleto de diálogos entre as tropas do Meta-Knight e em cada nível vamos tendo um tempo limite para respeitar, dando-lhe um feeling mais arcade. Até a música neste jogo é mais agressiva que nos demais! O The Great Cave Offensive já é um jogo com maior foco na exploração, onde teremos de encontrar 60 peças de um tesouro escondidas ao largo de uma grande área. Para as descobrir a todas temos de ter muita paciência e dominar todas as técnicas que Kirby consegue executar!

O jogo pode ser encarado como multiplayer cooperativo. Para isso temos se sacrificar uma das habilidades que tenhamos apanhado, o segundo jogador poderá controlar uma personagem idêntica ao inimigo que originalmente controlava essa habilidade.

O ultimo dos sub-jogos “grandes” é o Milky-Way Wishes, onde um sol e lua andam à pancada entre si e para parar isso, teremos de viajar ao longo de vários planetas e restaurar o cometa mecânico NOVA. Entretanto coisas acontecem e no final lá teremos um novo vilão para defrontar. Aqui neste modo de jogo o Kirby vai “coleccionando” as habilidades que pode usar, podendo seleccioná-las a qualquer altura no jogo. Por fim, ao terminar este e os sub-jogos anteriores, desbloqueamos o “The Arena”, que é nada mais nada menos que um modo onde defrontamos todos os bosses do jogo, uns a seguir aos outros.

Por fim, resta-me só mencionar os dois mini-jogos que sobram. Por um lado temos o Samurai Kirby, que coloca-nos em vários duelos à moda dos Samurais. Ou seja, as duas personagens estáticas, em maior silêncio e concentração até que alguém dá o sinal para ataque e aí teremos de ser mais rápidos que o oponente a atacar. Por fim o último minijogo é o Megaton Punch, um jogo de força onde ganha quem conseguir dar o soco mais forte. Para isso temos uma espécie de quick time event para cumprir, se conseguirmos carregar nos botões no momento certo (ou o mais próximo possível), o resultado é que o nosso soco vai sair bastante forte.

Um dos modos de jogo é como se fosse um Metroidvania, onde teremos de explorar o terreno ao máximo e usar todas as habilidades que conseguirmos para encontrar os 60 tesouros

A nível audiovisual, este é um jogo muito bem conseguido para a Super Nintendo, apresentando gráficos bastante coloridos e detalhados. O facto de usar o chip auxiliar SA1 no cartucho (conferindo-lhe maior velocidade de processamento e mais RAM adicional) também contribuiu para os belos gráficos e música que, tal como habitual na série Kirby, possui sempre melodias bastante agradáveis. A excepção (para o bom sentido) está mesmo no Revenge of the Meta-Knight que, sendo um sub-jogo mais caótico e com foco na acção, possui músicas mais agressivas, que me agradaram ainda mais.

Os minijogos são também bastante originais!

Portanto este pequeno cartucho da Super Nintendo acabou por ser uma agradável surpresa pela quantidade de conteúdo que lá contém e pelas mecânicas de jogo que introduziram, ao fomentar o espírito de cooperação ao activar a habilidade de colocar 2 personagens jogáveis em simultâneo. Ainda assim esta não é a versão difinitiva do jogo, pois anos mais tarde, em 2008, foi lançado para a Nintendo DS o Kirby Super Star Ultra, uma versão deste jogo ainda com mais conteúdo e mini-jogos.