Famicom Detective Club: The Missing Heir & Famicom Detective Club: The Girl Who Stands Behind (Nintendo Switch)

O artigo de hoje vai ser uma dose dupla pois na verdade para além destes jogos serem vendidos em conjunto eu também os joguei de forma seguida. A série Famicom Detective Club sempre me despertou algum interesse, desde que experimentei um dia, há muitos anos atrás, o remake da Super Famicom do segundo jogo da série, o The Girl Who Stands Behind. A apresentação do jogo era incrível, mas sendo um jogo muito pesado em texto e estando apenas em Japonês acabei por não o jogar. Entretanto foram saíndo patches de tradução feitos por fãs mas passaram-me completamente ao lado. Eis que em 2021, num Nintendo Direct, a Nintendo anuncia um remake de ambos os jogos desta série para a Switch, um anúncio que me apanhou completamente despercebido! E mais, o ocidente também os iria receber, embora apenas de forma digital. Já os japoneses receberam uma edição de coleccionador lindíssima, que eu acabei por importar do Japão, por cerca de 60€, algures no verão de 2023. Infelizmente a versão física japonesa está inteiramente em japonês pelo que adicionei a versão digital em inglês aos favoritos, na esperança que algum dia estivesse em promoção na eshop. Mas tal nunca chegou a acontecer e quando os gold points que fui amealhando começaram a expirar, lá o comprei por cerca de 45€.

Edição de coleccionador, exclusiva do mercado Japonês. Traz um grande livro de arte, dois folhetos com arte/publicidade dos lançamentos originais de Famicom Disk System, caixa exterior de cartão, caixa, sleeve de cartão com dois CDs de banda sonora (não fotografados) e cartucho.

A série Famicom Detective Club, pelo menos até ao anúncio deste remake, consistia nestes dois títulos, o The Missing Heir e o The Girl that Stands Behind, ambos lançados originalmente para o sistema Famicom Disk System em 1988 e 1989, com ambos os lançamentos a serem divididos em duas partes. Em 1997 a Nintendo lança um novo jogo através do sistema Satellaview, que permitia aos subscritores desse serviço descarregarem certos jogos por satélite, jogos esses que eram posteriormente enriquecidos com conteúdo como vídeo, voice acting e música com instrumentos reais, tudo transmitido em directo através do serviço em certos dias e horas. Infelizmente, tendo em conta o tipo de serviço que era, muito se perdeu desde então e emular nunca seria a mesma experiência. No ano seguinte, em 1998, a Nintendo lança um remake do segundo jogo ainda para a Super Famicom. No entanto, essa versão nunca chegou a ter um lançamento físico em retalho, tendo apenas estado disponível no serviço Nintendo Power. Basicamente poderíamos ir a um certo quiosque da Nintendo e com cartuchos regraváveis comprar certos jogos e descarregá-los para o cartucho. Muitos dos lançamentos tardios da Super Famicom apenas ficaram disponíveis dessa forma! Mais tarde ainda, as versões originais Famicom Disk System foram relançadas na Game Boy Advance e posteriormente em serviços digitais como as virtual console.

O primeiro jogo começa com um cliché: a nossa personagem ficou com amnésia após um acidente. Por azar a investigação já estava bem avançada pelo que teremos de recomeçar do zero.

Uma vez feitas as introduções, mas então em que consistem estes jogos afinal? São aventuras gráficas ao estilo nipónico (ou seja muito influenciadas por clássicos como o Portopia) onde tanto num caso como no outro encarnamos num jovem detective que precisa de resolver um caso de homicídio (e que eventualmente poderá escalar com mais crimes). Tal como no clássico da Enix, temos acesso a um menu com toda uma série de acções básicas como falar, observar, interagir ou viajar. As opções observar ou interagir/pegar podem ter já algumas sub-opções já pré-seleccionadas, ou temos também a liberdade de controlar um cursor e escolher ao certo o objecto, pessoa com os quais queremos interagir. E tal como no Portopia, a história vai avançando assim que conseguirmos desbloquear uma série de diálogos ou interagir com alguma parte importante do cenário, o que nos pode levar algumas a repetir todos os comandos em todos os locais até desbloquear a narrativa. Para além disso, em ambos os jogos vamos ter acesso a um bloco de notas com notas sobre todas as personagens envolvidas em cada mistério e cuja informação vai sendo adicionada automaticamente à medida que vamos avançando na história. Gostei da parte em como o jogo sublinha as restantes personagens que estejam relacionada sempre que lemos alguma nota específica.

Apesar dos visuais bem mais detalhados, a interface é a mesma de sempre e ainda bem, pois já tinha saudades de jogar algo assim

O The Missing Heir coloca-nos a investigar a misteriosa morte de uma senhora idosa que vivia numa remota aldeia, pouco tempo depois da mesma ter escrito o seu testamento. Acontece que essa senhora para além de ter uma bruta mansão liderava também uma poderosa empresa e o que não faltam são herdeiros com interesse em todo esse poder e riqueza. Para além de toda a componente de aventura, a recta final deste jogo inclui um pequeno segmento de dungeon crawling, onde temos de explorar um labirinto na primeira pessoa, também algo que o Portopia havia feito anos antes. O segundo jogo, o The Girl That Stands Behind, acaba por ser uma prequela, contando como o protagonista se tornou detective e a história do primeiro caso que ajudou a resolver: o da morte de uma jovem estudante de uma escola secundária. Iremos portanto falar com muitos outros alunos e professores e rapidamente chegar à conclusão que esse caso poderá estar relacionado com um outro homicídio que aconteceu há 15 anos atrás, assim como o mito urbano da escola estar assombrada desde essa altura.

Os jogos surpreenderam-me pela narrativa madura. O The Girl that Stands Behind é capaz de ser o único jogo da Nintendo que nos leva a um distrito red light.

A nível audiovisual, ambos os jogos foram todos refeitos. Longe estão os gráficos estáticos e primitivos, com toda a estética a ter agora um look bem mais anime, mas tudo bem mais detalhado. O facto de os cenários e personagens com as quais vamos interagindo serem constantemente animadas também é um factor muito positivo. Todos os diálogos, incluindo os pensamentos e falas do protagonista que controlamos, são narrados em japonês e o acting parece-me bastante bom. As músicas vão sendo bastante agradáveis e correspondem perfeitamente ao que ouviríamos se estivéssemos a ver algum filme policial nos anos 80. As cenas do crime são algo violentas e teremos de investigar todos os cadáveres que iremos eventualmente encontrar e por vezes o jogo tem momentos de bastante tensão que estão muito bem conseguidos. São de longe os jogos mais maduros/adultos que alguma vez joguei vindo da própria Nintendo, o que foi também um factor muito positivo e que me surpreendeu bastante. Os feiticeiros da M2 estiveram também envolvidos na criação destes remakes, ao disponibilizarem as bandas sonoras originais de ambos os jogos, podendo as mesmas serem alteradas dentro do jogo, num menu de opções. O The Girl that Stands Behind oferece ainda a banda sonora da versão Super Famicom. Infelizmente no entanto essa alteração da música não é em real time e uma vez terminada a história, temos a opção no menu inicial de ouvir a banda sonora, mas essa opção está apenas trancada à banda sonora criada especificamente para os remakes. Seria também fantástico se pudéssemos alternar entre os visuais das versões originais e os remakes.

Gostei da forma como a informação ficou organizada no bloco de notas assim como as relações entre as personagens são salientadas

Portanto devo dizer que fiquei muito surpreendido pela positiva com estes remakes dos dois primeiros Famicom Detective Club. Apesar da sua jogabilidade algo datada e que nos levará muitas vezes a escolher as mesmas opções vezes sem conta para conseguirmos avançar com a narrativa, a verdade é que as histórias são excelentes e com um nível de maturidade que não estava de todo à espera de encontrar num jogo que é propriedade intelectual da própria Nintendo. É uma pena o lançamento físico disto se ter ficado apenas pelo Japão. A edição de coleccionador é fantástica, mas eu contentava-me com um lançamento normal. No entanto, sendo este um jogo de nicho, compreendo perfeitamente a Nintendo não o ter lançado fisicamente cá. No entanto não compreendo é o facto de a sua versão digital nunca ter entrado em promoção na eShop, pelo menos desde 2023. Ainda assim presumo que o jogo tenha vendido suficientemente bem, pois a Nintendo voltou a fazer das dela e, no meio do nada uma vez mais, anunciam num Nintendo Direct no ano passado uma sequela inteiramente nova: Emio – The Smiling Man. Para além disso, o jogo teve um lançamento físico no ocidente, pelo que eu fiz questão de votar com a carteira e comprá-lo no lançamento. Irei seguramente jogá-lo em breve!

Yakuza 5 Remastered (Sony Playstation 4)

O quanto eu esperei para jogar este jogo! Lembro-me perfeitamente de ver vários trailers por altura do seu lançamento original japonês na PS3, todos cheios de acção e coisas completamente estapafúrdias, como o Kiryu Kazuma a fazer corridas num taxi. O hype para este Yakuza 5 era real mas a Sega tardou bastante em confirmar o seu lançamento para o Ocidente. Para terem uma noção, o jogo foi originalmente lançado em Dezembro de 2012 no Japão, mas só em Dezembro de 2015 é que a Sega o traz para o Ocidente. Nessa altura, já a Playstation 4 estava com força no mercado, pelo que esse lançamento da PS3 acabou por ser apenas digital, com muita pena minha. Entretanto, na altura eu era subscritor do Playstation Plus e um dos últimos jogos PS3 que a Sony disponibilizou aos subscritores foi precisamente o Yakuza 5! Mas entretanto a minha vida nessa altura já era bastante ocupada e poucos foram os jogos mais longos que peguei. Entretanto avançemos para o início de 2020, onde a Sega lança uma colectânea intitulada de Yakuza Remastered Collection, contendo os Yakuza 3, Yakuza 4 e este quinto jogo da saga, pela primeira vez disponível em formato físico no Ocidente. Foi o primeiro jogo que fiz uma pré-reserva em muitos anos e esta colectânea é uma edição limitada que traz, entre outras pequenas coisas, uma caixa vazia do Yakuza 5 para a PS3. Sinceramente nem sei se fique triste ou contente (era óptimo que essa caixa tivesse um blu-ray da versão PS3 também).

Compilação com sleeve exterior, steelbook, papelada diversa e uma caixa vazia do Yakuza 5 para a PS3 só porque a Sega achou piada.

A história leva-nos precisamente a Dezembro de 2012 (a coincidir com a data do lançamento original japonês) onde encarnamos uma vez mais no Kiryu Kazuma que continua afastado da organização Yakuza onde pertenceu mas agora até abandonou o orfanato que estava a cuidar, sendo agora um mero taxista em Fukuoka. Mas claro, os problemas acabam sempre por lhe bater à porta e não me vou alongar na descrição da história, pois um dos pontos fortes deste jogo é precisamente a sua narrativa, agora um pouco mais lenta, mas em constante crescendo e foi algo que eu gostei bastante. A dizer apenas que ao longo do jogo iremos controlar 5 personagens distintas: o já referido Kiryu, o bicho Saejima (que regressa do Yakuza 4), a jovem Haruka (que possui mecânicas de jogo completamente diferentes), o Akiyama (que também regressa do Yakuza 4) e o Shinada, uma personagem inteiramente nova e que apesar de eu não ter sido o maior fã do seu sistema de combate é uma personagem bastante interessante. É um antigo jogador de baseball que apesar de super talentoso teve de colocar um ponto final na sua carreira e está agora falido, cheio de dívidas e a sua ocupação é fazer reviews a espaços de diversão nocturna para adultos. A história vai-se também desenrolando através de 4 localidades distintas. Kiryu começa em Fukuoka, enquanto Saejima terá uma vez mais de se escapar de uma prisão e acaba por visitar Hokkaido. Haruka e Akiyama começam a sua aventura em Sotembori (Osaka), já o Shinada em Nagoya. O capítulo final, onde todos se encontram é claro em Tokyo, na habitual Kamurocho.

Temos várias novas cidades a explorar: Fukuoka, Hokkaido e Nagoya!

Na sua essência, este Yakuza 5 não foge muito dos anteriores, com várias cidades baseadas em localizações reais para serem exploradas, onde poderemos fazer muita coisa opcional desde cumprir sidequests, jogar em arcade, bowling, casino, pescar, cantar karaoke e muitos outros mini-jogos, assim como comer em restaurantes e beber uns copos em bares. Ou engatar miúdas em clubes nocturnos! Para além de tudo isso, iremos na maior parte do tempo andar à porrada contra outros bandidos, com o jogo a assumir mecânicas de beat ‘em up e toques ligeiros de RPG, visto que cada personagem vai ganhando experiência, subindo de nível e aprender novas habilidades. A jogabilidade de Kiryu é a mesma de sempre, o homem é uma besta e consideravelmente ágil. Saejima é ainda mais forte mas mais lento, se bem que felizmente se controla muito melhor que no Yakuza 4, aqui Saejima é mais fluído. O Akiyama é super ágil e com pontapés de meter inveja ao Van Damme e o Shinada… bom… confesso que não gostei muito das suas mecânicas de combate. A menos que o equipem armas, aí ele já ganha uma nova vida. Tendo em conta que as armas com ele até duram mais tempo, é mesmo suposto utilizarmos armas nos seus combates mais desafiantes.

As arcades da Sega, para além das habituais máquinas de apanhar bonecos ou tirar fotos, têm alguns jogos a sério também. Um deles um shmup feito especialmente para o Yakuza 5, outro é o clássico Virtua Fighter 2 e por último uma adaptação do Taiko no Tatsujin, um jogo rítmico… da Namco!

Antes de avançar para a Haruka, que possui mecânicas de jogo completamente distintas como já referi, deixem-me só deixar algumas notas adicionais da minha experiência em jogar com todas as personagens masculinas. A primeira coisa que me chamou à atenção é o facto de termos muitos mais combates do que seria normal. Os combates, tirando aquelas associados à história e sidequests, são algo aleatórios como é normal na série. Os inimigos surgem no ecrã com balões de diálogo vermelhos sobre as suas cabeças e começam a correr na nossa direcção, se nos apanharem somos levados para um combate. No entanto, foi muito frequente eu sair de um combate, dar um ou dois passos e entrar logo noutro. Por vezes chateava um pouco, mas ao menos facilitou o grinding necessário para que as nossas personagens ganhem mais experiência. Duas coisas que também me irritaram: há bem mais gente nas ruas e por vezes andar em ruas mais estreitas é um problema, visto que as pessoas simplesmente não saem da frente. Outra coisa que me incomodou um pouco e só reparei que afinal não era culpa minha já no último terço do jogo é o facto de nós estarmos a ir numa direcção, entramos num combate e quando saímos do mesmo a câmara e o nosso personagem estão voltados noutra direcção qualquer, o que me fez muitas vezes andar algo perdido e achar que eu é que estava a perder o meu sentido de orientação. Por fim, a última coisa que me incomodou em todo este sistema de combate está precisamente no uso das armas. À medida que as vamos usando em combate, vamos ganhando experiência na aptidão para utilizar certas armas. O problema é que existem armas bem poderosas no jogo que poderemos vir a ganhar e muito jeito podem dar em certos confrontos mais difíceis. O problema é que as personagens muito provavelmente não terão a experiência necessária para as conseguirem utilizar, logo obrigando-nos ainda a mais grind.

Cada personagem (excepto o Akiyama) possui toda uma história secundária à parte que podemos também completar. Kiryu tanto tem de transportar passageiros em segurança no seu taxi, como participar em corridas ilegais na auto estrada!

Em relação à Haruka, bom ela não pode simplesmente andar à porrada com bandidos. A parte dela da história (que sim, mais tarde se vem a perceber que está relacionada com tudo o resto que está a acontecer) é que Haruka foi recrutada por uma agência que a está a treinar para a tornar numa vedeta. Tudo o que anda à volta de Haruka é portanto um jogo de ritmo, seja a dançar, seja a cantar. Felizmente não há batalhas aleatórias, mas nas ruas de Sotenbori vemos várias outras meninas dispostas a serem desafiadas para uma dance battle, sendo essa uma das formas que temos de ganhar experiência. As dance battles são um dos diferentes mini-jogos com mecânicas de ritmo, mas de longe as mais complexas de tudo o que a Haruka faz. Felizmente que à medida que vamos ganhando experiência e subindo de nível ganhamos também habilidades que nos permitem ter mais alguma vantagem neste tipo de batalhas. Para além das danças, outra actividade recorrente de Haruka é cantar, sendo este um jogo rítmico mais convencional, diria. Para além disso, Haruka tem também sidequests e pode explorar Sotenbori à vontade, não podendo no entanto consumir álcool ou entrar em estabelecimentos de gambling ou outro tipo de diversão para adultos.

As batalhas de dança da Haruka são um pouco chatas. Com o direccional devemos escolher a barra certa e pressionar o botão certo no tempo certo. Por exemplo, neste caso deveríamos pressionar o direccional para a direita e depois pressionar X e X na altura certa.

Para além de tudo isto, cada personagem (excepto o Akiyama) tem também uma side story (ou uma sidequest musculada se lhe quiserem assim chamar). Começando pela Haruka, ela vai ter de participar numa série de eventos organizados pela sua agência, cada qual com diferentes mini-jogos associados. Desde performances de dança e canto, passando por meet and greets com fãs, presença em diversos programas na TV (cada qual com diferentes mecânicas de jogo também) entre outros. Aliás, para além de tudo isto, Haruka pode também participar num espectáculo de comédia standup como assistente de um comediante! O Kiryu tem o seu emprego de taxista e tanto teremos missões de levar passageiros do ponto A ao ponto B, onde teremos de ter cuidado com acelerações/travagens bruscas e respeitar todas as regras de trânsito como usar piscas, parar em semáforos, etc, tudo isto enquanto vamos conversando com os nossos passageiros, ou simplesmente fazer corridas em autoestrada para combater um “gangue da alta velocidade”. O Saejima a certo ponto na história vai ficar retido numa aldeia remota nas montanhas, pelo que o seu minijogo é explorar a floresta gelada e caçar animais. Já o Shinada, sendo ele um prodígio do baseball, a side story dele anda à volta de desafios no batting center, com mecânicas de jogo ligeiramente diferentes e, principalmente depois de treinarmos, nos dão muita mais precisão e uma preciosa câmara lenta para dar tacadas certeiras.

O Saejima vai ter de andar à porrada com um urso gigante porque sem isso este não seria um Yakuza

A nível audiovisual este é um jogo lançado originalmente para a PS3 e utiliza o mesmo motor gráfico do Yakuza 4, pelo que não esperem por grandes melhoramentos nos gráficos em si. As personagens principais estão bem detalhadas, mas a maioria dos transeuntes ou bandidos com os quais lutamos são bem mais genéricos, o que tem sido normal na série. Mas sim, há uma maior variedade de cenários com todas as novas localidades que podemos explorar. O voice acting é todo em japonês como seria de esperar e parece-me bem competente! A banda sonora anda à volta daqueles temas mais rock principalmente nos combates, mas temos também muita coisa mais pop devido à história da Haruka.

Como sempre, o que não falta aqui são momentos bizarros!

Portanto este Yakuza 5 é um jogo que gostei, mas ainda assim deixou-me com um sentimento algo agridoce. Como já referi, confesso que não gostei muito das mecânicas de jogo da Haruka visto eu não ser o maior fã de jogos rítmicos mas podemos sempre jogar essas secções num modo de dificuldade mais baixo. O Shinada, apesar de ter adorado a personagem, também não me agradou a 100% o seu sistema de combate. O excesso de combates “aleatórios” e algumas dificuldades na exploração foram também pontos que não me agradaram muito. Mas tirando isso, há que dar a mão à palmatória e também parabenizar a equipa de desenvolvimento pelo esforço que tiveram em introduzir muita coisa nova: novas localizações a explorar, muitos novos mini-jogos e imenso conteúdo opcional para fazer, muito desse conteúdo feito com bastante criatividade também. No entanto tenho 105 horas de jogo em cima e no final já me estava a aborrecer um pouco. A gota de água foi quando tentei derrotar os Amon (os super bosses da série), mas desisti de lutar contra o Jo Amon. No Yakuza 5 ele é absolutamente demolidor e com a frustração decidi avançar e terminar a história em si. Do que eu habitualmente costumo fazer nos jogos da série ficou-me a faltar os torneios de luta underground em Kamurocho (para além do Victory Road, mais um conteúdo opcional e esse sim , terminei), assim como ainda me faltam evoluír a 100% algumas personagens. Fica para uma outra altura que decida revisitar o jogo e continuar num post game. Mas não quero deixar uma má imagem do jogo, pelo que termino a reforçar que pesando tudo, gostei bastante de jogar este Yakuza 5, a sua história é excelente!