Rainbow Islands (Sega Master System)

Continuando pelas rapidinhas e pelos sistemas de 8bit vamos agora ficar com mais um clássico da Taito, este Rainbow Islands (The Story of Bubble Bobble 2) que como o seu nome indica é a sequela de um outro clássico arcade da Taito, Bubble Bobble. Curiosamente o Bubble Bobble é também um jogo que teve uma conversão para a Master System, mas essa teima em não me aparecer a um preço apetecível. Esta conversão é também algo curiosa pelo seu lançamento tardio: o original arcade é de 1997, enquanto que este lançamento da Master System sai apenas em 1993! Este meu exemplar do Rainbow Islands foi comprado a um amigo meu no passado mês de Março por 30€.

Jogo com caixa, manual e papelada

Os protagonistas são os mesmos de Bubble Bobble, embora estejam agora na sua forma humana, já a jogabilidade nada tem a ver com o original. Em vez de lançarem bolhas de ar com as quais poderiam derrotar os inimigos, Bubby e Bobby têm o poder de criar arco-íris, que tanto podem servir de plataformas temporárias, como para atacar os inimigos que populam cada nível. Saltando em cima de um arco íris faz também com que o mesmo caia e isso é também outra maneira de derrotar inimigos que estejam abaixo do caminho de queda do mesmo, mas também os que estejam acima do arco-íris, nas suas proximidades. De resto, tal como no Bubble Bobble, derrotar inimigos faz com que estes larguem alguns itens variados. A comida apenas nos dá pontos extra, embora outros nos possam dar alguns benefícios como nos tornarmos mais rápidos, podermos criar mais arco-íris em simultâneo, invencibilidade, vidas extra ou outros ataques mágicos temporários, como várias estrelas a serem disparadas em múltiplas direcções e causarem dano em todos os inimigos que toquem.

Em certos pontos de cada nível vemos um placard que nos indica quantos diamantes nos faltam para formar a palavra RAINBOW

Mas os itens mais importantes são mesmo os diamantes coloridos, pois permitem eventualmente desbloquear o último conjunto de níveis e o final verdadeiro. O jogo está repartido em sete mundos (mais o tal desbloqueável) com 4 níveis cada e um boss. O desafio é então, durante os 4 níveis desse mundo, coleccionarmos pelo menos um diamante de cada cor (são também sete no total), para que depois de derrotado o boss sermos recompensados com um diamante gigante. Sabemos que estamos ou não perto de coleccionar os diamantes de todas as cores pois cada uma corresponde a uma letra da palavra RAINBOW cuja vai surgindo em placards espalhados pelos níveis. Coleccionando 7 diamantes gigantes, que correspondem aos 7 mundos que temos para explorar, lá desbloqueamos o oitavo e último mundo. O jogo encoraja-nos então a perder algum tempo em tentar derrotar o máximo de inimigos possível e recolher as suas recompensas para assim conseguirmos eventualmente desbloquear o final verdadeiro, no entanto também não podemos demorar demasiado tempo, pois a partir de certo momento o nível começa a ser inundado de água para nos colocar pressão adicional para o completar mais rapidamente.

Os bosses apesar de serem sprites grandes poderiam ter um pouco mais de animação

No que diz respeito aos gráficos estamos perante um jogo simples, pois o próprio material original é de 1987, apesar de achar que esta versão Master System poderia ser um pouco mais colorida. As personagens têm todas um aspecto muito “fofinho” tal como acontecia no próprio Bubble Bobble. Os níveis vão sendo algo temáticos, existindo mundos com temas militares, sci-fi, terror, entre outros, cujos temas se vão reflectindo tanto nos inimigos que teremos de derrotar, como nos cenários, embora estes últimos sejam tipicamente muito simples. Os bosses já são sprites grandes embora não tenham grandes animações. Gostei no entanto da surpresa do boss do mundo 7 (retirado da saga Darius, também da Taito) e o último conjunto de níveis é também todo inspirado no Bubble Bobble original. Entre cada mundo vamos tendo também umas breves cut-scenes que apesar de bastantes simples, possuem também o seu charme. A banda sonora é simples mas com músicas agradáveis. Naturalmente, a música do oitavo mundo, o tal desbloqueável e inspirado no Puzzle Bobble é também desse jogo.

Entre cada nível somos presenteados com cut-scenes simples, mas charmosas

Portanto estamos aqui perante um jogo sólido da Taito e com um charme muito próprio, tal como o próprio Bubble Bobble o tinha. Aparentemente esta conversão para a Master System é uma das mais sólidas que foram lançadas noutros sistemas 8bit, também mau era, tendo em conta que o jogo saiu já em 1993. No que diz respeito aos sistemas da Sega, existe também uma conversão para a Mega Drive que me parece muito boa, mas essa infelizmente é um lançamento exclusivo japonês.

Sobre cyberquake

Nascido e criado na Maia, Porto, tenho um enorme gosto pela Sega e Nintendo old-school, tendo marcado fortemente o meu percurso pelos videojogos desde o início dos anos 90. Fã de música, desde Miles Davis, até Napalm Death, embora a vertente rock/metal seja bem mais acentuada.
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