Nakajima Satoru Super F-1 Hero (Super Nintendo)

Tempo de voltar às rapidinhas, agora para mais um jogo de Fórmula 1, desta vez um lançamento exclusivo da Super Famicom, logo lançado apenas em território Japonês. Apesar de não existir nenhum patch de tradução para inglês, este Super F-1 Hero até que é bastante import friendly, com todos os menus e opções importantes já estarem em inglês. O meu exemplar foi comprado algures em Fevereiro na loja Mr Zombie por menos de 12€.

Jogo com caixa e manual

Ora, tal como o nome indica, este é mais um dos muitos jogos de Fórmula 1 que foram desenvolvidos nos anos 90. Tem no entanto a licença de uso do nome de Satoru Nakajima, um ex-piloto da modalidade, o primeiro nipónico a competir ao longo de uma temporada inteira na prova. E logo quando começamos o jogo temos a hipótese de escolher que modo de jogo queremos jogar: Grand Prix, ou Test Run. Ambos os nomes deveriam ser auto explanatórios, o último permite-nos optar correr em qualquer um dos circuitos disponíveis, já o modo Grand Prix deveria ser um modo temporada. Bom e apesar de o jogo ter o seu quê de simulador, não deixa também de ser uma experiência mais arcade, como irei detalhar melhor em seguida.

Apesar de ser um exclusivo nipónico, as poucas coisas que estão efectivamente em japonês são as cutscenes e alguns textos secundários em menus

Ao escolhermos o modo Grand Prix e depois de escrever o nosso nome, temos a opção de escolher 4 níveis de dificuldade distintos, desde o very easy ao very hard. Não sei se a dificuldade do CPU aumenta consideravelmente mediante o nível de dificuldade escolhido, o que se sabe logo nesse ecrã são outras diferenças consideráveis: O número de circuitos que temos de completar varia da dificuldade escolhida (entre 4 a 16) e a posição mínima que deveremos atingir no final de cada corrida também (desde o oitavo ao terceiro lugar). Uma vez decidido o grau de dificuldade o jogo escolhe o próximo circuito onde vamos competir e em seguida temos acesso a um menu que nos permite modificar vários aspectos e peças do nosso carro e em seguida partimos logo para a corrida. Não há cá treinos nem qualificação! Se não chegarmos ao final da corrida dentro de um dos lugares esperados mediante o nível de dificuldade escolhido é game over e poderemos gastar um dos vários continues que temos à disposição. A nível de controlos o direccional controla o carro enquanto os botões de cabeceira servem para engatar mudanças. Os faciais servem para acelerar, travar, desligar/ligar as indicações visuais no topo do ecrã ou activar um turbo que nos dá um boost temporário de velocidade. Temos 5 turbos por corrida, pelo que os deveremos utilizar com moderação. Uma coisa que achei bastante injusta é o facto dos carros que nos perseguem, quando nos forem a ultrapassar, se embaterem no nosso carro, nós perdemos velocidade, mas eles não.

Graficamente até que é um jogo competente, mas continuo a achar que não custava nada ter também a informação da nossa posição actual na corrida

A nível audiovisual até que é um jogo competente. As corridas são todas na primeira pessoa com o circuito em si a ser renderizado como um plano de mode 7, a desvantagem é que tudo no circuito em si é plano. Os carros não estão mal detalhados de todo e temos também umas quantas informações no ecrã: um mapa do circuito e a nossa posição actual, indicações da velocidade, rotações e mudança engrenada no motor e à direita informação da nossa pontuação, tempos e o número da volta actual. A informação da nossa posição na corrida só surge no ecrã de cada vez que atravessemos a meta. Para além disso temos também um espelho retrovisor no topo do ecrã mas não é muito útil pois os carros batem contra nós de qualquer das formas. Já a banda sonora sinceramente até a achei bastante agradável, particularmente aquelas músicas mais rock.

Mediante o nível de dificuldade escolhido, concorremos em diferentes números de circuitos e com prérequisitos distintos

Portanto este F1 Hero é isto. Uma estranha mistura entre simulação e arcade, mas que não é muito bom nem num campo nem no outro. No entanto não é um mau jogo de todo e o facto de a maior parte do jogo e menus estarem em inglês dá a entender que os seus criadores esperariam que o jogo eventualmente fosse lançado no ocidente e aí teriam muito pouco para se traduzir. Mas tal não aconteceu e se acontecesse certamente também não teria o nome do senhor Satoru Nakajima. Aliás, já não é a primeira vez que tal acontece e o Ferrari Grand Prix (embora apenas a versão de Mega Drive) foi lançado originalmente como um destes F-1 Hero no Japão com o patrocínio do senhor Nakajima e relançado no ocidente com outro nome.

Sobre cyberquake

Nascido e criado na Maia, Porto, tenho um enorme gosto pela Sega e Nintendo old-school, tendo marcado fortemente o meu percurso pelos videojogos desde o início dos anos 90. Fã de música, desde Miles Davis, até Napalm Death, embora a vertente rock/metal seja bem mais acentuada.
Esta entrada foi publicada em Nintendo, Super Nintendo com as etiquetas , . ligação permanente.

Deixe uma Resposta

Preencha os seus detalhes abaixo ou clique num ícone para iniciar sessão:

Logótipo da WordPress.com

Está a comentar usando a sua conta WordPress.com Terminar Sessão /  Alterar )

Imagem do Twitter

Está a comentar usando a sua conta Twitter Terminar Sessão /  Alterar )

Facebook photo

Está a comentar usando a sua conta Facebook Terminar Sessão /  Alterar )

Connecting to %s

This site uses Akismet to reduce spam. Learn how your comment data is processed.