Battlefield 4 (PC)

O Battlefield 3 foi o último jogo onde ainda dediquei bastantes horas na sua vertente multiplayer. Desde então a minha colecção tem vindo a crescer bastante pelo que, apesar de muitos jogos terem modos multiplayer robustos e divertidos, pura e simplesmente actualmente prefiro gastar as dezenas de horas que perderia num multiplayer em jogar antes outros jogos. De resto, não me lembro de todo como este jogo veio parar à colecção pois não fiz nenhum registo disso. Na Origin tenho a Premium Edition com todos os DLCs, na estante tenho a versão normal. O que eu suspeito que tenha acontecido é o mesmo do Battlefield 3, ou seja, que me tenham oferecido a chave da Origin e posteriormente arranjei a versão física ao desbarato mais tarde.

Jogo com caixa, papelada e 3 discos

Portanto este artigo será mais breve pois irei-me apenas focar na sua campanha single player que, sinceramente, me desiludiu um pouco, pois até que gostei bastante da campanha anterior. Aqui encarnamos num membro de um esquadrão de elite ao serviço da marinha norte-americana e que nos leva a estar envolvidos numa revolução militar chinesa. Um dos focos desta campanha foi o uso dos binóculos tácticos que poderemos usar na maior parte do jogo, permitindo-nos identificar e “marcar” inimigos no ecrã, bem como a posição de objectivos ou a de caches de munição, onde poderíamos inclusivamente trocar as nossas armas por quaisquer outras que tenhamos então desbloqueado. A grande novidade estava então no facto de nós, como líderes do esquadrão, podermos indicar-lhes quais os alvos a atacar.

Mapas grandes e sem loadings intermédios, perfeito!

Até aqui tudo bem, mas agora vamos para as coisas não tão boas. Uma das razões pela qual gostei da campanha do jogo anterior é o facto de a mesma ser bastante abrangente no sentido em que tal como no multiplayer, poderíamos vir a controlar imensos veículos desde tanques, helicópteros ou aviões. E aqui infelizmente não iremos controlar nenhum veículo aéreo ao longo das 7 missões que compõe esta campanha single player, mas isso é o mínimo. O pior é mesmo que a campanha está repleta de bugs e a inteligência artificial dos nossos companheiros é tão eficaz como ligar o ar condicionado num carro descapotável. Basicamente sempre que os ordenamos para abrir fogo numa determinada posição inimiga, eles apenas fazem o chamado supressing fire, raramente matam alguém. E em confrontos de 3 contra 30 dava jeito que eles fossem um pouco mais eficazes. Havia alturas em que eu estava acampado num canto a eliminar inimigos com uma sniper rifle a torto e a direito e subitamente tinha um inimigo a disparar sobre mim pelas costas. Os inúteis meus companheiros disparavam-lhe à queima-roupa e não o matavam e isto acontecia frequentemente. Mas para além disso a campanha está repleta de bugs, um deles que é inacreditável como não foi corrigido desde 2013 até agora. Na terceira missão, onde temos de nos infiltrar num porta aviões que está prestes a afundar para resgatar um disco rígido, teremos de mergulhar e atravessar alguns corredores submersos. Mas pura e simplesmente a nossa personagem não consegue nadar para a frente! E isto é algo que acontece em todas as versões do jogo, tanto em consolas como no PC, pelo que investiguei. A solução é pausar o jogo, despausar e pressionar imediatamente para frente, a nossa personagem consegue dar umas 3 ou 4 braçadas e avançar um pouco até ficar presa novamente, pelo que teremos de repetir este processo várias vezes até emergimos. Felizmente oxigénio não é um problema.

Na campanha poderemos equipar 2 armas, granadas e ainda 2 gadgets adicionais como minas anti-tanque, mísseis stinger, entre outros.

A nível gráfico este é o primeiro jogo que utiliza o motor gráfico Frostbite 3 da DICE que foi sem dúvida um dos melhores motores gráficos da geração passada. Para um título de 2013, o jogo possui gráficos muito bons e um seus pontos fortes era o sistema de partículas e de física, evidente na destruição de edifícios ou até quando surgiam tempestades tropicais e tufões. A narrativa, no entanto é um pouco fraca. O Irish é tão chato que só me apetecia enchê-lo de balas, o que me facilitou bastante a escolha final que temos de fazer na campanha (a última missão até que foi um bocado anti-climática, para ser sincero). De resto contem com um jogo visualmente muito apelativo e que envelhece bem desde o seu lançamento de 2013.

Portanto este Battlefield 4 possui uma campanha que me deixou algo desiludido. É um FPS sólido, mas estava à espera que a campanha fosse um pouco maior, até para nos dar a oportunidade de controlar mais alguns veículos. A inteligência artificial do nosso esquadrão era horrível e os bugs que encontrei também não foram pontos positivos. No entanto não posso deixar de dizer que durante a campanha fiquei logo com o bichinho de ir jogando alguns mapas no multiplayer, pois foi no Battlefield 4 que começaram a introduzir alguns eventos externos nos mapas multiplayer como o surgimento repentino de tempestades ou destruição de edifícios massivos para apimentar um pouco mais as coisas.

Sobre cyberquake

Nascido e criado na Maia, Porto, tenho um enorme gosto pela Sega e Nintendo old-school, tendo marcado fortemente o meu percurso pelos videojogos desde o início dos anos 90. Fã de música, desde Miles Davis, até Napalm Death, embora a vertente rock/metal seja bem mais acentuada.
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