Vamos a mais uma rapidinha, mas agora para a Nintendo DS, mais precisamente para a Nintendo DSi pois o jogo que cá vos trago hoje é um título digital que se encontrava à venda na loja DSiWare. Mas tal como os outros títulos DSiWare que tenho na minha Nintendo DS, não gastei um único tostão. Na altura, ao comprar jogos DS ou Wii, por vezes estes traziam alguns códigos que dava para redimir por pontos, pontos esses que poderiam ser usados na loja e que eu acabei por gastar ao comprar este Dragon Quest Wars.
Ora eu sabia pouco do jogo, mas tendo em conta que era um jogo de estratégia no universo Dragon Quest e até foi desenvolvido pela Intelligent Systems, a mesma empresa por detrás da série Fire Emblem, as expectativas até que eram algo elevadas. Mas, sendo um título digital numa plataforma ainda algo limitada como a Nintendo DS, o jogo é bastante simples.
Basicamente temos uma área de jogo que é uma grelha quadriculada, onde poderemos ir movendo as nossas “tropas” e nos diferentes modos de jogo a ideia é sempre a mesma: temos de escolher o nosso esquadrão com 4 dos monstros do universo Dragon Quest e o objectivo é o de derrotar a equipa adversária. As batalhas são por turnos (que por sua vez são limitados em número) e podemos vencer uma batalha através de diferentes condições: dizimar todo o grupo adversário, chegar ao final dos turnos com mais pontos, ou conseguir mover uma das nossas personagens para a base inimiga. De resto, há um número muito reduzido de criaturas que podemos escolher e essas criaturas por sua vez têm um número limitado de acções. Portanto, isto de RPG não tem nada, é puramente um jogo de estratégia por turnos. E o facto de haverem poucos monstros que podem ser usados, acaba também por ter uma importância estratégica maior, pois temos de conhecer bem quais as capacidades e limitações de cada monstro e de certa forma antecipar qual será a estratégia a ser usada pelo adversário. Por exemplo, os Hammerhood têm um ataque físico capaz de causar dano a uma linha de 3 quadrados à sua frente, os Golems são poderosos mas a cada ataque que executam sofrem também dano e os Healslimes, apesar de não terem nenhuma habilidade de ataque, possuem outras habilidades de curar e suporte que podem ser uma autêntica dor de cabeça.

No que diz respeito aos modos de jogo, temos um modo treino que serve de tutorial para nos ensinar as mecânicas base e temos posteriormente vários outros modos de jogo. O foco maior seria o multiplayer, que poderia ser jogado localmente por wireless, ou pela internet, mas foi algo que não experimentei sequer. Mas temos também o free battle, onde poderemos lutar contra o CPU, seja em combates versus, seja em combates survival, onde existem 4 equipas de 4 monstros cada a lutarem entre si e a ideia é a de vencer a equipa que conseguir sobreviver ao massacre. De resto, a nível de controlo é um jogo simples, todas as acções são feitas usando a stylus, desde o posicionamento das nossas unidades, bem como a escolha das acções que queremos executar. Ainda assim, por vezes a acção de arrastar uma unidade para a posição pretendida nem sempre corre bem, por vezes o jogo assume que queremos levar a nossa personagem para outro sítio, e o mesmo acontece por vezes ao escolher o alvo das nossas acções. De resto, nada a apontar, é uma interface simples.

A nível gráfico este é um jogo simples. O ecrã inferior é onde decorre toda a acção e as arenas, bem como todos os monstros, são renderizados em 3D, com a mesma qualidade de jogos como o Dragon Quest IX. Já o ecrã superior é onde podemos consultar o estado das tropas na batalha, que monstros ainda estão disponíveis, qual a sua barra de vida, bem como as informações do que faz cada acção/golpe, quando os estamos a escolher. No que diz respeito ao som, a banda sonora é composta por músicas agradáveis que serão certamente familiares a que já tenha jogado Dragon Quests.
Portanto este Dragon Quest Wars é um jogo simples, mas que até é capaz de entreter. Mas caso joguemos sozinhos, e apesar de podermos escolher não só o nosso esquadrão, mas também o que será controlado pelo CPU, acaba por não ter lá muito conteúdo. Ainda assim é um conceito que teria potencial para um jogo bem mais completo, caso a Square-Enix eventualmente o decida ressuscitar.