Voltando às rapidinhas no PC, o jogo que vos trago cá hoje é mais uma sequela da longa série King’s Quest da Sierra, o grande avô das aventuras gráficas! Tal como os restantes jogos da série, o meu exemplar veio ter à minha biblioteca do steam após ter comprado um humble bundle algures no ano passado, onde por uma bagatela se podia comprar DEZENAS dos clássicos da Sierra. Como ainda me faltavam jogar muitas das suas séries clássicas, naturalmente que não poderia falhar.
Ora e este jogo inicialmente não parece ter qualquer ligação ao reino de Daventry, pois encarnamos no jovem Gwydion, que vive como escravo na casa de um poderoso feiticeiro que o trata como lixo. Mas certa altura o feiticeiro diz que vai sair para tratar de uns assuntos e é tempo então de escapar dali para fora e explorar o resto do mundo à nossa volta.

Esta é mais uma aventura que ainda usa o motor gráfico AGI da Sierra, pois foi ainda lançado originalmente em 1986. Portanto para além de gráficos em baixa resolução e ainda sem qualquer suporte a rato ou placas de som na versão PC, temos ainda de escrever numa linha de comando quais as acções que queremos executar, ao depender então que o parser entenda o que queremos fazer, para além de algumas acções serem sensíveis à nossa localização exacta. Também tal como nos outros King’s Quest e jogos da Sierra no geral o que não falta aqui são diferentes maneiras de morrer, desde as tradicionais de cair de precipícios ou escadas, bem como não reagir atempadamente a alguns encontros com certas criaturas. E este é um daqueles jogos que recomendo vivamente que usem um guia, até para ultrapassar os mecanismos de protecção anticópia, que nos obrigariam a ter um manual para consultar lá umas dicas. Felizmente que nesta colectânea do Steam os manuais estão também incluídos!

A nível gráfico é então um jogo muito modesto, até porque usa ainda o motor AGI, que suporta apenas cores EGA no máximo, bem como os cenários são ainda de baixa resolução. Mas achei que este King’s Quest III ficou uns furinhos acima dos anteriores, que não tinha gostado lá muito, mas continuo a preferir os gráficos simplistas do primeiro Larry e Police Quest que também usam ainda este motor gráfico. A nível de som, bom a versão PC apenas suporta os típicos PC-Speaker, pelo que não há grandes músicas e quando as há, apenas ouvimos os típicos blips e blops. A ver como se safaram no jogo seguinte, que já usa o motor SCI!