Assault City (Sega Master System)

Continuando pelas rapidinhas e em consolas da Sega, vamos agora ficar com um light gun shooter lançado para a Master System no início da década de 90. Assault City acabou inclusivamente por ser lançado em 2 versões distintas, uma que suporta apenas a light phaser, e outra, mais comum, que suporta apenas o comando normal ou o joystick. Porque não fizeram antes uma versão que suportasse ambos os periféricos sinceramente não consigo compreender. A minha versão suporta apenas os comandos normais, veio da Cash Converters algures no passado mês de Abril por 12€.

Jogo com caixa e manuais

Assault City decorre algures no futuro, onde as máquinas se revoltaram contra os humanos e começaram a atacá-los. Nós encarnamos num soldado que descobre uma pessoa gravemente ferida e que, antes de falecer, lhe entrega uma arma toda high-tech e lhe pede para viajar até ao centro de controlo, onde poderemos destruir o computador que gere todos os outros robôs e assim terminar este banho de sangue.

Graficamente nem é um mau jogo, pena que os inimigos possuam poucas animações

Como muitos outros light gun shooters da era 8bit, não esperem por um jogo tão dinâmico quanto isso. Começamos por um nível de treino que é uma galeria de tiro, onde vão surgindo no ecrã vários alvos humanos ou robôs e naturalmente devemo-nos focar apenas em atingir os robôs. Mediante a nossa performance nesse nível de treino, o nível de dificuldade do jogo em si rambém se irá adaptar às nossas habilidades. Depois lá começamos a aventura a sério, com o ecrã a ir fazendo scrolling automático da esquerda para a direita e o objectivo vai ser o de destruir todos os robôs que nos vão aparecendo no ecrã, sendo que num dos níveis teremos também alguns humanos que devemos evitar atingir.

Engrish fresquinho

No que diz respeito às mecânicas de jogo, este não difere muito de outros shooters similares da sua época, como o Operation Wolf, por exemplo. A primeira parte de cada nível é toda em scrolling automático da esquerda para a direita como já referi, e para além de todos os inimigos que vamos enfrentando, também temos de estar atentos a alguns power ups que podem surgir, sendo que para os coleccionar também teremos de lhes disparar. Estes podem ser medkits que nos regeneram parcialmente a barra de vida, enquanto outros são upgrades para a nossa arma, tornando os nossos disparos mais amplos ou mesmo activando o rapid fire, mas aqui temos de ter em atenção para que a arma também não sobreaqueça. No final de cada nível espera-nos também um boss, que vai possuindo padrões de ataque diferentes, bem como zonas que se tornam vulneráveis apenas temporariamente, pelo que temos de ter sempre alguma paciência quando os enfrentamos.

Temos de estar especialmente atentos aos bosses pois levantam as suas defesas por pouco tempo

A nível audiovisual é um jogo até algo interessante, tendo em conta as limitações da consola. Os níveis são coloridos e variados entre si, assim como os inimigos. Entre cada nível vamos tendo cutscenes muito simples (e cheias de engrish) que nos vão contando a história. O meu único senão é que, pelo menos nos primeiros níveis, os inimigos não possuem nenhuma animação quando são derrotados, mas sim temos algumas sprites de explosões a surgirem à sua volta. No entanto, com o sprite flicker, nem sempre me apercebo se realmente acertei nalgum inimigo ou não. Num dos últimos níveis, os inimigos  que lá surgem já possuem animações quando são atingidos, o que é estranho a Sega só se ter preocupado com isso nessa altura… De resto as músicas não são nada de especial.

Portanto este Assault City é um shooter simples, que provavelmente seria bem mais agradável de jogar com uma light phaser em vez de um comando tradicional. Ainda assim é um jogo que dá para entreter e não é dos mais penalizadores quando morremos, pelo que eventualmente lá conseguimos chegar ao final.

Sobre cyberquake

Nascido e criado na Maia, Porto, tenho um enorme gosto pela Sega e Nintendo old-school, tendo marcado fortemente o meu percurso pelos videojogos desde o início dos anos 90. Fã de música, desde Miles Davis, até Napalm Death, embora a vertente rock/metal seja bem mais acentuada.
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