Uncharted 2: Among Thieves (Sony Playstation 3 / Playstation 4)

Depois de ter terminado o primeiro Uncharted, acabei por pegar também na sua sequela logo no dia seguinte. Vinha com algumas expectativas pois gostei do primeiro jogo (atenção que joguei a sua versão remasterizada na PS4) e o Uncharted 2 é um dos títulos mais bem conceituados da Playstation 3, mesmo pelos próprios fãs. Tal como o primeiro, possuo-o para a PS3, cuja minha cópia foi comprada em 2013 na Cash Converters de Alfragide por 10€, mas acabei por me focar na versão remasterizada da PS4, cujo meu exemplar foi comprado algures no passado mês de Abril por 15€.

Jogo com caixa, manual e um folheto publicitário de filmes blu ray que não faço ideia como foi lá parar

A história decorre 2 anos após os acontecimentos do primeiro Uncharted, com Nathan Drake a envolver-se uma vez mais numa caça ao tesouro, com a “competição saudável” de um exército de mercenários. O seu objectivo desta vez é o de procurar a mítica pedra de Cintamani, referida algures nas expedições de Marco Polo ao Oriente. Para além de um assalto a um museu de história em Istambul, iremos percorrer novamente selvas e templos antigos em ruínas, desta vez em Borneo, mas grande parte do jogo é passada mesmo no Nepal, desde uma pequena cidade em pleno estado de guerra, passando por localizações remotas nas montanhas.

Colectânea Nathan Drake Collection para a PS4, no seu lançamento original, com papelada e sem manual como habitual em jogos PS4

No que diz respeito às mecânicas de jogo e controlos, as coisas são muito idênticas às do primeiro Uncharted. Mais uma vez, afirmo que joguei o primeiro Uncharted na sua versão remasterizada para a PS4. As versões PS3 apenas tinha jogado os seus demos na altura em que comprei a consola, algures em 2011. Pelo que li em várias críticas, os controlos do Uncharted 1 foram melhorados no seu remaster, que por sua vez nivelaram os controlos de igual forma nos 3 jogos presentes nessa compilação. Portanto, não senti dificuldade nenhuma ao pegar nesta sequela, que, tal como o seu antecessor, é um misto de exploração e platforming, com acção na terceira pessoa, repletos de tiroteios empolgantes e imensos abrigos para usar. Aliás, os tiroteios até me pareceram mais dinâmicos neste jogo, pois consegui alternar de abrigo em abrigo de uma forma bem mais rápida e natural. A parte do platforming é mais do mesmo, com alguns segmentos onde teremos de escalar paredes e saltar entre plataformas instáveis. Também teremos alguns puzzles ocasionais para resolver, cujas pistas estão presentes no scrapbook que Nate preparou para esta aventura. Aliás, todo o detalhe e bom humor presente nesse mesmo scrapbook foi uma agradável surpresa.

Por vezes podemos usar o elemento surpresa a nosso favor

A nível de jogabilidade creio que a grande novidade introduzida por este Uncharted 2 foi mesmo a inclusão de um modo multiplayer online, que possuía diferentes modos de jogo cooperativos e competitivos. Infelizmente não posso adiantar grandes detalhes pois os servidores foram desligados algures em 2019 e os remasters para a PS4 não incluiram qualquer modo multiplayer. Como todos os DLCs que saíram posteriormente para o Uncharted 2 estavam relacionados com o modo multiplayer (corrijam-me se estiver errado), para mim não se perdeu então nada de especial na transição para o remaster.

No que diz respeito aos audiovisuais, o Uncharted 2 era de facto um jogo excelente, ao apresentar áreas muito bem detalhadas e repletas de bonitos efeitos de luz. Mesmo a nível de performance, é um jogo bem mais estável que o seu predecessor. Portanto, nesta transição para o remaster, parece-me ter um salto qualitativo menor, quando comparado com o primeiro Uncharted, mas ainda assim o jogo corre agora a 60fps numa resolução full HD e com gráficos ligeiramente melhorados no geral face ao original da PS3. Tal como referi acima, vamos explorar diferentes áreas, a começar por um museu de história em Istambul, para depois visitar mais uma selva tropical e com algumas ruínas misteriosas. De seguida somos levados para o Nepal, com uma série de níveis que decorrem numa pequena cidade devastada pela guerra, com o jogo a prosseguir posteriormente para as montanhas nos Himalaias, onde iremos explorar povoações remotas e mais cavernas e templos antigos. Todas estas localizações estão representadas de uma forma muito convincente e confesso que me deixaram com vontade de visitar o Nepal no futuro.

Para além de ter pistas para resolver alguns puzzles, o scrapbook também tem alguns apontamentos bem humorados

Tal como o primeiro jogo, este está também representado com uma narrativa muito aliciante, e uma vez mais as personagens estão muito carismáticas e bem representadas, com um excelente voice acting. A banda sonora possui também vários temas épicos e orquestrais que representam muito bem as emoções que o jogo tenta passar. Devo dizer que gostei ainda mais do pacing deste jogo quando comparado com o primeiro. Vamos ter alguns níveis fora do comum, como mais perseguições em veículos ou um grande tiroteio num comboio, mas desta vez sinto que todos os níveis foram igualmente agradáveis de jogar, com mais ou menos desafios, mas não tão frustrantes como o nível em que tivemos de subir um rio no primeiro Uncharted. De resto, esta versão remasterizada traz o mesmo tipo de extras que no remaster do primeiro Uncharted, nomeadamente mais níveis de dificuldade (um extremamente fácil e outro extremamente difícil), mais alguns troféus, mais extras adicionais como a possibilidade de desbloquear alguns cheats como munições infinitas ou câmara lenta, ou mesmo um modo de jogo dedicado aos speedrunners, algo que me esqueci de mencionar no artigo anterior.

Tal como no primeiro jogo temos alguns momentos parkour e escalada.

Portanto, devo dizer que este Uncharted 2 me agradou bastante. A sua narrativa empolgante e com personagens carismáticas, aliado a bons controlos e uns visuais que continuam a ser bastante agradáveis deixaram-me uma vez mais agarrado ao comando. Foi mais uma excelente viagem, e compreendo o porquê de toda a gente ter gostado do jogo. Como o joguei na sua versão remaster, já não senti um grande salto qualitativo face ao primeiro jogo, mas ainda assim parece-me ser uma excelente sequela. E também tal como o primeiro remaster, este também pode ser comprado numa versão standalone.

Sobre cyberquake

Nascido e criado na Maia, Porto, tenho um enorme gosto pela Sega e Nintendo old-school, tendo marcado fortemente o meu percurso pelos videojogos desde o início dos anos 90. Fã de música, desde Miles Davis, até Napalm Death, embora a vertente rock/metal seja bem mais acentuada.
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