Continuando pelas rapidinhas na Mega Drive, vamos ficar com mais um jogo desportivo, nomeadamente de corridas de motos. Publicado pela Domark e produzido pelo mesmo estúdio que nos trouxe anteriormente o F1 e que utiliza o mesmo motor gráfico. Ou seja, temos aqui mais um jogo com uma forte componente gráfica em 3D poligonal e, embora não corra a 60fps, está longe disso, não deixa de ter alguma fluidez visto ser um jogo 3D sem recurso a qualquer hardware adicional. O meu exemplar foi comprado numa feira de velharias, no início do passado mês de Fevereiro, tendo-me custado 2€.

Jogo com caixa e manual. Aparentemente comprado no continente por um preço absurdo. É verdade, antigamente os jogos novos também eram caros.
Ao contrário do F-1 que possuia a licença da FIA, este não possui qualquer licença da MotoGP a não ser para a fabricante Kawasaki. Então, todos os pilotos e outros fabricantes são completamente fictícios. Vamos tendo vários modos de jogo distintos (sendo que precisamos de ir para as opções para os seleccionar), desde corridas amigáveis para um ou dois jogadores ou competições mais prolongadas, incluindo o modo campeonato que nos levará numa série de diferentes circuitos espalhados pelo globo, incluindo o nosso velhinho Estoril.
Antes de cada corrida a sério é nos dada uma previsão metereológica, e com base nessa informação e no circuito em si, poderemos optar equipar a moto com diferentes pneus e diferentes caixas de velocidades. As condições metereológicas no entanto, pelo que vi, não variam muito. Tanto podemos jogar com sol e pista seca, como com tempo de chuva, mas não vemos chuva no ecrã. O céu fica com uma tonalizade cinzenta e as motos escorregam mais, sinalizando a pista molhada. Nalgumas condições metereológicas específicas, podemos ver a meteorologia a mudar durante as corridas, embora a única coisa que mude é mesmo a cor do céu e a aderência dos pneus no solo. De resto sim, antes de cada corrida propriamente dita, temos também uma prova de qualificação, onde teremos uma série de voltas para competir e ficar com o melhor tempo possível, que nos dará a posição de partida para a corrida real. Temos também de considerar as paragens nos pit, para trocar de pneus e caso tenhamos muitos acidentes podemos mesmo ficar com a moto danificada e desistir da corrida. Nessa situação ou assumimos que fizemos 0 pontos nessa corrida e seguimos em frente, ou reiniciamos o jogo e usamos a password que nos foi atribuida no final da corrida anterior para começar novamente.

Num dia chuvoso, apesar de não vermos chuva a cair, o céu está todo cinzento e as motos escorregam mais facilmente
A nível gráfico, como já referi acima, é um jogo que utiliza um motor gráfico semelhante ao F1, com os circuitos a serem representados totalmente em 3D poligonal, embora com polígonos muito simples e sem quaisquer texturas. Apenas as outras motos são apresentadas em sprites 2D que sinceramente mereciam mais cor e detalhe. É um jogo muito mais fluído que outros como Hard Drivin, embora não esteja sequer perto da fluidez de jogos de corrida mais modernos. De resto, as músicas apenas existem nos menus e entre cada corrida, embora não sejam nada de especial e os efeitos sonoros também não são nada particularmente interessante.
Portanto, este Kawasaki Superbikes é um jogo de corridas interessante, tal como o F1, por ser uma implementação técnica muito interessante numa consola limitada como a Mega Drive para processar gráficos em 3D poligonal, sem recurso a qualquer hardware adicional que a auxilie nesse processamento. Mas sinceramente acabo por preferir o feeling mais arcade de jogos como Super Hang-On.