Continuando pela Mega Drive, vamos ficar com mais um jogo relativo aos desenhos animados da Warner Bros, muito populares no início dos anos 90, os Tiny Toon Adventures da Warner Bros. Estes eram uma espécie de uma recreação dos Looney Tunes, onde personagens como Bugs Bunny, Daffy Duck, Taz, eram representados por uma versão infantil dos mesmos. Pelo menos até ao final da era das 16bit, era a Konami que detinha a licença para produzir videojogos sobre essa série, tendo no caso da Mega Drive, produzido anteriormente o Tiny Toon Adventures Buster’s Hidden Treasure. O meu exemplar foi comprado no verão deste ano, em Julho, através de um grande bundle de jogos e consolas comprado a meias com um amigo.
Se jogarmos sozinhos, então o modo história é provavelmente o mais desafiante. Aqui encarnamos no grupo de amigos dos coelhos Buster e Babs Bunny, o pato Plucky e o porquinho Hamton, que formam uma equipa para participar num torneio desportivo organizado por Montana Max, onde todos os Tiny Toon irão participar. As principais modalidades são futebol (4×4) e basquetebol (3×3), mas também iremos participar pelo menos uma vez em eventos como um whac-a-mole adaptado, uma corrida de obstáculos, e uma partida de bowling. Podemos também jogar partidas a solo destes desportos, seja sozinhos contra o CPU, ou em multiplayer, que suporta um máximo de 4 jogadores com recurso a um multitap, algo que nunca cheguei a testar.
A jogabilidade é interessante e relativamente simples. No futebol temos o botão A para rematar a bola, o B para passar e o C para usar habilidades especiais. Cada personagem possui uma série de habilidades especiais, cujas podem ser algo variadas ao usar algumas combinações de botões depois de as iniciar com o botão C. Por exemplo, o Buster Bunny pode sair disparado a correr para a baliza e rematar muito forte, resultando num golo quase certo. Já o pato Plucky pode voar com a bola, mas tem de ter cuidado com as bigornas que começam a chover. Para além disso, as habilidades especiais podem também ser usadas defensivamente. Cada personagem possui então diferentes habilidades especiais que tornam cada partida muito caótica como se estivéssemos num cartoon da série. Convém mesmo practicá-las pois nos últimos níveis a IA já nos irá colocar muita mais dificuldade. Mas também não podemos andar a spammar estas habilidades pois cada vez que as usamos o indicador de energia da respectiva personagem vai-se esvaziando e no caso de estar completamente vazia, teremos de esperar algum tempo até se recarregar. No basquetebol a jogabilidade segue a mesma abordagem, onde o botão A serve para saltar e atirar ao certo, enquanto o B serve para passar a bola para um colega. Novamente o C serve para desencadear as habilidades especiais de cada um!
Os mini-jogos também possuem uma jogabilidade bastante intuitiva, onde no caso do bowling podemos reposicionar a nossa personagem, escolher o ãngulo de lançamento e a sua força. Naturalmente que também teremos habilidades especiais, algo que acontece em certas condições.
A nível audiovisual é um jogo uma vez mais competente, que vai herdando as sprites e animações do Buster’s Hidden Treasure. As arenas são bastante vívidas, muitas vezes até com outros obstáculos que apimentam ainda mais a jogabilidade e as habilidades especiais dão mesmo outra cor e vida ao jogo. As músicas são também bastante agradáveis, com a música título dos Tiny Toon a ecoar-nos nos ouvidos vezes sem conta.
Portanto este ACME All-Stars é um jogo divertido, embora seja mais agradável jogá-lo no multiplayer contra amigos. Curiosamente não foi o único Tiny Toon desportivo que a Konami lançou em 1994, pois as consolas da Nintendo (SNES e Game Boy) acabaram por receber o Tiny Toon Adventures: Wild & Wacky Sports, embora o jogo na Europa já cá tenha chegado mais tarde (1996 no caso da versão SNES!), pelo que me passou completamente despercebido.