Tempo para mais uma rapidinha, agora para a primeira Playstation. Pouco tempo depois do bem sucedido Air Combat, a Namco não perdeu muito tempo para desenvolver uma sequela, que saiu originalmente para a Playstation em 1997, já com o nome final de Ace Combat, que perdura até aos dias de hoje. O meu exemplar foi comprado há uns meses atrás numa loja em S. João da Madeira, custou-me algo à volta dos 12€, o que não foi lá muito barato.
A trama anda à volta de uma força militar que iniciou um golpe de estado e está a tentar controlar um país. Nós representamos uma unidade militar de elite e somos contratados para cumprir uma série de missões que nos vão levar a combater estes revolucionários. As nossas missões vão tendo um briefing inicial onde nos são detalhados quais os objectivos a destruir (tipicamente infrastruturas ou poderosos alvos militares inimigos), a resistência que podemos esperar assim como a rota de ataque esperada. A jogabilidade é bastante simples e intuitiva. Os aviões que pilotamos dispõem de uma metralhadora pesada e vários mísseis que poderemos usar. Claro que apenas devemos disparar os mísseis assim que os alvos estejam “lockados” no ecrã, mas nem assim é garantia que atingem o alvo, assim da mesma forma que se aplicarmos manobras evasivas também poderemos fugir aos mísseis inimigos. O radar, localizado no canto inferior direito, é também o nosso maior amigo, que nos vai indicando a posição dos aviões inimigos e outros alvos primários a abater (sinalizados com a cor vermelha).
A quantidade de alvos que abatemos, sejam os alvos obrigatórios para a missão, ou outros aviões ou inimigos, vão nos dando créditos extra no final da missão. Esses créditos poderão mais tarde ser usados para comprar aviões mais poderosos (uma vez mais o lote de aviões disponíveis varia entre aviões verdadeiros e fictícios), ou contratar um piloto adicional para nos ajudar nas missões seguintes. Ao contrário do jogo anterior, temos menos variedade dos pilotos que podemos contratar, no entanto os aviões que pilotam são diferentes consoante as ordens que lhes damos antes de iniciar a missão. Por exemplo, podemos ordená-los a proteger a nossa retaguarda, perseguir os aviões inimigos, entre outros.
Para além dos objectivos de cada missão, poderemos também tentar abater alguns ases inimigos, pilotos bem mais difíceis de abater mas que, em caso de sucesso, nos é atribuida uma medalha. Depois, o progresso no jogo vai sendo relativamente linear, embora ocasionalmente tenhamos a hipótese de seleccionar entre 2 missões, que nos levam a 2 caminhos separados de progresso no jogo.
No que diz respeito aos audiovisuais, este é mais um bom jogo. Os cenários vão sendo variados e o pop-in nem é assim tão mau quanto isso. Gostei particularmente das missões nocturnas e da visão nocturna, ou daquela vez quem que tivemos de sobrevoar uma cidade repleta de arranha-céus. As músicas são quase todas numa toada hard-rock mesmo à Top Gun, o que me agrada bastante.
Portanto este é mais um sólido capítulo na série Ace Combat, que eu sinceramente me arrependo de a ter deixado de lado durante tanto tempo. Para além deste jogo, a Namco acabou por lançar um remake em 2011 para a Nintendo 3DS, versão essa que me parece ser a definitiva, pelo que estejam atentos a essa versão se a virem baratinha.