Continuando pelas rapidinhas, os videojogos de luta foram uma grande fibre durante os anos 90, muito por culpa de sucessos como Street Fighter II ou Mortal Kombat. Durante esse tempo muitos foram os imitadores que foram surgindo aqui e ali. Alguns com qualidade, outros nem por isso. Este Brutal Paws of Fury tem na originalidade como o seu forte, já a qualidade infelizmente pareceu-me estar aquém das expectativas, como practicamente tudo o que joguei da Gametek naquela altura. Este meu exemplar veio da Cash Converters do Porto, tendo sido comprado no mês passado por 8€.
O que este jogo tem de original é que os lutadores são todos animais algo “humanizados”, as tais personagens antropormóficas muito populares em videojogos e desenhos animados. E como sempre nos jogos de luta, juntam-se todos num torneio para provarem quem é o mais forte, cada qual com as suas razões e motivos para competirem.

Temos aqui algumas componentes de RPG, com o jogo a ter um sistema de passwords à medida em que a nossa personagem vai evoluindo.
O jogo usa um esquema de controlos semelhante aos do Street Fighter, tirando partido do comando de 6 botões da Mega Drive. Os 6 botões faciais servem para dar socos e pontapés fracos, médios ou fortes. No entanto, infelizmente a jogabilidade não é a melhor, o CPU é muito agressivo e os controlos por vezes não respondem quando queremos, Para além disso os golpes especiais vão sendo aprendidos ao longo do jogo, mediante a nossa performance. No entanto os nossos oponentes podem usar esses golpes especiais sem quaisquer restrições o que não é lá muito justo. Um dos golpes especiais que aprendemos é o taunt que para além de humilhar o oponente, também regenera um pouco da nossa vida. De resto esperem pelos modos de jogo do costume, o modo história e um multiplayer para 2 jogadores.
A nível audiovisual é um jogo algo genérico, sinceramente. Foi lançado originalmente para a Mega CD, que pelo que investiguei possuia algumas cutscenes que até foram elogiadas na altura, e isso naturalmente que não está aqui. As músicas também não as achei nada de especial. Mas voltando aos gráficos gostei particularmente de uma arena. A certa altura do jogo, vamos entrar num castelo tradicional japonês, lutando numa série de divisões diferentes. Uma das arenas é uma sala tradicional com aquelas paredes de madeira e de tecido ou papel branco, e sempre que os lutadores ficavam atrás de uma dessas paredes apenas lhes víamos as suas silhuetas. De resto a versão SNES parece-me muito superior.