Hi-Octane (PC)

212677-hi-octane-dos-front-coverO artigo de hoje é mais uma rapidinha para o PC, sobre um jogo que muito joguei quando era miúdo. Na altura em que tive o meu primeiro PC, já tinha instalado no disco uma série de jogos que os joguei até à exaustão. Um deles era este Hi-Octane, um jogo de corridas futurista, desenvolvido pela Bullfrog de Peter Molyneux, o mesmo estúdio que nos trouxe jogos como Populous ou Syndicate. O meu exemplar veio de uma loja em Belfast que me custou 4£. É uma big box que traz também outro jogo de PC, o Wing Commander II da Origin Software, cuja única relação com a Bullfrog é a de serem duas empresas enterradas pela Electronic Arts.

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Compilação com caixa, manuais e papelada

Logo à partida vemos que Hi-Octane nos propicia vários modos de jogo diferentes. Temos os habituais single races e campeonatos, onde o primeiro nos permite fazer uma corrida simples, o segundo já nos obriga a competir em todos os circuitos, que infelizmente não são muitos, apenas 9. Existem modos de jogo em rede e em split screen local, bem como o modo de jogo hot seat, que sinceramente ainda não entendi muito bem como funciona, mas permite fazer com que vários jogadores possam participar na mesma corrida, mas jogando à vez. Ainda na vertente multiplayer temos também uma variante do deathmatch. E se há deathmatch, há armas. Cada nave possui uma minigun com munição infinita, mas que pode sobreaquecer, deixando-a inutilizável durante algum tempo. Depois temos também os mísseis que apesar de serem mais poderosos, são em número limitado. Temos também de estar atentos aos nossos escudos e combustível e para além disso temos também os turbos que podem ser usados e são recarregados automaticamente, mas o seu uso afecta também as munições dos mísseis.

Cada pista possui as suas zonas de reabastecimento de armas, combustível ou energia para o escudo
Cada pista possui as suas zonas de reabastecimento de armas, combustível ou energia para o escudo

Os circuitos em si são bastante rápidos e possuem áreas separadas para recarregar os níveis de combustível, escudos e munições, se bem que devemos abrandar um pouco nessas zonas para conseguir recuperar mais do quer que seja que estejamos a recarregar. Depois naturalmente que temos uma série de power-ups, alguns também nos fornecem combustível, escudos ou munições, ou servem de upgrades às nossas armas. Os circuitos também são dinâmicos, com as pistas por vezes a alterarem a sua forma, revelando atalhos ou passagens secretas com power ups preciosos. Se ficarmos sem combustível ou sem escudos não ficamos logo fora da corrida, pois vem um drone gigante reparar ou fornecer combustível. Apenas temos de esperar algum tempo que pode ser precioso e fazer a diferença.

Um dos problemas deste jogo é a sua draw distance reduzida, mesmo na versão PC
Um dos problemas deste jogo é a sua draw distance reduzida, mesmo na versão PC

A jogabilidade é muito boa, com o jogo a ser bastante rápido e os controlos comportam-se bem. A nível audiovisual, os circuitos até que nem estão mal detalhados, mostrando áreas um pouco desertas ou industriais e urbanas, num futuro que por vezes parece um pouco hostil. O problema aqui está na draw distance que mesmo na versão PC parece-me ser demasiado curta tendo em conta a concorrência. De resto é uma versão muito superior às conversões que a Saturn e Playstation receberam, com gráficos e performance muito inferiores. As músicas têm uma toada mais electrónica que se adequa perfeitamente ao estilo futurista.

Infelizmente o número de circuitos não é nada elevado
Infelizmente o número de circuitos não é nada elevado

Hi-Octane é um jogo de corridas muito interessante, no entanto teve a grande infelicidade de ter saído na mesma altura que o Wipeout da Psygnosis, que é um jogo esteticamente bem mais bonito e com muito mais conteúdo. Mas tendo em conta que este foi um jogo desenvolvido à pressa devido aos atrasos no desenvolvimento do Dungeon Keeper, até se compreende como um estúdio tão perfeccionista como a Bullfrog lançou o jogo assim com 9 circuitos apenas.

Huntsman: The Orphanage (PC)

Continuando pelas rapidinhas, visitando agora um jogo indie que sinceramente me deixou algo desiludido. Huntsman: The Orphanage é mais um daqueles jogos de terror na primeira pessoa onde estamos completamente indefesos, tal como Amnesia ou Outlast, passando-se num orfanato abandonado há mais de 100 anos, algures no interior dos Estados Unidos. Enquanto a premissa até é promissora, ao jogá-lo as nossas esperanças acabam irremediavelmente ir por água abaixo, e já passarei a explicar o porquê. O meu exemplar veio de um indie bundle certamente, tendo sido comprado muito barato.

huntsmanInicialmente podemos controlar um rapaz ou uma rapariga, mas sinceramente não reparei que diferença isso faz a nível de jogabilidade, pois ambos são indefesos. Pelos vistos estavamos a conduzir à noite por uma zona rural norte-americana quando o carro se avaria em frente a um orfanato abandonado há mais de 100 anos. Munidos de um smartphone e lanterna com baterias intermináveis, lá nos lançamos à aventura rumo ao desconhecido. Eventualmente vamos encontrando uns quadros dos antigos residentes do orfanato, incluindo quem lá trabalhava, que nos vão contando um pouco do que se passou e da forma como os 12 órfãos desapareceram sem deixar rasto, a criatura The Huntsman que nos persegue e a missão que teremos de cumprir: procurar um objecto de cada criança e levá-los um de cada vez até ao seu túmulo, para que as suas almas possam finalmente descansar. Ora procurar os objectos nem sempre é fácil pois os mesmos nem sempre são evidentes e saltam à vista. Aos poucos podemos descobrir pistas onde eles poderão estar, mas encontrá-los já não é assim tão simples por vezes. Depois, de cada vez que temos de levar um desses objectos à campa dos miúdos temos de atravessar um labirinto no jardim, às escuras, onde muito facilmente nos perdemos. Tendo em conta que teremos de fazer isso 12 vezes diferentes, cada vez procurando um objecto e uma campa diferente, acaba por ser bastante chato.

Em algumas zonas o jogo até consegue criar uma atmosfera bem tensa
Em algumas zonas o jogo até consegue criar uma atmosfera bem tensa

A essa altura do campeonato já o Huntsman anda atrás de nós e podemo-nos dar de caras com ele a qualquer momento, podendo resultar num game over. Agora isto raramente acontece, pois a estranha criatura possui um barulho característico de mecanismos de relógios, portanto sempre que ouvirmos aquele tic-tac lá temos de ter cuidado. E jogando com phones, facilmente conseguimos ter a percepção de onde anda a criatura. O problema é que o tal labirinto enrola-se bastante sobre si mesmo e por vezes mesmo assim teremos de ter alguma atenção redobrada. Depois de cumpridas as tarefas só nos resta voltar para o carro e finito. Entram os créditos e muitas coisas ficam por responder.

Este é o Huntsman, meio homem, meio aranha e com uma máscara da Peste
Este é o Huntsman, meio homem, meio aranha e com uma máscara da Peste

A nível de mecânicas de jogo, o mesmo controla-se como se um FPS se tratasse, só que em vez de disparar, interagimos com objectos. O smartphone está sempre com a câmara ligada e é o nosso elo de ligação ao paranormal, pois sempre que um dos miúdos fizer uma aparição, seja para nos dar indicações ou simplesmente para nos moer o juízo, aparece no telemóvel, não no ecrã “normal” de jogo. A atmosfera até é tensa, afinal entrar num orfanato antigo, com salas de aula abandonadas, quartos com berços ou manequins é propício para isso. E quando “acordamos” o Huntsman e sabemos que ele anda atrás de nós também contribui para todo o clima de medo, mas quando nos apercebemos que facilmente lhe conseguimos dar a volta e tirando isso não há mais nenhuma ameaça, acaba por se perder alguma da piada.

Ao ouvir o que as crianças nos têm para dizer podemos obter pistas de como prosseguir e sobre o seu background histórico
Ao ouvir o que as crianças nos têm para dizer podemos obter pistas de como prosseguir e sobre o seu background histórico

A nível audiovisual nota-se bem que é um jogo indie. Os gráficos são bastante simples, com os mesmos objectos a serem repetidos até à exaustão. As texturas também não são as melhores, mas o resultado final não é mau de todo. O voice acting infelizmente deixa-me um pouco a desejar, nem todas as personagens estão ao mesmo nível, sendo umas mais bem caracterizadas do que outras. De qualqer das formas mesmo aquelas aparições repentinas mesmo a puxar para aquele susto da praxe na minha opinião deveriam ter sido melhor aproveitadas.

Portanto, este Huntsmang The Orphanage, que inicialmente até foi lançado no steam como early access, continua a parecer um produto inacabado. Até há ali algumas boas ideias, mas sua a execução deixa algo a desejar, assim como a narrativa ou o fio condutor da história deveria ser mais bem trabalhado. Se isso fosse bom, o facto dos gráficos e som não serem grande coisa teria passado despercebido.

Donkey Kong Land III (Nintendo Gameboy)

24234_frontA rapidinha de hoje leva-nos de volta ao Gameboy clássico, para o terceiro capítulo da saga Donkey Kong Land, que serviram de follow ups aos Donkey Kong Country lançados na Super Nintendo. Tal como os anteriores, o jogo decorre no mesmo mundo que o Donkey Kong Country 3, com os mesmos ambientes e bosses, mas possui um layout de níveis inteiramente diferente. E também tal como nos anteriores, este foi lançado num cartucho amarelo. O meu exemplar foi comprado em conjunto com o Donkey Kong Land 2, algures na Cash Converters de Alfragide. Custaram-me entre 2 a 3€ cada.

Apenas cartucho e infelizmente com a label um pouco rasgada
Apenas cartucho e infelizmente com a label um pouco rasgada

A história é simples: Donkey e Diddy Kong recebem um desafio misterioso para serem os primeiros a encontrarem um mundo perdido e serem premiados por isso. Chateada por ter sido deixada ficar para trás, Dixie junta-se ao Kiddy Kong e partem também eles à descoberta do tal mundo perdido, encontrando porém os Kremlin Krew que também andam à procura do mesmo. O resto, para quem já jogou qualquer Donkey Kong Country ou Land, é muito semelhante. As mecânicas de platforming são idênticas com os diferentes barris que podemos usar, os ataques que cada macaco pode fazer, os desafios em encontrar as letras KONG ao longo de todos os níveis, bem como a participação em minijogos ou nos pequenos níveis de bónus escondidos em barris marcados com a letra B. Também é possível transformarmo-nos temporariamente num animal como um rinoceronte que dispara raios laser, uma aranha capaz de criar plataformas de teia, ou um peixe que se torna muito útil para navegar nos níveis aquáticos.

As animações estão surpreendentemente bem detalhadas!
As animações estão surpreendentemente bem detalhadas!

A nível gráfico creio que é um jogo que tenta tirar melhor partido das sprites e cenários pré-renderizados para o ecrã monocromático da Gameboy e sua baixa resolução. As sprites e os cenários já estão mais distinguíveis entre si, tal como no jogo anterior, e a informação dos itens que vamos apanhando é rapidamente escondida do ecrã para não atrapalhar. As vidas, essas é que continuam a atulhar-se na forma de corações na parte de baixo do ecrã. De resto parece-me ser um jogo bem competente do ponto de vista técnico tendo em conta aquilo que pretende fazer, ou seja, aproximar-se o mais possível do grafismo dos originais da Super Nintendo. As músicas continuam excelentes e viciantes!

Tal como nos anteriores, o jogo é compatível com o Super Gameboy, dando-lhe um pouco de cor.
Tal como nos anteriores, o jogo é compatível com o Super Gameboy, dando-lhe um pouco de cor.

Posto isto, acho este um óptimo jogo de plataformas, principalmente para quem for fã dos originais da Super Nintendo. Surpreendeu-me também o facto deste jogo ter apenas saído para o mercado ocidental, mas o Japão acabou por levar a melhor alguns anos depois, pois o mesmo acabou por ser lançado na Gameboy Color, completamente a cores, no ano 2000. Essa versão é naturalmente superior.

Michael Jackson’s Moonwalker (Sega Master System)

moonwalkerVamos a mais uma rapidinha a um jogo da Master System que sempre tive curiosidade em jogar, pois o Michael Jackson sempre teve uma parceria algo misteriosa com a Sega durante os anos 90. Este jogo em particular é uma adaptação do filme de mesmo nome que sinceramente nunca vi e nem tenho vontade de ver, pois pelos clips que fui vendo parece ser um filme mais cheesy do que um programa da Teresa Guilherme. O meu exemplar veio da Feira da Ladra em Lisboa, algures no verão de 2016 e custou-me 10€.

Jogo com caixa e manual europeu
Jogo com caixa e manual europeu

O jogo é inspirado na história do filme, onde o artista teria de resgatar inúmeras crianças do vilão Mr. Big ao longo de diferentes cenários e sempre com as suas músicas como banda sonora. E começamos então por entrar numa casa, Michael Jackson atira uma moeda para a Jukebox e começamos a ouvir uma versão 8bit da Smooth Criminal. Depois lá teremos de explorar os cenários, abrindo portas e janelas em busca de crianças  escondidas ou outros power-ups. Cada zona possui 3 níveis, onde no final de cada nível não temos de defrontar um boss, mas sim uma wave de inimigos. E vamos progredindo no jogo ao longo de vários cenários supostamente retirados do filme, como um parque de estacionamento onde temos de procurar as crianças em malas de carros, ou mesmo um cemitério onde teremos de defilar túmulos para fazer o mesmo. Os últimos níveis são mais futuristas, sendo passados numa base lunar, supostamente onde o Mr Big e os seus capangas estariam. A última sequência de 3 níveis em particular é jogada de uma maneira diferente, com uma perspectiva diferente, onde Michael Jackson se transforma num robot e depois numa nave especial, jogando como se um shooter se tratasse, onde teremos de destruir uma série de alvos.

Graficamente é um jogo que possui sprites bem detalhadas e animadas para a Master System. Mas a versão Mega Drive é francamente superior
Graficamente é um jogo que possui sprites bem detalhadas e animadas para a Master System. Mas a versão Mega Drive é francamente superior

A jogabilidade é simples com um botão para saltar e outro para atacar. Michael Jackson pode distribuir murros e pontapés, estes últimos como se uma coreografia se tratasse. Até dá para fazer o famoso moonwalk! Vários são os powerups que podemos apanhar, desde vidas extra, a capacidade de restabelecer a nossa barra de energia e magia, ou um power up específico que nos permite realizar golpes de longo alcance, atirando o chapéu como se um bumerangue se tratasse. O golpe mágico principal, torna o ecrã negro, onde só vemos Michael Jackson a dançar. Quando o ecrã volta a iluminar-se, todos os inimigos presentes no ecrã são destruídos. Isto na Mega Drive resulta muito melhor, pois os inimigos fazem a mesma coreografia e depois sim, são destruídos. Mas este golpe também deve ser usado com cuidado pois gasta vida.

Graficamente é um jogo minimamente bem detalhado tendo em conta que é uma versão para a Master System. Na Mega Drive, as sprites estão melhor detalhadas e animadas, e usar a “magia” de por toda a gente a dançar resulta muito melhor visualmente. As músicas são temas do próprio Michael Jackson, como Billie Jean, Beat it ou Smooth Criminal, mas soariam bem melhor se a Master System ocidental tivesse o FM Unit embutido…

No ecrã de pausa conseguimos ver quantas crianças nos falta encontrar no nível
No ecrã de pausa conseguimos ver quantas crianças nos falta encontrar no nível

Na verdade existem várias conversões deste filme. A da Master System e Mega Drive são muito similares entre si, com as mesmas mecânicas de jogo, mas naturalmente a versão Mega Drive é bastante superior a nivel gráfico, animações e qualidade do som. A versão arcade, também produzida pela Sega é um jogo inteiramente diferente, muito mais voltado para as mecânicas de um beat ‘em up. Nos computadores domésticos existem também várias outras versões, mas todas elas produzidas pela U.S. Gold., e nada têm a ver com as versões Sega.

Ren and Stimpy: Stimpy’s Invention (Sega Mega Drive)

147297-the-ren-stimpy-show-stimpy-s-invention-genesis-front-coverDas coisas que mais tenho saudades dos anos 90 é a série de animação da Nickelodeon, Ren & Stimpy. Aquela dupla de animais protagonizaram uma série animada bastante bizarra e com alguns contornos mais adultos que em criança nos passavam completamente despercebidos. E como todas as séries de animação de sucesso, acabaram sendo lançados vários jogos. Exclusivo para a Mega Drive saiu este Ren & Stimpy: Stimpy’s Invention, cujo meu exemplar veio da feira da Ladra em Lisboa algures no ano passado. Custou-me 2€, embora lhe falte o manual.

Jogo com caixa
Jogo com caixa

O jogo anda todo à volta de uma invenção do Stimpy, a Mutate-O-Matic, uma máquina que transforma lixo em comida. E quando Stimpy mostra a máquina ao Ren, a máquina explode, perdendo algumas peças pelo caminho e deixando a cidade ainda mais doida do que o habitual. O jogo será então passado a percorrer vários níveis doidos tal como nos desenhos animados e procurar as peças perdidas da máquina. A parte interessante deste jogo está na sua jogabilidade cooperativa, tal como foi feito no World of Illusion, onde um jogador poderá controlar o Ren e o outro o Stimpy. Como não poderia deixar de ser, cada personagem possui diferentes habilidades e mesmo se jogarmos sozinhos, ambas as personagens estão sempre presentes no ecrã e podem ser alternadas livremente entre si. Mas as habilidades acabam  por ser diferentes mais a nível de animações em si, os objectivos acabam por ser os mesmos. Por exemplo, Ren pode-se encavalitar no Stimpy de forma a correr e conseguir saltar mais longe, por sua vez Stimpy pode usar Ren como uma vara para saltar mais longe. Para atacar os inimigos, se estiverem separados Ren usa o seu mata-moscas e Stimpy uma toalha enrolada. Já se estiverem juntos podemos usar uma série de botões e combinações que fazem com que Ren ou Stimpy atirem o parceiro para cima dos inimigos, ou no caso de Ren, pode fazer com que ren cuspa uma gosma estranha, ou simplesmente atirar o seu nariz para os inimigos. Toilet humor é o que não falta aqui, tal como nos desenhos animados! Até porque há um segmento de um nível em que tanto Ren como Stimpy enchem-se de ar e voam, sendo propulsionados com, à falta de palavra mais eloquente, flatulências.

As quatro peças do Mutate-O-Matic que teremos de arranjar
As quatro peças do Mutate-O-Matic que teremos de arranjar

Se há coisa que bem me lembro quando joguei este jogo em miúdo era precisamente a sua dificuldade. Talvez por não entender bem as mecânicas de jogo, pois passávamos mais tempo a dar bofetadas no Stimpy do que a tentar progredir no jogo. Mas o mesmo possui alguns elementos de platforming mais exigentes e bastantes surpresas com as quais não estamos inicialmente a contar, como aquelas girafas carnívoras quando atravessamos o jardim zoológico. Quer joguemos sozinhos ou com um amigo, temos de ser pacientes, embora existam vidas extra e itens que nos restaurem parte da nossa barra de vida.

Graficamente é um jogo interessante muito pelo bizarrismo que contém. As já faladas animações de Ren e Stimpy estão muito boas, bem como aquelas coisas mais inesperadas, como as tais girafas carnívoras ou os macacos muito especiais. Os níveis estão bem detalhados e quem se recorda dos desenhos animados consegue identificar aqui muitos dos seus traços. As músicas são também agradáveis, já os efeitos sonoros não tenho nada a apontar.

Girafas carnívoras! O jogo é tão bizarro como os cartoons e isso é bom!
Girafas carnívoras! O jogo é tão bizarro como os cartoons e isso é bom!

Portanto este Stimpy’s Invention é um jogo bastante agradável de se jogar, embora as suas mecânicas de jogo, principalmente se jogarmos sozinhos, demorem um pouco para ser assimiladas. Tenho pena que seja o único jogo da série que tenha saído na Mega Drive, pois a Super Nintendo tem mais uns quantos, mas é a vida.