Sonic the Hedgehog Chaos (Sega Master System)

Sonic ChaosHoje voltarei à Sega Master System, para escrever um breve artigo de um dos jogos que mais ansiava ter, mas que nunca me aparecia à frente a um preço convidativo. Estou a referir-me ao Sonic Chaos da Master System, o terceiro jogo de plataformas do ouriço azul a chegar à consola de 8bit da Sega. É um jogo para mim muito nostálgico de criança, na altura da febre do Sonic, pois joguei-o bastante em casa de amigos ou na minha Master System quando mo emprestavam. O meu exemplar veio da feira da Ladra em Lisboa, tendo-me custado 5€. Infelizmente a caixa não está em bom estado, quando encontrar um exemplar em melhor estado acabo por o substituir.

A história é a seguinte: o Dr. Robotnik anda atrás das esmeraldas caóticas para os seus habituais planos maléficos, e na cutscene de abertura vemos que já apanhou uma! Como Sonic teremos então de procurar as outras 5 esmeraldas (lembrem-se que os jogos 8bit do Sonic apenas existem 6, ao contrário de 7) e recuperar a que está na posse de Robotnik antes que seja tarde demais. Podemos também jogar com Tails pela primeira vez num Sonic 8bit, embora por algum motivo não seja necessário andar atrás das esmeraldas se decidirmos jogar com o Tails.

No primeiro nível de bonus apenas temos de voar com os Rocket Shoes à procura da esmeralda. Se não quiserem ter trabalho deixem-se estar no centro do ecrã.
No primeiro nível de bonus apenas temos de voar com os Rocket Shoes à procura da esmeralda. Se não quiserem ter trabalho deixem-se estar no centro do ecrã.

E este Sonic Chaos é um jogo repleto de novidades nos sistemas 8bit. Para além de ter o Tails jogável com a sua habilidade de voar, ambas as personagens podem também finalmente usar o spin dash! Ainda há outra curiosidade com o Tails, pois para além de tradicionalmente ser uma personagem que torna os jogos mais fáceis devido à sua habilidadede voar, também começamos o jogo com 5 vidas e 3 continues, embora Sonic apenas comece com 3 vidas e nada de continues. Outra mudança drástica está na forma como coleccionamos as esmeraldas. Nos 2 jogos anteriores para a Master System / Game Gear, as esmeraldas eram coleccionadas ao explorar os níveis. Aqui teremos de entrar num special stage, tal como nos jogos dos 16bit. Mas mesmo esses special stages possuem as suas particularidades. São acessíveis apenas com o Sonic, ao coleccionar 100 anéis num nível. Mas a partir do momento em que entramos num destes níveis de bónus, o nível normal acaba automaticamente, pelo que continuaremos directamente no nível seguinte  depois. Os níveis de bónus em si, tirando o primeiro, acabam por ser níveis de plataformas algo labirínticos, onde com um tempo reduzido teremos de encontrar a esmeralda. É possível que nos dêm algumas dores de cabeça no início enquanto vamos conhecendo os seus layouts.

Já tinham saudades destes labirintos de tubos?
Já tinham saudades destes labirintos de tubos?

De resto este possui alguns power-ups diferentes dos outros jogos do Sonic. A diferença a meu ver mais gritante é a falta de escudos, pelo que teremos de ter cuidados redrobados para não sofrer dano e perder os anéis que a muito custo carregamos, se quisermos obter todas as esmeraldas. Os outros power-ups podem-nos dar 10 anéis extra, invencibilidade temporária, as sapatilhas que fazem Sonic/Tails correrem ainda mais rápido ou então 2 novos power-ups que dão aqui o ar de sua graça pela primeira vez. Um são os rocket shoes, um skate voador que nos permite voar a alta velocidade por tempo limitado. O outro é uma espécie de um pogo stick que nos deixa também saltar mais alto. Está bem ilustrado na capa do jogo, da versão Game Gear.

Infelizmente os bosses são bastante simples
Infelizmente os bosses são bastante simples

Os níveis em si são variados, oferecendo a variedade do costume. Começamos numa zona que faz lembrar a Green Hill Zone, passando por zonas mais urbanas, industriais ou outros locais como ruínas subaquáticas. Aqui teremos de ter o habitual cuidado de não morrer afogado, procurando oxigénio quando virmos uma contagem decrescente a surgir no ecrã. Geralmente esta zona aquática não é tão subaquática assim como a Labyrinth Zone do Sonic 1, bastando muitas vezes  apenas saltar que vimos logo à superfície. Para quem gosta das emoções fortes destes jogos, então sim, o que não faltam aqui são vários tipos de loopings e paredes destrutíveis. Usem e abusem do spin dash! Infelizmente a nível técnico de vez em quando nota-se aqui e ali um slowdown. As sprites do Sonic e seus inimigos também não me agradaram tanto como nos primeiros 2 jogos (especialmente no primeiro), e os bosses poderiam ser melhores. Por outro lado as músicas são bem agradáveis.

Mas estes pequenos problemas técnicos ou simples preferências  minhas não estragam nada o prazer que para mim é jogar este Sonic Chaos e toda a nostalgia de o ter jogado bastante em criança e de já há muito ansiar tê-lo na minha colecção.

Darius+ (ZX Spectrum)

Darius+_FrontHoje, para não variar, o artigo que cá trarei é mais uma rapidinha para o velhinho ZX Spectrum. E se por um lado a adaptação para ZX Spectrum do R-Type foi surpreendentemente bem positiva tendo em conta as limitações de hardware, será que o Darius, outro dos shmups clássicos da segunda metade da década de 80 teve a mesma sorte? É o que veremos muito rapidamente de seguida. Este meu exemplar veio da Feira da Ladra em Lisboa há coisa de 2 meses atrás, tendo sido comprado num pequeno bundle que me custou 5€.

Jogo com caixa e papelada
Jogo com caixa e papelada

Darius demarcava-se dos demais shmups da era pelo seu conceito. E sim, se por um lado também vamos enfrentar um império maléfico ou uma invasão alienígena ou algo do género, Darius troca os combates em pleno espaço sideral pelas profundezas dos oceanos, onde os nossos oponentes são peixes e outras criaturas subaquáticas. Outra das coisas que tornavam o Darius interessante era o seu sistema de caminhos ramificados. No final de cada boss poderíamos escolher um de 2 caminhos a percorrer, o que lhe dava uma maior longevidade para quem quisesse conhecer todos os níveis. Isso também foi transposto aqui para esta versão, embora os níveis não sejam tão variados assim. De resto temos 2 tipos diferentes de power-ups. Uns que nos dão diferentes tipos de armas e options, como não poderia deixar de ser. O outro dá-nos invencibilidade temporária! E este é o power-up definitivamente mais apetecível e já explico porquê. A nossa nave e os inimigos são sprites bem grandinhas, o que não nos dá muita margem de manobra no ecrã para nos esquivarmos dos inimigos. Daí a invencibilidade temporária ser tão boa.

Darius+
As sprites são bem grandes, o que nos tira muita margem de manobra.

De resto, do ponto de vista técnico, é óbvio que até é um jogo bonitinho tendo em conta as sérias limitações de hardware do ZX Spectrum. As sprites grandes dão-lhe outra pinta! Os bosses são igualmente gigantes, mas um pouco diferentes dos originais. Só que infelizmente, mesmo sendo um jogo pensado para o ZX Spectrum 128K, há falta de música, que só se ouve no ecrã título.

Darius, tal como R-Type, é das minhas séries clássicas de <em>shmups</em> preferidas e ambas tiveram direito a conversões para o velhinho ZX Spectrum. Mas entre um e outro, acho que a conversão do R-Type acaba por resultar melhor, pois é um jogo bem mais equilibrado em todos os campos: jogabilidade e audiovisuais.

Time Crisis II (Sony Playstation 2)

Time Crisis IIPara não variar, o artigo de hoje será mais uma rapidinha, desta vez a mais um light gun shooter para a Playstation 2. Na primeira playstation, o Time Crisis original é muito provavelmente o light gun shooter mais famoso dessa plataforma. A sua sequela directa foi provavelmente dos jogos que mais tempo (e moedas) gastei nas arcades da minha zona. No entanto não deixa de ser curioso o tempo que o jogo levou a sair para o mercado caseiro. A primeira versão arcade desta sequela foi lançada originalmente em 1997, enquanto a versão para a PS2 já só chegou no final de 2001, ainda depois do spin off Time Crisis Project Titan ter saído para a Playstation original. Este meu exemplar foi comprado na Cash Converters de Alfragide por cerca de 2€, há quase 2 meses atrás.

Jogo com caixa, manual e papelada. Também tenho uma G-Con 2 em caixa, embora não esteja na foto.
Jogo com caixa, manual e papelada. Também tenho uma G-Con 2 em caixa, embora não esteja na foto.

A história leva-nos novamente a enfrentar uma enorme organização terrorista, cujo novo plano de conquistar o mundo consistia no lançamento para a órbita terrestre de vários satélites munidos com poderosas armas. No fim do dia, cabe novamente à agência V.S.S.E. que envia dois dos seus melhores agentes para impedir que esse desastre aconteça. E mesmo que joguemos completamente sozinhos, existe uma dinâmica interessante com os 2 agentes, com o segundo agente a ser controlado pelo computador, onde os vemos a trocar de posição constantemente e providenciar fogo de suporte um ao outro. Infelizmente não cheguei a experimentar a vertente multiplayer, mas estou curioso em ver como isso se desenrolaria, certamente seria necessário um split screen para recriar a mesma “coreografia” entre as duas personagens.

Cada vez que virmos este círculo vermelho, é altura de esconder pois seremos atingidos
Cada vez que virmos este círculo vermelho, é altura de esconder pois seremos atingidos

De resto a jogabilidade é muito semelhante à do Time Crisis original, com o botão de “cover” que nos deixa 100% seguros do fogo inimigo e serve também para recarregar a arma. No entanto, para não tornar as coisas demasiado fáceis vamos tendo vários checkpoints ao longo dos níveis cada qual com o seu tempo limite que deve ser respeitado. De novidade temos um efeito gráfico vermelho sobre os inimigos de cada vez que estão para disparar um tiro certeiro contra nós. E se por um lado o modo principal de jogo passa-se ao longo de 3 níveis principais separados em diferentes subcapítulos, esta adaptação para a PS2 trouxe vários extras. Um deles é a possibilidade de um jogador usar duas light guns. Os outros passam por bónus que podem ser desbloqueados, como munições automáticas ou infinitas. Temos ainda outros modos de jogo como um de treino, ou o Quick and Crash, baseados em galerias de tiro, onde o segundo modo de jogo obriga-nos a ser o mais rápido possível. Ou então o Shoot Away 2, onde com apenas 2 tiros temos de atingir 2 pratos em movimento. Por fim podemos também desbloquear o Crisis Mission onde somos levados a jogar pequenos missões, incluindo defrontar o herói do primeiro jogo.

A maneira dinâmica como os dois parceiros se complementam é muito interessante. Temos é de ter cuidado em não o acertar.
A maneira dinâmica como os dois parceiros se complementam é muito interessante. Temos é de ter cuidado em não o acertar.

No que diz respeito aos audiovisuais, este Time Crisis II é um jogo que cumpre bem esse papel. E embora tenha jogado a versão arcade imensas vezes, já foi há muito tempo pelo que há certas coisas que não me lembro de ver nessa versão. Tipo os diversos objectos que podem ser destruídos nos cenários! Mas é bem possível que isso tenha sido algo adicionado à conversão para a Playstation 2, visto ter saído muito mais tarde e num sistema tecnologicamente superior. Mas claro, há coisas que nunca mudam nos light gun shooters desta época e uma delas é o voice acting escabroso!

No fim de contas, para quem gostar de light gun shooters completamente em 3D, a série Time Crisis é uma das melhores do género e este Time Crisis II não deixa de ser uma boa aposta, até pela quantidade de conteúdo extra que a Namco se preocupou em trazer nesta conversão.

Monster Bash (PC)

Vamos lá a mais uma rapidinha, novamente para mais um dos jogos da Apogee que infelizmente na minha infância deixei passar e apesar de o conhecer de nome desde sempre (muitas horas a tentar ler o CATALOG.EXE antes de ter aprendido inglês a sério), só quando comprei a colectânea 3D Realms Anthology por uma ninharia, há uns meses atrás. E tal como o Bio Menace, este Monster Bash acabou por se revelar numa bela surpresa.

Monster BashA história por detrás deste Monster Bash até que é original. O herói é o pequeno rapaz Johnny Dash, que a certa noite apercebe-se que o seu cão de estimação, o Tex, desapareceu sem deixar rasto. Nisto aparece um monstro debaixo da cama, aparentemente amigável, que lhe diz que o Tex e muitos outros animais de estimação foram raptados pelo malvado vilão Count Chuck, que planeia transformá-los em monstros. O monstrinho dá então a Johnny um poder mágico: os bolsos do seu pijama nunca acabarão terão um número infinito de pedras para a sua fisga! E assim mesmo de pijama e fisga na mão, somos levados até ao Underworld, com a missão de resgatar Tex e todos os animais de estimação que encontrarmos.

Num dos níveis podemos controlar uma vassoura mágica
Num dos níveis podemos controlar uma vassoura mágica

Monster Bash é então mais um jogo de plataformas com esta temática de terror. Ao longo do jogo iremos visitar cemitérios repletos de zombies, cavernas ou casas assombradas. A nossa arma é a tal fisga, com um número infinito de pedras que podemos atirar. Não podemos avançar para o nível seguinte sem antes libertar todos os animais de estimação, o que lhe dá logo uma vertente de exploração bem grande. Apanhar todos os itens (como muitos jogos de plataformas da Apogee o que não faltam são objectos para apanhar que apenas nos dão pontos) ou destruir todas as caveiras também dão pontos de bónus adicionais, para quem tiver interesse nisso. Outro facto interessante é o que podemos apontar a fisga para várias direcções e as pedras assumem uma trajectória parabólica, mesmo como seria de esperar. Para além disso contem também com imensos monstros como os já falados zombies, morcegos, vampiros e lobisomens, entre outros. Mediante o grau de dificuldade escolhido, teremos uma barra de energia maior ou menor. Mas mesmo no nível de dificuldade mais fácil, é muito fácil sofrer dano com tanto tipo diferente de inimigos e armadilhas espalhados pelos níveis. Podemos recuperar energia ao apanhar corações. Existem também outros power-ups para a nossa fisga, como a habilidade de disparar 3 pedras ao mesmo tempo ou mesmo rockets teleguiados!

Alguns níveis são bem grandinhos, por exemplo este casebre é porta de entrada de uma dungeon grandinha. E aquelas cobras que surgem do nada são bem chatas!
Alguns níveis são bem grandinhos, por exemplo este casebre é porta de entrada de uma dungeon grandinha. E aquelas cobras que surgem do nada são bem chatas!

No que diz respeito aos audiovisuais, os de Monster Bash são bem interessantes, apesar de ainda ser um jogo sem suporte a tecnologia VGA, pelo que só temos as 16 cores da tecnologia EGA. No entanto, mesmo assim conseguiram fazer um jogo muito bem detalhado graficamente, em especial nos inimigos que são bastante gore, mesmo sendo um jogo algo infantil. Ao “matar” os zombies eles são decapitados e depois temos as cabeças a rebolar pelo chão fora, há uns inimigos cabeças gigantes que aparecem do nada e explodem em pedacinhos, etc. O que não falta é sangue neste suposto jogo infantil! As músicas cumprem o seu papel.

Ao longo do jogo vamos vendo alguns diálogos que vão progredindo a história.
Ao longo do jogo vamos vendo alguns diálogos que vão progredindo a história.

Monster Bash é mais um óptimo jogo da Apogee, um jogo de plataformas bem desenhado e com boa jogabilidade. O tema de terror assenta que nem uma luva! Tenho pena que este Monster Bash me tenha passado ao lado da minha infância.

Compras de Maio e outros updates

Bem, isto ficou mesmo esquecido. Como se o vídeo de Junho já não estivesse atrasado quanto baste, o de Maio ficou esquecido ser cá colocado, pelo que sem mais demoras aqui fica!

https://www.youtube.com/watch?v=aKVqbSocIRM

O vídeo de Junho sairá em breve, pelo menos já está gravado. Como se devem ter apercebido ultimamente não tenho tido muito tempo nem para escrever “rapidinhas”, pelo que espero não demorar muito tempo em lançar o vídeo cá para fora. Mas prometo que assim que o fizer, não demorarei em colocá-lo cá também.

De resto, com este update de compras acabei por substituir 2 jogos que já cá tinha escrito algo sobre eles. O primeiro é o Call of Duty 4 Modern Warfare, que eu tinha a versão normal, e substitui pela GOTY (e sim, tenho mesmo de jogar os restantes, eu sei!), o segundo e último é o Sonic Advance, que apenas possuia o cartucho, agora tenho o jogo com caixa e manual.