Vamos lá a mais uma rapidinha, novamente para mais um dos jogos da Apogee que infelizmente na minha infância deixei passar e apesar de o conhecer de nome desde sempre (muitas horas a tentar ler o CATALOG.EXE antes de ter aprendido inglês a sério), só quando comprei a colectânea 3D Realms Anthology por uma ninharia, há uns meses atrás. E tal como o Bio Menace, este Monster Bash acabou por se revelar numa bela surpresa.
A história por detrás deste Monster Bash até que é original. O herói é o pequeno rapaz Johnny Dash, que a certa noite apercebe-se que o seu cão de estimação, o Tex, desapareceu sem deixar rasto. Nisto aparece um monstro debaixo da cama, aparentemente amigável, que lhe diz que o Tex e muitos outros animais de estimação foram raptados pelo malvado vilão Count Chuck, que planeia transformá-los em monstros. O monstrinho dá então a Johnny um poder mágico: os bolsos do seu pijama nunca acabarão terão um número infinito de pedras para a sua fisga! E assim mesmo de pijama e fisga na mão, somos levados até ao Underworld, com a missão de resgatar Tex e todos os animais de estimação que encontrarmos.
Monster Bash é então mais um jogo de plataformas com esta temática de terror. Ao longo do jogo iremos visitar cemitérios repletos de zombies, cavernas ou casas assombradas. A nossa arma é a tal fisga, com um número infinito de pedras que podemos atirar. Não podemos avançar para o nível seguinte sem antes libertar todos os animais de estimação, o que lhe dá logo uma vertente de exploração bem grande. Apanhar todos os itens (como muitos jogos de plataformas da Apogee o que não faltam são objectos para apanhar que apenas nos dão pontos) ou destruir todas as caveiras também dão pontos de bónus adicionais, para quem tiver interesse nisso. Outro facto interessante é o que podemos apontar a fisga para várias direcções e as pedras assumem uma trajectória parabólica, mesmo como seria de esperar. Para além disso contem também com imensos monstros como os já falados zombies, morcegos, vampiros e lobisomens, entre outros. Mediante o grau de dificuldade escolhido, teremos uma barra de energia maior ou menor. Mas mesmo no nível de dificuldade mais fácil, é muito fácil sofrer dano com tanto tipo diferente de inimigos e armadilhas espalhados pelos níveis. Podemos recuperar energia ao apanhar corações. Existem também outros power-ups para a nossa fisga, como a habilidade de disparar 3 pedras ao mesmo tempo ou mesmo rockets teleguiados!

Alguns níveis são bem grandinhos, por exemplo este casebre é porta de entrada de uma dungeon grandinha. E aquelas cobras que surgem do nada são bem chatas!
No que diz respeito aos audiovisuais, os de Monster Bash são bem interessantes, apesar de ainda ser um jogo sem suporte a tecnologia VGA, pelo que só temos as 16 cores da tecnologia EGA. No entanto, mesmo assim conseguiram fazer um jogo muito bem detalhado graficamente, em especial nos inimigos que são bastante gore, mesmo sendo um jogo algo infantil. Ao “matar” os zombies eles são decapitados e depois temos as cabeças a rebolar pelo chão fora, há uns inimigos cabeças gigantes que aparecem do nada e explodem em pedacinhos, etc. O que não falta é sangue neste suposto jogo infantil! As músicas cumprem o seu papel.
Monster Bash é mais um óptimo jogo da Apogee, um jogo de plataformas bem desenhado e com boa jogabilidade. O tema de terror assenta que nem uma luva! Tenho pena que este Monster Bash me tenha passado ao lado da minha infância.