Este artigo é só uma breve referência para um outro artigo que já tinha escrito para a Revista PUSHSTART, numa altura em que apenas escrevíamos em suporte digital. Poderão ler o artigo na íntegra aqui. O meu exemplar veio de um colega de trabalho que mo vendeu por 15€, completo e em bom estado.
Jogo completo com caixa, manuais e papelada
Basicamente a ideia que dá é que o Golden Sun 1 e 2 deveriam ser apenas um único jogo, um pouco como a Sega fez com o Sonic 3 & Knuckles. A história pega logo no final do jogo anterior, onde desta vez o foco está na party de Felix, em vez de Isaac e o seu grupo de amigos. Não é a primeira vez que a Camelot envisiona um RPG gigantesco e com a história vista por diferentes lados do conflito, o mesmo também foi feito com o Shining Force III da Sega Saturn, por exemplo. Assim sendo, para quem jogou o primeiro Golden Sun e tenha gostado das mecânicas que misturam puzzles na exploração das dungeons, com batalhas tradicionais por turnos e o uso dos Djinns e Summons, sabe o que esperar desta sequela, pois a nível de mecânicas de jogo é muito semelhante.
E como uma rapidinha nem sempre vem só, ainda vos vou escrever um breve artigo do Wave Race 64, um dos jogos de primeira geração da Nintendo 64 que se calhar pouca gente sabe, mas é na realidade uma sequela de um outro jogo da Game Boy clássica, o Wave Race, também um jogo de corridas de motos de água. Este meu exemplar veio da cash converters de Alfragide em Janeiro deste ano, tendo-me custado 5€ pelo cartucho.
Apenas cartucho
Aqui dispomos de vários modos de jogo, mas antes disso vamos às mecânicas básicas. Sendo este um jogo de corridas convém chegarmos em primeiro. Mas para além disso vamos vendo espalhadas nos circuitos várias bóias de cores vermelha e amarela. As vermelhas indicam que temos de as passar à sua direita, enquanto as amarelas pela esquerda. Cada vez que façamos isso correctamente acende-se uma setinha de “power” no ecrã, dando mais velocidade à moto de água. Por outro lado, por cada bóia que falhemos perdemos um nível de “power” e por conseguinte, um pouco de velocidade. Para além disso, ao falhar 5 bóias somos desqualificados da corrida, pelo que convém não abusar. Para além disso o jogo possui uma interessante física de ondulações e quando passamos por alguma rampa podemos fazer alguns truques enquanto estivermos pelo ar.
Estas bóias devem ser respeitadas, se falharmos 5 somos logo desqualificados
Passando para os modos de jogo em si, o principal é o Championship, onde o objectivo é pontuar o máximo possível (de preferência chegar em primeiro em cada corrida) de forma a que se chegue ao final do campeonato e sejamos o piloto com mais pontos. Mas de corrida para corrida temos sempre uns pontos mínimos a atingir para poder avançar para a corrida seguinte. Mediante também a dificuldade escolhida teremos mais ou menos circuitos que teremos de correr, para além de que os oponentes serão mais agressivos e por vezes as condições climatéricas também não serão as mais favoráveis. Para além deste modo de jogo temos o Warm-Up (que é na realidade uma espécie de circuito tutorial onde podemos practicar os controlos e diferentes mecânicas de jogo), o Time-Attack (o tradicional modo onde corremos sempre em contra relógio), 2P VS (a vertente multiplayer splitscreen deste jogo) e o Stunt Mode, onde teremos de executar o máximo de acrobacias possível, sozinhos nos circuitos. Nestes modos de jogo apenas podemos jogar nos circuitos já desbloqueados no Championship Mode.
É nestas águas mais calmas onde podemos apreciar alguns belos efeitos de reflexo de água, excelentes para os padrões de 1996
No que diz respeito aos gráficos, este é um jogo bem bonito para a Nintendo 64. Os gráficos são bastante coloridos e bem detalhados, e os circuitos a serem bem originais, não se deixando só ficar pelas praias paradisíacas. Aqui também podemos concorrer num porto nas docas de uma cidade, no árctico, numa zona pantanosa ou mesmo à noite, em plenos canais numa cidade bem movimentada. A maneira como as ondulações são feitas está muito bem conseguida para a Nintendo 64, e o seu sucessor para a Gamecube por muito tempo manteve-se no topo dos efeitos gráficos de água. Aqui fica mais bem conseguido naqueles circuitos com águas mais cristalinas. O circuito nocturno também está repleto de bonitos efeitos de luz! As músicas são bastante calminhas e agradáveis ao ouvido e os efeitos de som parecem-me competentes.
No Stunt Mode temos também alguns anéis para atravessar
Eu não sou o maior fã de jogos de corrida, no entanto tenho de dar mérito a este Wave Race 64, que por acaso até foi o primeiro jogo que eu alguma vez joguei numa Nintendo 64. Na altura não estava a perceber nada do que estava a fazer, até porque o comando da Nintendo 64 não é nada user friendly. Agora vejo que é um óptimo jogo de corridas e desafiante quanto baste, pois vamos mesmo ter de o dominar para nos mantermos dentro dos circuitos e sem perder muito tempo para os nossos oponentes.
Hokuto No Ken, ou Fist of the North Star é uma série de manga/anime clássica japonesa da década de 80, que para mim foi simplesmente das melhores épocas para o género. Passado num mundo pós apocalíptico, Fist of the North Star é passado num mundo austero e bastante violento. É uma série que eu tenho definitivamente de ver de uma vez por todas. E porque passei eu meio parágrafo a escrever sobre Fist of the North Star? É porque tal como o Black Belt da Master System, este Last Battle é também um reskin de um jogo dessa franchise, lançado originalmente no Japão. Este meu exemplar veio de um bundle de jogos que comprei na Cash Converters de Alfragide já há uns bons meses atrás, creio que por cerca de 5€.
Jogo em caixa
Gostava de vos falar da história deste jogo, mas a mesma passa tão rápida no ecrã que só dá para ler 3 linhas de cada parágrafo… de qualquer das formas a mesma é baseada na segunda temporada do anime Fist of the North Star que eu ainda não vi, pelo que vou-me remeter à minha ignorância. A jogabilidade é de um beat ‘em up sidescroller puramente em 2D, algo como no Altered Beast. E também como o Altered Beast este é um dos jogos de primeira geração da Mega Drive, que impressionou o público mais pelo tamanho grande das sprites do que propriamente pela jogabilidade, que acabou por envelhecer um pouco mal.
Whatever you say, Aarzak (que raio de nome lhe foram dar)
Mas vamos lá às mecânicas de jogo antes de mais nada. Em primeiro lugar temos um mapa mundo para explorar e com alguns caminhos alternativos a tomar. E em cada nível que entramos podemos ter uma de 4 coisas: um nível normal onde temos de defrontar os inimigos que nos vão aparecendo até chegar ao fim; um confronto contra um boss; um encontro com algum aliado que nos aumenta o nosso ataque, defesa ou restaura energia ou então podemos encontrar um nível labiríntico. Nestes não temos quaisquer inimigos para defrontar a não ser as armadilhas despoletadas, como setas ou pedras a surgirem de várias direcções. Aqui teremos simplesmente de encontrar a saída. Sinceramente foram níveis que me pareceram um pouco enfadonhos. De resto a jogabilidade é bastante simples, com a nossa personagem a poder desencadear uma série de ataques básicos. À medida que vamos derrotando inimigos vamos também enchendo uma barra de “power“. Quando ultrapassarmos um certo limite, dá-se uma pequena transformação à Altered Beast, com o nosso herói a ficar tão musculado que lhe rebenta a roupa, ganhando a habilidade de dar socos bastante rápido.
No original japonês podíamos explodir com cabeças! Infelizmente isso aqui foi censurado.
Graficamente é um jogo algo simples, com os cenários a não serem tão variados assim. Temos cidades em ruínas, paisagens desérticas (o típico de um jogo pós-apocalíptico), bem como alguns níveis passados à beira-mar e num navio que nos atravessa para a outra margem. As sprites em si são bem grandinhas e detalhadas, isso era um grande cartão de visita das capacidades de um sistema da Mega Drive para os que estavam habituados aos gráficos de uma NES ou mesmo da Master System. Mas infelizmente, para além de trocarem os nomes das personagens de Fist of the North Star, também alteraram o aspecto dalguns bosses, dando-lhe um aspecto mais mutantes. Isto porque também decidiram tirar o gore do jogo, já que no original sempre que atingíamos um inimigo a sua cabeça explodia, aqui simplesmente voam pelo ecrã fora. E nos bosses alguns também tinham finais bem sangrentos. De resto, as músicas não são nada de especial, mas também não são propriamente más. Uma delas ainda me fez lembrar umas melodias de Phantasy Star!
Para além do gore retirado, também alteraram as cores de alguns bosses
No fim de contas, este Last Battle embora não sendo um mau jogo, ultimamente acaba por ser daqueles exemplos de videojogos que envelheceram mal com o tempo. As suas mecânicas de jogo são bastante simples e repetitivas (em especial nos níveis labirínticos) e o facto de o terem transformado tanto desde a versão Japonesa também não o abonou muito. Mas não é um mau jogo, e se tiverem curiosidade é dos que mais facilmente se encontra por aí. Comprem-no baratinho!
Começo então por deixar aqui o vídeo de aquisições de Fevereiro, um excelente (e algo dispendioso) mês, onde consegui atingir não um, mas dois dos meus maiores objectivos enquanto coleccionador:
No seguimento das novas entradas da colecção aproveito para actualizar os artigos do Hocus Pocus e Wario Land 4. Para o primeiro, arranjei a versão em CD que saiu em Portugal numa colecção do Diário de Notícias, algures durante os anos 90. Para o segundo, o cartucho solitário foi substituído pela versão completa do jogo, comprada a um colega de trabalho.
De resto, para além desse vídeo aproveito para vos deixar uma dica para visitarem os restantes vídeos do canal, em particular a rubrica Crónicas Cúbicas onde vou falando um pouco da GameCube e dos seus jogos. Playlist aqui!
Gosto bastante do Chase H.Q.. É um jogo arcade de perseguições policiais dividido em 2 fases por nível. A primeira consiste em andar a abrir em plena auto-estrada até alcançar algum bandido em fuga, e depois temos um minuto para os interceptar, mandando pancadas no carro até não andar mais (de preferência o dos bandidos). Foi um jogo de sucesso que acabou por ser convertido para uma grande panóplia de computadores e consolas, incluindo a versão Master System que sempre me cativou quando era mais novo. Também para a Master System foi lançada esta conversão da sequela Special Criminal Investigation, cujo meu exemplar foi comprado a um particular por 5€ há coisa de um mês e pico.
Jogo com manual e papelada
Aqui somos levados mais uma vez para uma força de segurança especialista em perseguições policiais, onde a nossa missão é encontrar o paradeiro de uma jovem rapariga que foi misteriosamente raptada. A nossa primeira missão é interceptar um suspeito, que vai desencadeando as missões seguintes e com a trama a complicar-se um pouco mais.
Antes de cada missão vamos tendo sempre um briefing que apresenta o alvo e avisa de alguns eventuais perigos adicionais
As mecânicas de jogo básicas mantêm-se iguais às do Chase H.Q., pois tal como referido no primeiro parágrafo, temos 60 segundos para alcançar o bandido e depois outros 60 para os tirar fora de circulação. Para isso temos vários turbos que devemos usar de forma bem inteligente, pois qualquer embate com outro veículo ou obstáculo nos pode causar atrasos bem preciosos, bem como teremos de ter em atenção à barra de energia do nosso próprio carro. É que agora estamos mais vulneráveis, já que o trânsito agora circula nas duas vias e podemos ter vários outros inimigos a dispararem contra nós, como motards a atirar cocktails molotov, ou helicópteros a disparar rajadas de metralhadora. Felizmente também podemos ripostar fogo, embora as munições não sejam ilimitadas. Felizmente também por vezes temos um helicóptero aliado a entregar-nos munições enquanto continuamos a conduzir em alta velocidade pelas estradas fora.
E no final de cada nível temos também uma cutscene com o bandido aprisionado e alguns diálogos que servem para avançar na história
Tecnicamente é uma versão muito mais simplificada que o original de arcade, tanto em gráficos, som e fluidez de jogo. Apesar das paisagens serem variadas e por vezes até enveredarem por caminhos algo diferentes como estradas à beira mar/rio com a água mesmo ao lado da estrada, a sensação de velocidade raramente é notada, mesmo com o velocímetro a marcar quase 300km/h. Mas tirando isto, não estaria à espera de muito mais. E mesmo assim, devo dizer que a Natsume (sim foi a Natsume que tratou da conversão) acabou por fazer um bom trabalho com a adaptação das músicas. Algumas delas acabam por ser bastante boas, repletas de pequenos pormenores que nos passarão despercebidos nas primeiras audições.
O grande problema deste SCI a meu ver está mesmo na falta de sensação de velocidade, mesmo a 370Km/h
É mesmo uma pena que o scrolling não seja tão bom nesta adaptação, pois tudo o resto está bem tolerável para uma conversão 8bit de um jogo arcade de qualidade bem superior. A sensação de velocidade faz mesmo a diferença, mas também não se pode dizer que este Special Criminal Investigation seja algo injogável, nada disso. Se gostaram do Chase H.Q. ou do seu conceito, então irão certamente apreciar alguma coisa deste jogo.