Phantasy Star II (Sega Mega Drive)

Phantasy Star IIPhantasy Star é uma das minhas séries preferidas de RPGs, muito por causa do Phantasy Star IV da Mega Drive que foi um dos jogos que me deixou definitivamente a gostar de JRPGs e na minha modesta opinião é um dos mehores jogos dentro do seu género da era das máquinas 16bit. Mas a série Phantasy Star teve uma origem e evolução interessantes ao longo dos seus quatro jogos principais, e este Phantasy Star II melhorou em alguns aspectos perante o anterior da Sega Master System, mas também piorou em alguns outros. Este meu exemplar foi comprado há coisa de um mês atrás no site britânico da Chillout Games, estando quase completo e em bom estado. O preço é que foi mais salgado, mas era um jogo que eu fazia mesmo questão em ter na minha colecção e acabei por comprar mesmo assim. Só lhe falta o tal hint book!

Phantasy Star II - Sega Mega Drive
Jogo com caixa, manual e mapa

A aventura decorre 1000 anos após os acontecimentos do primeiro jogo, onde Alis em conjunto com os seus companheiros Odin, Myau e Lutz conseguiram derrotar o grande ser maligno que assolava o sistema solar de Algo, constituído pelos planetas Palma, Motavia e Dezoris. Palma era um planeta rico em vida e abundância, tal como o nosso. Motavia era um planeta com um clima árido e completamente desértico, embora alguns povos humanos e motavianos lá vivessem. Por fim (ou não!) teríamos Dezoris, um planeta gelado cujos dezorianos são um povo muito matreiro. E aqui as coisas começam precisamente em Motavia, um planeta completamente transformado com o decorrer destes 1000 anos. Graças ao desenvolvimento de um super computador chamado Mother Brain, o planeta de Motavia foi completamente reclimatizado, tornando-se perfeitamente habitável, com a civilização a evoluir fortemente com o decorrer dos anos. Mas eis que de repente começam a surgir estranhos monstros que atacam a civilização… nós encarnamos em Rolf, agente governamental ao serviço de Paseo, capital de Motavia e a sua companheira Nei, uma jovem rapariga geneticamente alterada, provavelmente a primeira do que viriam a ser os Newmans em Phantasy Star Onlin. A nossa primeira missão consiste mesmo em investigar a origem dos monstros, mas depois muitas voltas a história vai dar, mudando o destino dos habitantes do sistema de Algol para sempre.

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As dungeons já não são mais em primeira pessoa, algumas têm ainda estes efeitos gráficos com paralaxe que nos dificultam um pouco a navegação

A primeira das grandes diferenças que nos apercebemos entre este jogo e o original é a ausência das dungeons na primeira pessoa. Aqui as mesmas são exploradas de igual forma como as cidades, numa perspectiva aérea em 3a pessoa, aproximando-se do que acabaria por se tornar um padrão em JRPGs dessa época. É uma pena pois apesar de serem bem simples, eu adorei as dungeons em primeira pessoa na Master System. Depois a outra grande diferença que notamos acaba por ser o número de aliados que poderemos vir a ter. Enquanto no original estavamos restritos àquela party de 4 personagens, aqui poderemos vir a conhecer mais umas 6 personagens, para além de Rolf e Nei. A maneira como as conhecemos é que é estranha, a partir de certas ocasiões do jogo, se visitarmos a nossa casa em Paseo, as novas personagens visitam-nos, apresentam-se e pedem para se juntar ao grupo. Não há aqui um grande desenvolvimento de carácter nestas personagens, exceltp para as principais Rolf e Nei. Essas outras personagens vão sendo algo diferentes entre si, com diferentes “classes” capazes de enveredar equipamento característico, bem como aprender mágicas diferentes. Este é também o primeiro jogo de toda a saga Phantasy Star onde se começam a “standarderizar” muitas das nomenclaturas da série. As magias são chamadas “Techniques”, com algumas magias base como Foie ou Res a prevalecer com o decorrer dos anos. Itens regenerativos como os monomate, dimate e trimate também tiveram a sua origem aqui.

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Estes backgrounds é que não ficam nada bem na minha opinião.

Os combates são por turnos como manda a lei, com a opção de lutarmos, usar itens, magias, defender ou fugir. Infelizmente há coisas em que a idade não perdoa e Phantasy Star II ressente-se disso. Isto porque o sistema de inventário continua algo confuso, a misturar itens de todos os tipos. Quando estamos em lojas, para saber se uma arma, ou armadura é mais forte que a que temos equipada, só mesmo comprando-a, equipando-a e ver a mudança nos stats. Ou então pelo preço! Como sempre, armas mais caras costumam ser melhores. Outro ponto ainda algo cru é a narrativa que deixa ainda muitas pontas soltas e por vezes precipita uma série de acontecimentos. No entanto acaba também por ser bastante séria e dramática para os padrões da época – sim, há aqui um momento Aeris, muito antes do Final Fantasy VII ser sequer um projecto.

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A maneira como os nossos colegas de equipa se juntam a nós não é lá muito convencional…

Graficamente é um jogo interessante, ainda que simplista devido a ser um dos jogos de primeira geração da Mega Drive. É um jogo colorido, as personagens têm um design que me faz lembrar os animes da década de 80, o que me agrada bastante, mas tem também algumas coisas que não gosto: os backgrounds das batalhas deixam muito a desejar, assim como grande parte do design dos inimigos. Em especial os inimigos do primeiro terço do jogo, muitos deles insectos sem grande interesse e há um abuso nos palette swaps, pois vamos vendo os mesmos monstros vezes sem conta, mas com cores diferente. Mas voltando aos backgrounds das batalhas, no Phantasy Star 1 da Master System estes eram bastante ricos em cores e com a imagem do fundo da região onde estávamos, fosse uma floresta, deserto, praia, entre outros. Aqui temos um fundo negro quadriculado. Algo reminiscente de um Tron, o que lhe pode dar um aspecto muito futurista, mas sinceramente não me agradou muito. Por outro lado as animações das batalhas pareceram-me óptimas, assim como as músicas, muitas delas bastante upbeat com melodias aliciantes.

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Sempre adorei este look “retroanime” deste jogo

Phantasy Star II é um bom RPG na minha opinião, embora o seu pico tenha sido mesmo no Phantasy Star 4, a evolução que se traçou entre o primeiro jogo, este e o quarto foi muito boa. O terceiro não é para aqui chamado pois é uma longa história… mas uma história que eu espero que um dia possa vir para aqui contar. Só tenho pena que a Sega nunca mais tenha querido voltar ao sistema solar de Algol…

Treasure Island Dizzy (ZX Spectrum)

TreasureIslandDizzyMais uma rapidinha de ZX Spectrum, desta vez sobre o segundo jogo da saga Dizzy da Codemasters, o ovo andante que muito gosta de nos dar trabalho a carregar com objectos de um lado para o outro. Tal como o primeiro, a minha cópia é uma bootleg do nosso mercado cinzento e ficou-me muito barata pois veio num grande bundle que comprei por 10€ na feira da Ladra em Lisboa.

Treasure Island Dizzy - ZX Spectrum
Versão bootleg com caixa

Apesar do título do jogo referir uma ilha do tesouro e o mesmo realmente existir, o nosso objectivo principal é o de arranjar um barco para conseguirmos escapar dessa ilha e voltar aos nossos amigos, os Yolkfolk. Na verdade mesmo depois de conseguirmos escapar da ilha ainda teremos um entrave adicional, mas já o refiro mais à frente. As mecânicas de jogo na sua essência são similares: este é um jogo de plataformas onde a exploração é muito importante pois precisaremos de econtrar e carregar vários objectos que nos possam abrir caminhos para explorar outras áreas. Mas também mudaram muitas coisas face ao anterior. Apesar de haverem menos inimigos no ecrã, o jogo é mais difícil pois só temos uma única vida e basta o mínimo deslize para ir tudo por água abaixo. Outra das mudanças está no sistema de inventário. No primeiro jogo poderíamos apenas carregar com um objecto de cada vez. Nesta sequela temos um inventário de 3 slots, mas a sua implementação ainda é algo rudimentar.

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Pelo menos no que diz respeito à apresentação do jogo, a Code Masters fez um óptimo trabalho

Não podemos escolher qual dos slots utilizar, basicamente funciona como um buffer first in, first out, ou seja quando apanhamos 3 objectos e vamos apanhar o quarto, é sempre o que está no topo da lista que é largado. Para além de nos causar chatices desnecessárias com manutenção de inventário, também pode gerar um gameover injusto. Isto porque há algumas secções subaquáticas em que só conseguimos explorar se tivermos encontrado equipamento de mergulho. No entanto, se ao apanharmos os objectos que estão no fundo do mar e por algum motivo perdermos o equipamento de mergulho somos presenteados com um gameover. Por fim, o tal desafio final que temos de completar se quisermos completar o jogo consiste em procurar e coleccionar 30 moedas de ouro. No entanto muitas delas estão escondidas por detrás dos cenários, o que será uma chatice para as encontrar.

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Abaixo do título do jogo, nas 3 linhas de texto é-nos indicado quais os objectos que possuímos

A nível gráfico é um jogo bem colorido e detalhado, tendo em conta as grandes restrições do sistema. Muitos assets me parecem ser reaproveitados da aventura anterior, mas continua a ter boas animações dentro dos possíveis. E desta vez há também suporte à versão 128k do Spectrum, o que significa música bem mais agradável e até algumas vozes digitalizadas.

No fim de contas, este segundo Dizzy continua a não ser um mau jogo, apesar de ter algumas mudanças que não resultaram muito bem, mas que acabaram por ser melhoradas no futuro e fazem parte de um processo evolutivo. Para já não tenho mais nenhum Dizzy, o que é pena pois ainda existem uns quantos da série principal a terem saído no Spectrum.

World War Zero: Iron Storm (Sony Playstation 2)

World War ZeroJá há algum tempo que não jogava nenhum FPS em consolas e como tenho muitos jogos em lista de espera na PS2 já há bastante tempo para serem jogados, optei por este World War Zero Iron Storm. Este foi um daqueles jogos que nunca tinha ouvido falar sequer. Encontrei-o na CEX no Porto, olhei para a capa traseira e sinceramente gostei do que vi, pelo que acabei por levá-lo comigo. Foi uma daquelas compras à anos 90, onde não havia internet para ver as reviews do pessoal, nem toda a gente tinha revistas de videojogos e acabamos por levar um jogo pela capa. Creio que me custou entre 2 a 3€.

World War Zero - Sony Playstation 2
Jogo com caixa, manual e papelada

E em que consiste este World War Zero? É sobre algum conflito mundial que decorreu antes da primeira guerra? Nem por isso. Basicamente decorre numa realidade alternativa da nossa História, onde a primeira guerra mundial, que tinha começado em 1914 tal como realmente começou mas arrastou-se por mais 50 anos, basicamente colocando 2 grandes blocos em conflito. A Rússia absorveu o império alemão e em conjunto do o imperador Japonês invadiram também a China. Por outro lado os Estados Unidos mais alguns países do bloco Oeste europeu também formaram uma aliança e é precisamente daí que a nossa personagem  é. E este acaba por ser mais um daqueles FPS de um soldado contra um exército inteiro e o que começa por ser uma missão para invadir as trincheiras inimigas, acaba por escalar de tal forma que nos infiltramos num dos bastiões daquele Império para assassinar um dos seus mais importantes líderes.

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O que mais me irritou neste jogo é por vezes termos de enfrentar grupos de inimigos e não conseguir lançar uma granada rapidamente

A jogabilidade é a de um fps tradicional, ou seja poderemos carregar com um enorme arsenal de armas, com vários revólveres, metralhadoras, sniper rifles, lança-rockets, vários tipos de granadas entre muitas outras armas a encontrar ao longo do jogo, e a vida não é regenerativa, mas sim curamo-nos através de medkits. Os controlos básicos são os típicos de FPS, com um analógico para nos movermos, o outro para controlar a câmara e o gatilho direito para disparar. Apenas senti a falta de um botão para correr e um outro para atirar granadas, pois o esquema de mudar de armas pode ser um pouco trabalhoso. Podemos alternar rapidamente entre 2 armas apenas com o pressionar de um botão, mas ter de seleccionar propositadamente as granadas da lista das armas acaba por levar muito tempo que por vezes pode ser mesmo precioso.

De resto, para além da campanha single player com 16 missões – em que por vezes temos também alguns objectivos secundários para cumprir se quisermos, temos uma vertente multiplayer local, com suporte a 2 jogadores apenas. E apenas existem 3 modos de jogo, o deathmatch normal, team death match e capture the flag. Existe também o modo arena que na verdade agrupa partidas dos 3 géneros de jogo referidos anteriormente.

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Esperem por ver muitos soldados inimigos à lá Hellghast dos Killzone… mas na verdade este jogo precede o da Guerilla Studios pois foi lançado originalmente para PC em 2002

Graficamente não é nenhum Black, não é nenhum jogo que leva a PS2 ao limite. Então esperem pelo habitual de gráficos um pouco borratados, alguns serrilhados devido à falta de anti-aliasing e por aí fora. Como é um jogo de guerra, não esperem por paisagens bonitas e campos verdejantes mas sim trincheiras, cidades em ruína, bunkers com bases militares secretas e por aí fora. Mas é precisamente nesse design que até achei alguma graça a esete jogo por misturarem conceitos da primeira guerra mundial como o uso de trincheiras ou gás mostarda, outros da segunda como os tanques alemães, algumas armas como os lança-rockets, mas também algumas coisas meias futuristas como os helicópteros todos high-tech, ou os uniformes das tropas especiais. A nível de som é apenas um jogo competente, não há propriamente algo que me tenha ficado na memória. Os diálogos e cutscenes, quando as há, não são nada de especial.

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Muitas armas têm um zoom próprio, não apenas as sniper rifles. E dá jeito.

Já tinha algumas saudades de jogar um FPS na PS2, e de facto já nem tenho muitos pela frente no meu backlog, mas apesar dos seus defeitos ou até alguma mediocridade, a verdade é que este jogo até me divertiu. Próximo FPS na PS2? Eventualmente será o Area-51, pelo menos se não encontrar um Darkwatch entretanto.

Alex Kidd in the Enchanted Castle (Sega Mega Drive)

Alex Kidd in Enchanted Castle

O Alex Kidd foi uma das primeiras mascotes da Sega, antes de um certo ouriço azul ter tomado essa posição. E se por um lado o Alex Kidd in Miracle World é um dos clássicos de plataformas de 8bit, as suas sequelas e spin-offs nem sempre têm sido tão boas assim e muitos se desviaram completamente da fórmula original. Mas eis que chega o Enchanted Castle, o único jogo da série Alex Kidd a sair na Mega Drive e que pisca o olho às mecânicas de jogo do Miracle World. Esta minha cópia está incluida na compilação Sega Classics Collection, que tinha sido comprada na feira da Vandoma no Porto há mais de um mês atrás por 15€. Mas também adquiri mais recentemente uma versão standalone do mesmo jogo por menos de 5€.

Alex Kidd in Enchanted Castle - Sega Mega Drive
Jogo com caixa

A história, como sempre, é simples. Alex Kidd ouviu rumores que o seu pai, já há muito desaparecido, estava vivo no planeta Paperrock, então viajamos até lá para o procurar. Simples. As mecânicas de jogo são similares ao Miracle World, com um botão para fazer Alex saltar, outro para atacar. Geralmente atacamos os inimigos com os punhos, bem como podemos quebrar alguns blocos para alcançar cestos com dinheiro, vidas, itens ou armadilhados com bombas. Quando atacamos algum bloco, se o mesmo estiver logo ao lado de outro, então é simplesmente destruído. Por outro lado se não tiver nenhum bloco adjacente então é levado na direcção em que o atacamos, destruindo todos os inimigos que se atravessem no seu caminho.

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Graficamente é um pouco mais detalhado que qualquer jogo da Master System, mas a Mega Drive veio a provar ser capaz de muito melhor.

O minijogo do pedra-papel-tesoura é algo que está uma vez mais enraizado neste jogo. Por várias vezes podemos entrar em lojas e jogar uma partida de pedra-papel-tesoura com o vendedor. Para jogar temos de pagar uma certa quantia (dinheiro pode ser adquirido ao derrotar inimigos ou destruir cestos) e caso consigamos vencer a partida lá ficamos com o item. Infelizmente isto por vezes torna-se bastante chato pois sempre que temos de tentar novamente teremos uma vez mais de pagar. Felizmente um dos itens que podemos encontrar permite ler a mente do nosso oponente, então conseguiremos usar isso em nossa vantagem. É especialmente útil contra os bosses que também têm as suas batalhas através do pedra-papel-tesoura (excepto o último boss que depois tem uma parte de combate directo). Para além desse item, existem muitos outros que podemos comprar/encontrar ao longo do jogo e podem ser utilizados sempre que nos convier. Um pogo-stick que nos permite saltar bem mais alto e alcançar zonas inatingíveis, uma moto onde podemos atropelar e derrotar instantaneamente os inimigos, aquele helicóptero a pedais que já teríamos visto no Miracle World, entre outros como um que nos confere invencibilidade temporária. O design dos níveis também é um pouco diferente dos vistos em Miracle World, pois geralmente são maiores e muitos têm caminhos alternativos para perseguir.

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Este minijogo de pedra papel ou tesoura ficou um bocadinho a desejar neste capítulo da saga Alex Kidd

A nível gráfico nota-se perfeitamente que é um dos jogos de primeira geração da Mega Drive, onde apesar de os visuais já serem melhores do que a Master System conseguiria produzir, pelas sprites grandes e bem detalhadas, assim como os backgrounds, no entanto ainda está muito longe do que a Mega Drive seria capaz de fazer. As músicas continuam bastante agradáveis na minha opinião e temos algumas vozes digitalizadas como Alex a dizer “Pedra papel tesoura” em japonês. Uma curiosidade interessante foi a censura que o jogo sofreu nos seus lançamentos ocidentais. No original japonês, a personagem que perde o jogo do pedra papel tesoura fica sem roupa (obviamente com alguma censura a tapar as partes íntimas), mas nas versões ocidentais o perdedor é esmagado com um enorme peso metálico. Não que me faça muita diferença, mas naquela altura essas diferenças culturais entre o japão e a civilização ocidental (especialmente a americana e a de alguns países europeus conservadores) obrigavam mesmo a que fossem feitas mudanças deste tipo.

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A maior parte dos bosses são apenas combatidos com partidas de pedra papel tesoura

No fim de contas achei este Alex Kidd um interessante regresso à fórmula convencional, com algumas coisas novas que me agradam, como a possibilidade de usar qualquer m dos itens que ganhemos/encontremos a qualquer momento. Mas no entanto a parte do pedra papel e tesoura ficou algo a desejar pois é estúpido termos de pagar para jogar a partida e só se ganhar o desafio ficarmos com o item. Deveria ser dada a opção de comprar logo, ou tentar a sorte. Mas é só a minha opinião!

Mario & Yoshi (Nintendo Gameboy)

Mario & Yoshi

A Gameboy original tem a sua parte de puzzle games, afinal não foi por acaso que a mesma entrou no mercado com o Tetris como o maior destaque. Puzzle games acabavam por ser jogos relativamente simples, que não exigiam muito da máquina e acabavam por se tornar em óptimos companheiros de viagem, ideais para uma consola portátil. A Nintendo acabou por desenvolver uns quantos puzzle games e o Mario & Yoshi é um deles. Este cartucho foi comprado por 50 centimos na feira da Vandoma no Porto há coisa de um mês atrás. Edit: arranjei recentemente um exemplar completo por cerca de 15€.

Jogo com caixa e manual

Em Mario & Yoshi também temos de juntar blocos semelhantes que vão caindo do topo do ecrã para os fazer desaparecer, evitando que formem pilhas enormes e que cheguem até ao topo do ecrã. Para isso podemos manipular as colunas de blocos, alternando-as de forma a que consigamos, dentro dos possíveis, conciliar os blocos que vão caindo com os que já temos no ecrã. Esses blocos são inimigos de jogos do Mario, como os Goombas, as plantas carnívoras, ou mesmo as pequenas lulas que nos atrapalhavam nos níveis subaquáticos. Mas claro que há também alguns blocos especiais, nomeadamente metades de ovo de Yoshis. A ideia é formar um ovo inteiro, de forma a que apareça um Yoshi no ecrã e ganhemos mais pontos. Mas o truque é meter inimigos entre as cascas de ovo, para que desapareçam, o Yoshi que dali sai seja maior, e mais pontos ganhemos ainda!

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As várias opções e modos de jogo.

As mecânicas de jogo são essas mesmo e apesar de serem simples sinceramente não me agradaram lá muito. De resto temos vários modos de jogo. No single player temos o Type A e B. O primeiro é o modo de jogo normal, onde tentamos obter o máximo de pontos possível, à medida que a dificuldade vai aumentando. No Type B já vamos ter vários níveis já com blocos espalhados no ecrã e teremos de os limpar a todos. Por fim temos um modo multijogador através do link cable que sinceramente não cheguei a testar.

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Deixar uma pilha de blocos crescer até ao topo é sinal de game over

No que diz respeito aos audiovisuais é um jogo bastante simples. Este é daqueles jogos que só o comprei porque estava bastante barato, pois sinceramente nem o acho tão bom assim. A Nintendo lançou imensos jogos de puzzle baseados em blocos ao longo dos anos, muitos deles para a própria Nintendo Gameboy e se quiserem um puzzle game de blocos baseado no Mario, têm sempre o Yoshi’s Cookie. Ou o Dr. Mario!