The Need for Speed, ou como lhe podemos chamar pelo seu nome completo “Road & Track Presents: The Need for Speed”, é o primeiro capítulo da famosa série de jogos de corrida da Electronic Arts. Como muitos dos primeiros jogos 3D da Electronic Arts nesse período dos anos 90, este jogo saiu originalmente para a mal amada 3DO, com conversões a sairem posteriormente para a Saturn, Playstation e PC. A minha cópia chegou-me às mãos após ter sido comprada há uns meses atrás na feira da Ladra em Lisboa, por 5€. Como todos os jogos da EA para a Saturn, vem com uma caixa bem grossa e um manual a condizer.
Este é mais um artigo em jeito de “rapidinha”, pois também nunca joguei este Need for Speed assim tanto a fundo. Na biblioteca de jogos de corrida da Saturn, sempre preferi os jogos da Sega desse segmento. Mas adiante, este NFS é um jogo não tão arcade como os restantes jogos da época, e permite-nos estar ao volante de vários maquinões da época, como o Dodge Viper ou o Lamborghini Diablo. O jogo apresenta vários modos de jogo, desde o single race para quem quiser jogar uma partida rápida, até ao modo Tournament, onde temos de chegar em primeiro lugar em todos os circuitos para vencer este modo de jogo e também desbloquear um circuito bónus em Las Vegas. Existe também um Time Attack, mais voltado para as provas em contra-relógio, mas o que marca realmente a diferença em Need for Speed, é o Head 2 Head mode, que tanto pode ser jogado contra o CPU ou em multiplayer local. Este modo de jogo é um duelo entre 2 carros que, se for jogado num dos circuitos “abertos”, concorremos com tráfico local e polícias que vão patrulhando a estrada. Isso obviamente que resulta em perseguições policiais e se nos deixarmos apanhar levamos com uma multa. Na segunda multa somos logo desclassificados da corrida, o que tenho a ideia que acontece apenas na terceira multa noutras versões.

As pistas decorrem em diferentes paisagens e climas, onde podemos escolher também o período do dia em que correr
No que diz respeito ao audiovisual é um jogo razoável. Isto porque é uma conversão do original da consola 3DO, um produto inferior tecnologicamente. Os cenários têm uma coisa boa, a sua draw distance é bem grandinha se comparada a muitos outros jogos de corrida da época, mas claro que isso está a custo de um detalhe menor nos cenários no geral. Os carros vistos de fora também não têm grande detalhe, parecem paralelipípedos com rodas, mas se passarmos para o interior, então é de admirar o trabalho feito com os interiores dos carros, que me parecem bem realistas e não era algo assim tanto comum de se ver nos jogos de corrida da época. Felizmente a banda sonora eu achei-a muito boa. Toda ela é composta pela dupla de artistas Jeff Dyck & Saki Kaskas, e tanto tem música electrónica, como outras bem mais a abrir e cheias de guitarradas como eu gosto.
Apesar dos seus visuais datados, acho que este Need For Speed não é um mau jogo a ter-se no catálogo da Saturn. Claro que a versão PC que saiu mais tarde para o Windows 95 é muito superior, mas ainda assim não achei nada mau o jogo, dá perfeitamente para nos divertirmos, e no fundo isso é o que interessa.
Esse foi o primeiro jogo “next-gen” que vi após anos de 16bits. Nunca vou me esquecer de sua abertura, com 11 anos apenas, aquilo me deixou embasbacado.
O meu primeiro nesse sentido foi mesmo o Daytona USA. Gentlemen, start your engines! 😀