Mais um dia, mais uma rapidinha de um jogo indie para PC. E isto só é rapidinha pois eu geralmente sou uma nódoa em shmups. Satazius é um jogo que me parece ser uma homenagem a Gradius, tanto no aspecto da nave, inimigos e cenários, a jogabilidade, e o sistema de selecção de armas. Produzido pelo estúdio Astro Port, e localizado pela Capcom, o jogo chegou-me à conta do Steam algures no ano passado, salvo erro no bundle Indie Gala de October, tendo-me custado uma ninharia como é habitual.
Ao começar a aventura temos logo um ecrã de selecção de armas que vai reaparecendo antes de cada nível e após cada gameover. Para além de podermos seleccionar uma de várias armas principais, podemos escolher também duas secundárias, das quais podemos alternar sempre que quisermos ao longo do jogo. Essas armas secundárias geralmente consistem em modos de fogo para várias direcções, muito úteis em momentos mais apertados. Obviamente que também podemos escolher uma arma especial, bastante poderosa, mas que apenas a podemos utilizar ocasionalmente, quando a mesma estiver carregada, sendo bem utilizadas em lutas contra bosses. Ainda assim muitas destas armas estão bloqueadas ao início, sendo desbloqueadas à medida em que vamos progredindo no jogo.
Durante o jogo estas armas, bem como a velocidade da nave podem sofrer upgrades, bastando para isso recolher vários dos powerups que vão surgindo no ecrã. Estes upgrades vão-se mantendo de nível para nível, a menos que percamos uma vida, aí voltam atrás alguns níveis. Ainda assim, o jogo nos níveis de dificuldade mai baixa (easy/normal), não é assim tão desafiante e com um bocadinho de perícia e utilização inteligente das armas lá se vai avançando no jogo, até porque com as armas especiais basta um ou 2 disparos para arrumar com o boss. Nos níveis mais elevados de dificuldade o desafio vai sendo maior, mas pelo menos não é um bullethell como muitos outros shmups que se vêem por aí.
Visualmente é nitidamente um jogo inspirado nos grandes clássicos da era 16-bit, nomeadamente o próprio Gradius. Temos níveis a decorrer em pleno espaço sideral, outros em cavernas ou bases tecnológicas. Bosses gigantes como não deveria deixar de ser, e com muitos ataques diferentes, forçando-nos a reconhecer os seus padrões de movimento. O jogo tem uns gráficos bem limpinhos, e permite jogar tanto em fullscreen como em modo janela, o que para mim neste género de jogos mais “retro” é preferível. A música adequa-se perfeitamente ao estilo de jogo, é um techno futurista bastante uptempo, ideal para toda a cacofonia que por vezes vai aparecendo no ecrã. No fim de contas parece-me ser um shmup que não reinventa a roda, mas para quem é fã do género, certamente irá encontrar algo que aprecie neste jogo.