AVSEQ (PC)

Aproveitar para escrever mais um artigo “blitzkrieg” de um jogo indie. AVSEQ é uma espécie de um “Puzzle Bobble musical” que já passo a explicar. O jogo fez parte de um Indie Bundle qualquer (penso que um dos Indie Royale), e foi-me oferecido por alguém que comprou o bundle e já tinha este joguinho. É um puzzler interessante, mas poderia ter sido melhor aproveitado, conforme irei referir já em seguida.

AVSEQ

A jogabilidade consiste no seguinte: vão caindo ao longo de uma grelha uma série de círculos coloridos (que o jogo lhes chama de átomos), sendo que o objectivo consiste simplesmente em ligar os círculos da mesma cor e detonar essa sequência antes de os mesmos atingirem o fundo do ecrã. Existem também átomos brancos que permitem ligar átomos de diferentes cores, bem como uns outros com efeitos, que podem acelerar/atrasar a “queda” dos átomos, ou mesmo um outro que pausa o ecrã temporariamente. Para além do mais, à medida em que vão sendo detonadas as cadeias, vão surgindo no ecrã uns átomos especiais com um símbolo (+). Estes são fulcrais para o jogo, pois à medida que se vão detonando cadeias com esses átomos, vão sendo adicionadas notas musicais ao jogo, que vão sendo tocadas repetidamente à medida em que o nível se vai desenrolando. O objectivo de cada nível é conseguir colocar no ecrã um número objectivo de notas a tocar em simultâneo, formando melodias interessantes. Ao deixar os átomos bater no fundo acabamos por perder algumas notas, pelo que nos níveis mais avançados em que a acção decorre mais rapidamente as coisas acabam por ficar mais caóticas.

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Nunca percebi muito bem como evoluem as 2 barras em baixo, mas não parece ser muito importante

E é precisamente aí que o jogo acaba por falhar um pouco, na minha opinião. Embora as melodias que se vão construindo acabam por ser cativantes para se continuar a jogar, quando detonamos as cadeias de átomos, o jogo acaba por ficar muito poluído visualmente, com os “detritos” das cadeias de átomos que explodimos cobrirem o ecrã, em conjunto com outros efeitos visuais. Enquanto isso é realmente bonito de se ver, a verdade é que muitas vezes acaba por prejudicar o jogador, especialmente nos níveis mais exigentes, pois acabamos por nos esquecer de alguns átomos que vão “caindo” e prejudicam o nosso progresso no jogo. Infelizmente também não existe um factor replay muito grande. Existem uns 10 níveis diferentes, com uma dificuldade progressivamente maior (mais rápidos, objectivos com mais notas musicais para colocar na grelha e diferentes tipos de átomos especiais que surgem). Ao concluir cada nível é desbloqueado um “infinite mode” para esse mesmo nível, onde apenas temos o objectivo de obter a melhor pontuação possível. E AVSEQ é isso, infelizmente não existe qualquer multiplayer, sendo que este género de puzzle games beneficiam e muito com isso. Também não existem quaisquer leaderboards, apesar de o jogo pedir sempre o nome do jogador no final de alguma jogada (tenha sido a mesma bem sucedida ou não).

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Os gráficos são simples, mas com efeitos bonitos. Infelizmente esses mesmos efeitos muitas vezes atrapalham.

O audiovisual é o ponto forte do jogo, especialmente pelo lado musical, conforme seria de esperar. As músicas têm todas uma toada electrónica e as notas são todas síncopas entre si, formando melodias interessantes. Os desenvolvedores do jogo dizem que é possível fazer 2.2300745198530623×10^43 combinações de notas diferentes e de facto, a cada minha jogada a melodia resultante ia sendo diferente. Ainda assim, o pobre factor replay que AVSEQ tem leva a melhor sobre mim, não conseguindo recomendar o jogo, a menos que sejam realmente fãs deste género.

The Jungle Book (Sega Master System)

JungleBook-SMS-PTE para desenjoar um pouco de artigos de jogos de PC, fui ao baú das recordações buscar um dos meus primeiros jogos. A Virgin Interactive foi um dos estúdios mais prolíferos nas consolas 8 e 16-Bit da Sega na primeira metade dos anos 90, trazendo diversos jogos de plataforma com óptimas animações e gráficos, tal como o Aladdin para a Mega Drive. Claro que tecnicamente o mesmo não seria possível numa Master System ou Game Gear, mas ainda assim a Virgin lançou uma série de jogos sólidos. A minha cópia do jogo foi adquirida algures em 1996/7, tendo custado o equivalente a 20€. É uma das “Portuguese Purples”, jogos relançados exclusivamente no mercado português com as capas roxas.

The Jungle Book (Sega Master System)
Jogo completo com caixa e manual – Edição Portuguese Purple

Não vou perder muito tempo a contar a história por detrás do jogo, vejam o filme! Ou melhor ainda, leiam os livros originais de Rudyard Kipling. De qualquer das maneiras, para os que têm vivido debaixo de uma pedra, The Jungle Book conta a história da pequena criança Mowgli, que foi abandonada muito cedo no coração da selva da Índia, tendo sido adoptada por uma alcateia local. Mowgli acabou também por ser educado por para além dos lobos que os acolheram, por uma série de outros animais como o urso Baloo, ou a pantera Baguira. O jogo segue o clássico filme da Disney, que por sua vez tinha deturpado um pouco as personagens do livro original. Mas isso agora também não interessa.

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Ecrã de título simples e eficaz

Como era normal na primeira metade dos anos 90, este é um jogo de plataformas. O objectivo é conduzir Mowgli por 12 diferentes níveis em várias localizações da selva. A maneira como se completa um nível diferencia-se: antes de se começar o nível em si é mostrado ao jogador um ecrã com o objectivo que se deve cumprir. Em alguns níveis devemos explorá-los ao máximo de modo a coleccionar 8 “gems” para terminar, em outros devemos simplesmente ir do ponto A ao ponto B, noutros ainda temos alguns bosses para defrontar. Mowgli está equipado com um arsenal infinito de bananas que pode atirar, defrontando assim os inimigos. Ainda assim, existem uma série de items espalhados no ecrã, para além das gems que já referi: os mais comuns são as frutas que servem apenas para aumentar a pontuação. Corações servem para restabelecer saúde, e depois existem alguns power ups, seja um “rapid fire” para as bananas, ou um bumerangue capaz de mais dano. Apesar de infantil, The Jungle Book para a Master System é um jogo de plataformas bastante exigente, repleto de saltos bastante chatos e cuidadosos. Para além do mais existe um timer ao qual temos de prestar atenção.

Graficamente é um jogo bastante competente para uma Master System, repleto de cores vibrantes (especialmente nos níveis bónus e do rio). Infelizmente as sprites não são as melhores, existindo algumas que são mesmo mázinhas na minha opinião, como as cobras que vão surgindo. Os visuais dos últimos níveis infelizmente são também uma reciclagem do primeiro, mudando as plataformas em si e o esquema de cores. Os efeitos de som não são nada de especial pois estamos a lidar com uma Master System. No entanto acho que as músicas ficaram muito bem conseguidas. Bastou-me ir buscar a caixa do jogo à gaveta e veio-me logo à memória a música-tema do jogo. Não que o processador de som da Master System tenha feito milagres, as músicas são adaptadas das oiriginais do filme da Disney, sendo as mesmas muito alegres e sonantes.

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A imagem da cobra Kaa (canto superior esquerdo) funciona como a barra de vida de Mowgli.

É um bom jogo de plataformas para a Master System, no entanto a versão Mega Drive é indubitavelmente muito melhor, pelo menos no aspecto audiovisual, com gráficos bem mais detalhados e coloridos. A jogabilidade e a estrutura de níveis em si parece-me muito parecida com os jogos 8bit, pelo que provavelmente essa versão 16bit seria mesmo a melhor opção. No entanto como já referi, o parente pobre não se porta nada mal. Existe também da Virgin uma versão para SNES que graficamente é muito boa, mas pelo que vi a nível de jogabilidade já é um pouco diferente das versões nas plataformas Sega.

Call of Duty 4: Modern Warfare (PC)

Call of Duty 4: Modern Warfare

Siga para mais um artigo para PC, pois efectivamente tem sido a plataforma que mais tenho jogado ultimamente. Este foi o meu primeiro contacto com os Call of Duty pós 2a Guerra Mundial que tive, só que ao invés de ter sido em 2007 como todos os comuns mortais, o meu caso foi apenas na semana passada. Culpas de ser o “shooter da moda” e eu ser um “unhas-de-fome” que não gosta de pagar full price pelos seus jogos. Foi adquirido numa GAME pela zona da Maia/Porto, não recordo qual, tendo o jogo (usado) custado uns 10€. Como não tem DRMs, e está em bom estado, pareceu-me bom negócio. Edit: Recentemente comprei uma versão GOTY por um décimo do valor, na feira da Ladra em Lisboa.

Call of Duty 4 Modern Warfare - PC
Jogo completo com caixa, manual e papelada

Ao contrário dos Call of Duty da 2a Guerra Mundial, os eventos nesta nova série são fictícios. A história coloca-nos nos tempos modernos, onde a Rússia vê-se envolvida no meio de uma guerra civil, com um grupo de separatistas ultranacionalistas a quererem instaurar o velho regime soviético novamente. Em simultâneo, um outro grupo militar provoca um golpe de estado num país árabe, bastante rico em petróleo, instaurando igualmente um clima de terrorismo e hostilidade perante o ocidente. O jogo coloca-nos principalmente na pele de 2 diferentes soldados, cada um pertencendo a forças militares diferentes. Um militar norte-americano dos Marines, cujas missões se passam no médio oriente, e um outro militar britânico, pertencendo ao “Special Air Service” britânico, cujo teatro de guerra é maioritariamente nos países de leste. Ao longo do jogo ainda poderemos controlar mais uma ou outra personagem, mas as facções são as mesmas. A narrativa vai alternando entre as diferentes forças militares, com cutscenes intermédias que nos vão pondo ao corrente das ligações existentes entre os dois conflitos. O jogo apresenta também missões variadas, que passam por resgate de personagens ou objectos importantes, apoio a invasões terrestres, uma missão na qual estamos a bordo de um bombardeiro norte-americano e devemos dar apoio a militares no terreno, e várias missões de infiltração, do lado dos britânicos. De facto, preferi de longe as missões do SAS, até porque as restantes personagens  que nos acompanham são bem mais carismáticas na minha opinião.

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Missões com sniping são sempre divertidas!

De resto a fórmula é idêntica aos jogos anteriores da série. Saúde regenerativa, o progresso marcado por objectivos que tenhamos de cumprir, objectivos esses marcados numa bússola no ecrã. Muitas das vezes o jogador encontra um impasse em que os inimigos não páram de surgir, é suposto mesmo que o jogador vá arriscando sempre um pouco mais em território inimigo para que a história prossiga. De resto somos presenteados como de costume com vários momentos “scripted”, de modo a que a experiência se torne mais épica e cinematográfica. O armamento consiste em armas reais, mas como eu tenho andado de volta do Battlefield 3 nos últimos tempos, já não é algo que me impressione muito. Mas em 2007 acredito que tenha causado um impacto considerável, visto que o arsenal ainda é extenso (embora não no nível do Battlefield, claro). Algo que também era novo em Call of Duty por esta altura foi um sistema de física mais realista, com superfícies destrutivas e balas a atravessarem certos materiais, forçando os jogadores a trocar de cobertura constantemente.

Para além do modo campanha, Modern Warfare apresentou um modo multiplayer muito bem sucedido. Para além das variantes de Deathmatch, CoD4 apresenta vários outros modos de jogo baseados em objectivos, seja captura em equipa de pontos chave, conquista das bases inimigas, destruição de objectivos, etc. Para além do mais existem um ou outro tweak, um modo hardcore onde o dano recebido é mais realista, e um outro modo “old school”, onde os pickups encontram-se espalhados pelos mapas, dando um feel mais da velha guarda à jogatina. No multiplayer a performance do jogador é premiada de duas formas. Com o número de kills consecutivas nas partidas, vamos podendo utilizar alguns extras, desde chamar um robot que revela as posições dos inimigos perto de si, passando por chamar ataques aéreos ou mesmo um helicóptero de combate. Para além do mais os jogadores vão ganhando também pontos de experiência como se um RPG se tratasse, permitindo que se desbloquem novas armas, acessórios ou perks. Estes últimos tratam-se de “habilidades” extra para as personagens, tais como carregar mais munições, causar mais dano ou aumentar os pontos de vida do jogador.

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Por vezes temos alguns objectivos temporizados

Graficamente, bom é difícil dar uma opinião concisa. Quando vi o jogo pela primeira vez em 2007 pareceu-me de facto muito impressionante, com uma experiência muito realista. Infelizmente a engine na qual o jogo corre não envelheceu muito bem nos PCs, tendo dificuldades em adaptar-se a processadores multicore e arquitecturas de 64bit. Com o meu PC actual, tive de o jogar numa resolução muito baixa e com os gráficos não muito puxados, para manter o framerate estável e jogável. Tendo em conta que consigo ter boas performances no Battlefield 3 que fica a anos luz deste CoD4, é uma pena não o conseguir correr melhor. Assim sendo, para quem tiver computadores contemporâneos, vou pela primeira vez recomendar que joguem este FPS numa das consolas para tirar melhor partido do audiovisual. O audio como sempre é óptimo, com excelentes efeitos sonoros, e banda sonora a condizer com a acção, excepto para a música rap dos créditos finais, que abomino.

Call of Duty 4 Modern Warfare PC
Jogo completo com caixa, manual e papelada

No fim de contas devo dizer que este Modern Warfare, apesar de o ter jogado pela primeira vez já bastante tarde, apresentou um modo campanha que me agradou bastante, apesar de ser bastante curto. Infelizmente isso é algo habitual nos restantes FPS militares modernos que possuo. E tal como referi há pouco, para quem tiver um PC recente e uma PS360, apesar de achar de longe que a combo rato+teclado é o melhor método de controlar um jogo deste tipo, a engine apresenta problemas em adaptar-se a PCs modernos, pelo que têm melhores performances na versão consola.

And Yet it Moves (PC)

And Yet It Moves

Mais um artigo curto de um jogo indie igualmente pequeno. And Yet It Moves é um jogo desenvolvido pelo pequeno estúdio austríaco Broken Rules, que apresentaram um interessante jogo de plataformas com puzzles que envolvem diversos conceitos de física como a inércia e gravidade. And Yet it Moves fez parte do Humble Indie Bundle 3, juntamente de outros bons jogos como o VVVVVV. Este HIB3 foi-me oferecido, pelo que foi uma boa surpresa.

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Os checkpoints tomam a forma de uma silhueta da personagem principal – à direita

História? Deixa lá isso. Somos largados num estranho mundo com colagens de papel, formando um labirinto, sendo o nosso único objectivo encontrar a saída. Os controlos resumem-se a dois aspectos: movimentar a personagem para a esquerda, direita ou saltar, bem como rodar o cenário em 4 direcções, o que também altera a gravidade. Ao longo do jogo, os níveis vão ficando cada vez mais desafiantes, incluindo objectos que nos possam esmagar, buracos negros que nos sugam, ou mesmo alguns inimigos ou obstáculos como fogo. Existem vários puzzles interessantes, bem como segmentos bastante existentes de platforming, exigindo mestria em conjugar a inércia com as mudanças de gravidade. Felizmente, para não frustrar muito o jogador, existem diversos checkpoints espalhados pelos níveis, na forma de silhuetas da personagem. Infelizmente o jogo é curto, com poucos níveis. Apesar de tudo, para além do modo normal de jogo, no fim desbloqueamos uma série de outros modos, como time trial em que concorremos contra o relógio, o modo survival com um número limitado de vidas, ou o “Limited rotations“, que como o nome indica coloca restrições ao número de rotações de cenário que podemos fazer.Apesar da existência destes modos extra de jogo, não tive grande apelo em continuar a jogar. Para quem for adepto de achievements, certamente ainda encontrará fôlego para explorar melhor o jogo de forma a obter algumas conquistas mais exigentes.

Graficamente o jogo é bastante simples, o visual “colagens de papel de putos da pré-primária” é original, mas para mim não é apelativo. Ainda assim, alguns níveis na selva eram suficientemente creepies para me arrancarem um sorriso. A nível de som, a maioria dos efeitos sonoros em si têm algo a ver com barulhos de papel, ou não fosse esse o conceito do jogo. A banda sonora é bastante minimalista, mas acho que está bem conseguida, especialmente nas secções de platforming mais exigentes na recta final do jogo.

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Nalguns níveis temos de controlar ao mesmo tempo a personagem e a sua sombra, de forma espelhada

Concluindo é um jogo interessante para quem gosta de plataformas, mas apenas aconselho a sua compra quando o mesmo seja lançado em algum bundle com outros bons jogos a um preço apetecível. Para além do Steam, o mesmo jogo está à venda no Wiiware, para quem preferir.

Call of Duty 2 (PC)

Call of Duty 2

O Call of Duty original surgiu para fazer concorrência aos Medal of Honor, numa altura em que os FPS com a temática da 2a Guerra Mundial proliferavam no mercado. O jogo fez sucesso de tal forma que a série foi evoluindo até se tornar no colosso dos First Person Shooters que se tornou hoje em dia. Tal como o jogo anterior, este também decorre durante a 2a Guerra Mundial, com o jogador a ter a hipótese de lutar entre 3 facções, norte-americana, soviética e britânica. A minha cópia foi adquirida numa GAME, não tendo custado mais de 5€. Infelizmente não é uma edição “black label“.

Call of Duty 2 PC
Jogo completo com caixa, manual e papelada

O modo de campanha percorre diversos famosos campos de batalha da WW2, com a facção soviética a lutar em Moscovo e Stalingrado, a maioria da campanha britânica a decorrer no teatro de guerra do Norte de África, e por fim a Norte-Americana por alturas do Dia D. As missões em si são variadas, desde missões de infiltração, perseguições, ou defender cidades/posições de ataques/contra-ataques nazis. Tal como o jogo anterior, muitos eventos são scripted, conferindo ao jogo uma atmosfera mais cinemática. Isto foi algo que tinha sido bem feito no jogo anterior e aqui não é excepção. O armamento, uniformes e veículos são igualmente fielmente retratados face aos originais. Não sou nem de longe perito em balística, mas nesse aspecto calculo que jogos mais recentes como os Brothers In Arms sejam mais fiéis nesse campo. Não vou perder muito tempo a escrever sobre a jogabilidade, pois a mesma não é diferente dos restantes. As missões são delineadas por objectivos que temos de cumprir, estando os mesmos marcados numa bússola, facilitando assim a vida ao jogador. A tinnitus resultante de uma explosão próxima foi um dos efeitos que mais me impressionou na altura em que o primeiro Call of Duty foi lançado, sendo hoje em dia um efeito comum em jogos similares. A novidade na jogabilidade neste CoD 2, é a inclusão do sistema de saúde regenerativa, algo que também passou a ser comum nos FPS modernos, infelizmente.

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Oficiais do Exército Vermelho a interrogarem um soldado Alemão. Coisa boa não vem.

Para além de um sólido modo de campanha consistindo em 27 missões, Call of Duty possui também um robusto modo multiplayer à moda antiga. Digo isto pois aqui ainda não tinha sido implementado os ranking systems baseados em experiência que vemos nos jogos actuais. O jogo no PC permite sessões até 64 jogadores, com os clássicos modos de jogo Capture the Flag, variantes de Deathmatch e os modos Headquarters e Seek and Destroy. O último é inspirado no Counter Strike, em que os jogadores de uma equipa têm de destruir um determinado objectivo, os restantes têm de o impedir. Com a particularidade de não existirem quaisquer respawns, ou seja, quem “morrer” só volta a jogar na ronda seguinte. O Headquarters é algo parecido a um modo “Conquest” nos jogos actuais, onde as equipas têm de capturar e em seguida defender os seus HQs.

Apesar de cumprir o seu papel, graficamente o jogo não é nada do outro mundo  pois à semelhança do anterior, a engine ainda era baseada na “id Tech 3” de Quake 3 Arena. De qualquer das maneiras isso não impede que a experiência no modo singleplayer não seja boa. De facto, a estruturação das missões com os cenários envolventes tornam Call of Duty 2 num FPS bastante agradável de se jogar, mesmo nos dias de hoje. A nível de som, eu canso-me de me repetir. Geralmente estes FPS da 2a Guerra Mundial, como CoD, Brothers in Arms ou Medal of Honor costumam ter um trabalho exemplar neste campo e esta não é uma excepção. A música épica, aliada aos ruídos ensurdecedores das MG-42 ou das anti-aéreas resultam sempre bem e eu só tenho pena de não possuir uma instalação de som Surround para que pudesse tirar todo o partido deste campo.

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Sniper é sempre divertido.

Este é um artigo um pouco curto para um jogo deste gabarito, mas a verdade é que eu já escrevi sobre imensos FPS da WW2 neste blogue que sinceramente não há muito mais a dizer. Call of Duty 2 é um jogo bastante agradável, apesar de não ser de todo revolucionário e inovador. Quem for fã da série ou de jogos da 2a Guerra Mundial, tem aqui mais uma boa alternativa.