Human Sports Festival (PC Engine CD)

Vamos voltar à PC Engine CD para mais uma rapidinha a um jogo de desporto, o que neste caso até é a uma compilação. E como irei mencionar em seguida, esta até é uma compilação curiosa na medida em que traz duas versões modificadas de jogos que já haviam sido lançados antes na PC Engine, e um jogo inteiramente novo. O meu exemplar foi comprado num lote algures em Outubro de 2022 a um particular por um preço bastante razoável.

Jogo com caixa e manual embutido com a capa

Antes de abordar cada um dos jogos em si, convém também referir como os mesmos nos são apresentados nesta compilação. Depois de uma pequena cut-scene introdutória, somos levados para o ecrã título. Ao pressionar no run somos levados a um outro ecrã, com uma menina em estilo anime a falar em japonês connosco. O que diz? Presumo que seja alguma introdução à compilação em si. Depois desse discurso lá podemos escolher jogar o Fine Shot Golf (o tal único jogo inteiramente novo desta compilação), Formation Soccer: Human Cup ’92 ou Final Match Tennis Ladies. Escolhendo cada um destes leva-nos a outro ecrã com outra menina anime a falar e onde poderemos escolher finalmente jogar esse jogo, ver algumas instruções ou dicas de como jogar o mesmo (embora esteja tudo em japonês) ou voltar atrás. No menu inicial podemos também aceder a uma secção “Human Information” com mais texto (em japonês) sobre alguns lançamentos adicionais da Human para os sistemas PC Engine.

Cada jogo desta compilação é precedido por uma apresentação em voz do mesmo (inteiramente em japonês)

Começando então pelo Fine Shot Golf, temos aqui vários modos de jogo: stroke, match, tournament e um modo de treino onde poderemos practicar cada um dos 18 buracos ou jogadas específicas. No que diz respeito à jogabilidade, antes de cada tacada podemos escolher que taco usar, definir a direcção da mesma, em seguida a postura e depois lá teremos de definir a potência e precisão. Temos na mesma o habitual medidor de potência, mas as coisas são um pouco diferentes desta vez. Basicamente podemos ajustar alguns dos níveis do medidor, começando por mover a linha de baixo, que está nativamente no “ponto rebuçado”, ou seja, uma tacada sem efeitos de spin na bola. Em seguida definimos a potência, que pode vir de um máximo de 120 até ao zero. Uma vez definidos os limites, o cursor começa então a descer, desde a potência indicada, até ao limite que definimos em baixo e aí teremos na mesma de ter a precisão necessária para acertar na bola no limite definido. Ou seja, a potência fica definida para o limite superior, já o inferior podemos ter uma referência caso queiramos ter mais ou menos spin na bola.

Um jogo de golf bem interessante!

A nível visual este jogo está bem conseguido, sendo que apesar de não ter gráficos incríveis, são bem coloridos e temos toda a informação disponível no ecrã, desde indicação do vento, distância ao buraco, e um mapa detalhado do buraco na parte esquerda do ecrã. Um detalhe interessante é no caso dos buracos com corpos de água, ocasionalmente vemos no seu reflexo as nuvens do céu. Nada de especial a apontar aos efeitos de som e as ocasionais vozes em japonês. As músicas são agradáveis mas nada de especial, fazem mesmo lembrar música de elevador. Mas sim, este é de longe o jogo graficamente mais polido aqui presente nesta compilação.

Este Formation Soccer é exactamente o mesmo que o seu predecessor, excepto nas equipas disponíveis

Seguimos então para o Formation Soccer: Human Cup ’92, que é nada mais nada menos que uma nova versão do Formation Soccer: Human Cup ’90 que já cá trouxe no passado. É literamente o mesmo jogo (sim, com todos os defeitos), mas com um leque de 16 equipas nacionais diferentes (incluindo a Alemanha ocidental, que nesta altura há muito que já tinha sido unificada).

O Final Match Tennis Ladies é a mesma coisa que o Final Match Tennis mas apenas com tenistas femininas.

O último jogo desta compilação é então o Final Match Tennis Ladies. Mais um relançamento de um jogo da Human (Final Match Tennis) mas com apenas tenistas femininas como protagonistas. O jogo em si permite-nos competir em partidas de 1 para 1 ou 2 para 2, seja com multiplayer com até um máximo de 4 jogadores. No que diz respeito aos modos de jogo temos o Exhibition (partida amigável) ou World Tour, que nos levará a participar numa série de torneios. O lançamento original trazia também um modo de treino que nesta versão está oculto e apenas acessível através de um código de batota que nos obriga a ter um multi-tap que suporte 5 jogadores. É um jogo de ténis bastante jogável e competente nos seus controlos, pelo que um dia tentarei fazer-lhe uma análise um pouco mais aprofundada, assim que comprar o Final Match Tennis original, quando me aparecer a um preço baixo. Um outro detalhe interessante a referir aqui é que existe um patch de tradução para inglês apenas deste jogo, que requer uma rom PCE extraída a partir da ISO deste CD.

Portanto esta é uma compilação algo estranha. Isto porque apenas um dos jogos aqui incluídos é verdadeiramente original, o Fine Shot Golf. Os restantes dois são ligeiras modificações de jogos que a Human já havia lançado antes. Talvez a Human quisesse dar a impressão de serem jogos novos e assim puxar um pouco mais no preço desta compilação? Ao menos o Fine Shot Golf é bastante competente e tira bem partido das capacidades CD. Os restantes dois jogos são Hucard, tanto que existem ROMs a circular dos mesmos a funcionar nesse formato.

Formation Soccer on J. League (PC Engine)

Tempo de voltar às rapidinhas a jogos desportivos para mais um jogo de futebol da PC Engine, desta vez um sucessor do Formation Soccer que já cá trouxe num passado recente. Enquanto o primeiro Formation Soccer sai em 1990, a Human lançou algumas sequelas na Super Famicom nos anos seguintes, voltando à PC Engine em 1994 com este título. Na verdade há mais uma iteração do Formation Soccer neste sistema antes disso, mas isso ficará para outra altura. O meu exemplar foi comprado algures em Outubro do ano passado num pequeno lote de jogos de PC Engine comprados a um particular. Foi um jogo barato, creio que ainda na ordem de preços de um dígito apenas.

Jogo com caixa e manual embutido

No que diz respeito aos modos de jogo, podemos ver logo à partida 3 modos distintos: Pre-Season Match (partidas amigáveis), J-League (campeonato nipónico) e um modo All-Star, que aparentemente nos permite construir equipas à nossa medida. Depois de escolher que equipa representar, somos levados a um ecrã familiar para quem tenha jogado o primeiro Formation Soccer. É aqui onde podemos escolher qual o esquema táctico a usar, assim como decidir se o nosso guarda-redes possui controlo manual ou pelo CPU. No ecrã seguinte vemos no entanto uma diferença: temos um ecrã com o nosso 11 inicial e podemos alterar a sua composição. Segue-se um ecrã onde podemos definir alguns parâmetros adicionais como a duração de cada parte, a activação de tempos de compensação e prolongamentos, entre outros. Depois lá somos levados para a partida em si e rapidamente vemos que os controlos são bastante similares. Quando não temos a posse de bola, um botão para rasteirar, outro para encontrões. Já quando a temos, é um botão para rematar e outro para passar. Quando temos a posse de bola e tal como no primeiro jogo aparece-nos uma seta indicando uma linha de passe, que pode também ser alterada com o pressionar do botão Run.

Apesar de os menus principais estarem todos em inglês, ainda temos algum texto em japonês também

No entanto, quando não temos a posse da bola, não sabemos bem qual o jogador que controlamos pois surgem no ecrã sempre 2 números de jogadores que se sobressaem. E na verdade parece mesmo que controlamos ambos ao mesmo tempo pois ambos movem-se da mesma forma. Naturalmente que se eventualmente ganharmos de novo a posse da bola, passaremos a controlar esse mesmo jogador. Sinceramente achei isto bastante confuso! A minha teoria pelo qual isto acontece é devido ao multiplayer. O jogo suporta multiplayer com até 4 jogadores em simultâneo, sendo que 2 poderão jogar na mesma equipa. E cada jogador terá um cursor da sua própria cor o que faz todo o sentido, mas não sei mesmo o porquê de terem replicado tal coisa caso joguemos sozinhos, só serve para confundir. De resto é um jogo bem mais rápido e fluído que o seu antecessor, apesar de a jogabilidade ainda não ser tão refinada quanto a de um ISS.

Este jogo possui a licença do campeonato Japonês, pelo que presumo que todas as equipas e jogadores sejam os reais, pelo menos daquela época

A nível audiovisual no entanto este é uma excelente evolução perante o seu antecessor, mas tal também era esperado pois vão practicamente 4 anos de diferença entre ambos os lançamentos. É um jogo colorido e bem detalhado, particularmente nos menus, com todos os logotipos e animações alusivas às equipas nipónicas. Mesmo durante as partidas também se nota bem que o campo em si está mais bem detalhado e colorido. A banda sonora é também bastante agradável e repleta de músicas enérgicas que também nos acompanham ao longo das partidas.

Sim, os 2 números da sobre a cabeça de jogadores da nossa equipa são jogadores que controlamos em simultâneo. A seta indica a linha de passe.

Portanto este Formation Soccer apesar de não ter uma jogabilidade tão refinada quanto a de um ISS ou FIFA que surgiram nas consolas concorrentes durante aquela geração, ainda assim me parece ser uma das alternativas mais viáveis para jogos de futebol na PC Engine. Agora aqueles 2 jogadores seleccionados em simultâneo é que não dá mesmo para entender…

Kabuki Quantum Fighter (Nintendo Entertainment System)

Tempo de voltar às rapidinhas na NES para um jogo de acção que até se revelou uma interessante surpresa. Fruto de uma colaboração entre a Human e a HAL este é um jogo de acção 2D sidescroller seguramente inspirado pelo Ninja Gaiden da Tecmo. E apesar de não ser um jogo tão frustrante quanto os do conhecido ninja, não deixa de ser bem competente também como irei detalhar em seguida. O meu exemplar foi comprado num pequeno lote a um amigo meu algures em Fevereiro deste ano.

Cartucho solto

O jogo leva-nos ao futuro onde um vírus informático de origem desconhecida invade um super computador que gere um sistema qualquer de defesa terrestre. Com esse sistema comprometido, a possibilidade de as nossas próprias armas nucleares serem usadas contra o nosso planeta é uma ameaça bem real. Um jovem militar voluntaria-se então para uma missão arriscada: utilizar pela primeira vez uma tecnologia experimental que transforma o seu cérebro em dados binários e infiltrar o tal sistema informático comprometido, de forma a localizar e eliminar o tal vírus. No entanto, ao entrar no tal super computador a nossa personagem assume a forma de um dançarino do estilo Kabuki (cenas japonesas) devido a um dos seus antecessores ter tido essa profissão.

Achei engraçado o facto de a cutscene inicial conter instruções de assembly

Mas apesar dos Kabukis estarem ligado às artes do teatro, este aqui é bem ágil como um ninja e o jogo irá-nos apresentar vários desafios de platforming onde teremos de saltitar entre várias plataformas suspensas, outras com tapetes rolantes, paredes com espinhos e lança chamas, entre outros obstáculos. A jogabilidade é simples: um botão para saltar e um outro para atacar. A arma principal de Kabuki é nada mais nada menos que o seu cabelo, embora à medida que vamos avançando no jogo poderemos também desbloquear outras armas, cujas podem ser seleccionadas com o botão select. Um detalhe importante é que poderemos fazer também esta selecção com o jogo em pausa, o que poderá dar bastante jeito em certas circunstâncias. Na parte inferior do ecrã temos uma série de informações úteis como o número de vidas, o tempo restante para terminar o nível, a nossa barra de vida ou a barra dos chips. Esta última é a que nos indica quanta munição temos para ir usando todas as armas especiais que vamos desbloqueando.

Apesar de não ser tão frustrante quanto o Ninja Gaiden o jogo tem também os seus momentos de platforming mais exigente.

Naturalmente, os inimigos quando são derrotados vão-nos deixando alguns itens que podem ir preenchendo uma barra ou outra, para além de eventuais vidas extra. No final de cada nível temos sempre um boss para derrotar e é aí que as armas especiais (principalmente devido ao seu maior alcance) nos vão dar jeito, pelo que a melhor estratégia é mesmo conservar esses chips para os bosses. Até porque depois de os derrotar, somos levados para um ecrã que nos avalia a performance, pontos são atribuídos e o jogo recompensa-nos também com alguma vida e energia extra.

Este Kabuki com o seu cabelo mortífero teria de ser proibido de entrar em concertos de metal

Visualmente o jogo é bastante interessante e se não tivesse mesmo essa premissa de se passar dentro de um computador nunca o iria adivinhar, até porque muitos dos níveis têm uma componente bastante orgânica, ou outros simplesmente um pouco mais sinistros e quase que poderiam ter sido retirados de qualquer Castlevania. As sprites, apesar de pequenas, estão também bem detalhadas e animadas, tal como os bosses também o são, embora nem sempre sejam propriamente grandes. Tal como os Ninja Gaiden vamos ter também várias cutscenes entre os níveis e que vão avançando a história, embora ache que as da Tecmo sejam bastante superiores, para ser sincero. A nível de som nada de especial a apontar, é um jogo bem competente tanto nos seus efeitos sonoros como na banda sonora.

Entre níveis vamos tendo várias cutscenes que avançam a narrativa

Portanto este Kabuki Quantum Fighter até se revelou ser uma excelente surpresa. Para quem gostar de jogos de acção daquela geração como os Castlevania ou Ninja Gaiden esta é uma aposta bem segura. Aparentemente a sua versão original japonesa é baseada num filme que usa uma premissa semelhante: alguém tem de entrar num super computador por algum motivo, mas é transformado num samurai. Naturalmente todas as referências a esse filme foram retiradas nesta versão, mas estou curioso em um dia experimentá-la também.

Formation Soccer: Human Cup ’90 (PC Engine)

Na busca de um bom jogo de futebol para a PC Engine foi agora altura de experimentar este primeiro Formation Soccer, produzido pela Human Entertainment e lançado exclusivamente no Japão algures durante o ano de 1990. Já se joga melhor que os outros que experimentei até agora, mas ainda está longe de ser um FIFA ou ISS. Ainda assim é uma série que vou dar alguma atenção pois a Human ainda lançou vários jogos desta série com regularidade até 1998 (já na PS1) e um último em 2002 para a Game Boy Advance. Por exemplo, a primeira sequela deste Formation Soccer é nada mais nada menos que o Super Formation Soccer de 1991 para a Super Famicom, que chega ao Ocidente no ano seguinte sob o nome de Super Soccer. O meu exemplar foi comprado algures em Fevereiro passado a um particular por 8€.

Jogo com caixa e manual embutido com a capa

No que diz respeito aos modos de jogo, este é ainda um título bastante simples, permitindo-nos escolher entre partidas amigáveis (para um ou vários jogadores) e um modo torneio que poderá ser também jogado com vários jogadores, embora não o tenha experimentado dessa forma. Aqui apenas temos 16 selecções nacionais à nossa disposição e depois de o fazermos resta-nos escolher qual das formações em campo queremos optar, assim como o controlo automático ou manual do guarda-redes. Neste último o GR ainda se posiciona na baliza de forma automática, mas o atirar-se para defender uma bola é feito por nós com o pressionar de um botão. De resto os controlos são relativamente simples. Quando estamos na posse de bola temos um botão para rematar e o outro para passar, com a linha de passe a ser definida com uma seta sobre a cabeça de um dos nossos colegas de equipa. Se quisermos alterar a linha de passe poderemos fazê-lo ao pressionar em run, enquanto que se quisermos pausar o jogo usamos o select. Pena no entanto que na maior parte das vezes não temos uma linha de passe em condições, particularmente se somos o jogador mais avançado, o resto da equipa nem sempre acompanha da melhor forma. Já quando estamos sem a posse de bola temos um dos botões faciais para fazer uma rasteira e tentar roubar a bola ao adversário, enquanto o botão run serve também para alternar entre o jogador seleccionado. De resto é ainda uma interpretação algo simples do desporto, enquanto joguei nunca houve nenhuma falta por muitas rasteiras que fizesse e não temos as opções de jogos mais avançados que sairam posteriormente, como fazer substituições, gerir a fadiga dos atletas, etc.

Antes de cada partida temos este ecrã para escolher a táctica e o controlo do guarda-redes

A nível audiovisual é também um jogo ainda algo simples. No que diz respeito aos gráficos, para um título de 1990 não está mau de todo, com um campo colorido e bem detalhado. Os jogadores possuem sprites minimamente bem detalhadas apesar de serem todos iguais entre si excepto o equipamento. Ainda assim nem todas as selecções têm o equipamento com as suas cores correctas, como é o caso do Uruguai jogar com uma camisola amarela e riscas vermelhas ou a Polónia de cor-de-rosa. Já passando para o som, aqui sim, é uma desilusão considerável. Existem músicas durante o jogo bem como aquele ruído branco que simula o barulho do público, mas as músicas são bastante irritantes. Ocasionalmente temos também direito a algumas vozes digitalizadas, mas são as vozes mais monocórdicas de sempre, particularmente a voz que grita “golo”, é tão aborrecida que parece sempre algum adepto da equipa adversária quando sofre um golo.

O 1 é o jogador que controlamos no momento, enquanto que o jogador que tem a seta sobre a sua cabeça é a linha de passe seleccionada no momento

Portanto este é ainda um jogo de futebol bastante simples e que também não envelheceu lá muito bem. No entanto, sendo o primeiro jogo deste desporto no sistema (saiu em 1990) tem a desculpa que outros títulos como o J. League Greatest Eleven ou J.League Tremendous Soccer ’94 não têm por serem lançamentos mais tardios. Mas também como já referi acima, esta série Formation Soccer da Human ainda teve um sucesso considerável no Japão, pelo que estou também curioso em ver a sua evolução com o tempo.

F1 Pole Position 2 (Super Nintendo)

Desde cedo que a nipónica Human Entertainment nos trouxe vários jogos de Formula 1, sendo que a sua série Human Grand Prix, conhecida por cá como F1 Pole Position, é sem dúvida a mais popular. Conhecida como Human Grand Prix no Japão, nem todos os seus jogos chegaram a sair no ocidente. Este F1 Pole Position 2 acabou por não sair nos Estados Unidos, tendo sido publicado na Europa por intermédio da UbiSoft. O meu exemplar foi comprado na cash converters algures durante o mês de Dezembro por cerca de 8€ se bem me recordo.

Cartucho solto

Dispomos de vários modos de jogo desde uma corrida de treino ou o modo Battle onde concorremos contra um oponente humano ou controlado pelo CPU. Mas o modo de jogo principal é, claro, o World Grand Prix, onde iremos participar na temporada de 1993-1994, com todos os circuitos, fabricantes e pilotos que participaram nessa temporada, excepto o saudoso Ayrton Senna que, devido ao seu trágico acidente que lhe tirou a vida em San Marino, acabou por ser substituído por Mika Hakkinen. Mas o jogo tem uma grande oferta de customização, a começar pelos próprios pilotos que podem ser editados, bem como os seus contratos alocados a outros fabricantes. Por exemplo, podemos colocar o Schumacher já a concorrer pela Ferrari, enquanto que nessa temporada ainda estava pela Benetton.

As opções de customização são surpreendentemente vastas!

Antes de cada corrida, como é habitual poderemos optar por correr algumas voltas de treino, a qualificação e por fim a corrida. Antes disso podemos no entanto customizar imensos aspectos no carro. Mediante o grau de dificuldade escolhido, o número de voltas e desgaste do carro, poderemos ter de ser chamados para ir à box, seja para trocar pneus, a suspensão, entre outras peças que podem ter desgaste durante as corridas. De resto, é lutar para chegar nos lugares cimeiros e garantir a melhor classificação possível no final da temporada.

A parte superior do ecrã pode ser alternada entre informação da corrida ou espelhos retrovisores

Passando para os audiovisuais, acho este um jogo interessante. Possui boas músicas, que apenas tocam nos menus, cutscenes e ecrã título, pois durante as corridas em si apenas ouvimos o ruído dos motores dos carros. Mas na parte gráfica, vamos começar pelas corridas. O jogo utiliza o mode 7 para desenhar os circuitos, tal como Super Mario Kart ou F-Zero o fizeram. Acredito que na altura isto até fosse algo visualmente atractivo, mas sinceramente nunca gostei muito do mode 7 utilizado desta forma, pois os circuitos ficam completamente planos, sem grande detalhe nas pistas. De resto, durante as corridas temos uma série de indicadores visuais interessantes, incluindo o estado do carro e do desgaste das suas peças. Fora das corridas, no entanto, é aí que o jogo vai apresentar detalhes bem mais surpreendentes. Ocasionalmente temos algumas cutscenes com animações e o detalhe mais interessante vai mesmo para as celebrações do pódio, cujos pilotos apresentam caras muito semelhantes às suas caras reais.

O pódio possui representações algo fiéis dos pilotos reais

Portanto este F1 Pole Position 2 até me parece uma boa alternativa para quem gostar do género, pelo menos na Super Nintendo. Possui imensas opções e customizações que irão agradar a quem preferir uma jogabilidade mais voltada para a simulação (o que não é de todo o meu caso), mas os gráficos mode 7 sinceramente deixam-me um pouco de pé atrás.