Arcade’s Greatest Hits – The Atari Collection 1 (Sony Playstation)

Continuando pelas rapidinhas, ficamos agora com uma interessante compilação retro lançada para a Playstation, Sega Saturn e Super Nintendo, contendo 6 clássicos de uma era de ouro das arcades. Nomeadamente temos aqui conversões de Asteroids, Battlezone, Centipede, Missile Command, Super Breakout e Tempest, todos eles clássicos que deveriam dispensar apresentações. Mas felizmente esta versão para a Playstation (e a da Saturn também) não são só meras compilações mas possuem também alguns extras interessantes. O meu exemplar foi comprador algures no final do ano passado numa das minhas idas à feira da Vandoma. Custou-me 2€.

Jogo com caixa e manual

Todos os jogos são representações fiéis aos originais, pelo que não esperem por gráficos super detalhados, nada disso. Os visuais primitivos (às vezes até com gráficos vectoriais como é o caso de Battlezone ou Asteroids) e os sons simples estão aqui muito bem representados. Infelizmente é o jogo não suportar o analógico, pelo que teremos de usar sempre o D-Pad para control e movimentação nos diferentes jogos, o que nem sempre resulta bem pois alguns jogos usavam trackballs ou outros sistemas analógicos que não se traduzem bem num control digital como o d-pad.

De conteúdo bónus podemos ver uma entrevista aos criadores de alguns destes clássicos

Para além da compilação em si, a Digital Eclipse teve o cuidado de elevar o nível de nostalgia desta compilação, ao incluir uma interessante cutscene de abertura e um menu de selecção de jogos que nos mostra a arcade cabinet de cada jogo. Para além disso temos um autêntico documentário dividido em seis capítulos que contam a história da Atari nesta época, com entrevistas aos criadores dos jogos desta compilação e não só. Muito interessante que só por si já vale a pena obter esta compilação.

Mortal Kombat 4 (Nintendo Gameboy Color)

Continuando pelas rapidinhas de Gameboy Color, o jogo que cá trago agora é a adaptação para esta consola do Mortal Kombat 4, que por sua vez foi o primeiro jogo totalmente em 3D da famosa série de jogos de luta, o que sinceramente não tinha corrido lá muito bem. No entanto, naturalmente que esta versão GBC não é em 3D e, tendo sido convertida pela Digital Eclipse, acabaram por usar o mesmo motor do Mortal Kombat 3 da Gameboy clássica, o que não são necessariamente boas notícias. Mas já lá vamos. O meu exemplar veio de um bundle de cartuchos de GBC que comprei numa feira de velharias algures no final do ano passado. Ficaram-me a cerca de 2€ cada um.

Apenas cartucho

O Mortal Kombat 4 continua a saga entre os guerreiros da terra contra uma nova ameaça: o feiticeiro Quan Chi liberta a divindade Shinnok, que havia sido banida pelos restantes deuses há muitos anos atrás, após Shinnok ter tentado controlar o universo. MK4 introduz então muitas novas personagens, aliando a um elenco mais reduzido de várias personagens conhecidas de jogos anteriores.

Infelizmente o elenco disponível nesta versão foi uma vez mais cortado

Como é hábito nas adaptações para Gameboy de jogos Mortal Kombat, este MK4 acaba por ser também muito fraquinho. Em primeiro lugar, o elenco foi reduzido para nove personagens seleccionáveis (com o Reptile como personagem secreta). Depois a jogabilidade foi bastante modificada, sendo mais parecida à dos jogos clássicos. Originalmente o MK4 tinha introduzido um sistema de armas que poderíamos usar, mas isso não se reflete nesta versão. Depois também não temos o sistema de combos. Para além disso, tal como nos MKs anteriores para a Gameboy clássica, a performance e a jogabilidade deixam muito a desejar, o que seria de esperar pois já o MK3 sofria do mesmo mal e este jogo usa o mesmo motor.

Graficamente o jogo também poderia estar melhor detalhado

A nível audiovisual não esperem grande coisa. Os lutadores estão detalhados quanto baste, até porque este é um daqueles jogos ainda retrocompatíveis com a Gameboy clássica a preto-e-branco. Os cenários são poucos e não estão lá muito bem detalhados, mas o que me incomoda mais são as músicas que são muito idênticas entre si, repetitivas e irritantes. As fatalities não são executadas com recurso ao motor gráfico do jogo, mas sim através de pequenas cutscenes. Ah, e não há qualquer pinga de sangue nos combates, só mesmo nas fatalities.

Portanto, esta entrada do Mortal Kombat 4 é de evitar, a menos que sejam fãs acérrimos da série. Procurem antes o Mortal Kombat Gold, que possui tudo do 4 mais uns quantos extras.

Disney’s Tarzan (Nintendo Gameboy Color)

A rapidinha de hoje vai continuar pelos jogos da Disney, desta vez para a Gameboy Color. Mas ao contrário da maioria dos jogos da Disney das décadas de 80 e 90, cujos eram desenvolvidos pela Capcom, Sega ou Virgin, esta adaptação do filme Tarzan para a Gameboy Color acabou por deixar muito a desejar. O meu exemplar foi comprado em Maio, numa das minhas idas à feira da Vandoma no Porto, onde comprei um conjunto de 22 cartuchos  de Gameboy/Color por 20€.

Apenas cartucho

Este Tarzan é um jogo de plataformas que pode ser resumido apenas numa frase: “apanhar bananas e ir procurar um amigo”. Inicialmente jogamos com o Tarzan como criança e ao longo de uma série de níveis teremos precisamente de saltar de plataforma em plataforma, escalar paredes ou balançar-nos em lianas, até apanhar um certo número de bananas que nos é indicado no início do nível. Cumprido esse objectivo lá teremos de procurar o macaco Turk até chegarmos ao nível seguinte. Nalguns níveis os papéis invertem-se e jogamos com Turk, cujas mecânicas de jogo se mantêm e no fim lá teremos de procurar o Tarzan. Eventualmente o Tarzan cresce, passamos a controlá-lo na fase adulta, mas uma vez mais tudo fica na mesma. A diferença é que no fim temos de nos encontrar com a Jane, que em alguns níveis também pode ser jogada.

Os gráficos são estranhos. Os backgrounds deveriam ser mais detalhados e o resto parece digitalizado, mas fica mal.

Para além de ser chato andar apenas a procurar bananas, não temos qualquer botão de ataque, pelo que temos de nos esquivar dos animais da selva, sejam eles crocodilos ou meros pássaros. A única excepção está num boss que defrontamos no primeiro nível em que jogamos com o Tarzan adulto. Mas mesmo aí o sistema de detecção de colisões está horrível. De resto sobra-nos os níveis de bónus, onde levamos Tarzan a saltar por cima de troncos e desviar-se de outros obstáculos, enquanto foge de uma manada de elefantes em fúria e colecciona mais umas bananas, desta vez a troco de vidas extra.

Antes do jogo temos uma pequena cutscene que aparenta ser em full motion video. Mas em baixíssima resolução e com cores péssimas.

De resto a nível audiovisual é um jogo muito fraquinho. As músicas são muito pouco variadas e bastante miniamalistas, usando bastante ritmos tribais na percursão e pouco mais. A nivel gráfico, por um lado até acho que o jogo possui sprites bem animadas, por outro os backgrounds deveriam ser muito mais detalhados do que o são. Apenas vemos uma mudança mais agradável naqueles níveis passados já na civilização.

Portanto, na minha modesta opinião, este Tarzan é um jogo para se passar longe.

Capcom Classics Collection (Sony Playstation 2)

Continuando pelas rapidinhas e pela Playstation 2, o artigo que cá trago hoje incide sobre mais uma bela compilação, desta vez para o primeiro volume da Capcom Classics Collection, que contém na sua maioria jogos que já figuraramem compilações anteriores como as Capcom Generations ou Street Fighter Collection 2. A compilação possui quase tudo jogos que figuraram originalmente nas arcades, sendo que a única excepção à regra é a da inclusão do Super Ghouls and Ghosts, da Super Nintendo. O meu exemplar veio de um negócio que fiz através do OLX com um particular, algures no final de 2016. Custou-me 5€ e está em excelente estado.

Jogo com caixa, manual e papelada

O catálogo de jogos desta colectânea está repleto de clássicos, alguns deles que eu gostaria bastante de um dia comprar algumas das conversões existentes para NES, Mega Drive ou SNES. Para além das 3 versões dos Street Fighter II que facilmente se podem ver em muitas outras compilações, temos aqui também clássicos como o Commando e a sequela Mercs que já orientei para a Mega Drive, a versão arcade do primeiro Final Fight, alguns dos shmups da saga 194X, aqueles shooters clássicos que decorrem durante a época da Segunda Guerra Mundial, o Legendary Wings que pode ser encontrado na Mega Drive como Gynoug, ou os 3 primeiros Makaimura, mais conhecidos como Ghosts and Goblins, Ghouls ‘n Ghosts (que um dia vou perder a cabeça e mandá-lo vir do eBay) e o Super Ghouls ‘n Ghosts que felizmente já orientei para a Super Nintendo e brevemente poderão ler uma análise mais detalhada por cá. Outro dos jogos que estão nesta compilação e pelo qual eu sempre tive um fascínio é o Forgotten Worlds, um shmup interessante, mas também bastante difícil de se jogar fora das arcades, pelo controlo de 360º que podemos dar à nossa personagem e/ou os disparos.

Para além da compilação ser bastante sólida pelos excelentes clássicos que contém, ainda temos alguns extras interessantes para desbloquear.

Existem também alguns jogos menos conhecidos, pelo menos por mim que nunca tinha ouvido falar dos SonSon, Exed Eyes ou Section Z. Depois, para além da compilação já ser forte por si só, existe também uma série de conteúdo extra que podemos desbloquear ao jogar os jogos e cumprir certos objectivos, como chegar a algum determinado nível, completar os jogos, obter X pontos, etc. Esse conteúdo extra podem ser coisas como artwork, dicas em como progredir nos jogos, músicas ou outras galerias com os perfis das personagens e outros intervenientes de cada jogo. Só fica mesmo a faltar aqueles pequenos vídeos com making ofs ou entrevistas com os criadores, como se pode ver noutras compilações semelhantes. De resto é uma compilação excelente e na Playstation 2 (bem como noutras plataformas) podemos também encontrar o segundo volume, que contém mais uns quantos clássicos como Strider ou o primeiro Street Fighter que sempre fica em segundo plano (e consegue-se entender o porquê). A ver se um dia destes a encontro a preços convidativos!