Duke Nukem: Manhattan Project (PC)

O artigo de hoje é mais uma rapidinha a um título que já joguei há imenso tempo, mas por algum motivo nunca cheguei a escrever cá nada. Talvez por ser um daqueles jogos que quero ter em formato físico, mas aparece-me sempre uma das edições que vinha incluida com a revista BGamer. O meu exemplar é portanto, para já, digital na biblioteca Steam e sinceramente já nem me recordo quando ou como foi lá parar, muito menos quanto custou.

O que me lembro bem é de ter ficado surpreendido quando este jogo foi anunciado, algures em 2001/2002! O Duke Nukem 3D é um dos meus videojogos de eleição dos meus tempos de adolescente e desde que vi o vídeo que a 3D Realms preparou para a E3 de 2001 sobre o Duke Nukem Forever… bom, the hype was real. E do nada a 3D Realms tinha anunciado este Duke Nukem Manhattan Project, um “joguinho” onde Duke volta de certa forma às suas raízes de platformer e foi sempre encarado, mesmo pela própria 3D Realms, como um título secundário, para agradar aos fãs enquanto o Forever não saía. A novela do DNF é outra história completamente diferente e todos sabemos no que isso resultou, apesar de eu não achar o DNF um jogo (muito) mau.

Tal como no Duke 3D temos imensas passagens secretas para descobrir

Mas pronto, basicamente temos aqui um novo vilão, mais um cientista que planeia dominar a ilha de Manhattan com um exército de criaturas mutantes, que são criadas com base numa gosma verde e radioactiva. E claro, terá de ser o Duke a resolver as coisas como bem sabe fazer. Ora e este é um daqueles jogos “2.5D”, na medida em que é apresentado com gráficos em 3D inteiramente poligonal, tanto nos cenários, como nas personagens e inimigos, mas os nossos movimentos limitam-se a um plano bidimensional. Mesmo quando a câmara muda de ângulo ou quando começamos realmente a movermo-nos em direcções distintas, na verdade continuamos a pressionar para a esquerda ou direita… Existem alguns níveis onde poderemos alternar em diferentes planos, através de algumas passagens assinaladas para esse efeito.

Em cada nível temos também uma miúda para salvar

De resto é um jogo de acção com elementos de platforming, onde temos à nossa disposição um arsenal de armas considerável, algumas delas bem familiares aos fãs de Duke Nukem 3D como é o caso da shotgun, lança rockets ou as pipebombs que podemos atirar e detonar remotamente. Ao longo do jogo iremos obter então 7 armas diferentes (mais o fiel pontapé de Duke), sendo que muitas delas possuem munições partilhadas entre si, para simplificar as coisas. A pistola, shotgun e metralhadora partilham a mesma munição, as pipe bombs e o lança rockets idem, e teremos também 2 outras armas que usam como munição a tal gosma verde e radioactiva. Temos também muito para explorar em cada nível se quisermos, desde passagens secretas como no Duke 3D, miúdas para salvar e coleccionáveis para apanhar. Em cada nível temos 10 “nukes” para encontrar sendo que a cada 10 que coleccionamos expandimos a nossa barra de vida, bem como o limite de munições que podemos carregar.

Tal como no Duke 3D temos o mesmo tipo de humor

Graficamente é um jogo simples, mesmo para a altura em que saiu. Os níveis vão sendo algo variados entre si, começando por explorar a cidade de Nova Iorque, desde os telhados dos seus edífícios, passando depois pelo seu sistema de metropolitano e túneis dos esgotos. Posteriormente vamos explorar zonas mais industriais e uma base espacial, onde defrontaremos o boss final. Os níveis possuem vários desafios de platforming e um layout cada vez mais labiríntico, o que nos irá obrigar de certa forma a explorar todos os seus recantos. Dos inimigos, a maioria são novos, temos apenas o regresso dos Pig Cops do Duke Nukem 3D. A nível de som, bom o Duke continua com as suas one liners típicas, mais uma vez com a voz do Jon St. John e as músicas, bom essas foram uma desilusão. Ao longo do jogo iremos ouvir maioritariamente músicas electrónicas e muito calmas, o que não corresponde de todo à imagem de Duke. O seu tema rock mais icónico vai sendo ouvido na transição entre níveis e só nos créditos finais ouvimos outro tema rock, mas sinceramente até o achei um pouco desinspirado.

Portanto este Duke Nukem Manhattan Project é um interessante jogo de acção/plataformas. Mesmo quando foi lançado originalmente, nunca foi com o intuito de ser um top of the class, mas sim algo para os fãs do Duke apreciarem antes do lançamento do Duke Nukem Forever. Até porque, se bem me recordo, mesmo no seu lançamento foi um jogo de preço reduzido. E cumpre perfeitamente esse propósito! É um jogo agradável, nada de revolucionário, e quem gostou da personagem Duke Nukem nos anos 90 irá certamente apreciá-lo.

Terminal Velocity – PC

Indo agora para uma super rapidinha, este breve artigo serve apenas para dar entrada de uma versão do Terminal Velocity, o primeiro jogo publicado pela 3D Realms quando foi formada pela Apogee, e que muito joguei na minha infância, pelo menos a versão shareware. O meu exemplar foi comprado numa feira de velharias no passado mês de Junho por 1€.

Jogo em caixa jewel case

O jogo em si até que merece um artigo mais extenso, mas já o abordei no artigo alusivo à compilação Fly & Drive, onde o jogo está também inserido (se bem que apenas na sua versão shareware, enquanto que este é o completo).

Duke Nukem 64 (Nintendo 64)

Duke Nukem 64A rapidinha de hoje recai numa conversão de um dos meus videojogos preferidos de sempre, o Duke Nukem 3D. A versão para Nintendo 64 é de todas aquela que mais mudanças traz face à original (ok se não estivermos a contar com a versão não tão oficial para a Mega Drive), algumas boas, outras nem por isso. É que é a versão mais politicamente correcta deste jogo, mas já lá vamos. Este meu exemplar foi comprado na feira da Ladra em Lisboa há uns meses atrás, veio num bundle que me ficou pela módica quantia de 2.5€ por cada jogo.

Jogo com caixa, manual e papelada
Jogo com caixa, manual e papelada

Sim, aqui continuamos a lutar contra os aliens que invadiram o nosso planeta e raptaram também todas as boazonas que encontraram. É baseado na versão original de PC com os seus 3 diferentes episódios, embora vá buscar uma ou outra coisa às novidades introduzidas no Plutonium Pak, ou mesmo ao Shadow Warrior. Isto porque dois dos níveis secretos neste jogo são o Area 51 e Duke Burger, do Plutonium Pak. Outras mudanças consideráveis é o aspecto das armas, que foi remodelado para practicamente todas. Algumas das armas originais nem sequer aparecem na versão da Nintendo 64 e foram substituídas por outras. Por exemplo, em vez da metralhadora temos duas Uzis (como no Shadow Warrior), o Shrink Ray tem já o Expansion Ray também (mais algo do Plutonium Pak), em vez do Devastator temos o lança granadas do Shadow Warrior e o Freeze Ray foi substituído por um canhão de plasma, algo similar à BFG-9000 de DOOM. Muitas das armas têm modos secundários de disparo (mais outra coisa do Shadow Warrior), incluíndo mísseis teleguiados, munições mais poderosas para a pistola e shotgun, entre outros. Itens como óculos de visão nocturna, medkits, o tão útil Jetpack, ou steroids (aqui substituídos pelo título mais subtil de VitaminX) foram também aqui incluídos.

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Uma das armas novas é este plasma cannon, algo semelhante à BFG-9000 do DOOM

Os controlos obviamente que não são tão bons quanto uma versão para PC, mas a possibilidade de se usar um analógico já é bem bom, algo que infelizmente a versão Saturn não se pode vangloriar. Os níveis também foram ligeiramente alterados, excepto o segundo, onde visitamos locais nobres como uma loja de revistas para adultos e um bar de strip. Aqui o primeiro passa a ser uma loja de armas e o bar de strip é substituído pelas traseiras do Duke Burger, o primeiro nível secreto que podemos depois entrar. Isto se deve às políticas mais “familiares” que a Nintendo tinha. Todas as referências a strippers, posters com innuendo, ou mesmo os palavrões de Jon St. John foram substutuídos por outras coisas. Até as jovens prisioneiras dos aliens que antes nos pediam para as matarmos agora estão mais tapadas e podem inclusivamente ser salvas. Mas ao menos a violência mantém-se practicamente inalterada, sendo possível destruir qualquer criatura em pedaços. Coisas típicas de norte americanos, vamos censurar o trabalho honesto de jovens mulheres, mas violência over the top? Pode ser! 😀

Quem conhecer o DN3D original, sabe que estas jovens estão menos vestidas.
Quem conhecer o DN3D original, sabe que estas jovens estão menos vestidas.

Graficamente é uma conversão interessante e bem competente. Os níveis estão bem detalhados, pouco se perde para a versão PC, bem pelo contrário. Adicionaram aqui alguns efeitos especiais como fumo, melhores explosões e mesmo alguns efeitos de partículas. Os níveis foram alterados e em algumas alturas até temos “salas em cima de salas”, algo que o motor gráfico original do Build não permitia que fosse feito. Os efeitos sonoros continuam bastante fiéis ao original, pena só pelas falas de Duke que estão ligeiramente mais politicamente correctas. As músicas continuam óptimas!

Um dos melhoramentos gráficos desta versão está precisamente no último boss, que passa a ser completamente poligonal
Um dos melhoramentos gráficos desta versão está precisamente no último boss, que passa a ser completamente poligonal

No fim de contas, e sendo hoje possível jogar o Duke 3D em versões bem melhoradas no nosso PC, fazem com que estes ligeiros melhoramentos gráficos da versão N64 se tornem bastante obsoletos. No entanto, as suas mudanças a nível de armas e suas funcionalidades, bem como para o bem ou para o mal, a sua maior “boa educação”, não deixam de ser algo curioso. Mas para mim é a versão PC que prevalece!

Fly & Drive (PC)

Hoje irei escrever mais uma rapidinha, mas desta vez a uma colectânea de 3 jogos e meio. Isto porque estupidamente um dos jogos aqui disponíveis é apenas a sua versão Shareware, o que não faz sentido nenhum anunciarem 4 jogos numa colectanea e um deles ser uma demo robusta. E logo o melhor do pacote! Este meu exemplar tem uma história por detrás. Eu tinha esta Big Box quando era miúdo, mas devido à falta de espaço deitei a maioria fora e manti apenas duas para guardar os manuais grandinhos dos outros jogos. O Fly and Drive foi um desses, tendo apenas sobrevivido o cd na caixa em jewel case à direita na foto e um manual idêntico ao da foto. Há uns meses atrás o Ivan Cordeiro acabou por me oferecer uma bigbox completa dessa compilação que ele lá tinha a mais, e ficou assim mais um pedaço da minha infância recuperado. Agora falta é o Carmageddon e o Mortal Kombat 3…

Fly and Drive - PC
Compilação completa com caixa, papelada e manual

Como o nome da compilação indica, a mesma é composta com jogos de corrida e de voo. Dos de corrida podem contar com o Power Drive, um jogo de rally meio arcade, mas com uma perspectiva overhead. Já o analisei para a Mega Drive e esta versão, apesar de ligeiramente melhor nos audiovisuais, acaba por ser bem semelhante. O outro jogo de corridas é um da Core Design, uma espécie de Mario Kart misturado com Road Rash e passado na idade da Pedra. É o B.C. Racers, que se passa no mesmo universo dos Chuck Rock. É um jogo de corridas engraçadinho em que conduzimos motos com sidecar, e a função de quem está no sidecar é unicamente a de atacar os outros concorrentes. É um jogo que foi também lançado para a Mega CD e 32X, versões que gostaria de as arranjar um dia. Nessa altura escreverei algo mais cuidado.

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Terminal Velocity é um shooter porreirinho para a altura, pena é que não seja o jogo completo.

Passando para a parte do Fly, o Terminal Velocity é o melhor jogo do bundle, sem dúvidas. Mas também é uma versão shareware que deveria ser gratuíta. E acabei de saber que o B.C. Racers também tinha sido lançado para o PC logo à partida como freeware, logo sinto-me ainda mais roubado. Ainda assim vou só escrever um pouco sobre o mesmo. Terminal Velocity foi o primeiro jogo publicado pela 3D Realms, a mesma empresa que produziu jogos como Duke Nukem 3D, Shadow Warrior e publicou outros tantos como o Prey ou o Max Payne original. A 3D Realms por si só já era uma derivada da Apogee, mas que se focaria apenas em jogos 3D. E este Terminal Velocity é um shooter na terceira pessoa de naves espaciais, onde vagueamos em vários planetas e destruimos outras naves ou bases. Foi produzido pela Terminal Reality, os mesmos que mais tarde se juntaram à Microsoft Game Studios e lançaram o Fury 3.

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BC Racers é um jogo que até é divertido, mas tenho mais curiosidade com a versão Mega CD

Por fim temos mais um jogo dos britânicos da Core Design, o Thunderhawk AH-73M, um shooter militar que me fez lembrar logo o excelente Desert Strike, embora a única semelhança seja mesmo usarmos um helicóptero. Aqui o jogo acaba por ser mais de simulação que outra coisa, e sinceramente sempre achei isso bem chatinho. Lembro-me que na altura o tentei jogar e não me estava a entender nada com os controlos, que já usavam um setup de teclado e rato e sinceramente passados estes anos todos não quis voltar a testar o jogo. Graficamente pareceu-me muito fraquinho, a usar gráficos poligonais bastante minimalistas. A versão da Mega CD pareceu-me ser bem mais interessante, por usar um estilo gráfico diferente e cheio de efeitos de rotação que muitos pensavam que a Mega Drive não poderia fazer. E também dado que o comando limitado a nível de botões da Mega Drive, muito provavelmente acabaram por simplificar mais a jogabilidade, o que poderá tornar essa versão mais agradável no geral.

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Em Thunderhawk, a jogabilidade aproxima-se à de um simulador, o que já não me agrada tanto

Por todas essas razões, mas principalmente pelo Terminal Velocity ser apenas um shareware, tornam esta compilação algo redundante, pois os outros jogos consegui-mo-los jogar noutras plataformas também.

Shadow Warrior (2013) – PC

Shadow Warrior - PC

Na última edição da PUSHSTART eu escrevi um artigo que falava um pouco do Shadow Warrior original, já aqui analisado, bem como do fantástico reboot que foi lançado para steam algures durante o ano de 2013. Há um grande foco do reboot nesse artigo pelo que não vou escrever um artigo dedicado a esse jogo aqui no blogue. A versão que disponho desse jogo é apenas digital, gostava de por as mãos em cima na edição física que saiu algures na europa. Mas também não me posso queixar muito porque a minha cópia do steam foi-me oferecida por um particular. Edit: arranjei recentemente uma edição física na amazon por cerca de 15€

Jogo com caixa

Sem mais demoras, poderão ler o resto do artigo aqui.