O Dragon’s Fury para a Mega Drive foi para mim uma excelente surpresa pois revelou-se um jogo de pinball fantasioso, com visuais sinistros e uma banda sonora tão metal que entrou directamente para o meu top de bandas sonoras preferidas na Mega Drive! Mas quando descobri que Dragon’s Fury era na verdade uma conversão de Devil’s Crush para a PC-Engine / Turbografx-16 e que haviam ainda mais uns quantos jogos na série, naturalmente que os quis experimentar. Este Alien Crush é na verdade o primeiro desses jogos da série “Pinball Crush”, tendo sido produzido pela Compile, publicado pela Naxat Soft e, não contando relançamentos digitais, permaneceu exclusivo da consola da NEC/Hudson. O meu exemplar da Turbografx-16 foi comprado online no passado mês de Janeiro por 30€.
Ora tal como o seu sucessor, estamos perante mais um jogo de pinball com visuais sinistros, mas ao invés de possuir um tema mais dark fantasy, este é mesmo muito mais H.R. Gigeriano com todas as suas influências do xenomorfo mais fofinho do universo. Ou seja, em vez de pequenos demónios, bruxas, dragões e afins, vamos ver vários tipos de aliens e criaturas grotescas a passearem-se pelo ecrã. Tal como o seu sucessor, o objectivo é atingir um milhar de milhão de pontos e para isso vamos ter de encaminhar a bola por uma série de passagens, fazê-la interagir com vários interruptores, encaixá-la em diversos buracos, entre outros. Com uma série dessas acções vamos poder activar alguns multiplicadores de pontos e eventualmente até desbloquear passagens para outras pequenas mesas de pinball. A mesa principal possui dois andares e as mesas de pinball de bónus, apesar de terem o mesmo ecrã de fundo, vão tendo uma série de diferentes inimigos com diferentes mecânicas de jogo e/ou padrões de movimento e que deveremos tentar derrotar a todos, uma vez mais em busca do maior número de pontos possível.

É um jogo bastante agradável de se jogar e os seus visuais grotescos assentam-lhe realmente que nem uma luva mas ainda assim, o Dragon’s Fury continua a ser o meu preferido. É incrível a quantidade de coisas que a sequela melhorou: a mesa de pinball principal é maior, há uma maior variedade visual nas mesas secundárias e até temos um boss final para defrontar! No entanto, é preciso ver que tendo em conta o tipo de jogos de pinball que existiam antes deste Alien Crush ter sido lançado, este foi mesmo uma grande pedrada no charco! A banda sonora também está a anos luz da sua sequela, mas o tema Lunar Eclipse mantém aquele hard rock que tanto gosto. As outras músicas são agradáveis, mas não no mesmo nível.

Portanto este é mais um jogo de pinball muito interessante pela sua jogabilidade sólida, visuais grotescos e uma banda sonora rock que me agrada bastante. A sua sequela Devils Crush / Dragon’s Fury é superior em todos os campos, mas não deixa de ser um jogo muito importante, quanto mais não seja por ter aberto portas a jogos de pinball menos de simulação e mais “videojogos” em si.