Imediatamente após ter terminado o primeiro Batman da Telltale comecei a sua sequela, este The Enemy Within. É um jogo muito semelhante ao seu predecessor no que diz respeito a mecânicas de jogo, pelo que este artigo será uma rapidinha. Desta vez joguei-o no PC através do steam, pois não o tenho em formato físico noutra plataforma. O meu exemplar digital foi comprado nalgum bundle por uma bagatela, seguramente.
Ora estamos então perante mais um híbrido entre uma aventura gráfica, sequências de acção repletas de QTEs e uma narrativa madura e dramática a acompanhar toda a aventura. Nesta sequela voltamos a controlar o Batman/Bruce Wayne, que se verá envolvido com muitos outros vilões conhecidos daquele universo, como o Enigma, Freeze, Bane, Harley Quinn e claro, Joker. Todos esses vilões visitam Gotham por algum motivo e no seu encalço está também uma agência secreta governamental, também envolta em mistério e com objectivos algo dúbios. Pelo meio, como é habitual, vamos ter de responder a várias questões e tomar decisões que irão afectar o decorrer da história e as relações que as personagens à nossa volta vão ter connosco. Desta vez pareceu-me mesmo haverem consequências maiores para as opções que tomamos, com certos capítulos a tornarem-se muito diferentes mediante as nossas escolhas. Particularmente o último episódio, onde o Joker acaba por ter maior protagonismo.

A nível técnico é um jogo que segue uma vez mais um grafismo algo próximo do cel shading, que resulta bem tendo em conta as origens de banda desenhada do Batman e seu universo. Felizmente nesta versão PC não tive nenhum dos problemas técnicos que tive quando joguei a prequela na PS4. A acção manteve-se fluída sem quebras de framerate de maior. Os glitches gráficos e audio também não existiram nesta versão. De resto, e tal como o primeiro jogo, após o renascimento das cinzas da Telltale, foram lançados DLCs das “shadow edition” para ambos os jogos do batman. Esses DLCs são essencialmente filtros gráficos que lhes dão um aspecto mais noir, com gráficos maioritariamente a preto e branco. Não seria DLC que compraria, para ser sincero. E mesmo esses DLCs terem sido incluídos no bundle que comprei, acabei por não os experimentar, pelo que não me posso alongar.
A aventura termina com uma grande opção que teríamos de tomar em relação ao futuro de Batman/Bruce Wayne o que me deixou intrigado sobre o que poderia acontecer numa eventual sequela, mas aparentemente não há planos para que isso aconteça. Ainda assim devo dizer que no geral gostei de ambos os jogos do Batman da Telltale, precisamente por possuírem uma narrativa mais madura. Pena pelos inúmeros problemas técnicos do primeiro jogo.