Voltando às rapidinhas, mas agora na Playstation Vita, vamos ficar com aquele que acabou por ser o único título da série Call of Duty a ser lançado nesta consola portátil. E devo desde já dizer que é um jogo que me deixou bastante desiludido. O meu exemplar foi comprado algures durante o ano passado numa CeX, creio que me custou uns 10€ no máximo.
E porque é que o jogo me deixou desiludido? Porque o seu modo single player é uma miséria. Em vez de ter uma campanha própria, o que aqui temos são um conjunto de 10 missões diversas (algumas com ligações aos Black Ops anteriores) mas que se completam numa questão de minutos. Este jogo foi feito a pensar especialmente em speedrunners, pois o tempo que levamos a completar cada missão é constantemente contabilizado no ecrã. Como as missões são curtas, não há cá checkpoints, pelo que se morrermos a meio teremos de recomeçar a missão de novo. Mas lá está, uma vez conhecendo bem o mapa e a localização dos inimigos, são missões que se completam em meros minutos. Poderíamos rejogá-las para obter melhores tempos ou em graus de dificuldade maiores, mas sinceramente nem me dei ao trabalho. O single player tem também umas missões em time trial que são basicamente aquelas galerias de tiro que costumamos ter como missões de treino nos Call of Duty principais, onde percorremos alguns níveis e teremos de abater uns quantos alvos e poupar alvos civis. O resto já é conteúdo multiplayer que sinceramente nem cheguei a experimentar.

A nível de controlos, os botões de cabeceira servem para apontar e disparar, os restantes botões faciais servem para recarregar as armas, trocar de arma, alternar a nossa pose entre agachados ou em pé. Para as restantes accões como usar a faca ou granadas teremos de usar o touch screen da Vita, ao pressionando os ícones respectivos no ecrã. No caso das granadas, depois de pressionar o ícone da mesma, basta arrastar o dedo para a posição do ecrã onde queremos que a granada seja atirada. O botão direccional poderá servir para activar algum equipamento especial como é o caso dos óculos de visão nocturna em certas missões. Nada a apontar aos controlos portanto, a não ser que dava jeito os ataques melee terem um botão próprio.

Já no que diz respeito aos gráficos, eu ainda não joguei suficientemente na Vita para perceber ao certo quais as suas capacidades, mas não me parece andar muito longe da qualidade do Uncharted Golden Abyss. As personagens estão bem detalhadas, já os cenários notam-se aqui e ali algumas texturas mais fracas, mas no geral é um jogo bem agradável visualmente. O voice acting é o mesmo dos restantes Black Ops, temos os mesmos actores que dão as vozes às personagens principais como o Alex Mason, Woods e Hunter. De resto nada de especial a apontar ao som.
Portanto este Call of Duty Black Ops Declassified é para mim uma oportunidade perdida. Não estaria à espera de um modo campanha tão bom ou intenso como os Call of Duty principais, até porque provavelmente a Activision não quereria gastar tanto dinheiro com isso, mas o single player que aqui nos deixaram é uma miséria. A PS Vita é capaz de muito melhor. Sobra então o multiplayer, que acredito que não seja mau de todo (e até há a possibilidade de jogar em partidas ad-hoc – que não necessitam de servidor), mas aí já é um mundo em que não me aventuro.