Continuando pelos jogos da Telltale Games, a rapidinha de hoje vai-se incidir no pequeno Puzzle Agent, um jogo que vai buscar as suas influências a jogos como os do Professor Layton, onde teremos de resolver uma série de puzzles e mistérios. Tal como quase todos os outros jogos da Telltale que tenho no steam, este também veio-me parar à conta algures durante este ano, através de um Humble Bundle por uma bagatela.
O protagonista é o Nelson Tethers, Agente do FBI da divisão de Puzzles, aparentemente o único lá do escritório com essa profissão. Nelson foi destacado para uma missão algures no interior do gelado Minnesota, onde a fábrica local de borrachas, que justamente era a que abastecia a Casa Branca de borrachas, foi fechada devido a um misterioso incidente. O nosso objectivo é desvendar o que realmente aconteceu e reabrir a fábrica assim que possível, para que não faltem borrachas ao Presidente norte-americano. A aldeia em questão tem a maioria da população com origens escandinavas, e com eles trazem algumas superstições antigas, que envolvem Gnomos. Como não poderia deixar de ser, ou não fosse este um videojogo, os gnomos acabam por ser uma das peças fundamentais para desvendar este mistério.
Como se devem estar a aperceber, o jogo é bem humorado, pois Nelson é uma personagem algo peculiar. E tal como nos jogos do Professor Layton, todos os outros com que se envolve são também fanáticos por puzzles, tendo a oportunidade de resolver alguns puzzles a partir de diálogos ou explorar os cenários. Alguns puzzles são mandatórios para prosseguir na história, outros nem por isso. E também tal como em Professor Layton, dispomos de 3 dicas que podemos usar para resolver cada puzzle, sendo que cada dica é usada ao gastar uma pastilha elástica (usada!) que podem ser encontradas espalhadas pelos cenários. Os puzzles em si são na sua maioria matemáticos, puramente lógicos ou daqueles em que temos de andar a arrastar coisas de um lado para o outro.
A nível audiovisual, este é um jogo bastante simples. Os grafismos são num 2D algo low resolution que faz lembrar bastante a arte de algumas bandas desenhadas tipicamente europeias, o que sinceramente me agrada bastante. No entanto as animações poderiam ser muito melhores, o que é pena. O voice acting é competente e as músicas mantêm-se num tom mais ambiental, passando um pouco despercebidas.
No fim de contas, este Puzzle Agent é um clone algo simplista do Professor Layton, mas vai dar para entreter. O seu maior problema a meu ver é a sua curta duração. Felizmente a Telltale lançou uma sequela no ano seguinte que me parece estar melhor trabalhada e dá seguimento a história deste primeiro capítulo. Estou muito curioso em ver o que dali sai.
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