Zillion II: The Tri-Formation (Sega Master System)

No Japão, no mesmo ano em que a Sega lança o Zillion para a Master System, acaba por lançar também a sua sequela, no final de 1987. O primeiro jogo era um sidescroller de acção com um percurso não linear, onde teríamos de explorar bastante uma base inimiga, mas pecava por ser bastante repetitivo. Na sua sequela, a Sega decidiu simplificar bastante as coisas, tornando este segundo jogo muito mais simples e directo. O meu exemplar foi comprado algures no ano passado. Se a memória não me falha, foi comprado a um particular e custou-me algo à volta dos 12€.

Jogo com caixa

Tal como o seu predecessor, este jogo é também inspirado no anime Zillion, onde mais uma vez controlamos o jovem herói JJ no seu combate contra o império dos Noza, que querem exterminar a raça humana. Uma vez mais teremos de resgatar os amigos Apple e Champ que seguiram à nossa frente para investigar uma nova fortaleza espacial do Império Noza e acabaram sendo feitos prisioneiros. Desta vez há muita mais acção, até porque vimos munidos do Tri-Formation, um poderoso artefacto robótico que nos acompanha ao longo de toda a aventura.

Começamos a aventura como um shmup, ao conduzir uma moto que se pode depois transformar num mecha voador

Nos níveis ímpares, a acção decorre como se um shmup se tratasse. Começamos inicialmente por conduzir uma moto em corredores repletos e inimigos e obstáculos que teremos de ultrapassar ao saltar com a moto, como abismos sem fundo ou o chão cravado de espinhos. Eventualmente lá apanhamos alguns power ups e a nossa moto transforma-se num mecha voador, com o jogo a tornar-se num shmup completo. Ao longo do caminho teremos de nos esquivar de vários projécteis, destruir inimigos e apanhar power ups que nos podem restaurar a nossa barra de vida, fortalecer as nossas armas, ou mesmo ganhar vidas extra. No final de cada nível ímpar segue-se um nível par, onde o Tri-Formation assume a sua forma final e comprime-se todo nas nossas costas, como uma mochila.

Os bosses também possuem uma barra de vida que temos de esvaziar

Os níveis pares são assim side scrollers com algum platforming à mistura, lembrando-me jogos como os Contra. É nestes níveis onde vamos poder percorrer várias salas, derrotar bosses e eventualmente encontrar os nossos amigos Apple e Champ, que podem até ser usados mais tarde no jogo, se virmos que estamos prestes a perder uma vida. No entanto tanto Apple como Champ apenas podem ser jogados uma vez, pelo que devemos poupá-los apenas para quando for realmente necessário. Desta vez as personagens não possuem habilidades diferentes entre si e o jogo é bastante linear.

Tal como no jogo anterior temos também de salvar Apple e Champ

Graficamente é um jogo mais variado que o seu predecessor, não só no número de inimigos, mas também nos cenários que vão ao menos mudar de cor. Não esperava florestas nem cavernas, pois o jogo decorre todo numa fortaleza espacial, mas ao menos não é tudo cinzento como no primeiro Zillion. As músicas também são agradáveis, embora já tenha a oportunidade de ter ouvido a banda sonora na sua versão FM e é largamente superior. É uma pena que a Sega não tenha lançado a Master System no ocidente já com esse chip de som embutido.

R: Racing (Sony Playstation 2)

A série Ridge Racer é das mais famosas da Namco, principalmente pelas suas origens nas arcades e pelo percurso que traçaram ao longo do ciclo de vida da Playstation. Apesar de jogos como Ridge Racer Type 4 acrescentarem muito conteúdo para se demarcarem mais da simples mecânicas de jogo arcade, na sua jogabilidade continuavam muito idênticos. Mas eis que a Namco lança este R: Racing (também conhecido como R: Racing Evolution fora da Europa), tornando-o um jogo muito mais realista e diferente das suas origens. Talvez por isso o nome Ridge Racer esteja algo mascarado. O meu exemplar veio da CeX do Porto, algures há 2 meses atrás. Custou-me 3€ se a memória não me falha.

Jogo com caixa e manual

A primeira coisa que reparamos no jogo é o facto de desta vez usar carros e circuitos reais, bem como oferecer muitas opções diferentes de customização da mecânica do nosso carro, tornando-o quase um simulador. Os modos de jogo mais tradicionais como o arcade, time attack ou versus estão na mesma aqui presentes, permitindo-nos conduzir nos circuitos e carros desbloqueados de uma forma mais casual, excepto no Time Attack onde o objectivo é mesmo obter os melhores tempos possíveis. Mas o grosso conteúdo do jogo está precisamente no modo história e nos eventos, que são dezenas e com a dificuldade a aumentar progressivamente. Mas já lá vamos.

Os diferentes modos de jogo

No modo história nós controlamos a jovem piloto Rena Hayami, outrora condutora de ambulâncias, vê-se convidada a participar no mundo de competição das corridas profissionais automóveis. Ao longo desse modo de jogo vamos participando em diferentes tipos de corridas, desde as típicas corridas com carros de turismo, circuitos de rally, rectas com dragsters, entre outros. Ao longo do modo história vamos acompanhando também o percurso de Rena e da sua rival Gina, do manager Garnier e da misteriosa organização GVI que aparentemente vicia os resultados da competição. A história em si não é nada do outro mundo, mas é engraçado que ao longo das corridas vamos ouvindo os diálogos entre a nossa boxe ou o dos outros pilotos contra quem vamos competindo.

Aqui já não visitamos Ridge City, mas diferentes circuitos reais

Depois temos o modo dos eventos, que nos permite ir desbloqueando e competir em largas dezenas de diferentes eventos. Temos várias corridas com regras simples, onde poderemos competir apenas com alguns carros específicos, vários eventos de contra relógio, torneios, ou competições bem desafiantes contra um único rival apenas. Tanto no event mode como no modo história, dependendo da nossa performance vamos sendo recompensados com novos carros e RP (race points) que servem de unidade monetária, podendo posteriormente ser utilizados para comprar novos carros, inscrever em novos eventos, ou customizar os nossos carros com novas peças.

No modo história vamos vendo várias cutscenes, embora por vezes até me pareça estar num Dead or Alive

Portanto o jogo usa uma jogabilidade que se aproxima muito mais à simulação automóvel do que à jogabilidade arcade, que acaba por ser a sua raíz como um título da série Ridge Racer. Sinceramente eu prefiro a jogabilidade mais arcade mas devo confessar que até gostei de alguns aspectos. Nas corridas em circuitos em confronto directo contra outros oponentes, para além dos diálogos que vamos ouvindo, sempre que nos colocamos atrás de um piloto podemos irritá-lo, e o seu nível de nervosismo vai enchendo uma barra que aparece no ecrã. Assim que a mesma fica cheia, o nosso oponente fica de tal forma nervoso que acaba por temporariamente ficar sem o controlo do carro, dando-nos uma óptima abertura para o ultrapassar. De resto a jogabilidade é um pouco diferente nos troços de rally, onde temos as indicações do nosso co-piloto no ecrã. Quando conduzimos um carro dragster, temos também o indicador do Nitro para ter em conta.

Graficamente o jogo está muito interessante, especialmente nos troços de Rally

De resto a nível técnico parece-me um jogo muito bem detalhado, mas confesso que não sou o maior conhecedor da biblioteca de jogos de corrida da Playstation 2. Pelo menos em movimento o jogo possui cenários muito bem detalhados, assim como os carros, cuja variedade até acabou por me impressionar, ao incluir vários fabricantes europeus, americanos e japoneses, tanto de carros modernos, clássicos, rally e de outras competições como a Le Mans. O voice acting não é nada do outro mundo mas é competente quanto baste e as músicas, tal como é habitual na série Ridge Racer possuem uma componente muito electrónica.

No fim de contas, este R: Racing acabou por me surpreender ao ser um jogo com uma vertente mais de simulação e não arcade. Ainda assim, gostei de algumas das coisas que introduziram na sua jogabilidade, bem como o modo história. O jogo saiu também na Xbox e Gamecube, sendo que nesta última é muito possívelmente um dos melhores jogos de corridas da plataforma, visto que a Gamecube possui um catálogo muito reduzido de jogos de deporto automóvel. E traz ainda o Pac-Man Vs, um mini-jogo separado do Pac-Man, que tira partido da compatibilidade da Gamecube e da Gameboy Advance.

Zillion (Sega Master System)

Os 2 jogos da série Zillion são dois títulos bastante peculiares na biblioteca da Master System, principalmente daqueles jogos lançados na década de 80, onde a Sega estava practicamente sozinha a suportar a consola. Zillion é uma série de anime futurista, lançada na mesma época pela Tatsunoko e que a Sega adquiriu a sua licença, acabando por lançar 2 videojogos no mesmo ano. O curioso no anime é que o Opa-Opa, aquela “nave” senciente da série Fantasy Zone da Sega acaba por ter algumas aparições tanto no anime, como neste jogo e a light gun da Master System, a Sega Light Phaser, é uma réplica das armas usadas pelos heróis do anime. O meu exemplar veio de um negócio do eBay, ficando-me à volta de 15€ já com portes.

Jogo em caixa, versão americana.

A história leva-nos para o futuro, algures num outro planeta, onde a poderosa raça alienígena dos Nozas procuram exterminar todos os humanos. A tarefa de salvar a raça humana recai em 3 adolescentes, que munidos das armas Zillion enfrentam o poderoso império. Aqui neste jogo a história leva-nos inicialmente a jogar com JJ, o principal protagonista e infiltrar uma base inimiga, resgatar 2 dos nossos companheiros (a rapariga Apple e o Champ) e destruir a base no final. Para isso teremos de encontrar várias floppy disks (quem não gosta de coisas futuristas com tecnologia bem obsoleta?) e um cartão especial para aceder ao computador principal da base e activar a sua sequência de autodestruição.

Cada sala possui um terminal, diferentes cápsulas para destruir, armadilhas e portas para desbloquear

Para isso teremos de explorar a base bem a fundo, sendo que muitos comparam este jogo a Metroid ou ao Impossible Mission (embora este último confesso que ainda não joguei). Mas os que esperam um Metroid desenganem-se, pois essa obra prima da Nintendo está a anos-luz deste Zillion, até na variedade de cenários e itens a encontrar. Aqui todas as salas e inimigos são idênticos e a jogabilidade é muito repetitiva. Vamos lá então: em cada sala temos umas cápsulas que podem e devem ser destruídas. Essas cápsulas possuem itens que tanto podem ser cartões para activar terminais, itens variados, ou símbolos. Para avançar em cada sala devemos destruir todas as cápsulas da sala e apontar os códigos num papel, para depois os colocar no terminal e com isso conseguir destrancar as portas e prosseguir para a sala seguinte.

Estas keywords fazem parte dp código que teremos de incluir no terminal para desbloquear a porta

Para activar um terminal necessitamos de um cartão de acesso azul, que também é um dos itens que podemos apanhar ao destruir as cápsulas. Se inserimos um código de desbloqueio de portas, o terminal devolve-nos o cartão, permitindo-o usar novamente. No entanto existem outros códigos globais, que vêm descritos no manual ou são referidos no início do jogo, com funções específicas, como desactivar diferentes tipos de armadilhas, ver o mapa, ou teletransportar para outra localização. Essas códigos especiais já não devolvem o cartão que usamos para aceder ao terminal, pelo que devemos ter sempre isso em conta e tentar deixar pelo menos um cartão disponível para ser usado a desbloquear portas. Os outros itens que podemos apanhar podem ser itens regenerativos de pontos de vida, um visor que nos permite ver os raios laser que despoletam alarmes, itens de upgrade das armas, ou de level up para a personagem que controlamos. Os upgrades da arma Zillion são necessários pois nem todas as cápsulas são iguais e algumas precisam de mais poder de fogo para serem destruídas.

À medida que vamos encontrando outras personagens, podemos ir alternando livremente entre elas. Inicialmente Apple mostra-se mais ágil e capaz de saltar mais alto, já o Champ possui mais pontos de vida. Mas quando encontramos os Opa-Opa nas cápsulas, podemos ir subindo o nível da personagem que quisermos, o que vai melhorar as suas características em várias áreas. Se todos estiverem a soro, podemos também voltar à nossa nave (como nos Metroids) e regenerar todos os pontos de vida das personagens. De resto, é bom que mantenham um mapa da base, pois assim que iniciarmos a sequência de autodestruição da base teremos um tempo limite para escapar de lá e entrar na nossa nave. Tal como no Metroid.

Para usar os terminais precisamos também de cartões de acesso.

A nível técnico, devo dizer que as músicas são bastante agradáveis. Já graficamente é um jogo simples, pelas razões que já mencionei acima: os cenários não variam quase nada, assim como os inimigos que são todos idênticos entre si, o que não ajuda nada à jogabilidade que também é repetitiva. É certo que temos aqueles elementos de exploração que nos obrigam a revisitar salas por outros meios de forma a alcançar algum terminal ou cápsula perdida, e o jogo até possui algumas ideias interessantes como a parte de activar ou desactivar sensores e outro tipo de armadilhas, mas há ali potencial para o jogo ser muito melhor.

The Lord of the Rings: Return of the King (Sony Playstation 2)

A adaptação do filme “The Lord of the Rings: The Two Towers” por parte da Electronic Arts surpreendeu-me bastante pela positiva. Seguramente que muitos dos que viram os filmes no cinema ficaram impressionados pelas épicas batalhas entre orcs, humanos, elfos, anões, hobbits e outras criaturas. A Electronic Arts decidiu então ir pelo óbvio e fazer um hack and slash repleto de acção, com alguns elementos de RPG pelo meio. E o resultado foi a meu ver excelente, onde a única coisa que realmente falhou foi a falta de um multiplayer cooperativo. Eis que se passa um ano, o filme do Return of the King prepara-se para estrear nos cinemas e a EA decide manter a mesma fórmula do jogo anterior. E desta vez incluiram o multiplayer! O meu exemplar veio da cash converters de Alfragide, algures em 2015, por cerca de 3€.

Jogo com caixa e manual. Porque tenho o manual em português e tudo o resto inglês é um mistério.

A história continua os eventos do jogo anterior, que ficou a meio da épica batalha de defesa da fortaleza de Helm’s Deep. Depois dessa missão inicial (que é inteiramente jogada pelo Gandalf, personagem deixada de parte no jogo anterior), seguem-se os eventos do Return of the King, com o jogo a dividir-se em 3 caminhos distintos. Temos o The Path of the Wizard, onde Gandalf começa por tentar convencer os Ents a lutarem contra as forças de Sauron e Saruman, temos o Path of the King, que nos levam à equipa de Aragorn, Legolas e Gimli, que começam por tentar recrutar o exército dos mortos para a batalha final. Por fim temos o Path of the Hobbits, onde jogamos com Sam e tentamos salvar o Frodo de várias coisas, como quando ele caiu na armadilha do Smeagol, ou foi aprisionado pelos Orcs. O Frodo é jogável apenas no último nível, onde temos de defrontar Smeagol, antes de nos vermos livres do amaldiçoado anel de Sauron.

O sistema de combos é muito semelhante ao anterior. Quanto maior for a combo, mais pontos de experiência ganhamos. Se entrarmos no perfect mode então ainda melhor, poisos nossos golpes ficam temporariamente mais fortes

A jogabilidade é muito similar ao jogo anterior, com o jogo a focar-se bastante nas combos e em ganhar pontos de experiência, que podem depois ser trocados por novos golpes especiais, alguns que se revelam bastante úteis no futuro. Uma das novidades está na introdução dos “Fellowship Upgrades”, pois da mesma forma que podemos desbloquear um upgrade para uma certa personagem, por um custo adicional poderemos desbloquear esse mesmo upgrade para as outras personagens também. A única restrição é que as outras personagens apenas poderão usufruir desses upgrades quando atingirem o nível respectivo. Por exemplo, se eu “comprar” o Fellowship upgrade de uma habilidade do Aragorn de nível 5, os outros apenas a poderão usar quando também atingirem o nível 5. Depois temos também o tal falado modo cooperativo. Infelizmente nem todas as missões podem ser jogadas cooperativamente, mas já não é nada mau terem finalmente introduzido este modo de jogo.

Algumas das missões fizeram-me ficar ainda com menos cabelo. Esta foi das que menos gostei por ser quase igual a uma do jogo anterior. Não há mais ninguém na Terra Média que saiba mandar escadas ao chão?

Claro que temos também muitos extras, mais uma vez com pequenas entrevistas aos actores e pequenos clipes com artwork retirada dos filmes. A nível de conteúdo bónus temos não uma mas quatro personagens secretas para desbloquear, como o Faramir (irmão de Boromir) e os hobbits Merry e Pippin. Níveis extra também temos dois, os Palantir of Saruman e Sauron. São uma vez mais uma espécie de survival mode, onde teremos de sobreviver a várias waves de inimigos, com a dificuldade a aumentar a cada round.

Graficamente é um jogo impressionante para a PS2. Os personagens estão muito bem detalhados, assemelhando-se bastante às personagens do filme. Os cenários estão também muito bem detalhados e espelham muito bem a “epicidade” retratada nos filmes. A nível de som também não há nada a apontar de mal, pois o jogo conta com o voice acting dos actores, e as músicas são uma vez mais retiradas dos filmes, logo já se sabe com o que contar. A nível técnico a única coisa que ficou aquém foi mesmo a câmara, que não sendo controlável, por vezes nos deixava em situações indesejáveis.

A inclusão de um modo cooperatio foi algo muito benvindo na série. Pena que nem todas as missões sejam jogáveis dessa forma.

Portanto, apesar de ter achado este Return of the King um pouco irritante numa ou noutra missão (a defesa do muro de Minas Tirith ou o que se antecede ao combate contra o Witch King), a inclusão de um modo cooperativo foi muito benvindo  e a nível técnico, como de extras desbloqueáveis, continua um jogo muito interessante e bem recomendável para quem for fã do género.

Sonic Gems Collection (Sony Playstation 2)

A rapidinha de hoje incide em mais uma colectânea para a Playstation 2. Depois do Sonic Mega Collection Plus, que trouxe practicamente todos os Sonics da era 16bit mais alguns da Master System / Game Gear, a Sega acabou depois por lançar uma outra compilação com o que ficou de fora na colectânea anterior. O resultado foi esta Sonic Gems collection cujo maior destaque vai sem dúvida para a inclusão do Sonic CD e de uma conversão do obscuro Sonic the Fighters, um jogo de porrada com o Sonic e amigos, feito com o motor gráfico do Virtua Fighter. O meu exemplar foi comprado numa das cash converters de Lisboa, algures no ano passado. Creio que me custou 2.5€.

Compilação com caixa e manual

Este artigo vai-se focar na compilação em si, não me vou detalhar muito nos jogos que dela fazem parte. Isto porque a sua maioria são jogos que ambiciono ter (especialmente o Sonic CD) e nessa altura terei todo o gosto em escrever um artigo mais detalhado. Para além dois dois jogos acima referidos, a compilação contém também o Sonic R. Da Game Gear, conta com o que não saiu na compilação anterior, nomeadamente o Sonic 2, o Triple Trouble (outro dos que faço mesmo questão em comprar um dia destes), Sonic Drift 2, a versão 8bit do Sonic Spinball e os 2 jogos do Tails: Adventures e Sky Patrol. Juntamente com os jogos podemos ver digitalizações dos seus manuais. Da época dos anos 90 só ficou mesmo a faltar o SegaSonic Arcade, que acabou por não ser incluído devido à dificuldade de emulação dos seus controlos por trackball, ou o Knuckles Chaotix da 32X. Para compensar, e tal como na compilação anterior, a Sega decidiu incluir alguns jogos extra de Mega Drive, desta vez a dupla dos Vectorman. Mas o Japão levou a melhor, pois a versão japonesa desta compilação traz tudo isto e ainda mais o Bonanza Bros e a trilogia Bare Knuckle / Streets of Rage!

Sonic the Fighters é uma das piores ideias que a Sonic Team teve. Percebe-se o porquê do jogo nunca ter saído das arcades antes…

À medida em que vamos explorando os diversos jogos da compilação e amealhando várias horas de jogo, começamos também a desbloquear alguns extras, nomeadamente artwork, pequenos trailers ou até demos de alguns dos Sonics da Mega Drive presentes na compilação anterior. Devo dizer que fiquei um pouco desapontado com os extras, pois noto que a Sega deve ter ficado sem ideias. Isto porque temos bónus relativos a jogos como o Sonic Adventure e arte retirada dos Sonic Advance, que nunca saíram para a PS2, para além de publicidades ao Sonic Heroes. Mas aí já é o business a falar… Temos também alguma artwork do Knuckles Chaotix, o que me leva a pensar que se calhar até foi considerado para a compilação, bem como fotos de algumas máquinas da Sega bem obscuras, como jogos arcade infantis. Isso gostei de ver!

Bem, jogar o mesmo jogo 150 vezes é obra!

Portanto, apesar de achar que a Sonic Mega Collection Plus é uma compilação bem mais forte, esta acaba por a complementar muito bem. Por um lado por possuir grandes pérolas como o Sonic CD e o resto do catálogo Sonic 8bit, que até é bem grandinho. Por outro por também trazer alguns títulos mais obscuros como o Sonic the Fighters, que apesar de ser um jogo de luta fraquinho, sempre tive curiosidade em jogá-lo. Mas fica mesmo a pena de não incluir pelo menos o Knuckles Chaotix.