Phantasy Star III: Generations of Doom (Sega Mega Drive)

Phantasy Star IIIA série Phantasy Star foi criada originalmente para a Sega Master System como concorrente directa de outras franchises como Dragon Quest e Final Fantasy que vieram a ter bastante sucesso na sua concorrente, a Nintendo Famicom / NES. Para além disso, foi um jogo projectado de forma a tirar o máximo partido técnico das capacidades da Master System, o que acabou por acontecer. Mais tarde, com o lançamento da Mega Drive, a mesma equipa que trabalhou no primeiro jogo lançou-se para a sequela, onde o resultado final foi mais um bom jogo, com uma história bem mais dramática, embora com algumas diferenças na jogabilidade (as dungeons na primeira pessoa deixaram de existir) e os itens e magias ganharam novas nomenclaturas que perduram até aos dias de hoje com os Phantasy Star mais recentes. Por algum motivo a Sega relegou a tarefa de um novo Phantasy Star para uma equipa diferente da que trabalhou nos dois primeiros jogos e o resultado infelizmente não foi o melhor, como irei descrever ao longo deste artigo. O meu exemplar foi comprado algures no final do ano passado / início deste ano no e-bay, tendo-me custado cerca de 40€, já a contar com os portes.

Phantasy Star III - Sega Mega Drive
Jogo com caixa e manual

1000 anos após os acontecimentos do Phantasy Star II, num mundo algo medieval, trava-se uma grande guerra entre duas facções, uma liderada pelo guerreiro Orakio, outra por pela feiticeira Laya. A certa altura, após uma trégua entre ambas as partes, os dois líderes desaparecem misteriosamente. Cada facção ficou desconfiada da outra e ao longo dos 1000 anos seguintes o clima de tensão entre os 2 povos manteve-se bem alto. É nesse clima que encarnamos em Rhys, príncipe do reino de Landen, fiel aos Orakians, e o que começa por ser apenas um resgate da sua noiva que havia sido raptada por um dragão de Laya, as coisas acabam por escalar uma vez mais por proporções épicas, à medida em que a história se vai desenrolando. E o conceito mais interessante deste Phantasy Star III é nada mais nada menos que as próprias Generations of Doom, pois o jogo atravessa 3 gerações distintas, onde no final de cada arco de história podemos escolher 1 de duas noivas disponíveis. A noiva que escolhermos vai-se reflectir no filho que será a próxima personagem principal no arco de história seguinte. Para além disso a própria história que o jogo leva é diferente com cada escolha, levando-nos a 8 finais distintos.

Castelos? Num Phantasy Star???
Castelos? Num Phantasy Star???

Mas fora esse conceito, practicamente tudo o resto é inferior ao seu predecessor, o Phantasy Star II. A começar pelos menus de batalha que são menos intuitivos, a qualidade da história em si, e depois a parte audiovisual. O detalhe gráfico deste Phantasy Star III são inferiores aos restantes, e o facto do jogo ter contornos mais medievais na medida em que temos aldeias e castelos para explorar também me deixaram um pouco desiludido. Mas várias cavernas que exploramos são completamente high-tech e algumas das personagens jogáveis são andróides… humm, algo se passa, mas deixo esse desfecho para quem quiser se aventurar no jogo. Ainda nos gráficos há algo aqui que acho superior ao PSII: os backgrounds nas batalhas. Tal como no primeiro Phantasy Star da Master System, oa mesmos são variados e detalhados, ao contrário do PSII que mais parecia algo virtual. O problema é que os nossos inimigos pouco se mexem, as animações ficam muito aquém das expectativas. Coisas como cabeças gigantes cujo ataque é mexerem as orelhas… No que diz respeito às músicas sinceramente prefiro a banda sonora do Phantasy Star II no geral, mas não acho que esta seja má de todo. Só não sei é porque raio é que têm de tocar pelo menos 2, 3 músicas diferentes ao longo de cada batalha!

Ao menos as batalhas agora possuem backgrounds, tal como no primeiro jogo. Pena que as animações sejam horríveis
Ao menos as batalhas agora possuem backgrounds, tal como no primeiro jogo. Pena que as animações sejam horríveis

No fim de contas, este é um jogo que acabou por desiludir um pouco. Tem o seu quê de original, nomeadamente o facto de ser jogado em 3 gerações distintas e cujas nossas escolhas nos levam por diferentes quests e 8 finais, tudo o resto acaba por ficar uns furos abaixo dos primeiros 2 jogos. A mistura de conceitos high-tech com fantasia medieval não resultou nada bem na minha opinião, e apesar de ao longo do jogo as coisas serem explicadas, mesmo assim acho que não foi um conceito bem executado. Mas felizmente que a Sega aprendeu completamente com os seus erros, pois no capítulo seguinte voltaram com força, com a mesma equipa que esteve por detrás do desenvolvimento dos primeiros 2 jogos e o resultado foi um dos melhores (top 3 para mim) RPGs da era 16-bit. Mas isso, claro, será tema para um outro artigo.

 

Robocop 2 (ZX Spectrum)

RoboCop2_FrontO primeiro videojogo da franchise Robocop foi produzido pela Ocean para vários microcomputadores da década de 80 e revelou-se um enorme sucesso comercial, pelo menos por cá na Europa. E com a Ocean a deter os direitos para videojogos daquela franchise, não era nada de estranhar que também estivessem por detrás do desenvolvimento do videojogo da sequela. E este meu exemplar, foi comprado há coisa de 2 meses atrás, na feira da Ladra por menos de 2€. Veio no mesmo negócio do Hudson Hawk, cujo artigo escrevi há pouco atrás. Vamos lá então a mais uma rapidinha.

Jogo com caixa, manual e saquinho protector para a cassete
Jogo com caixa, manual e saquinho protector para a cassete

E se por um lado videojogos como o próprio Hudson Hawk acabaram por ser esquecidos pelo tempo, sinceramente acho que esse mesmo jogo acabou por envelhecer muito melhor que este “clássico” tão aclamado pela crítica da época e que tantas unidades vendeu, na sua altura. Isto porque jogos como Hudson Hawk acabam por ser platformers clássicos, bem agradáveis de se jogar nos dias de hoje. Já este Robocop 2 acaba por ser uma mistura de 3 diferentes tipos de jogo. Por um lado temos o sidescroller/platformer mais comum, onde teremos de percorrer diversos níveis ao enfrentar inimigos, entrar em portas, subir elevadores e activar interruptores, por outro temos também uma shooting gallery, onde teremos de “matar” os bandidos e poupar os inocentes, teoricamente para a precisão do Robocop ser melhorada, e temos ainda uma espécie de sliding puzzles nos bancos de memória do Robocop, para que o andróide se consiga lembrar da sua identidade humana e da sua mulher. E se por um lado se pode dizer que há de facto variedade no gameplay, sinceramente esses segmentos acabam por soar algo desnecessários, vistas as coisas de uma maneira mais fria.

Antes de cada nível temos um briefing deste género que nos indica qual o objectivo
Antes de cada nível temos um briefing deste género que nos indica qual o objectivo

Mas vamos focar-nos nos segmentos mais tradicionais de platforming. Aqui teremos vários níveis para atravessar, todos eles carregados de inimigos que estão constantemente a aparecer vindos de todos os lados. Felizmente o Robocop pode disparar a sua arma em 8 direcções, o que dá sempre uma ajuda. Destruir caixas com os nossos punhos é também algo que iremos fazer. Alguns inimigos rendem-se e podemos capturá-los ao passar por eles, algo que exige também algum cuidado pois os outros inimigos continuam a surgir de todos os lados e a disparar constantemente. Temos uma barra de energia que nos deixa aguentar com algum dano antes de perder uma vida, mas em alguns níveis, com tanto projéctil a voar por todos os lados é frequente essa barra de vida se esvaziar em poucos segundos. Felizmente que temos sempre power-ups a cair dos céus, alguns regeneram a barra de vida, outros dão tempo extra para completar o nível ou mesmo invencibilidade temporária que nos dá um jeitaço. Alguns níveis são algo labirínticos, onde teremos de explorar diferentes planos do mesmo nível ao atravessar portas, activar interruptores e apanhar elevadores.

 

Isto não é só disparar por todos os lados, por vezes temos alguns segmentos de platforming exigentes
Isto não é só disparar por todos os lados, por vezes temos alguns segmentos de platforming exigentes

Tecnicamente é um jogo que na minha opinião poderia ser melhor. Embora as sprites e os cenários até que estão bem desenhados, os níveis são completamente monocromáticos, com apenas os tons de fundo a variar. Pegando no exemplo do Hudson Hawk também da Ocean, aí conseguimos ver as limitações do Spectrum a serem muito bem aproveitadas, com as poucas cores disponíveis a serem apresentadas de uma forma inteligente. Os efeitos sonoros são OK, típicos de um Spectrum e as músicas são practicamente inexistentes, existindo apenas no ecrã inicial e nas pequenas transições de níveis.

Robocop 2 para o Spectrum não é na minha opinião um mau jogo. Mas olhando as coisas friamente e quase 30 anos depois, não consigo dizer que tenha envelhecido tão bem (dentro das limitações impostas pelo hardware) como outros clássicos do Spectrum ou mesmo títulos menos conhecidos como o aqui referido Hudson Hawk, também da própria Ocean. Não só de um ponto de vista meramente técnico, mas também pelos “fillers” que aqui temos como as shooting galleries e os sliding puzzles dos bancos de memória que a meu ver são algo desnecessários.

Wonder Boy (Sega Master System)

WonderboyA franchise Wonder Boy tem um percurso muito interessante que certamente daria para escrever muitos livros à volta da mesma. Com as suas raízes nas arcades, este primeiro jogo é um jogo de plataformas algo simples, onde o objectivo é ir do ponto A ao ponto B com os ocasionais confrontos de bosses a surgirem entre cada “mundo”. Sendo um jogo produzido pela Westone, mas cujos direitos da franchise Wonder Boy pertenciam à Sega, conversões directas para outros sistemas só se a Sega autorizasse, o que não aconteceu. Então para dar a volta a isso, a Hudson quando lançou este Wonder Boy na NES, alterou a personagem principal e alguns inimigos, mudando o nome do jogo para Adventure Island. A Hudson continuou a desenvolver novos Adventure Islands com estas mecânicas de jogo do primeiro Wonder Boy, enquanto a WestOne evoluiu a série para um interessante híbrido de metroidvania e RPG de acção, que por sua vez eventuais ports para sistemas não-Sega também levaram com mudanças de nome e de protagonistas! Este meu exemplar foi comprado há uns meses atrás a um particular. Custou-me 15€.

Wonder Boy - Sega Master System
Jogo com caixa

A história por detrás deste primeiro Wonder Boy é simples e verdadeiramente cliché. O protagonista, Tom-Tom, vê a sua namorada a ser raptada por um poderoso feiticeiro e o que acontece a seguir é muito fácil de adivinhar: Lá teremos de ser nós a correr atrás do prejuízo e procurá-la ao longo da ilha tropical em que estamos. O jogo está então dividido em 10 “mundos” diferentes, com 4 níveis cada, sendo que no quarto nível teremos sempre um boss para combater. Mas se a história é bastante cliché, as mecânicas de jogo é que são um pouco diferentes do habitual. Em cada nível temos uma barra de energia no centro do ecrã que vai diminuindo com o tempo. A ideia é não deixar a barra esvaziar-se por completo senão perdemos uma vida. A mesma pode ser restabelecida ao apanhar os diversos frutos que vão aparecendo no ecrã. Outros itens que vão aparecendo são os ovos que se partem assim que passemos por cima deles, apresentando alguns power-ups. Temos os machados que são basicamente a arma de arremesso do jogo, onde poderemos derrotar os inimigos que nos aparecem à frente, temos também o skate que nos permite andar mais rápido mas por outro lado não nos deixa andar para trás. Outro power up é a fada que nos dá invencibilidade temporária, deixando-nos invulneráveis aos inimigos e outros obstáculos como rochas ou fogueiras. É a única maneira de destruir alguns desses obstáculos, ao passar-lhes por cima enquanto estamos invulneráveis. A nível de controlos os mesmos são simples, com um botão para saltar e o outro para atacar com os machados. O que é mais difícil de dominar são os saltos, pois muitas vezes temos de ganhar algum balanço de forma a conseguir concretizá-los com sucesso, o que com um bocadinho de prática se vai lá.

Comparando com o Adventure Island da NES, esta versão é bem mais colorida
Comparando com o Adventure Island da NES, esta versão é bem mais colorida

O maior problema deste jogo, a meu ver, é o facto de ser bastante repetitivo. É certo que existe alguma variedade nos níveis, pois tanto podemos estar a percorrer zonas de praia tropical, florestas, cavernas, cavernas geladas ou até vulcões, a maneira como essas zonas estão distribuídas não parecem seguir nenhum fio condutor, e ao fim de 40 níveis acaba por cansar um pouco estar a fazer constantemente a mesma coisa. De resto graficamente é um jogo colorido, mas também bastante simples. As músicas são agradáveis, embora eu goste mais dos temas do 4º nível de cada mundo mais o confronto contra os bosses, pois são melodias mais tensas.

Ao decapitar o boss, a sua cabeça é substituída pelo boss que enfrentaremos no mundo seguinte
Ao decapitar o boss, a sua cabeça é substituída pelo boss que enfrentaremos no mundo seguinte

Apesar de não achar que este primeiro Wonder Boy seja um mau jogo, é verdade que a série acabou por evoluir para algo muito superior. O que aqui se torna algo repetitivo com o  tempo, em jogos como Wonderboy III: The Dragon’s Trap é substituído por um mundo aberto onde o sentido de exploração e também de grinding acabam por ter um foco muito maior.

Hudson Hawk (ZX Spectrum)

Hudson HawkHoje é dia para mais uma rapidinha, agora para mais um dos jogos do velhinho ZX Spectrum que acabei por encontrar, numa da minhas idas à feira da Ladra em Lisboa, algures durante o mês de Maio. Este Hudson Hawk, assim como a esmagadora maioria dos videojogos desenvolvidos pela mítica Ocean, é mais uma adaptação de um filme, de mesmo nome do jogo, com a participação de Bruce Willis. Sinceramente não conhecia o filme de lado nenhum, mas ao preço que foi, tendo em conta que é um jogo 100% original e confiando na Ocean acabei por trazê-lo. Este exemplar ficou-me a menos de 2€.

Hudson Hawk - ZX Spectrum
Jogo completo com caixa, manual e saquinho protector da cassete.

Pelo que entendi rapidamente do IMDB e pelo que fui vendo ao longo do jogo também, o filme Hudson Hawk centra-se na personagem de mesmo nome, interpretada por Bruce Willis e que é um notório ladrão que tinha acabado de sair da prisão. Entretanto coisas acontecem e Hudson Hawk terá de fazer mais um importante assalto a um museu, para roubar o Da Vinci Codex, onde acabamos por nos envolver em teorias da conspiração, sociadades secretas e afins. O jogo, tal como muitos da Ocean dessa época, acaba por ser um jogo de plataformas. E como jogo de plataformas até que nem é mau de todo.

Apesar de simples, graficamente é um jogo que tira bom partido das poucas cores que o ZX Spectrum pode apresentar em simultâneo
Apesar de simples, graficamente é um jogo que tira bom partido das poucas cores que o ZX Spectrum pode apresentar em simultâneo

É um jogo de plataformas bem razoável, onde iremos atravessar diferentes locais, evitando alguns inimigos que por sua vez podem ser atacados ao atirar-lhes com umas bolas em cima. Existem também alguns elementos de puzzle, onde em algumas alturas teremos de arrastar caixas de um lado para o outro de forma a poder alacançar locais previamente inacessíveis. Existe uma barra de vida bem grandinha, o que acaba por ser algo generosa na quantidade de dano que podemos receber antes de perder uma vida, mas a mesma não é regenerada ao longo dos vários stages no mesmo nível, pelo que chega a uma altura em que teremos de ter mais algum cuidado adicional para não sofrer dano em demasia.

É certo que o ZX Spectrum 48K é um micro computador bem modesto tecnicamente, sendo impossível apresentar muitas cores em simultâneo no ecrã. No entanto a Ocean deu bem a volta à questão, com as poucas cores disponíveis a serem bem distribuídas nos cenários, resultando num jogo graficamente bem clean. Para os donos das variantes 128K poderão ouvir algumas chiptunes bem agradáveis.

Existem vários inimigos que teremos de defrontar, os mais chatos são uns que nos sobrevoam de balão
Existem vários inimigos que teremos de defrontar, os mais chatos são uns que nos sobrevoam de balão

No fim de contas, apesar do Hudson Hawk não ser um filme lá muito conhecido e o videojogo muito menos, acho que a Ocean fez um bom trabalho ao apresentar um videojogo de plataformas tecnicamente bem competente e com uma jogabilidade também aceitável.

Ridge Racer V (Sony Playstation 2)

RR VMais uma rapidinha, agora passando para PS2, e para a quinta iteração de uma das séries de corrida arcade que mais sucesso fez nas arcades e também na primeira Playstation. O Ridge Racer 5, tal como o primeiro jogo da série, foi um título de lançamento da própria Playstation 2, pelo menos aqui no ocidente. E apesar de ser um jogo com mais conteúdo que um simples título arcade, a verdade é que a sua jogabilidade continua igual a si mesma. Este meu exemplar foi comprado há uns aninhos atrás, na extinta Gamestop do Dolce Vita no Porto, algures em 2011 por cerca de 5€.

Ridge Racer V - Sony Playstation 2
Jogo com caixa e manual

O Ridge Racer Type 4 foi um excelente jogo de corridas, que para além de ter tirado muito bem partido do hardware da primeira Playstation, apresentou-se como uma aposta bem sólida no que diz respeito aos modos de jogo, ao incluir ainda uma espécie de modo campanha onde acompanhávamos o dia a dia de uma de várias equipas concorrentes nos campeonatos em Ridge City. Aqui infelizmente esse modo “história” deixa de existir, mas alguns dos conceitos introduzidos pelo RR Type 4 foram mantidos nesta sequela.

Os carros continuam a ser fictícios, mas estão repletos de referências a antigas glórias da Namco
Os carros continuam a ser fictícios, mas estão repletos de referências a antigas glórias da Namco

O Grand Prix continua a ser o modo de jogo principal, com diversas classes de campeonatos, com o nível de dificuldade a ser maior em cada classe desbloqueada. Geralmente cada campeonato é composto por 4 corridas diferentes com 3 voltas cada. Na primeira corrida temos de terminar pelo menos em quarto lugar para desbloquear a corrida seguinte, onde já teremos de terminar pelo menos em terceiro e por aí fora até chegar à última corrida onde teremos impreterivelmente de terminar em primeiro lugar. Outros campeonatos possuem diferentes regras, mais arcade, que nos obrigam a passar vários checkpoints dentro de um tempo limite e chegar ao fim sempre em primeiro lugar. Por vezes temos também provas de maior endurance, onde temos de correr umas 10 voltas em circuitos mais ovais. Tal como nos outros Ridge Racer, cada circuito vai decorrendo em diferentes partes de Ridge City, com algumas paisagens e estradas a serem algo familiares para quem se habituou à série. Iremos aqui desbloquear uma série de circuitos, incluindo as suas versões reversas, que podem ser jogados também em diferentes partes do dia como em pleno dia, ao por do sol e à noite, onde em algumas alturas a falta de iluminação nos coloca um pouco mais à prova.

Para quem for fã da série, irá reconhecer muitos dos recantos apresentados nos circuitos do jogo
Para quem for fã da série, irá reconhecer muitos dos recantos apresentados nos circuitos do jogo

Podemos também participar nos Extra Grand Prix, onde poderemos customizar um pouco o carro escolhido para a prova, ao desbloquear outros motores. Existem também outros modos de jogo como o versus single race que dispensam apresentações, assim como o Time Attack, onde corremos com o único objectivo de fazer o melhor tempo possível. O Duel, tal como o nome indica, serve para correr contra um oponente teoricamente bastante forte, podendo depois vir a desbloquear os seus carros.

Graficamente é um jogo bem competente, tendo em conta que saiu no início do ciclo de vida da Playstation 2. Os carros estão bem detalhados e contam com alguns bonitos efeitos de luz, inclusivamente o rasto das luzes vermelhas traseiras, que já era visível no Ridge Racer Type 4, mas claro que a Playstation 2 viria a provar ser capaz de fazer melhor, com o decorrer dos anos e do seu ciclo de vida. A banda sonora é uma vez mais bastante eclética, com faixas rock, outras mais electrónicas ou experimentais, mas para ser sincero, tanto a nível de design geral da arte do jogo e seus menus, como na banda sonora, o Ridge Racer Type 4 foi um jogo mais bem conseguido nesse campo.

Os menus continuam algo estilosos, mas acho que no geral o RR Type 4 se saiu melhor nesse campo
Os menus continuam algo estilosos, mas acho que no geral o RR Type 4 se saiu melhor nesse campo

No fim de contas, este é um jogo bem competente de corridas, em especial para aqueles que procuram uma experiência mais arcade, mas também com conteúdo suficiente que justifique a sua longevidade.