The Incredible Hulk (Sega Mega Drive)

HulkVamos para uma rapidinha, desta vez sobre um jogo para a Mega Drive. Confesso que não sou o maior fã de videojogos de super heróis, talvez por nunca ter gostado muito dos filmes modernos que se têm vindo a fazer (excepção notável para os Batman com o Christopher Nolan). Mas se forem videojogos de super heróis das eras 8 e 16bit, então já sou bem mais tolerante, até porque muitos deles fizeram parte da minha infância. O que não é propriamente o caso deste Hulk que só tinha vindo a conhecer mais tarde em emulação. O meu exemplar foi comprado há uns bons meses atrás na feira da Ladra em Lisboa, custando-me 7€.

Jogo com caixa e manual europeu. Sempre gostei da capa!

Jogo com caixa e manual europeu. Sempre gostei da capa!

Nunca fui o leitor mais assíduo das comics do Hulk, pelo que não reconheço muito dos vilões, a não ser o Rhino (que apareceu pela primeira vez nas comics do Spider Man) e o The Leader, o vilão “chefe” que iremos enfrentar no final. Este The Hulk é um jogo de plataformas onde iremos explorar vários diferentes mundos, onde os níveis começam a ficar cada vez mais labirínticos, quanto mais avançados forem. A jogabilidade é também um pouco confusa. Como Hulk, temos vários níveis da nossa barra de saúde, que vão diminuindo com a pancada que levamos e restabelecidos ao encontrar power ups para o efeito. A parte estranha é que poderemos desencadear mais ou menos golpes diferentes consoante o nível de “saúde” que tenhamos. No ponto mais alto, que nos obriga precisamente a encontrar alguns power ups para isso, podemos desempenhar alguns golpes poderosos que de outra forma seriam impossíveis de executar, como o Sonic Clap (o único ataque de médio alcance que dispomos), ou mesmo o Shoulder Charge, capaz de destruir um inimigo normal com um encontrão apenas. Para desencadear estes golpes temos de pressionar diferentes combinações de botões, quase como se um jogo de luta se tratasse, o que confunde ainda mais pelo facto de existirem vários níveis de saúde que nos podem inibir ou habilitar a execução de alguns desses mesmos golpes.

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A nossa barra de saúde vai tendo várias cores. Mediante a cor em que estamos, podemos desencadear mais ou menos golpes diferentes

Para além disso, ao sofrer dano suficiente transformamo-nos novamente em Bruce Banner, a forma humana de Hulk que é bastante mais frágil. Podemos atacar se encontrarmos algumas armas de fogo, mas temos também de ter bastante cuidado. Essas armas possuem apenas 2 disparos e convém usá-los para destruir os caixotes que possuem os power-ups que nos restabeleçam a vida. Como Bruce podemos também esgueirar-nos por espaços apertados que Hulk não conseguiria. É possível também transformar de Hulk para Bruce em qualquer momento, mediante a utilização de comprimidos tranquilizantes que podem ser encontrados ao longo do jogo. De resto, tal como já referi, vamos ter níveis cada vez mais labirínticos, onde para além de defrontarmos um mar de robots ou guerreiros estátua, teremos também de procurar alavancas e elevadores que nos permitam progredir nos níveis.

No final de cada nível há sempre um boss para defrontar, seguido de uma pequena cutscene ao estilo comic

No final de cada nível há sempre um boss para defrontar, seguido de uma pequena cutscene ao estilo comic

Graficamente falando, é um jogo bastante colorido, com níveis algo variados e bem detalhados. Tanto percorremos zonas mais urbanas ou industriais, como outras mais “épicas” como as ruínas romanas onde defrontamos Tyrannus ou mesmo mundos alienígenas. As músicas são também agradáveis, embora sou sincero, não houve propriamente nenhuma que me tenha ficado no ouvido.

Em suma, este The Hulk é um jogo bonitinho, mas possui algumas mecânicas de jogo que a meu ver são desnecessariamente complicadas. As primeiras vezes que o jogarem, se não souberem à priori destas nuances na jogabilidade, então este The Hulk vai ser um videojogo algo frustrante.

Sobre cyberquake

Nascido e criado na Maia, Porto, tenho um enorme gosto pela Sega e Nintendo old-school, tendo marcado fortemente o meu percurso pelos videojogos desde o início dos anos 90. Fã de música, desde Miles Davis, até Napalm Death, embora a vertente rock/metal seja bem mais acentuada.
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