A rapidinha de hoje leva-nos de volta para a consola mais bem sucedida da Sony, onde mais um bom shmup clássico acabou por chegar até nós europeus por intermédio de lançamentos budget price. Este Psyvariar Complete Edition traz duas versões do Psyvariar original, ao contrário da compilação Psyvariar + Psyvariar 2 que eu idealizava. Custou-me 2€ na Cash Converters de Alfragide algures nos últimos meses de 2015, se bem me recordo.
As mecânicas chave nesta série são o Buzzing, que consiste em recompensar-nos no quão mais perto das balas inimigas passamos. E como estes são jogos em que a detecção de colisões apenas se despoleta se uma bala tocar no centro da nossa nave, vai dar para usar e abusar destas mecânicas. Isto porque cada buzz dá-nos alguns pontos de experiência e à medida que vamos amealhando pontos de experiência vamos também subindo de nível. Nestas alturas estamos temporariamente invencíveis pelo que podemos albarroar outras naves, dando ainda mais pontos. O jogo espera que arrisquemos bastante com este mecanismo de buzzing, mas claro que isso tem de ser algo cuidado pois a invencibilidade é temporária e os momentos de bullet hell acabam por ser cada vez mais comuns à medida que o jogo vai avançando. Entre certos níveis de experiência a forma da nossa nave também se altera, sendo cada vez mais poderosa.

Buzzing é passar mesmo rente às balas. Na versão Revision é possível aproveitar o buzzing da mesma bala mais que uma vez, aumentando ainda mais a pontuação
Na primeira versão deste jogo, a Medium Unit, dispomos de apenas 6 níveis pela frente, sendo que cada nível requer obrigatoriamente que a nave tenha atingido um certo nível de experiência. Na versão Revision as mecânicas básicas de jogo mantêm-se, mas a dificuldade foi aprimorada, com as naves inimigas a serem mais agressivas no seu poder de fogo, mais denso e mais rápido. Temos também alguns níveis adicionais e um novo modo de jogo, o Replay. Aqui, antes de jogar um nível, podemos assistir a um replay de alguma play run. No entanto apenas podemos usar um crédito para terminar o jogo, mas se o conseguirmos somos recompensados com os replays das nossas façanhas ficarem registados. Não é algo que me faça muita falta, mas acredito que nas arcades asiáticas tenha sido uma loucura.

Como não podia deixar de ser também temos vários bosses para derrotar cujos padrões de fogo vão mudando
Antes de concluir, a nível de audiovisuais não tenho muito a dizer. É um shmup clássico vertical, todo high-tech com a nave que conduzimos e as que combatemos, com os cenários a serem condizentes, desde combates em órbita do planeta terra, ou a atravessar mega estações espaciais ou outras zonas militares/industriais. As músicas também têm todas aquela pinta futurista que assenta bem ao estilo de jogo.

Dominar o buzzing e os momentos de invencibilidade temporária que trazem é a chave da sobrevivência em momentos como este
Em suma, é um bom shmup para quem é fã do género, e as suas mecânicas de jogo originais tornam-se num desafio bem interessante!