Grand Theft Auto 2 (Sony Playstation)

GTA2Tempo para mais uma rapidinha a um jogo que continua a ser bastante divertido, mas sinceramente me decepcionou um pouco num ou noutro ponto. O Grand Theft Auto original era presença obrigatória no PC de toda a gente e passávamos imensas tardes só a criar o caos na cidade, as missões sempre ficavam para segundo plano. Mas hoje em dia, com o backlog gigantesco que tenho, acabo sempre por dar mais importância à história dos jogos mesmo que sejam sandbox, e infelizmente o GTA2 não traz grandes melhorias nesse ponto. Este meu exemplar veio da Cash Converters de Alfragide já há uns bons meses atrás. Não sei quanto me custou, mas não terá sido mais de 3€.

Grand Theft Auto 2 - Sony Playstation
Jogo com caixa, manual e mapa

GTA2 utiliza a mesma fórmula base que o primeiro jogo e o GTA London introduziram: temos uma (ou mais) cidades para explorar livremente numa perspectiva vista de cima onde podemos fazer tudo e mais alguma coisa com os veículos e pessoas que por lá vão passeando. Ao fazer asneiras também ficamos com a polícia à perna, cujo conflito pode vir a ser escalado por mais asneiras que continuamos a fazer. Isto até levarmos o nosso carro a uma oficina onde lhe mudam a pintura e aí já fica tudo bem. Para além dessa liberdade temos uma série de missões a cumprir para um ou mais gangues, desde silenciar certas pessoas, transportar bens ilícitos, roubar alguns carros especiais, raptos, entre outras tarefas não muito dignas de um moço de recados. A diferença é que neste GTA2 temos apenas uma única cidade para explorar (se bem que dividida em 3 áreas distintas) e em cada uma dessas áreas temos 3 gangues rivais, onde vamos acabar por fazer missões para os três. Para isso incutiram um sistema de “respeito”. Apenas quando um gang nos respeita minimamente é que nos deixam fazer missões para eles. Como ganhar respeito? Bom, basta matar uns quantos membros dos gangues rivais!

Desta vez para salvar o jogo basta dirigir-nos a uma igreja e ter 50000$ no bolso!
Desta vez para salvar o jogo basta dirigir-nos a uma igreja e ter 50000$ no bolso!

E ao longo do jogo vamos fazendo sempre essa dança de gangue em gangue caso queiramos fazer todas as missões, o que não faz muito sentido, pois para sermos elegíveis a fazer as missões do gangue A, temos de matar vários membros do gangue B, mas depois para fazer missões do gangue B basta matar membros do gangue C, a nossa reputação em infernizar a vida desses bandidos quando trabalhávamos para o gangue anterior parece que não importa para nada. E esta lógica ainda se agrava mais sendo que o gangue Zaibatsu está presente nas 3 diferentes áreas da cidade. Mas isto sou eu a complicar demasiado as coisas, um videojogo não é suposto ter lógica, este em particular está repleto de humor negro e há missões bem divertidas, como usar um camião de bombeiros que na verdade tem um lança chamas acoplado em vez de um canhão de água. E os gangues no geral são bastante originais, incluindo um de rednecks, outro de esquizofrénicos, cientistas malucos,  religiosos hindus ou até “comunistas” pró-soviéticos com direito a uma fábrica de hot dogs com carne de origem duvidosa.

Tal como no original, as missões são dadas ao atender telefones públicos. Mas só as podemos fazer se tivermos "respeito" suficiente pelo gangue em questão
Tal como no original, as missões são dadas ao atender telefones públicos. Mas só as podemos fazer se tivermos “respeito” suficiente pelo gangue em questão

O problema é que isto acaba por inviabilizar um pouco uma narrativa mais séria como a que a Rockstar passou a adoptar nos seus jogos. É claro que não estava à espera de uma narrativa à lá L.A. Noire, até porque mesmo nos GTAs que se seguiram sempre houve um pouco de bom humor, mas esperava que já houvesse alguma narrativa que conduzisse uma história com princípio e fim. Até porque o jogo começa logo com uma cutscene em full motion vídeo, repleta de acção e perseguições policiais, mas já o final… bom, é melhor não dizer nada.

De resto, para quem jogou o GTA original a jogabilidade mantém-se muito idêntica. É verdade que prefiro a versão PC a esta da Playstation devido aos controlos, mas talvez seja só uma questão de hábito. Continuamos a ter imensos veículos para conduzir, desde pequenos “mata-velhos” até tanques de guerra e as armas também são ainda mais variadas. Os conflitos policiais podem agora ser escalados de tal forma que temos carrinhas SWAT, agentes federais especiais ou até o exército norte-americano atrás de nós com tanques e soldados fortemente armados. Podemos também equipar os nossos carros com armadilhas como soltar óleo na estrada para despistar os polícias ou mesmo equipar metralhadoras. É uma novidade interessante, mas dado à fragilidade dos carros não me pareceu que compensasse muito. O conceito dos diferentes gangues também acrescenta algumas novas possibilidades, pois mediante as nossas relações com cada grupo, eles podem ser inofensivos e até ajudarem-nos nos confrontos com as forças da Lei, ou por outro lado também nos podem atacar. Outros extras como os Kill Frenzy ou mesmo algumas missões bónus também existem nesta sequela e aqui é possível fazer save game a qualquer momento, bastando para isso procurar uma igreja que costuma estar em território neutro no mapa e ter pelo menos 50000 dólares na nossa conta. É melhor que não haver save nenhum, e excepto as missões finais de cada capítulo, estas também as podemos repetir caso as falhemos à primeira.

Para nos auxiliar, existem vários marcadores com a direcção que devemos seguir. Se não estivermos com nenhuma missão de momento, os apontadores indicam a localização de telefones dos diferentes gangues.
Para nos auxiliar, existem vários marcadores com a direcção que devemos seguir. Se não estivermos com nenhuma missão de momento, os apontadores indicam a localização de telefones dos diferentes gangues.

A nível gráfico não é um jogo assim tão diferente do primeiro no aspecto, embora já usem polígonos em 3D para representar a cidade, as sprites estão um pouco mais detalhadas e existem alguns efeitos de luzes que são melhores notados caso estejamos a jogar a versão PC, onde podemos jogar durante a noite. Creio que a versão Dreamcast também permite jogar à noite, mas aqui na Playstation joga-se sempre de dia, o que a meu ver até dá outro brilho ao jogo, pois durante a noite as coisas ficam muito iguais. A banda sonora continua excelente, com cada carro a tocar diferentes músicas ou diálogos nos seus rádios, consoante a estação sintonizada. A música varia do country, jazz, pop, rock, electrónica e até gospel, mas o que mais piada achei foram precisamente naqueles pequenos detalhes nos diálogos das rádios patrocinadas pelos gangues: o sotaque sulista da rádio dos rednecks a falarem de bounties em prisioneiros que se escaparam da prisão, as dificuldades técnicas dos soviéticos em transmitir, ou bizarrices em japonês na rádio patrocinada pelos Yakuza.

O nível máximo de alerta aumenta consoante o nosso progresso no jogo. Na ultima área, até o exército pode ser chamado. E vai ser, mesmo se jogarmos as missões direitinhas
O nível máximo de alerta aumenta consoante o nosso progresso no jogo. Na ultima área, até o exército pode ser chamado. E vai ser, mesmo se jogarmos as missões direitinhas

Em suma, este é um bom jogo para quem gostou do GTA original, na medida em que podemos continuar a causar o caos na cidade da mesma forma, simplesmente temos mais armas e veículos à nossa disposição para o fazer. Para quem quiser jogar de uma forma mais séria, cumprindo as várias missões da campanha, não gostei muito da introdução de gangues rivais, pelo menos não desta forma. Estava à espera que houvesse uma narrativa mais forte neste jogo, o que não aconteceu e seria difícil fazê-lo visto que podemos ir saltando de gangue em gangue à nossa vontade. Fora isso, continua a ser um jogo bem divertido e com um toque de humor negro como a Rockstar bem o sabe fazer.

Xenophage (PC)

Não é segredo nenhum que sempre fui um grande fã da Apogee. Joguei grande parte dos seus jogos DOS no meu velhinho Pentium e passava tardes a ler o seu catálogo de jogos no executável CATALOG.EXE, imaginando o quão fantásticos poderiam ser esses jogos só pela sua descrição. Nessa altura eu também tinha um gosto especial por tudo o que fossem videojogos sangrentos, fossem FPS como o Doom, jogos de luta como Mortal Kombat ou corridas como o Carmageddon. E este Xenophage tinha-me chamado à atenção precisamente por isso, por ser um fighter violento, uma espécie de clone de Mortal Kombat, como surgiram muitos na época. Mas nem todos os jogos da Apogee são bons e não é por acaso que este Xenophage acabou por ser descontinuado bem rapidamente… Felizmente quando comprei a 3D Realms Anthology no Steam veio este jogo de oferta, como forma de recompensar a falta dos Commander Keen e Wolfenstein 3D devido aos mesmos já estarem disponíveis nessa plataforma através da id software.

XenophageA história é simples e se calhar um pouco cliché pois coloca a humanidade num torneio organizado por deuses, de forma a defender a existência da sua civilização, em conjunto com criaturas de outros planetas que também participam com o mesmo intuito. E para isso foram escolhidos 2 personagens perfeitamente ao acaso para defender a Terra, como o lenhador Nick e a executiva Selena, com a sua camisinha e mini-saia. Os outros planetas tiveram direito a uma única personagem, sendo todos criaturas bizarras, o que sinceramente até me agradou precisamente pela diferença.

Alguns aliens também não são lá muito bonitos, mas os humanos batem todos os recordes
Alguns aliens também não são lá muito bonitos, mas os humanos batem todos os recordes

E logo pela cutscene inicial que explica essa história nos apercebemos que se calhar este Xenophage não é grande espingarda. Isto porque apresenta umas CGIs muito, mas muito más mesmo. Poderíamos dizer que em 1995/1996 a tecnologia ainda não permitia grandes coisas neste campo, mas até o D da Sega Saturn acaba por fazer um melhor trabalho neste campo… e olhem que as cutscenes do D são mázinhas! Infelizmente na jogabilidade pura e dura as coisas não melhoram muito, com o jogo a ter um framerate nada estável e fluído, o que corta logo a pica toda. Para além disso, apesar de o jogo possuir um sistema de combos, as mesmas não são lá muito fáceis de executar. De resto, e como bom clone de Mortal Kombat que é, também temos as fatalities que aqui se chamam de Meat e sinceramente não têm o mesmo carisma das originais. Fora isso, e tal como Mortal Kombat, cada murro dá para jorrar 3 litros de sangue, embora o nível de violência possa ser regulado nas opções.

As fatalities geralmente resultam na decapitação do adversário. Mas ainda deixa ali uns glitchs...
As fatalities geralmente resultam na decapitação do adversário. Mas ainda deixa ali uns glitchs…

Graficamente é um jogo com os seus altos e baixos. Se por um lado o design da maioria das criaturas possa ser aceitável, o dos humanos mete dó de tão mau que é. E usam sprites pré-renderizadas ao estilo do Donkey Kong Country que neste caso também não resulta lá muito bem. Os backgrounds lá acabam por ser mais bem detalhados e se calhar salvam um pouco este campo. Já as músicas são outra desilusão. Apesar da banda sonora estar cheia de guitarradas como eu bem gosto, as músicas acabam mesmo por ser muito desinspiradas.

No fim de contas, para mim este Xenophage acabou mesmo por ser um tiro ao lado. A Apogee tem muitos bons jogos no seu catálogo, quer produzidos ou apenas publicados pela mesma. Mas também tem algumas ovelhas negras e este Xenophage é certamente uma delas.

Taito Legends (Sony Playstation 2)

Taito LegendsTal como a Activision Anthology, também comprei há coisa de poucos meses atrás umas outras antologias de jogos bem antigos. Uma delas é esta Taito Legends que vai servir para a rapidinha de hoje. Esta compilação foca-se apenas no passado arcade da empresa, incluindo vários jogos da década de 80 e alguns dos inícios da década de 90 para serem jogados. Foi comprado a um vendedor da Feira da Ladra por 2.5€. Estava novinha e selada, tendo sido aberta muito recentemente.

Taito Legends - Sony Playstation 2
Jogo com caixa e pequeno manual

Infelizmente, ao contrário de todos os extras e cuidados de apresentação que foram tomados na Activision Anthology, aqui temos poucos extras. O jogo é seleccionado através de um menu normal, onde podemos ver uma réplica da máquina arcade em questão. Escolhendo o jogo, poderemos alterar algumas opções como a dificuldade, número de vidas, entre outros parâmetros, bem como ler uma descrição do jogo em questão, alguns truques e dicas se aplicável e na maioria dos mesmos, poderemos também ver um flyer com a artwork do jogo. Os extras que são realmente interessantes podem ser vistos nos Space Invaders, Puzzle Bobble, Rainbow Islands e mais um ou outro jogo, que incluem pequenas entrevistas aos criadores desses mesmos jogos.

O menu inicial poderia ser um pouco mais trabalhado, assim como o resumo da história da Taito aqui disponível
O menu inicial poderia ser um pouco mais trabalhado, assim como o resumo da história da Taito aqui disponível

E para além desses clássicos citados acima, temos outros jogos que para mim são bem conhecidos como o Elevator Action, Rastan, Qix, Space Gun, New Zealand Story, Operation Wolf e respectiva sequela. Todos os outros jogos foram para mim ilustres desconhecidos, mas infelizmente a maioria revelou-se uma desilusão, em vez de agradáveis surpresas. Se calhar jogos como o Gladiator ou The Great Swordsman foram obras muito à frente do seu tempo, mas envelheceram muito mal, ao contrário da simplicidade desafiante de um Space Invaders ou Puzzle Bobble. De resto, uma coisa que aconselho fortemente é reverem a sensibilidade do analógico para os jogos baseados em shooters de light gun, que ainda são uns quantos.

s
Bom, não há como não dizer que este Operation Wolf é mais interessante que o meu na Master System…

No fim de contas, apesar desta compilação possuir alguns jogos interessantes, confesso que todos os mimos que nos deram na Activision Anthology fez com que este Taito Legends não me agradasse tanto. E numa companhia com o legado em arcades que foi/é a Taito Corporation, acho que mereciam uma compilação com mais goodies. As pequenas entrevistas foram uma excelente ideia, mas talvez pudessem ser mais aprimoradas. A ver como se safaram na Taito Legends 2, mas sendo ambos títulos budget também não espero nada fora do comum.

Hocus Pocus (PC)

Hocus PocusO artigo de hoje será mais uma rapidinha a um título da Apogee que fez parte da minha infância, isto porque a versão shareware já vinha instalada no meu primeiro computador, o velhinho Pentium a 133MHz que os meus pais compraram em segunda mão. Hocus Pocus é um dos vários jogos de plataformas que a Apogee lançou durante a primeira metade dos anos 90. Após ter jogado a versão completa por métodos não muito convencionais, acabei por tê-lo na minha conta steam após ter comprado a colectânea 3D Realms Anthology a um preço baratinho num bundle. Para além disso encontrei-o mais recentemente numa das minhas idas à feira da Ladra em Lisboa, numa edição que vinha em conjunto com o jornal Diário de Notícias algures durante os anos 90.

Hocus Pocus - PC
Jogo em caixa de jewelcase

No fundo, Hocus Pocus é uma história de amor. Um jovem aprendiz de feiticeiro apaixona-se por uma outra bela feiticeira chamada Popopa. Mas a única maneira que ele tinha de legalmente casar com ela, era a de fazer parte do Council of Wizards. Para isso, o chefe lá do sítio incumbe Hocus Pocus de percorrer uma série de diferentes mundos repletos de monstros e procurar uns cristais mágicos. Se for bem sucedido nessa demanda, fará parte do Council of Wizards e poderá casar com Popopa.

Em cada nível temos um número variado de cristais que temos de coleccionar
Em cada nível temos um número variado de cristais que temos de coleccionar

Bom, a jogabilidade é a típica de um simples jogo de plataformas, com Hocus Pocus a poder saltar e atacar os seus inimigos com um feitico em que solta raios eléctricos. Felizmente pelo caminho poderemos encontrar outros power-ups na forma de poções mágicas que nos garantem outras habilidades como saltar mais alto, rapid fire e invencibilidade temporária. De resto o objectivo está sempre em explorar o nível e procurar todos os cristais, sendo que para isso teremos sempre de encontrar algumas chaves para abrir portas e de vez em quando teremos também alguns pequenos puzzles com alavancas. Recentemente gravei um pequeno vídeo no meu canal onde joguei um pouco deste Hocus Pocus, podem ver para ter uma ideia da jogabilidade. Apenas me irritou um pouco o spawn dos inimigos acontecer quando estamos bem juntinho a eles, o que para quem gostar de fazer speedruns pode ser um problema.

Graficamente é um jogo bastante colorido e algo variado nos backgrounds. Gosto deste artwork fantasioso que foi usado, com aquelas florestas com cogumelos gigantes e afins. As músicas são também bastante agradáveis!

Hocus Pocus até que se torna bem mais variado nos seus backgrounds do que aquilo que eu me lembrava dos anos 90.
Hocus Pocus até que se torna bem mais variado nos seus backgrounds do que aquilo que eu me lembrava dos anos 90.

Para mim, este Hocus Pocus é um bom jogo de plataformas. É certo que não reinventa a roda, mas o PC nunca foi propriamente popular pelo seu contributo nos jogos de tradicionais de plataformas, embora tenha recebido uns quantos exclusivos ao longo dos anos. Para quem gostar do género, irá certamente passar um bom bocado com este Hocus Pocus.

Stargunner (PC)

O artigo de hoje é uma rapidinha que já a devia ter escrito há algum tempo. O Stargunner é um shmup inteiramente feito de raiz para o PC e foi o último jogo a sair com o selo da Apogee clássica, antes de a empresa começar a usar o nome 3D Realms para todos os seus videojogos, algures ainda em 1996. Ainda assim já há algum tempo que relançaram este Stargunner como freeware e apesar de eu já o ter na minha conta GOG há uns bons tempos, recentemente comprei a 3D Realms Anthology para o Steam, onde este jogo vem também incluído, em conjunto com a maioria dos jogos que a Apogee/3D Realms comercializaram até ao Shadow Warrior.

StargunnerComo devem calcular, este jogo tem uma história que assenta numa guerra galáctica. Em vez de ter o planeta Terra à mistura, o conflito aqui é entre duas civilizações, a do planeta Ytima e dos Zilions, uma civilização agressiva que começa um conflito com os habitantes de Ytima. Como habitual, nós somos a última esperança dos Ytima e com uma nave apenas iremos acabar por defrontar todas as forças militares de Zilion, seja no ar, debaixo de água ou em pleno espaço.

Estas pedrinhas verdes são créditos, podemos apanhá-las à vontade
Estas pedrinhas verdes são créditos, podemos apanhá-las à vontade

A jogabilidade é bastante simples, com um botão para disparar as armas normais e um outro para usar bombas nucleares capazes de destruir todos os inimigos presentes no ecrã. A diferença é que entre cada nível vamos tendo uma loja para visitar onde podemos gastar o dinheiro amealhado ao longo do jogo em outros power ups como novos motores que tornem a nossa nave mais ágil, ou escolher que armas e satélites (pequenas naves ajudantes) a equipar. Nesse campo é que existe uma grande variedade de itens a escolher. Também ao longo dos níveis, iremos encontrar imensos power-ups, desde bombas, dinheiro, novas vidas ou outros que nos regenerem os escudos.

No final de cada nível temos sempre um boss para enfrentar
No final de cada nível temos sempre um boss para enfrentar

O jogo está distribuído em 4 capítulos diferentes, sendo que cada um tem cerca de 8 níveis. Os níveis são bem detalhados, alguns deles com diferentes níveis de paralaxe o que lhe confere alguma profundidade adicional. Os níveis vão sendo também bem variados ao longo dos 4 capítulos, com níveis algo urbanos, industriais, várias zonas naturais como desertos, florestas e afins, e até debaixo de água. É um jogo bonitinho, embora em 1996 já os PCs estavam bem cientes do que poderiam fazer. A única coisa que eu não gosto muito é o facto de todas as naves e veículos inimigos serem sprites pré-renderizadas, à moda do que foi feito no Donkey Kong Country de SNES. Pessoalmente eu prefiro pixel-art! Depois há aquele piscar de olho à saga Star Wars, com os textos da história a fluírem de fora do ecrã para dentro em letras amarelas, sinceramente também é algo que não gosto assim tanto. A nível de música é um jogo bem competente nesse aspecto, felizmente, com temas a misturarem a electrónica de outros ritmos mais rock.

A loja tem muitas coisas que podemos comprar!
A loja tem muitas coisas que podemos comprar!

Apesar deste jogo não ter  sido desenvolvido pela Apogee, existem outro shmup bem mais interessante no seu catálogo, o Raptor: Call of the Shadows. Ainda assim, este Stargunner não deixa de ser um jogo interessante, até porque nessa época eram poucos os shmups feitos de raiz para o PC e que tivessem qualidade.