Ghost Squad (Nintendo Wii)

Ghost SquadDesta vez lá tirei algum pó à Wii, e sinceramente nem sei porque a deixei desligada tanto tempo, com tanta coisa boa que tenho para jogar do seu catálogo. Bom, na verdade sei, o Wiimote e Nunchuck acabam por se tornar bastante desconfortáveis ao fim de meia hora de jogo, mas neste caso como é um light gun e apenas usei o Wiimote, acabou por ser bem mais divertido. Não é por acaso que a Wii recebeu uma série de light gun games da Sega, inclusivamente compilações de alguns clássicos de arcade como a série The House of the Dead, ou Gunblade N.Y./L.A. Machineguns.  Este meu exemplar veio da CEX de Gaia, algures no mês de Novembro ou Dezembro do ano passado. Custou-me 5€.

Ghost Squad - Nintendo Wii
Jogo completo com caixa, manual e papelada

E ao contrário do que o nome do jogo indica, este não é propriamente um jogo onde andemos à caça de fantasmas, mas sim pertencemos a um grupo de elite que luta contra ameaças terroristas. No modo arcade dispomos de 3 níveis diferentes para atravessar, no primeiro temos de invadir uma mansão onde o Presidente Norte Americano mais alguns líderes mundiais estavam a ser feitos reféns, o segundo é passado inteiramente a bordo do Air Force One, onde mais uma vez temos de resgatar o presidente norte-americano. Já o último nível é passado numa floresta tropical, onde temos de resgatar um CEO de uma grande empresa que tinha sido raptado por guerrilheiros… mas apesar de termos só 3 níveis para explorar, os mesmos vão sendo bastante dinâmicos e repletos de caminhos alternativos. É que para conseguirmos completar o jogo a 100% teremos mesmo de o jogar várias vezes, pois vamos desbloqueando outros caminhos alternativos, para além de novos uniformes ou armas que podemos usar.

Uma das opções é a de não vermos a mira no ecrã, tornando-se mais difícil mas também mais recompensador em pontos
Uma das opções é a de não vermos a mira no ecrã, tornando-se mais difícil mas também mais recompensador em pontos

Quando me refiro a níveis dinâmicos é porque existem alguns segmentos com alguns mini-jogos, que, com as suas mecânicas de jogo diferente lá quebram um pouco a monotonia. Se bem que monotonia não é a palavra certa pois com tanto tiroteio e câmaras dinâmicas, este jogo não é nada monótono. Esses referidos mini jogos consistem em coisas como combates corpo a corpo onde temos de apontar o wiimote para uma certa parte do corpo dos agressores e carregar no A,  ou desactivar bombas onde temos de cortar fios coloridos por diferentes ordens, desactivar minas terrestres, salvar reféns entre outros. Também ocasionalmente podemos ter segmentos jogados com visão nocturna ou térmica.

Depois ainda há mais conteúdo adicional… ao completar o modo arcade somos presenteados com pontos de experiência que por sua vez desbloqueiam novas armas e uniformes, e a cada vez que completemos um dos níveis com sucesso desbloqueamos uma versão mais complicada do mesmo. Para além disso e de um modo de treino, temos ainda o Party Mode, que nos permite multiplayer com até 4 jogadores, enquanto a versão arcade permite apenas dois. E dentro do Party mode podemos desbloquear dois modos de jogo adicionais: o Ninja mode que substitui as nossas armas e vestimentas por shurikens e um fato de ninja respectivamente. O mesmo acontece com os inimigos e decorações que parecem todas retiradas do Japão Feudal. A injustiça é que os inimigos estão na mesma equipados com metralhadoras… O outro modo é semelhante a este mas é chamado de Paradise Mode. Qual a diferença? Todos os nossos inimigos, excepto os bosses, são raparigas de bikini. E nós estamos equipados com pistolas de água na forma de golfinhos. Nas cutscenes fica hilariante, assim como nos bosses que também se apresentam vestidos de uma forma no mínimo bizarra.

Como não poderia deixar de ser, no final de cada nível temos um boss para enfrentar
Como não poderia deixar de ser, no final de cada nível temos um boss para enfrentar

No que diz respeito aos audiovisuais, bom, é um jogo de Wii! Acho que apresenta cenários bem detalhados para uma consola que para todos os efeitos tecnicamente é equiparável à geração sua predecessora. Em especial a primeira missão na mansão, onde todas as divisões apresentam-se bem compostas e repletas de objectos que podem ser destruídos, desde janelas, monitores, taças de fruta ou garrafas de vinho, por exemplo. Obviamente que no meio da selva já não temos tanta interacção assim, já no Air Force One não sei pois nunca estive num! As músicas têm um ritmo sempre acelerado, tal e qual como se quer num jogo arcade deste género, e geralmente têm todas uma sonoridade mais electrónica. Quanto ao voice acting, é tradição em light gun shooters o mesmo ser o pior possível, mas sinceramente neste Ghost Squad nem achei muito mau.

Benvindos ao Paradise mode. Aquele ser ali no meio é o segundo boss.
Benvindos ao Paradise mode. Aquele ser ali no meio é o segundo boss.

Ainda me faltam jogar uns quantos light gun shooters na Wii, mas devo dizer que fiquei bastante satisfeito com este Ghost Squad. A Sega ainda tinha mais uns quantos que poderia também ter lançado na Wii, foi pena que tal não tenha acontecido com o Confidential Mission ou o Virtua Cop 3, por exemplo.

Gunbird Special Edition (Sony Playstation 2)

gunbirdseEsta rapidinha, que à partida será o último artigo que publico da PS2 nesta semana, é sobre mais uma pequena compilação, desta vez são conversões directas das arcades de dois shmups bem divertidos da Psikyo, o Gunbird 1 e 2. E sendo conversões directas de arcade, não teremos aqui os extras de Gunbird 2 para a Dreamcast como por exemplo, ter a Morrigan da série Darkstalkers jogável. Este meu exemplar foi comprado algures em 2015 na cash converters de Alfragide por 2.5€.

Gunbird Special Edition - Sony Plastation 2
Jogo com caixa e manual

E quando digo que estes são jogos bastante divertidos, não me estou a referir só à jogabilidade, mas também ao carácter das diversas personagens e da história em geral. Nesta última, apesar de parecer, não estamos propriamente a combater um império qualquer ou defender-nos de alguma invasão alienígena. No primeiro Gunbird o objectivo é reunir várias peças de um espelho mágico para invocar um génio que nos permite realizar um desejo. No segundo temos como objectivo também encontrar alguns cristais que depois nos dão acesso a um esconderijo do próprio Deus para ir embusca de um medicamento qualquer… claro que temos sempre a oposição de um conjunto de piratas que difere de um jogo para o outro…

Castelos medievais, comboios a vapor e mechas no mesmo jogo ditam variedade de cenários
Castelos medievais, comboios a vapor e mechas no mesmo jogo ditam variedade de cenários

Depois temos o carácter bem humorado do elenco de personagens ao longo dos dois jogos. A irreverente bruxinha (Marion) cujo maior desejo é ser adulta, um cientista que quer precisamente o contrário, que Marion permaneça uma pré adolescente (sim, é pedófilo), outro velhote homosexual, um vampiro todo estiloso mas que na verdade o seu cabelo é uma peruca e cheira terrivelmente mal dos pés, um tarado sexual, ou um indiano que venera gente gorda. Até a Morrigan do Darkstalkers, no caso de jogarem a versão Dreamcast, tem uma diferente personalidade!

Sim, Gunbird é uma série bizarra e sexualmente depravada
Sim, Gunbird é uma série bizarra e sexualmente depravada

No Gunbird, a ordem pela qual os primeiros 4 níveis começam é aleatória e os cenários ao longo da série vão sendo bastante variados, desde castelos medievais até cenários steampunk ou mais futuristas. Até nisso é um jogo que não se leva muito a sério! De resto a jogabilidade é excelente, com cada personagem a ter as suas próprias características, com diferentes modos de fogo e bombas especiais. Ao longo de cada nível vamos podendo apanhar uma série de power-ups como é habitual, aumentando assim o nosso poder de fogo. Especialmente no segundo essa jogabilidade está mais refinada, ao acrescentar bosses mais complexos e a possibilidade de usar a barrinha do charge shot para desencadear ataques de curto alcance bastante poderosos, mas sendo de curto alcance, tornam-se também arriscados de executar. No que diz respeito à dificuldade, para mim são bons desafios quanto baste, pois as balas seguem padrões incomuns e não muito previsíveis e no caso do primeiro Gunbird, são também bastante rápidas.

Embora não seja um bullet-hell, os padrões de tiro são muito mais imprevisíveis
Embora não seja um bullet-hell, os padrões de tiro são muito mais imprevisíveis

Graficamente é um jogo bonitinho, em especial o segundo Gunbird que por ser mais recente possui níveis bem mais detalhados, assim como aquelas pequenas cutscenes entre cada nível ou nos finais (que por sua vez costumam ser hilariantes). Por outro lado nas músicas é que já não achei assim tão cativantes.

Resumindo, esta é uma compilação interessante de dois shmups que de outra forma (a não ser pelo Gunbird 2 da Dreamcast), pouco seriam conhecidos pela Europa. É que a outra versão do primeiro Gunbird que saiu em consolas por cá foi mesmo a da Playstation, tendo sido lançada já no novo milénio como um budget title. O problema é que lhe trocaram o nome para Mobile Light Force e escarrapacharam uma capa que nada tem a ver com o jogo. Pior, é que na mesma altura lançaram também um Mobile Light Force 2 para a Playstation 2 com exactamente a mesma capa, mas agora a referir-se ao Shikigami no Shiro. Mais sobre este jogo talvez num futuro próximo.

Taito Legends 2 (Sony Playstation 2)

Taito Legends 2Hoje vou continuar com a Playstation 2, já que tenho tentado abater algum do extenso backlog que tenho nesta consola. O artigo de hoje é mais uma rapidinha pois refere-se à segunda iteração das compilações retro Taito Legends. A primeira tinha um ou outro jogo interessante, muitos space invaders e alguns extras, como flyers publicitários dos jogos em questão ou mesmo pequenas entrevistas a alguns dos programadores que desevolveram clássicos como Space Invaders ou Puzzle Bobble. Nesta nova compilação não  temos extras practicamente nenhuns, mas em contrapartida o conjunto de jogos é algo que sinceramente me agrada muito mais. E tal como a primeira compilação Taito Legends, esta foi também comprada na Feira da Ladra por 2.5€.

Compilação com caixa e manual
Compilação com caixa e manual

Falando então no que interessa, nesta compilação podemos encontrar alguns jogos bem antigos e com poucas cores directamente do início da década de 80, bem como muitos mais da segunda metade dessa mesma década e também dos anos 90. A selecção de jogos acaba por me interessar muito mais, ao apresentar títulos como o Puzzle Bobble 2 (o primeiro a seguir aquele esquema do Bust-a-Move), The Legend of Kage, Natsar (a sequela do Rastan), Elevator Action Returns, mais algumas variantes do Space Invaders e uma série de shmups como o G. Darius, Darius Gaiden, Kiki Kai Kai, Raystorm, entre muitos outros, como o Insector X, que foi um dos primeiros jogos arcade que eu alguma vez joguei. Sinceramente acho que só pelo catálogo de jogos que aqui incluiram já vale bem a pena. E por defeito os mesmos vêm ordenados por ordem cronológica de lançamento, ao contrário da primeira colectânea que os apresentava em ordem alfabética. Sinceramente eu prefiro desta forma, embora seja possível ordená-los por outras formas.

Em vez de se chamar Rastan 2, decidiram inverter-lhe o nome e chamar Nastar. Original, mas confuso.
Em vez de se chamar Rastan 2, decidiram inverter-lhe o nome e chamar Nastar. Original, mas confuso.

Mas tal como referi logo no primeiro parágrafo, a nível de extras não temos muita coisa. Já a primeira compilação Taito Legends não tinha lá assim tantos extras se comparado por exemplo com a Activision Anthology, mas ainda tinha algum artwork e as tais pequenas entrevistas já referidas. Aqui a única coisa que temos é mesmo algumas dicas de como os jogos funcionam e o que é pretendido fazer em cada.

Dungeon Master é uma estranha mistura entre RPG, dungeon crawler e beat 'em up. Não conhecia de todo!
Dungeon Master é uma estranha mistura entre RPG, dungeon crawler e beat ‘em up. Não conhecia de todo!

Ainda assm mantém-se o que já referi por aí algures. Só pelos jogos que são aqui incluidos, esta Taito Legends 2 vale bem a pena, especialmente para quem for fã de shmups. Para mim ainda deu para conhecer alguns jogos interessantes como o Syvalion, Kuri Kinton, ou o Dungeon Magic, que faz uma mistura estranha de beat ‘em up com elementos de RPG numa perspectiva isométrica. Estou certo que irão também encontrar algumas hidden gems do vosso agrado, pelo que recomendo fortemente esta compilação.

Urban Reign (Sony Playstation 2)

Urban ReignO jogo que mais tenho dado atenção ultimamente foi este Urban Reign, um beat ‘em up fora do comum da Namco que tem sido o maior responsável por quase me causar bolhas nos dedos de tanta pancada ter dado no pobre comando da PS2. Isto porque a jogabilidade é um tanto “invulgar”, mas eu já explicarei isso de seguida. Este meu exemplar veio da Cash de Benfica há coisa de um ano atrás (aquele autocolante horrível no cd não engana ninguém), mas já não me lembro quanto custou. Sovina como sou, não terá sido mais de 3, 4€.

Jogo com caixa e manual
Jogo com caixa e manual

Como todo o bom beat ‘em up de rua que se preze, aqui a narrativa decorre numa metrópole invadida por gangues criminosos que se põem a armar o caos. Nós somos o mercenário Brad Hawk, recém contratado pela líder de um gangue na Chinatown para limpar o seu nome, que tinha sido acusada de raptar um membro de um outro gangue rival. A história vai escalando, com outros gangues a entrarem em acção e a trama a revelar-se um nadinha mais complicada do que se previa inicialmente.

A minha primeira desilusão com este Urban Reign é do facto de este não ser um beat ‘em up de rua tradicional, onde poderíamos percorrer as ruas e outros cenários à nossa vontade, sempre distribuindo socos e pontapés pelo caminho. Mas não, a Namco decidiu tornar o modo “campanha” deste jogo em algo dividido ao longo de 100 missões, que serão jogadas em pequenas áreas, como um bar, uma sala de armazém, ou pequenos segmentos de ruas e pátios. As missões têm diferentes objectivos, que naturalmente se vão repetindo ao longo das 100 missões… coisas como eliminar todos os oponentes, noutras só é necessário derrotar alguns bandidos, com os restantes a poderem até estar sossegados no seu canto e só se intrometem se a confusão chegar até eles. Temos algumas missões com um tempo limite para serem concluídas e também outras onde temos de incapacitar alguns oponentes, atigindo-os apenas na zona das pernas ou na do tronco e braços, respectivamente.

Os controlos podem ser difíceis de dominar, mas há muita coisa que dá para fazer aqui... até atirar armas aos colegas!
Os controlos podem ser difíceis de dominar, mas há muita coisa que dá para fazer aqui… até atirar armas aos colegas!

Isto porque o sistema de combate de Urban Reign permite-nos desencadear uma série de golpes distintos que possam atingir diferentes partes do corpo. E isso pode ser usado estrategicamente, visto que tanto nós como os nossos oponentes possuem um indicador de dano nas diferentes partes do corpo. Quanto mais pancada levarem, mais dano sofrem em seguida. Depois temos toda aquela questão de golpes especiais e outras combos que podem ser quase coreografadas de filmes do Jackie Chan, o que por um lado até podem ser bonitas, por outro nem sempre saem bem. Isto porque é comum por vezes sermos rodeado de 4 marmanjos e apesar de existirem  mecânicas de counters e throws para todo o tipo de situações, muitas vezes quem acaba por levar pancada somos mesmo nós. E então quando nos apanham no ar é sempre a aviar lenha até cairmos no chão, o que na maioria das vezes resulta em ficarmos atordoados por uns segundos que mais parecem uma eternidade, tornando a levar pancada da grossa outra vez antes de recuperar. Sim, por vezes este Urban Reign torna-se demasiado frustrante.

Entre cada missão podemos atribuir alguns skill points a diversas categorias da nossa personagem
Entre cada missão podemos atribuir alguns skill points a diversas categorias da nossa personagem

A partir de certa altura poderemos jogar a maioria das missões com um NPC a ajudar-nos cooperativamente, mas a sua inteligência artificial é muito inconstante. Se por um lado por vezes até nos safam bem a pele, noutras vezes não sobrevivem muito tempo. E nas missões em que temos justamente de proteger um NPC ainda mais pressão colocam do nosso lado. De resto a partir de certa altura podemos também usar armas brancas, o que pode facilitar um pouco a nossa vida. Digo um pouco porque por norma são os inimigos que as têm e nós só temos é de andar atrás delas, o que nem sempre é fácil nas missões mais próximo do final do jogo, onde enfrentamos grupos de 3, 4 bandidos armados com espadas e sem problema nenhum em as utilizar. Parece justo!

Para além do modo história, podemos também desbloquear personagens extra (incluindo o Law e Paul da série Tekken). Essas personagens podem depois ser utilizadas na vertente multiplayer, ou noutros modos de jogo single player também desbloqueados após chegar ao final no modo história. Aqui temos o Challenge que é uma espécie de modo survival, obrigando-nos a enfrentar waves sucessivas de oponentes e temos também o Free Mission que tal como o nome indica deixa-nos rejogar as missões do modo campanha com qualquer personagem à escolha. Já o multiplayer não cheguei a experimentar, pelo que não vou entrar muito por aí, mas pareceu-me interessante, quanto mais não seja por permitir até 4 jogadores locais em simultâneo.

Existem vários modos de jogo para multiplayer, todos eles com várias opções de customização, pelo que me parece ter sido algo bem pensado pela Namco
Existem vários modos de jogo para multiplayer, todos eles com várias opções de customização, pelo que me parece ter sido algo bem pensado pela Namco

No que diz respeito aos audiovisuais, creio que é um jogo competente a nível gráfico, pelo menos na medida em que as personagens no geral estão bem detalhadas, em especial aquelas mais “principais”. Os cenários é que acabam por se tornar um pouco repetitivos, até porque vão ser repetidos até à exaustão ao longo de 100 missões… As músicas na maioria são rock/metal o que normalmente seria bem do meu agrado, mas mais uma vez não achei que fossem cativantes o suficiente, faltam-lhe uns riffs mais poderosos! Já o voice acting parece-me competente, não tenho nada a apontar nesse campo.

A inclusão de personagens jogáveis como o Paul de Tekken pareceu-me interessante e seria bom ter visto algumas mais
A inclusão de personagens jogáveis como o Paul de Tekken pareceu-me interessante e seria bom ter visto algumas mais

No fim de contas, este Urban Reign acabou por me decepcionar um pouco. Por um lado pelos seus controlos bastante rígidos e que nos irão deixar bastante frustrados, por outro pela opção da Namco em dividir o jogo em 100 missões, em vez de apostar num design de jogo mais tradicional, com níveis completos. É que os controlos é uma questão de praticar muito e muito (até porque temos um modo tutorial e training para isso…) já o resto pouco podemos fazer. Mas se forem fãs de beat ‘em ups e o encontrarem baratinho dêem-lhe uma oportunidade, pelo menos é original.

Rampage 2: Universal Tour (Nintendo 64)

Rampage 2Para não fugir muito aos últimos artigos que foram todos rapidinhas, o de hoje não fugirá a essa regra, onde volto à Nintendo 64 para jogar uma entrada na série clássica Rampage das arcades da Midway que pessoalmente nunca fui o maior fã, embora admita que tenha um conceito interessante. Aqui encarnamos num de vários monstros e destruímos várias cidades, cheias de civis e militares, um pouco como nos filmes de King Kong e Godzilla. Este meu exemplar desta sequela foi comprado na feira da Ladra em Lisboa num bundle com vários outros cartuchos por 15€.

Apenas cartucho
Apenas cartucho

Neste jogo mais uma vez os laboratórios dos Scumlabs fazem asneiras, criando 3 novos monstros que acabam por criar o caos em várias cidades do mundo inteiro. Temos agora uma espécie de lagosta gigante (Ruby), um rinoceronte (Boris) e um rato (Curtis) para jogar, onde inicialmente iremos percorrer várias cidades nos continentes norte-americano, asiático e europeu para libertar os 3 monstros originais (George, Lizzie e Ralph), sendo os mesmos alusões ao King Kong, Godzilla e ao London Werewolf. Mas isso foi practicamente o que já foi feito no Rampage World Tour, este com Universal Tour no nome antevia algo mais. E sim, depois de libertarmos os 3 monstros originais iremos percorrer outras cidades do mundo, desta vez para combater uma ameaça alienígena que planeia invadir a terra. Daí partimos para o sistema solar e outras cidades no planeta dos aliens… E de entre as cidades que poderemos destruir, a nossa Lisboa é uma delas, embora esta seja a primeira que contém apenas edifícios alienígenas. O background é bastante rural, com vários castelos e pequenas casas. Mas esta não é a única gaffe geográfica, com Dublin a ser apresentada algures no país de Gales e certamente não será a única nessa situação.

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As mecânicas de jogo são o mesmo de sempre: destruição!

As mecânicas de jogo são muito semelhantes à dos Rampage originais, onde em cada nível o nosso objectivo primordial é o de deitar abaixo todos os edifícios. Claro que os humanos não se deixam ficar e vamos ter polícias e militares a nos dificultar a vida. A boa notícia é que também os podemos atacar, assim como quaisquer civis inocentes que se lembrem de se atravessar no nosso caminho. Para além disso, quando estamos a destruir os edifícios vamos poder apanhar uma série de power-ups, alguns bons, outros maus. Os bons podem restabelecer alguma da nossa vida, ou dar-nos poderes extra de forma temporária… já os maus fazem o contrário. Comer humanos também restabelece um pouco da nossa energia! De resto, existe a possibilidade de jogar o modo história de forma cooperativa, embora sinceramente nunca o tenha experimentado.

Por vezes temos direito a alguns níveis de bónus onde temos de cumprir alguns desafios. O ilustrado consiste em derrubar um arranha céus em 45s.
Por vezes temos direito a alguns níveis de bónus onde temos de cumprir alguns desafios. O ilustrado consiste em derrubar um arranha céus em 45s.

Graficamente é um jogo simples, mas bem conseguido. São usados gráficos em 2D bem detalhados, com um look muito cartoon que pessoalmente me agrada. Também em muitas cidades conhecidas vemos alguns landmarks, como o Big Ben em Londres (que pode inclusivamente ser destruído), as torres gémeas em Nova Iorque (sem comentários), a Torre Eiffel em Paris, entre outros. As músicas vão variando um pouco. Na campanha norte americana são maioritariamente músicas rock cheias de guitarras com distorção, nas outras já enveradam pela electrónica e no caso dos asiáticos com uma ponta de folk. As cutscenes, em especial a de abertura do jogo, são repletas de bom humor, mas existem apenas na versão PS1 devido ao facto de ser uma versão baseada em CD. Aqui apenas temos direito a imagens estáticas com os diálogos em texto, o que tira a piada toda.

A versão PS1 contém umas cutscenes em CG bem engraçadas... aqui por limite de espaço temos textos e imagens estáticas
A versão PS1 contém umas cutscenes em CG bem engraçadas… aqui por limite de espaço temos textos e imagens estáticas

Para mim, este é um jogo divertido quanto baste, mas se calhar resulta melhor quando jogado em intervalos, pois temos mesmo várias dezenas de cidades para destruir, com um save point a surgir em cada conjunto de 5, se a memória não me falha.