Para não variar muito, o artigo de hoje é mais uma rapidinha a um indie. Crimzon Clover é um shmup indie japonês, ou seja, esperem por um bullet hell daqueles de vos testar a paciência aos limites! Mas para um jogo fruto de uma pessoa só, este Crimzon Clover acaba por ser bastante superior a outros shooters indies do género que eu já tenha abordado por cá. E tal como muitos outros jogos na minha conta do steam, este veio cá parar por intermédio de algum indie bundle a um preço bem reduzido.
Sinceramente não faço ideia de qual é a história, mas deve ser o habitual de um piloto a bordo da sua nave super poderosa a enfrentar todo um exército de algum ditador ou civilização alienígena. O que interessa é a jogabilidade, e apesar deste jogo ser bastante exigente como muitos shmups bullet hell o são, parece-me excelente e bem fluída. Temos ao nosso dispor 3 naves diferentes, cujas diferenças estão no número de naves ajudantes que a acompanham, o modo de fogo normal ou na sua velocidade. As mecânicas de jogo permanecem idênticas entre cada e consistem no seguinte: temos um botão para usar as armas normais com rapid fire, ou seja, podemos deixar o dedo a pressionar a tecla que a nave está constantemente a disparar. O ataque secundário consiste num sistema de lock, onde a nave adquire uma série de alvos com o pressionar de um botão e quando o soltarmos lança projécteis em todos os alvos que tenha feito o lock on com sucesso. E com a quantidade de inimigos que por vezes vamos ter no ecrã, essa sempre é uma mais valia. Como habitual temos também um ataque especial capaz de danificar todos os inimigos presentes no ecrã. A forma como o utilizamos é que é inteligente, pois se largarmos essas bombas quando uma certa barrinha de energia estiver preenchida, entramos no Break Mode, onde temporariamente aumentamos o nosso poder de ataque. Todas estas ferramentas à nossa disposição tornam-nos de facto bastante fortes, mas os inimigos também não são pêra doce, obrigando-nos a ter reflexos rápidos de forma a conseguirmos sempre esgeuirar-nos pelo buraco das agulhas.
A nível gráfico este apresenta um 2D bem competente. Já vi outros shmups contemporâneos bem piores neste campo. Os níveis são também algo variados levando-nos por florestas, oceanos ou áreas urbanas, sempre apresentando naves inimigas diferentes e cada vez mais complexas e com detalhes interessantes. As músicas também focam-se na electrónica e/ou melodias mais rock com guitarradas quanto baste, o que a meu ver se adapta bem ao estilo de jogo apresentado.

O maior defeito deste tipo de jogos é que por vezes temos tanta coisa no ecrã que acabamos por nos perder
Resumindo, apesar de ser um jogo bem difícil e exigente, a jogabilidade deste Crimzon Clover faz com que este seja um jogo que valha a pena experimentar, que sejam fãs de shmups – e se o forem presumo que já o tenham convosco – ou apenas gostem do género de uma forma mais casual como eu.