I, Zombie (PC)

Mais um artigo curtinho após ter passado umas horitas nesta tarde com um dos muitos jogos indie que tinha no meu backlog no steam. I, Zombie é super simples e com pouco conteúdo, pelo que parece um jogo mais indicado para o público mobile ou para aqueles jogos flash que podemos jogar no brower em páginas como o mini-clip ou o newgrounds. Entrou na minha conta steam através de algum bundle super barato, certamente.

I zombieEntão qual é o objectivo deste jogo? Basicamente controlamos um zombie e temos de tornar todos os outros humanos zombies para passar de nível. Quando tornamos alguém zombie, podemos controlá-los através de três comandos: atacar, parar ou “sigam-me”. No primeiro todos os zombies sob o nosso controle tentam atacar em massa os humanos restantes. Os outros são auto-explanatórios. Mas claro, para haver algum desafio temos também alguns soldados para atacar. Mas os soldados estão armados e cada tiro que nos dão faz-nos parar no sítio tornando a nossa sobrevivência muito difícil. O mesmo acontece aos zombies convertidos que podem ser “mortos de vez” debaixo deste fogo. No entanto, alguns segundos depois a nossa barra de energia se regenera. Para além dos soldados por vezes também temos de evitar algumas turrets e outros “super soldados”, incapazes de se converterem em zombies.

Podemos mandar os nossos zombies atacarem os restantes humanos, mas mesmo assim temos de ter algum cuidado com os que ripostam de volta
Podemos mandar os nossos zombies atacarem os restantes humanos, mas mesmo assim temos de ter algum cuidado com os que ripostam de volta

Existem apenas 20 níveis, e no final de cada um somos avaliados pela nossa performance que vai de uma a três estrelas. Para ter a avaliação máxima teremos de garantir um de vários objectivos: completar o nível abaixo de x segundos, ou com y zombies sobreviventes por exemplo. Terminando os 20 níveis, que sim, vão tendo diferentes graus de dificuldade, não há muito mais a fazer. Graficamente é um jogo muito simples, com os visuais com um estilo muito cartoonish e urbano, mas não variam practicamente nada. As músicas são agradáveis, mas não memoráveis.

É um joguito que diverte e dá para passar o tempo, mas o seu pouco conteúdo e simples mecânicas de jogo fazem parecer ser algo mais voltado para o público mobile ou browser games, como já referi acima. É um jogo que veio parar à minha conta steam por vir em bundle, caso contrário eu não o compraria.

The Jungle Book (Sega Game Gear)

JungleBook-GG-EU-Front-mediumMais uma mega rapidinha pois como sabem o tempo anda muito curto para estas andanças. The Jungle Book para a Game Gear é a mesma adaptação tardia do clássico filme da Disney editado pela Virgin Interactive, cuja empresa acabou por o publicar em imensas consolas por essa época. A Game Gear não escapou e acabou por receber a mesma adaptação 8bit que da Master System, cuja já foi escrita aqui.

The Jungle Book - Sega Game Gear
Apenas cartucho

Este cartucho em particular foi-me oferecido por um colega de trabalho em conjunto com mais 15 jogos e uma Game Gear. Esta versão é muito idêntica à versão Master System, como já escrevi no parágrafo acima, sendo um jogo de plataformas competente, mas por outro lado que não acrescenta muito ao que já se fazia por essas alturas. Mas continua com uma música título viciante!

The Lady (PC)

Não confundir este jogo com o The Cat Lady, um outro videojogo igualmente bizarro e chocante, mas com muito mais conteúdo. The Lady é só bizarro e chocante por vezes, mas bastante curto, pelo que esta será mais uma super rapidinha. Se a memória não me falha, este foi comprado em conjunto com algum bundle para steam a um preço muito reduzido, como é habitual.

The LadyDescrever este jogo não é tarefa fácil pois sinceramente eu não percebi muito bem o que raio estava ali a fazer. Indo à descrição do mesmo na sua página do Steam, podemos ver que o conceito seria uma viagem por uma série de sonhos ou alucinações de uma mulher com graves problemas de depressão e ansiedade. Bom e de facto as coisas começam a fazer um bocadinho de mais sentido assim, até porque vamos lutar contra nós próprios e as coisas tornam-se mesmo bizarras por vezes.

Categorizar este jogo é difícil mas vamos chamá-lo de um sidescroller pois na verdade é isso que fazemos na maior parte do tempo, andar para a esquerda e direita ao longo de vários ecrãs. Eventualmente conseguimos desbloquear algumas portas que nos dão acesso a outras partes do nível e também teremos de combater alguns “inimigos”. Para mover usamos o esquema de WASD, mas para atacar utilizamos as setas do teclado para disparar uns projécteis – chamemos-lhes assim – nessas mesmas direcções. Para avançar no jogo teremos por vezes pequenos puzzles a resolver, mas nada de especial. Coisas como descobrir o caminho a seguir! No final de cada nível temos um boss… e se o primeiro boss acaba por ser algo mais tradicional em sidescrollers 2D, todos os outros acabam por ser algo muito diferente e inusitado: são combates de shmups com 2 cabeças a dispararem lasers pelos olhos!

screenshot
A atmosfera sempre tensa é sem dúvida a melhor coisa do jogo.

Visualmente é um jogo bastante desconcertante. A nossa protagonista, a Lady, aparenta ser mutilada, e cheia de cicratizes, com um aspecto completamente miserável. Os nossos inimigos são coisas que provocam dor, como pedaços de vidro a cair, arame farpado ou então personificações da protagonista. A música é apenas noise, pelo que em conjunto com estes visuais torna-se numa atmosfera de cortar à faca, o que para mim é realmente a única coisa que eu consigo elogiar este The Lady. O resto como conceito de jogo sinceramente achei muito fraco.

Sonic the Hedgehog (Sega Game Gear)

Sonic 1 - GGBom, estou mais uma vez numa altura em que o tempo livre é bastante limitado pelo que para não deixar de escrever qualquer coisa por aqui cá trouxe mais uma super-rapidinha. Recentemente ofereceram-me uma série de jogos de Game Gear e lá pelo meio estava um cartucho do primeiro Sonic the Hedgehog. Eu já há muito que tinha escrito por cá sobre a versão Master system desse mesmo jogo, pelo que não me vou alongar quase nada neste muito breve artigo, pois o jogo é muito similar.

Sonic the Hedgehog - Sega Game Gear
Apenas cartucho

Existem algumas diferenças, como em muitas conversões de jogos de Master System para Game Gear e vice versa. A Game Gear é essencialmente uma Master System portátil mas capaz de apresentar uma paleta de cores maior no ecrã, pelo que não é incomum as versões GG de um certo jogo serem mais coloridas que o seu “irmão” para a MS. Por outro lado, o ecrã e resolução menor da Game Gear fazem com que certas mudanças tenham de ser feitas, pelo que é bastante habitual existirem pequenas alterações aqui e ali para o jogo melhor se adaptar às necessidades de uma consola portátil.

screenshot
Estes sinais de perigo alertam-nos que é melhor planear um pouco melhor o que vamos fazer a seguir e abrandar um pouco

Este Sonic the Hedgehog não foi excepção, existindo várias diferenças. Para compensar o ecrã menor que nos dá um tempo de reação mais curto quando corremos a alta velocidade, na primeira zona vamos encontrar alguns sinais de perigo quando nos aproximamos de alguma zona que exija mais cuidado. Alguns bosses também se alteraram e outras mudanças nos níveis em si também foram feitas. Uma das mais conhecidas é o acto 2 da Jungle Zone, em que temos de subir uma cascata por entre algumas secções mais desafiantes de platforming. Na versão Game Gear as coisas foram mais facilitadas.

screenshot
Se há coisa que esta versão me deixa com inveja da Master System é esta intro clássica com o SEEGAAA que tanto gostava.

De resto a jogabilidade é igual a si mesma, estes primeiros Sonics 8bit mantinham padrões de qualidade muito altos, quase tão bons como os principais para a Mega Drive e felizmente esta versão Game Gear não é excepção. A nível gráfico é um jogo bastante colorido e possui várias músicas bem sonantes que me ficaram gravadas na memória até hoje. É um clássico! Mas eu prefiro a versão Master System.

Menacer 6-Game Cartridge (Sega Mega Drive)

Menacer 6 GamesO artigo de hoje vai ser algo muito rápido pois tenho muitos outros afazeres infelizmente. Estava a adiar este artigo pois gostaria de o escrever num dia em que tivesse comprado a própria Menacer em si, mas pensando melhor o meu espaço é valioso e não é algo que faça assim tanta questão de ter, até porque me lembro bem de como era usar uma, quando era bem mais novinho. Esta compilação de 6 minijogos era vendida originalmente em conjunto com a light gun, se bem que este meu exemplar já não tinha nenhuma a acompanhar. Foi comprado na feira da Vandoma no Porto por um preço baixo, algo em torno dos 2€.

Menacer 6 Games Cart - Sega Mega Drive
Jogo completo com caixa, manuais e papelada. Só falta mesmo é a pistola!

E então quais são as minhas memórias da Menacer em si? Bom, não sei o que se passou quer na cabeça da Nintendo ou Sega, pois após da Zapper e Light Phaser, duas light guns compactas, ambas as rivais decidiram lançar 2 enormes trambolhos, a Super Scope e no caso da Sega, a Menacer. O bom desta light gun era a sua tecnologia que não causava um flash branco no ecrã por cada vez que o gatilho fosse pressionado, tal como era feito nas outras light guns do mercado. A pistola era wireless, comia 6 pilhas e comunicava com um receptor infravermelhos, geralmente posicionado na TV. Bom, o facto de comer 6 pilhas e da autonomia não ser a maior não era lá uma grande coisa a seu favor, mas o que sempre me irritou foi mesmo o seu tamanho. Isto porque se quiséssemos montar a Menacer completa, para além da parte principal com o gatilho, outros botões e o cano, podemos montar também uma coronha e umas miras duplas que não dão sinceramente jeito nenhum… De resto e infelizmente, por muito que eu até goste de jogos de light gun, a Menacer foi mal aproveitada, pelo menos para a Mega Drive, onde apenas mais 2 jogos suportam este periférico, embora a Mega CD até acaba por suportar mais.

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O bicho todo montado.

Mas indo para esta compilação propriamente dita, os mini jogos que aqui temos são bastante simples. O mais conhecido de todos é o Ready, Aim, Tomatoes! que contém personagens do universo Toe Jam & Earl, uma outra série da Sega. Aqui disparamos tomates contra vários inimigos, à medida que o ecrã vai andando, cada vez com mais velocidade quanto mais tempo passa. Como sempre existem alguns power ups, que tanto podem abrandar, ou até parar temporariamente o scroll, ou outros que fazem um auto-aim para ajudar à coisa. No Pest control temos um nível todo às cegas, onde apenas vemos um pequeno círculo do ecrã mediante para onde estejamos a apontar a pistola. A ideia é matar todos os insectos que nos tentam roubar a nossa pizza… se fosse eu bastava uma barata passar perto da pizza para eu a deitar fora, mas no mundo dos videojogos vale tudo!

O Rockman’s Zone e o Front Line são daquelas shooting galleries básicas. Na primeira vamos percorrendo ruas e temos de disparar sobre bandidos, poupando os civis. Na segunda temos de destruir uma série de veículos militares que nos aparecem à frente, como jipes, tanques e aviões. O Space Station Defender é outro jogo similar, mas que temos de nos defender de uma série de aliens que tentam aterrar no nosso planeta em vários pods. Por fim temos o Whac Ball, sem dúvida um dos mais originais. Este é um mini jogo algo inspirado no Breakout, em que com a Menacer controlamos um disco em que devemos bater noutra bola mais pequena de forma a levá-la a tocar em blocos coloridos que formam a “parede” do nível.

screenshot
Um screenshot de cada minijogo, cortesia do Wikipedia

No que diz respeito aos gráficos e som, é uma compilação bastante simples no seu todo, não esperem por nada de especial em ambos os campos… se bem que mais uma vez o Ready, Aim, Tomatoes! acaba por ser o minijogo com a melhor música e gráficos mais coloridos e detalhados.

No fim de contas, terem esta compilação sem uma Menacer, não é lá grande ideia. E mesmo ter uma Menacer se calhar também é algo que não justifique lá muito, a não ser por motivos de colecção. A Justifier da Konami, apesar de ser mais tradicional e menos “high tech” acaba por me agradar mais. Assim como ambos os Lethal Enforcers, facilmente os melhores jogos light gun da biblioteca da Mega Drive. Se formos para a Mega CD, então há outras alternativas, mas isso é assunto para um outro artigo.