De todos os jogos do lançamento da PSP nos mercados ocidentais, aquele que para mim melhor se destacou foi este Wipeout Pure. Com Fusion a ser até então o único jogo da conhecida série futurista a ter um lançamento na PS2, vi com algum agrado o anúncio deste Pure, mas também com algum receio que na transição das consolas de mesa para uma portátil se perdesse muito. Felizmente os meus receios não se confirmaram. E este meu jogo foi comprado algures em 2011 ou 2012, salvo erro na Game do Maiashopping. Sei que me custou 5€, pois ainda tinha um autocolante com o preço na traseira da caixa e que mo esqueci de retirar.
O Wipeout Fusion da PS2, talvez por ter sido desenvolvido pela Bam! Entertainment acabou por se desviar um pouco da fórmula tradicional da série, com as mudanças nas armas e no design nos circuitos, embora essa última tenha sido do meu agrado. Mas tal não agradou à maioria dos fãs de Wipeout e desta vez a Psyg… SCE Liverpool decidiu retornar à “pureza” dos primeiros lançamentos, daí o sobnome de “Pure” e o facto de o jogo decorrer 100 anos depois dos eventos de Wipeout 2097 não é também uma coincidência.
Ora nós dispomos de vários modos de jogo, entre os quais o Single Race que dispensa quaisquer apresentações, o Time Trial onde competimos para obter os melhores tempos em cada circuito, ou o Tournament, onde podemos competir em vários “campeonatos” em que terminamos cada corrida com pontos respectivos à nossa classificação. Como sempre tanto neste modo como no single, existem várias classes de corridas, bem ilustrativas do grau de dificuldade das mesmas. Temos ainda o modo Zone, uma das poucas coisas herdadas do Wipeout Fusion. Este é uma espécie de “survival” onde sozinhos somos largados a alta velocidade num circuito, com os escudos em baixa e com a nossa nave a ganhar velocidade de forma constante. O objectivo é sobreviver o máximo de tempo possível. Por fim, temos ainda o Free Play, que pode ser tido como um training mode.
Com as capacidades Wi-Fi oferecidas pela PSP, este Wipeout Pure acaba por tirar partido de toda essa estrutura. Por um lado temos várias adaptações dos modos de jogo existentes para o multiplayer, nomeadamente o single race, time trial e tournament. Existia até o “Game Sharing”, onde se conseguia partilhar a demo do jogo com os nossos amigos e jogar contra eles nos circuitos existentes nessa mesma demo. Para além disso, este Wipeout Pure teve ainda alguns DLCs, mas felizmente foram gratuítos (pelo menos os que tenho conhecimento), consistindo principalmente em novos circuitos e naves para pilotar. De resto, tudo se mantém fiel à fórmula dos Wipeout mais tradicionais, principalmente a nível dos controlos e do design dos circuitos. As armas também continuam a marcar a sua presença, mas as mesmas podem ser absorvidas para regenerar um pouco da armadura da nave. Isso é necessário pois aquelas áreas de “pit stop” onde se regeneravam esses escudos desapareceram.
Passando para os visuais, devo dizer que este é provavelmente o Wipeout mais “blue sky” de sempre. Muitos dos circuitos são completamente solarengos e com um céu tão azul que as corridas parecem decorrer em pleno pico do verão. Mas claro que também teremos outras na neve ou chuva, ou em outras alturas do dia e em cenários mais metrópoles ou industriais. Mas apesar de os circuitos já não serem tão “diferentes” e repletos de outros obstáculos como o que foi visto no Wipeout Fusion, aqui seguem a fórmula mais tradicional, estando repletos de curvas inclinadas e alguns saltos mais perigosos. Mas graficamente falando tudo tem um aspecto extremamente limpo e é sem dúvida o mais bonito dos jogos de lançamento da consola, pelo menos na minha opinião. As músicas essas continuam a ser bastante techno/electronica como aliás não poderiam deixar de ser, mas desta vez parecem-me um pouco mais contidas e calmas que o habitual.
No fim de contas, gostei bastante deste Wipeout Pure, acho que é um lançamento de peso para a PSP e a poderosa consola portátil da Sony conseguiu dar bem conta do recado. Aliás, até deu bem demais, pois a sua sequela, o Wipeout Pulse, também saiu originalmente para esta consola, se bem que depois lá acabou por sair de forma exclusiva na Europa para a PS2. Mas será também a versão da PSP que cá trarei em breve.
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