Voltando aos jogos indie, para mais um artigo curto, pois não há muito a referir neste jogo. eXceed é uma série de shooters desenvolvidos pelo estúdio indie japonês Tennen-Sozai, previamente conhecido por FLAT. Apesar de possuir uma jogabilidade simples e “straight to the point“, este jogo é um autêntico bullet-hell, exigindo do jogador reflexos rapidíssimos e uma excelente memória, para estar constantemente à procura do buraco da agulha no meio de tanto projéctil. Este jogo veio-me parar à minha conta da Steam por intermédio de mais um dos muitos bundles a preços baixos que se vêm por aí, desta feita o Indie Gala Summertide, em conjunto com os outros 2 jogos da série entre outros.
Como muitos shooters deste género, existe uma história por detrás, que por muitas vezes acaba por ser ignorada. Neste caso, apesar de a mesma ir sendo contada através de cutscenes, o contexto nem sempre é claro. Basicamente há muitos e muitos anos atrás, houve uma enorme guerra entre Deus e vários anjos que se revoltaram. A humanidade lutou ao lado das forças divinas, porém após imensas causalidades, teve a preciosa ajuda do anjo Anhel. Após a batalha, o anjo ficou seriamente ferido precisando de entrar num longo sono para curar as suas feridas. Então a igreja lá do sítio decidiu criar um enorme templo e uma ordem de cavaleiros para proteger o anjo até ao momento em que Anhel seja reanimada. Meanwhile, a igreja criou também as Gun Bullet Children, jovens que adquiriram enormes poderes mágicos para lutar contra as forças das trevas, a troco de encurtarem bastante a sua esperança média de vida. E é nessas GBCs que o jogo se centra, onde podemos escolher uma de 3 diferentes personagens para jogar: Sowel, Chinatsu e Miyabi. Ao contrário dos outros 2 eXceed que seguiram este jogo, este Gun Bullet Children foi o único que não teve uma localização oficial para inglês. Embora seja possível ler o script da história no website da editora responsável por lançar os jogos por estas bandas, a melhor solução é mesmo aplicar um patch de tradução por fãs que traduz todo o texto do jogo, embora o audio ainda seja em japonês.
De resto, passando para a acção em si, existem dois tipos diferentes de disparos, os standard e os especiais, sendo esses completamente diferentes mediante a personagem escolhida. Depois os inimigos vão largando alguns items ao ser destruídos, servindo ou para aumentar pontuação ou aumentar uma barra lateral de energia. Quanto mais preenchida estiver essa barra, maior é o dano infligido aos inimigos. Contudo ao ser atingido por balas inimigas ou usar um continue, perde-se esse bónus, excepto quando o mesmo já está no nível máximo. Fora isto a jogabilidade é realmente simples, as únicas diferenças estão nos ataques diferentes das 3 meninas jogáveis. Mas enquanto as mecânicas de jogo são simples, a dificuldade nem por sombras. Mesmo nos níveis mais baixos de dificuldade, os inimigos despejam um autêntico inferno de balas, requerendo muita destreza para as desviar, e reconhecer os seus padrões de movimentos.
Graficamente é um jogo muito, muito simples. Tirando as cutscenes em que aparece algum artwork das personagens jogáveis e inimigos principais, tudo o resto é muito simples, desde os inimigos comuns, até aos cenários de fundo que são muito desinspirados, sendo sempre a mesma coisa a repetir-se ao longo do nível. O voice acting é inteiramente japonês, com todas as vozes clichés da animação japonesa da actualidade. Já a música é bastante engércia e tem sempre uma toada electrónica por detrás.
As internetes dizem que os outros 2 jogos são bem melhores, quero acreditar nisso. No fim de contas, este é um dos jogos que apenas consigo recomendar aos mais ávidos fãs de shooters bullet-hell, devido ao seu pouco conteúdo e um aspecto ainda muito pouco polido.
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