Downtown Nekketsu Koushinkyoku: Dokodemo Daiundoukai (Nintendo Game Boy)

Vamos ficar agora com uma rapidinha para o Game Boy clássico, para um título que nunca saiu do mercado japonês. Na verdade este jogo foi lançado originalmente para a NES algures em 1990 como Downtown Nekketsu Koushinkyoku: Soreyuke Daiundoukai e que por sua vez foi uma sequela do Downtown Nekketsu Monogatari, conhecido no ocidente como River City Ransom, um divertido beat ‘em up com algumas ligeiras mecânicas de RPG. Mas ao contrário desse jogo, estes Downtown Nekketsu Koushinkyoku são uma espécie de “olimpíadas da escola secundária”, o que neste universo Kunio-kun se traduz sempre com muita porrada envolvida. O meu exemplar veio de uma flea market algures no passado mês de Outubro.

Cartucho solto

Pelo que entendi (infelizmente não existe qualquer patch de tradução para inglês desta versão) o objectivo é, depois de seleccionar a equipa/personagem que queremos controlar, levá-la a vencer uma série de competições distintas, que se dividem em eventos de pancadaria pura e outros que envolvem também corridas e os controlos são ligeiramente distintos entre ambos. Os controlos comuns consistem no d-pad a servir para movimentar a nossa personagem, assim como os botões A e B em simultâneo para saltar. Nos eventos de pancadaria o botão A serve para socos, enquanto o B para pontapés. Já nos eventos de corrida um dos botões faciais serve para mandar cotoveladas em quem estiver atrás de nós, enquanto o outro serve para empurrar quem estiver à nossa frente. Infelizmente estes controlos invertem-se mediante a direcção em que a nossa personagem estiver virada, o que sinceramente sempre me incomodou e é algo recorrente em certos jogos da Technos Japan.

Infelizmente a versão GB não recebeu nenhum patch de tradução

Bom, e que eventos temos então para competir? Um é uma corrida pelo mundo de Nekketsu Downtown / River City, onde o objectivo é o de chegar em primeiro lugar e poderemos andar à pancada com as outras personagens para atrapalhar o seu progresso. Teremos de percorrer a escola, cidade, nadar no esgoto (sim, isso), entre vários outros locais! Existe um outro evento semelhante, mas sem scrolling de ecrã e sem penalizações para os jogadores que ficarem atrás, visto que a acção apenas transita para o ecrã seguinte quando todos os participantes terminarem o desafio actual. Já nos eventos de pancadaria temos um Battle Royale, que é nada mais nada menos que uma arena com 4 personagens à pancada e vence o que sobreviver no final. Um outro envolve um grande pão e o objectivo é ser o jogador que consegue comer o pão até ao fim. Naturalmente que devemos também andar à porrada uns com os outros e evitar que os adversários comam o pão todo. O último evento aqui disponível é um bomb tag, onde uma das personagens é seleccionada à sorte para carregar uma bomba, cuja pode ser passada para outras personagens quando as mesmas vão ao chão. Naturalmente vence quem sobreviver e o coitado que levar com a bomba perde imediatamente todos os seus pontos de vida, inclusivamente quem estiver muito próximo de si também. Estes dois últimos eventos supostamente são exclusivos da versão Game Boy, com a versão NES original a incluir um outro evento que não foi para aqui trazido.

Visualmente é um jogo interessante embora por vezes seja difícil distinguir as personagens

Visualmente o jogo é interessante tendo em conta as capacidades do Game Boy original. Os cenários vão sendo bem diferenciados e detalhados tendo em conta que decorrem maioritariamente em zonas urbanas, mas a minha única razão de queixa é que por vezes é um pouco difícil de distinguir as personagens, particularmente quando estas estão bem próximas umas das outras. As músicas e efeitos sonoros são agradáveis, nada a apontar neste departamento.

Mesmo nos eventos de corrida podemos apanhar armas e andar à porrada!

Portanto este até que é um jogo divertido, apesar dos controlos espelhados nos segmentos de corridas me irritarem um pouco. A versão NES é a original e essa inclui um patch de tradução preliminar que pelo menos tem os menus traduzidos. No entanto aparentemente essa mesma edição acabou por ser oficialmente traduzida (com muitos mais outros títulos Kunio-kun que outrora foram exclusivos nipónicos) na compilação DOUBLE DRAGON & Kunio-kun Retro Brawler Bundle, cuja chegou a receber um lançamento físico na Limited Run Games e que me passou completamente despercebido. Ainda nos anos 90, a Technos lançou também uma versão para a PC Engine CD que, para além dos visuais melhorados, voice acting e música CD audio, inclui também inúmeras cut-scenes. Parece-me ser uma versão bem interessante, mas infelizmente duvido que venha a receber algum patch de tradução tão cedo.

Nekketsu Koukou Dodge Ball-Bu: CD Soccer-hen (PC Engine CD)

Este mês planeio trazer cá uns quantos jogos de PC Engine, alguns serão rapidinhas, outros talvez nem tanto. O jogo que decidi cá trazer hoje é um exemplo de como um jogo pode ser tão modificado desde o seu lançamento original até ao ocidente. Pelo menos foi o que aconteceu com a primeira versão deste jogo na Nintendo Famicom, que chegou até ao ocidente como Nintendo World Cup. No Japão esse jogo fazia parte da série Kunio-Kun, onde outros jogos como o beat ‘em up River City Ramson também fazem parte. Mas outras versões foram produzidas, incluindo esta da PC Engine CD que saiu no final de 1991 unicamente no Japão. O meu exemplar foi comprado algures em Junho por cerca de 12€.

Jogo com caixa e manual

Ora, tal como o Nintendo World Cup, este é um jogo de futebol muito peculiar, não fosse o facto de controlarmos uma equipa de rufias, pelo que não há quaisquer faltas a serem assinaladas, muito menos foras de jogo! E sim, sendo este um título em formato CD, podem contar com cutscenes que vão contando uma história, particularmente a de abertura. E apesar de estar completamente em japonês, creio que a história será algo do género: uma rapariga popular da escola secundária do Kunio quer, por algum motivo, que a escola participe num torneio de futebol. Então a miúda faz olhinhos à equipa de dodge-ball, liderada pelo Kunio, para que participe. Claro que eles aceitam! Mas em vez de competirmos com outras equipas de adolescentes, vamos competir com grupos completamente aleatórios como monges, pescadores, motards ou mesmo outros gangues mafiosos! Para além das equipas bizarras que iremos enfrentar, os campos de jogo também podem ser bastante diferentes. Alguns podem ser em terra batida e cheios de calhaus gigantes capazes de lesionar jogadores que lá tropeçam, outros podem ser pistas de gelo onde o controlo dos movimentos é bem mais desafiante.

Rasteiras e caretas por todo o lado! Conduzir a bola pelo campo com sucesso é uma arte

A nível de jogabilidade contem com as mesmas mecânicas do Nintendo World Cup, onde não controlamos toda uma equipa, mas sim apenas um dos jogadores. Estando na posse de bola podemos passar ou rematar, não tendo a posse da bola resta-nos apenas partir para a pancada, embora também possamos dar ordens aos nossos colegas, quando algum deles tem a posse da bola. Antes de cada partida no entanto podemos definir alguns parâmetros, como o comportamento geral da nossa equipa com ou sem bola. Tal como referi acima a pancadaria é livre, embora por vezes possamos ficar com jogadores KO até ao final da parte em questão. E claro, como não poderia deixar de ser, cada equipa tem os seus próprios pontapés especiais, remates super acrobáticos e quase indefensáveis, mas que devem ser usados de forma inteligente pois apenas os podemos usar um número limitado por partida. Mas que é divertido usá-los é!

No intervalo de cada partida temos direito a algumas animações engraçadas dos balneários

A nível gráfico é um jogo simples, com sprites pequenas porém com o charme característico dos jogos Kunio-kun. Particularmente quando andamos à pancada e rasteirar os adversários, vamos ver constantemente caretas e olhos esbugalhados. Mas para além disso, existem outros pequenos pormenores deliciosos. No intervalo, vemos sempre uma pequena cutscene do estado de espírito das equipas, mediante quem estiver a ganhar. São cutscenes variadas por equipa e sempre bem humoradas. Nada de especial a apontar aos efeitos sonoros e as músicas têm qualidade CD Audio e possuem quase sempre uma toada rock and roll clássica. Para além disso, temos também algumas cutscenes mais elaboradas, nomeadamente a de abertura e a de fecho, caso consigamos vencer o torneio.

A cutscene de abertura está bem detalhada e com voice acting inteiramente em japonês

Portanto este Nekketsu Koukou Dodge Ball-Bu: CD Soccer-hen (nome longo demais para o meu gosto) até que é um jogo bastante divertido, embora inicialmente custe um pouco habituarmo-nos à ideia de controlar apenas uma personagem. Mas toda a loucura que existe em cada partida acaba por prevalecer! Existem mais umas quantas versões deste jogo (inclusivamente uma outra para a PC-Engine em tudo idêntica a esta excepto nas cutscenes e música em CD Audio devido a ser um lançamento no formato HuCard), mas de todas as versões esta parece ser a mais interessante!

Double Dragon (Sega Mega Drive)

Voltando agora à Mega Drive, é tempo de analisar mais um clássico, o Double Dragon. Criado originalmente pela Technos Japan em 1987 nas arcades, foi um sucessor do Renegade/Kunio-Kun lançado anteriormente. Cimentou as suas ideias e tornou-se num lançamento absolutamente pivotal no que diz respeito ao género dos beat’em ups que se vieram a popularizar nos anos seguintes, ao introduzir um sistema de controlo que se tornou o standard no género e outras inovações como o multiplayer cooperativo, ou a possibilidade de desarmar inimigos e utilizar as suas armas contra os mesmos. Tendo sido um jogo de sucesso, recebeu também inúmeras conversões para as mais variadas plataformas, incluindo a Master System que já cá trouxe no passado. Curiosamente, uma versão para a Mega Drive já sai muito mais tarde no ciclo de vida da consola, em 1993 e pela Accolade, uns meses após o próprio Double Dragon 3 sair também na Mega Drive. O meu exemplar veio parar à colecção no passado mês de Dezembro, após uma troca com um particular.

Jogo com caixa de cartão

Na teoria, a jogabilidade deste Double Dragon é simples, com os botões faciais a servirem para dar pontapés, saltar e dar socos (A, B e C respectivamente), felizmente um sistema muito melhor ao que foi introduzido no Renegade/Kunio Kun. Na práctica, infelizmente, este acaba por ser o maior problema desta conversão. O Double Dragon já tinha uma quantidade considerável de golpes e combos que poderíamos executar, mas esta conversão muitas vezes simplesmente não responde aos nossos inputs, deixando-nos à mercê dos inimigos, que depois acabam por nos encher de porrada. Várias vezes aconteceu-me em querer fazer um combo de 3 socos, carregando no botão C e chegando ao terceiro golpe a personagem simplesmente não respondia aos comandos, obrigando-me a mover de sítio para que pudesse mandar socos novamente. Até pensei que pudesse ser problema do meu comando, mas quando testei com outro, o mesmo problema aconteceu.

O cliché de sempre: vamos ter de salvar uma donzela em perigo que foi raptada por um gang

De resto, como já referi acima, uma das novidades que o Double Dragon introduziu foi o multiplayer cooperativo (e esta versão também o permite para 2 jogadores, até porque os protagonistas são dois irmãos). A outra era o facto de não só podermos apanhar algumas armas do chão, como rochas, ou bidões que poderíamos arremessar para os inimigos, mas também poderíamos roubar as armas que os inimigos carregassem com eles (ao enchê-los de porrada, claro!) como bastões de basebol, chicotes ou facas e usá-los no combate também. Mas infelizmente isso também é um problema nesta conversão. É que nós até nos movemos bem rápido, o problema é que os inimigos também e a sua inteligência artificial é extremamente irritante, pois eles replicam os nossos movimentos pelos cenários, pelo que é practicamente impossível arranjar espaço para respirar caso sejamos cercados, a menos que consigamos atacar primeiro e de forma rápida, o que nem sempre acontece. E com isto quero dizer que, quando nos preparamos para apanhar uma arma, rapidamente os inimigos se aproximam de nós e quando a animação de apanharmos a arma termina estamos a meros instantes de levar um porradão.

Para quê usar portas se os Abobos podem destruir paredes?

Mas indo agora para a parte audiovisual, felizmente esse é um campo onde esta versão marca bastantes pontos. Os gráficos são bem detalhados e coloridos, tanto nos cenários como nas personagens, pelo que esta versão acaba por ser o mais próximo do original arcade que havia sido lançado até à época. É verdade que não há grande variedade de inimigos, mas isso era algo que também acontecia no original e aqui pelo menos as proporções da estatura dos inimigos são as correctas! As músicas são também bastante agradáveis, excepto os efeitos sonoros que poderiam ser um pouco melhores.

Portanto esta versão do Double Dragon acaba por ser uma faca de dois gumes. Por um lado é uma versão graficamente muito próxima do original (o que não deixa de ser bom, mesmo este tendo sido um lançamento tardio), por outro lado a sua jogabilidade deixa muito a desejar, infelizmente.

Super Spike V’Ball (Nintendo Entertainment System)

A Technos Japan, para além de nos ter trazido inúmeros beat’em ups como Renegade, Double Dragon ou toda a série Kunio-Kun (River City Ramson, etc), também produziram alguns jogos de desporto bastante entusiasmantes, como é o caso do Nintendo World Cup ou este Super Spike V’Ball que não são nem tentam sequer ser uma simulação realista do desporto, mas sim com uma jogabilidade bem mais arcade e divertida, o que me agrada muito mais. O meu exemplar foi comprado numa feira de velharias neste passado mês de Setembro por 5€.

Jogo com caixa

Ora aqui dispomos de vários modos de jogo, desde diferentes competições (que tanto podemos jogar sozinhos ou com um amigo), bem como partidas amigáveis em multiplayer que podem suportar até 4 jogadores em simultâneo. Dentro dos torneios, temos um modo de treino e depois as duas competições em si: o circuito americano, e o campeonato do mundo. No circuito americano, vamos defrontar partidas em Daytona (Miami), Nova Iorque, Chicago, Las Vegas e Los Angeles. O campeonato do mundo, mais difícil, decorre no Hawaii, onde iremos enfrentar uma série de equipas de outras nações. Se os conseguirmos derrotar todos, teremos ainda dois confrontos finais ainda mais difíceis: jogar contra a dupla da Marinha norte americana, e uma partida final contra uma dupla Soviética (ah, os tempos da Guerra Fria…).

Cada partida termina quando uma equipa fizer 15 ou mais pontos, logo que hajam uma diferença de 2 pontos para a equipa adversária

No que diz respeito à jogabilidade, esta é algo simples, pois temos apenas 2 botões faciais no comando da NES. E quando estamos a receber uma bola, temos usamos o botão A para a receber e passar para o colega, que por sua vez deve pressionar o botão A também para lançar a bola bem alto para posteriormente o colega “rematar” a bola por cima da rede e para o campo adversário, na esperança de obter pontos. Para isso devemos saltar com o botão B e pressionar o botão A no momento certo para rematar. Ainda assim, o jogo possui profundidade suficiente que nos permite executar uma série de jogadas especiais, como os Super Spikes, que são remates tão fortes que podem atordoar quem os interceptar na equipa adversária, inclusivamente fazendo-o perder o controlo da bola. Para isso teremos de pressionar o botão B por várias vezes para ir acumulando força enquanto saltamos, para depoir rematar com o A. Se o fizermos com sucesso, a nossa bola sai disparada para o campo dos adversários e, caso seja interceptada, o receptor fica atordoado durante uns meros segundos e vemos um grande “KABOOOM” no ecrã! Existem outras técnicas que podem ser usadas que requerem timings precisos, mas isso seria uma questão de práctica também, e o facto de cada equipa possuir diferentes características de velocidade, força e defesa também irá afectar a sua performance.

Para além de saltarem mais que o Ronaldo, os power shots são o ingrediente para o sucesso

No que diz respeito aos audiovisuais, acho sinceramente o jogo bem implementado para uma NES. Foi lançado originalmente nas arcades que é uma versão que acaba naturalmente por possuir mais detalhe, mas a transição para a NES, para além de todos os extras que inclui, no departamento audiovisual não ficou nada má mesmo. Cada campo de vólei de praia está muito bem detalhado, só é pena que o campeonato do mundo seja (quase) todo passado no mesmo ringue, excepto os confrontos finais com os militares americanos e soviéticos que já possuem uma arena diferente. As músicas são também bastante agradáveis!

A versão ocidental mudou o ringue soviético para não parecer tão opressivo, pois originalmente tinham tanques de guerra

Portanto este Super Spike V’Ball acaba por ser um jogo de desporto bem divertido, principalmente se jogado com amigos, pois as jogadas especiais dão sempre outro gosto às partidas! A Technos ocasionalmente ia fazendo alguns outros jogos de desporto assim divertidos, especialmente dentro da série Kunio-Kun, mas aí muito poucos devem ter saído fora do Japão.

Double Dragon II (Nintendo Gameboy)

Voltando às rapidinhas e aos beat ‘em ups, ficamos agora com a versão Gameboy do Double Dragon II, essa série clássica da Technos Japan que serviu de grande inspiração a clássicos como Final Fight ou Streets of Rage durante os anos 90. E enquanto a Game Boy também tenha recebido uma conversão do primeiro Double Dragon, se bem que bastante modificado face ao original, este Double Dragon II da Game Boy apenas é conhecido por esse nome no ocidente. No Japão chama-se algo como “Nekketsu Kōha Kunio-kun: Bangai Rantō Hen”, e como tem Kunio-Kun no nome, na verdade este jogo acaba por ser uma sequela do Renegade, mas no Ocidente lá decidiram mascarar isto de Double Dragon visto ser uma série mais famosa por cá. O meu exemplar foi comprado numa feira de velharias algures no mês passado de Outubro por 3€.

Apenas cartucho

Neste jogo podemos controlar a dupla de Billy e Jimmy, ambos pertencentes ao gang dos Scorpions e que foram injustamente acusados pelo gang de terem assassinado um outro membro. Lá teremos então de distribuir pancada a torto e a direito para limpar o nosso nome e chegar ao verdadeiro culpado do crime! Aparentemente esta versão também suporta multiplayer com recurso ao cabo de ligação entre 2 Gameboy, mas nunca cheguei a experimentar.

O uppercut é um dos golpes mais poderosos que podemos aplicar

De resto a nível de jogabilidade estamos perante umas mecânicas de jogo relativamente simples, com os botões A e B da Gameboy a servirem para distribuir socos e pontapés. Pressionando ambos em simultâneo faz com que a nossa personagem se agache, podendo depois desferir um uppercut. Existem outros golpes e combinações que podemos também executar, como agarrar nos inimigos, mandá-los ao chão e desferir uma série de socos em sequência. Mas infelizmente as mecânicas de detecção de colisões deixam muito a desejar, pois por vezes os inimigos estão mesmo à nossa frente e não lhes acertamos… mas era capaz de jurar que o contrário pode acontecer! Isto obriga-nos então a ter uma jogabilidade muito cautelosa e estar em constante movimento. As limitações da Gameboy também fazem com que só combatemos 2 inimigos de cada vez no máximo, o que neste caso acaba por ajudar.

Lutas em pleno comboio?? Sim, isto já aconteceu no Renegade.

A nível audiovisual sinceramente até nem desgostei. Os níveis e personagens estão bem detalhados, embora no início não haja uma grande variedade de cenários, pois consistem em lutar nas ruas, descer para a estação de metro, lutar no cais de embarque, lutar no metro, lutar no cais de destino e repetir na próxima rua. O último nível já é um prédio que temos de subir vários elevadores e lutar contra muitos inimigos nos vários andares, incluindo todos os bosses que defrontamos nos níveis anteriores. As músicas são também bastante agradáveis.

Em suma, este Double Dragon II para a Game Boy acaba por ser um beat ‘em up  convincente tendo em conta as limitações da Gameboy, perdendo a meu ver na parte da detecção de colisões, o que num jogo deste género acaba por ser algo bem importante.