VR Troopers (Sega Game Gear)

Tempo de voltar às rapidinhas, desta vez para a adaptação para a portátil Game Gear do VR Troopers, que por sua vez era baseado num programa de televisão similar aos Power Rangers. Se bem me recordo, o programa até foi transmitido na nossa TV mais ou menos pela mesma altura, mas nunca chegou a ter o mesmo sucesso. Já cá trouxe a versão Mega Drive no passado e no seu conceito, esta versão 8bit é também um jogo de luta, embora muito mais simplificado. O meu exemplar foi comprado a um amigo meu algures em Abril deste ano, por 5€.

Cartucho solto

Ora este é então um jogo de luta que nos apresenta dois modos de jogo distintos: o modo história e o modo batalha. O primeiro deixa-nos escolher qualquer um dos 3 VR Troopers entre cada round e somos levados a combater uma série de vilões em seguida, com algumas batalhas contra minions (Skugs) pelo meio. Estes são uma espécie de níveis de bónus, onde teremos de destruir o máximo de minions dentro de um tempo limite. O modo batalha permite-nos seleccionar qualquer uma das personagens jogáveis e é um modo de jogo mais próximo de um torneio. De resto os controlos são simples, com um botão para dar socos e outro para pontapés, pressionar na direcção contrária ao nosso adversário faz com que bloqueemos golpes inimigos e naturalmente temos também alguns golpes especiais que poderemos desferir. É um jogo de luta bem simples, tendo em conta as limitações técnicas (e de botões disponíveis também) da Game Gear.

Antes de começarmos o jogo temos direito a uma pequena cut-scene que nos conta a história do jogo

A nível audiovisual até achei um jogo bem competente do ponto de vista gráfico principalmente. As arenas e lutadores parecem-me pré-renderizados, o que resulta em cenários com um óptimo nível de detalhe e cor, para um sistema 8bit. No entanto não existem quaisquer animações nos cenários, o que também lhe tira algum brilho. Existe no entanto uma opção interessante: podemos alterar o tamanho das sprites e deixá-las bem grandes. É uma opção interessante tendo em conta o ecrã pequeno da Game Gear, mas as sprites gigantes também atrapalham um pouco a jogabilidade, na minha opinião. Já no que diz respeito ao som, os efeitos sonoros não são nada de especial, já as músicas confesso que até me surpreenderam, pois existem umas quantas com uma boa qualidade, o que não é tão habitual quanto isso em jogos de Master System / Game Gear.

O jogo permite-nos alterar o tamanho das sprites caso as queiramos ver em mais detalhe.

Portanto este VR Troopers é um jogo de luta muito simples, mas bem competente tendo em conta todas as limitações próprias de um sistema 8bit, particularmente um sistema portátil como a Game Gear com o seu ecrã mais reduzido. Ainda assim, a versão Mega Drive (desenvolvida pela mesma equipa) é naturalmente superior.

The Lion King (Sega Master System)

LionKing-SMS-PTE após a análise à versão SNES da adaptação do filme The Lion King para os videojogos, fica agora uma “rapidinha” a uma das versões 8bit existentes, nomeadamente a da Master System. Não possuo uma versão apenas deste jogo, mas sim duas. A primeira é a versão espanhola, dá para ver nitidamente na capa. Essa foi comprada por algures em 2011 na antiga Virtualantas, penso que me ficou algo entre os 4 e 5€, possuindo o manual multilínguas. Mas a versão que eu almejava ter desde cedo é mesmo a Portuguese Purple, comprada algures em Outubro/Novembro na Feira da Ladra, em Lisboa. Penso que me terá ficado em 6€.

The Lion King - Sega Master System
Em baixo, versão espanhola com manual multilínguas e catálogo. Em cima, versão portuguese purple com o manual em português e a capa com algumas manchas, infelizmente.

Ora e tal como a versão 16-bit, esta tem também os mesmos níveis, apenas com menor detalhe, como seria de esperar. O segundo nível, com os macacos, girafas e todos os outros animais, ficou mais simplificado, mas não deixou de ser frustrante, com os saltos e o timing exigente. O único nível que mudou radicalmente é o da perseguição pela manada. Nas versões 16bit a acção decorre de frente para Simba, aqui é mais um nível de plataformas banal. Mas é esperado, a Master System não teria capacidades de apresentar o mesmo detalhe que nas outras versões. Os níveis bónus são também ligeiramente diferentes, aqui consistem em ter o Pumba a comer o máximo de insectos possíveis que vão caindo. Os controlos estão aqui um bocadinho piores pela falta de botões da Master System, mas os movimentos de Simba, quer em criança, quer em adulto estão lá practicamente todos, exigindo por vezes é uma combinação de botões para os executar. A luta final com o Scar também exige uma estratégia diferente: temos de esperar que ele salte, para saltar também e atacá-lo no ar. Dessa forma iremos arrastá-lo consecutivamente até ao precipício, forçando-o a cair.

screenshot
O nível com a perseguição da manada foi alterado para um side scroller algo simples

Graficamente é um jogo bastante colorido, especialmente nos primeiros níveis em que Simba é apenas uma cria, mas naturalmente não faz justiça à versão Mega Drive ou Super Nintendo, que eram incrivelmente detalhadas. Ainda assim, as animações estão boas, em especial a das hienas, na minha opinião. Já no som, em especial nas músicas, conseguiram fazer um bom trabalho nesta conversão. Como já frizei por várias vezes, o chip de som da Master System é o calcanhar de aquiles do sistema, mas ainda assim conseguiram captar bem vários dos temas conhecidos do filme, logo aí já é um bom ponto.

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Mais uma vez, ao longo do jogoexistem vários bosses que teremos de lutar.

No final de contas, acho este um jogo de plataformas razoavelmente bom, não está de todo nos tops da plataforma, mas também não é mau. Ainda assim, para quem tiver as versões 16bit do jogo, apenas consigo recomendar esta versão meramente por coleccionismo.