World War Zero: Iron Storm (Sony Playstation 2)

World War ZeroJá há algum tempo que não jogava nenhum FPS em consolas e como tenho muitos jogos em lista de espera na PS2 já há bastante tempo para serem jogados, optei por este World War Zero Iron Storm. Este foi um daqueles jogos que nunca tinha ouvido falar sequer. Encontrei-o na CEX no Porto, olhei para a capa traseira e sinceramente gostei do que vi, pelo que acabei por levá-lo comigo. Foi uma daquelas compras à anos 90, onde não havia internet para ver as reviews do pessoal, nem toda a gente tinha revistas de videojogos e acabamos por levar um jogo pela capa. Creio que me custou entre 2 a 3€.

World War Zero - Sony Playstation 2
Jogo com caixa, manual e papelada

E em que consiste este World War Zero? É sobre algum conflito mundial que decorreu antes da primeira guerra? Nem por isso. Basicamente decorre numa realidade alternativa da nossa História, onde a primeira guerra mundial, que tinha começado em 1914 tal como realmente começou mas arrastou-se por mais 50 anos, basicamente colocando 2 grandes blocos em conflito. A Rússia absorveu o império alemão e em conjunto do o imperador Japonês invadiram também a China. Por outro lado os Estados Unidos mais alguns países do bloco Oeste europeu também formaram uma aliança e é precisamente daí que a nossa personagem  é. E este acaba por ser mais um daqueles FPS de um soldado contra um exército inteiro e o que começa por ser uma missão para invadir as trincheiras inimigas, acaba por escalar de tal forma que nos infiltramos num dos bastiões daquele Império para assassinar um dos seus mais importantes líderes.

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O que mais me irritou neste jogo é por vezes termos de enfrentar grupos de inimigos e não conseguir lançar uma granada rapidamente

A jogabilidade é a de um fps tradicional, ou seja poderemos carregar com um enorme arsenal de armas, com vários revólveres, metralhadoras, sniper rifles, lança-rockets, vários tipos de granadas entre muitas outras armas a encontrar ao longo do jogo, e a vida não é regenerativa, mas sim curamo-nos através de medkits. Os controlos básicos são os típicos de FPS, com um analógico para nos movermos, o outro para controlar a câmara e o gatilho direito para disparar. Apenas senti a falta de um botão para correr e um outro para atirar granadas, pois o esquema de mudar de armas pode ser um pouco trabalhoso. Podemos alternar rapidamente entre 2 armas apenas com o pressionar de um botão, mas ter de seleccionar propositadamente as granadas da lista das armas acaba por levar muito tempo que por vezes pode ser mesmo precioso.

De resto, para além da campanha single player com 16 missões – em que por vezes temos também alguns objectivos secundários para cumprir se quisermos, temos uma vertente multiplayer local, com suporte a 2 jogadores apenas. E apenas existem 3 modos de jogo, o deathmatch normal, team death match e capture the flag. Existe também o modo arena que na verdade agrupa partidas dos 3 géneros de jogo referidos anteriormente.

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Esperem por ver muitos soldados inimigos à lá Hellghast dos Killzone… mas na verdade este jogo precede o da Guerilla Studios pois foi lançado originalmente para PC em 2002

Graficamente não é nenhum Black, não é nenhum jogo que leva a PS2 ao limite. Então esperem pelo habitual de gráficos um pouco borratados, alguns serrilhados devido à falta de anti-aliasing e por aí fora. Como é um jogo de guerra, não esperem por paisagens bonitas e campos verdejantes mas sim trincheiras, cidades em ruína, bunkers com bases militares secretas e por aí fora. Mas é precisamente nesse design que até achei alguma graça a esete jogo por misturarem conceitos da primeira guerra mundial como o uso de trincheiras ou gás mostarda, outros da segunda como os tanques alemães, algumas armas como os lança-rockets, mas também algumas coisas meias futuristas como os helicópteros todos high-tech, ou os uniformes das tropas especiais. A nível de som é apenas um jogo competente, não há propriamente algo que me tenha ficado na memória. Os diálogos e cutscenes, quando as há, não são nada de especial.

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Muitas armas têm um zoom próprio, não apenas as sniper rifles. E dá jeito.

Já tinha algumas saudades de jogar um FPS na PS2, e de facto já nem tenho muitos pela frente no meu backlog, mas apesar dos seus defeitos ou até alguma mediocridade, a verdade é que este jogo até me divertiu. Próximo FPS na PS2? Eventualmente será o Area-51, pelo menos se não encontrar um Darkwatch entretanto.

Alien versus Predator (PC)

Aliens vs PredatorProvavelmente um dos crossovers mais reconhecidos de sempre, misturar os 2 predadores mais letais do espaço sempre me pareceu uma boa ideia. Mas esse é um crossover antigo, ainda muito antes de o primeiro filme AvP sequer ter saído. Naturalmente foi uma ideia que começou no mundo da banda desenhada, e vários videojogos acabaram também por abordar o tema. Enquanto começaram por ser beat’em ups como um Final Fight se tratasse, a Rebellion achou boa ideia tornar o conceito num FPS, lançado em 1994 para a Atari Jaguar. Infelizmente, e apesar de ser considerado por muitos como um dos melhores títulos para essa fracassada plataforma, sempre me pareceu algo medíocre. Mas felizmente a mesma Rebellion decidiu voltar à carga em 1999 com este novo FPS, agora muito melhor. Não confundir este artigo com o Aliens vs Predator de 2010, que apesar de ser também desenvolvido pela Rebellion é um jogo diferente. Possuo duas versões deste jogo. Uma física, da qual apenas tenho a jewel case e respectivos CDs, e uma versão digital do site gog.com que foi oferecida ha uns tempos atrás. O físico custou-me 1€ na Feira da Ladra em Lisboa.

Alien versus Predator
Jogo com a sua caixa em jewelcase

Tal como no primeiro FPS da saga, o modo single-player encontra-se dividido em 3 campanhas, uma onde jogamos como um colonial marine, outra com os xenomorfos mais bonitos da galáxia e por fim a campanha em que encarnamos num predador. Ao contrário do jogo lançado em 2010 onde as três campanhas se afunilavam na mesma história, aqui são diferentes. Vamos começar por aquela que poderia ser a mais cliché, a dos marines. Aqui o jogo começa em LV-426 onde cientistas estudavam a nave espacial naufragada do primeiro filme. Naturalmente as coisas correm mal e depois tudo se torna numa luta pela sobrevivência, atravessando várias instalações diferentes e até nas próprias naves gigantes dos Marines. A campanha do alien começa numa instalação qualquer onde humanos tentam estudar os aliens. Claro que a coisa não corre bem e o resto do jogo coloca-nos a perseguir os humanos de poiso em poiso, atravessando várias naves e estações espaciais. Por último a campanha do predador leva-nos ao longo de três planetas, incluindo o Fury 161 de Alien 3, e mais uma vez combatendo Marines e vários tipos de aliens, alguns geneticamente modificados pelos cientistas humanos.

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Usar a cauda como alien por vezes é a melhor ideia

Mas voltando aos humanos, a sua campanha é bastante tensa, bastante mesmo. Apesar de podermos encontrar e utilizar várias armas que temos visto nos filmes, todo o jogo é demasiado escuro, forçando-nos a utilizar alguns flares luminosos ou a activar o nosso visor para visão nocturna. Mas ambas as opções têm os seus trade-offs. Apesar de termos flares ilimitados, apenas podemos utilizar 4 de cada vez. E a visão nocturna não tendo essa limitação, não nos deixa utilizar o mítico radar para detectar os inimigos, que por sua vez está constantemente a apitar, e com aliens a surgirem literalmente de todo o sítio e bem rápidos que são! Tudo isto, em especial pela escuridão, obrigam-nos a jogar de uma forma mais cuidada, embora este até seja um jogo com um feeling muito “old school” e se quisermos podemos jogá-lo como um Doom se tratasse, mediante a nossa habilidade para nos desviarmos dos bichos e dar-lhes tiros certeiros logo em seguida.

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Como colonial marine, vamos ter uma vida sempre posta à prova

A jogabilidade de Predator e dos Aliens já são mais diferentes do usual. No primeiro, vemos logo de cada lado do ecrã uma série de símbolos vermelhos e azuis. Os vermelhos representam a nossa barra de vida, os azuis a energia do nosso fato, que por sua vez serve de munição a vários tipos de armas como a pistola, o shoulder cannon, ou mesmo para regenerar alguma da nossa vida. Felizmente ao longo do jogo iremos encontrar várias “bolas de energia” para alimentar o nosso fato. Jogar com o Predator tem também a vantagem de nos tornarmos invisíveis, podendo usar as nossas lâminas sem perder essa invisibilidade, bem como usar outros modos de visão nocturna ou térmica. Já o Alien, essa é a espécie mais rápida e pode inclusivamente andar em paredes ou mesmo nos tectos, mas não tem nenhum ataque de longo alcance. Com o alien, devemos usar a escuridão a nosso favor e ter uma abordagem mais “stealth” para lidar com os inimigos. A vida é regenerada ao devorar os cadáveres que vamos deixando para trás.

Para além das campanhas das 3 raças, que sinceramente me pareceram curtinhas, existem também uma série de outros níveis bónus para cada uma delas, permitindo-nos revisitar níveis de outras campanhas com as 3 raças. Mas como os Aliens têm a vantagem de subir paredes e esgueirarem-se por condutas de ar e outros meandros apertados, os humanos em níveis dos Aliens podem usar um jetpack para voar livremente e os predadores podem equipar um gancho. Para além disso naturalmente existe também uma vertente multiplayer, mas sinceramente não a cheguei a testar, mas pelo que vi continha vertentes do deathmatch, e outros modos de jogo incluindo um survival onde teríamos de derrotar waves infinitas de inimigos e simplesmente vencia o que sobrevivesse mais tempo.

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Predalien, quéisso?

Graficamente este é um jogo de 1999. Com isso podem esperar algo graficamente não muito superior que um Quake 2, com texturas de baixa resolução e modelos poligonais ainda com pouco detalhe. No entanto não deixa de ser tecnicamente um bom jogo para a época. Ainda hoje em dia, os seus ambientes escuros com os aliens agressivos a cada esquina, o radar sempre a apitar e a música constantemente tensa deixam realmente uma atmosfera de cortar à faca, em especial se estivermos a jogar com os humanos. Mas para além disso, há algo em comum nas 3 campanhas que tem se tornado bastante cómico para mim. Ao longo do jogo vamos vendo pequenas full motion videos de pessoas a falarem connosco em várias “TVs” espalhadas no jogo. Sejam militares, forças de segurança ou mesmo cientistas, todo o acting é tão mau que até tem a sua piada.

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Yup, uma Alien Queen.

Resumindo, acho este um jogo que apesar de já com alguma idade em cima, acaba por ser bem competente no que faz. As ideias de jogabilidade para os aliens e predadores foram originais, embora sinceramente prefira o que a Rebellion fez posteriormente nesse campo no jogo de 2010, mas a campanha dos Marines acaba mesmo por ter um pouco daquilo que os Aliens sempre deveriam ser: ameaçadores, silenciosos e letais e só por aí já vale bem a pena jogarem este jogo. Até porque actualmente podem comprá-lo no steam e gog.com.

Sniper Elite (PC)

Sniper EliteVoltando às análises mais extensas, desta vez para um jogo de PC desenvolvido pela Rebellion cuja sequela acabou por ter um bom sucesso, o Sniper Elite V2.  Este Sniper Elite, tal como o nome indica é um shooter táctico em que encarnamos no papel de um sniper em cenário de guerra, mais uma vez na segunda guerra mundial, algo que em 2005 ainda estava bem na moda. O jogo entrou na minha colecção há poucos meses atrás, após ter sido comprado na feira da Ladra em Lisboa por 1€, faltando-lhe apenas o manual. Na altura não me lembrei que poderia necessitar de uma CDkey para instalar o jogo, mas felizmente não foi necessário. Infelizmente isso deveu-se ao uso do DRM terrível que é o Star-Force, mas mais lá para a frente falarei melhor disso.

Sniper Elite - PC
Jogo com caixa

O jogo coloca-nos então no papel de Karl Fairburne, um agente norte-americano da OSS na batalha de Berlim em 1945, mesmo nos tempos antes de a nação alemã capitular após ter sido invadida pelo exército vermelho. O objectivo de Karl é obter os segredos nucleares dos alemães nazis antes que os soviéticos lhes deitem a mão, então iremos enfrentar ambos os exércitos ao longo de várias missões espalhadas pela cidade alemã, embora Karl esteja uniformizado de Nazi, de forma a que os Soviéticos não desconfiem do seu real propósito.

Desde cedo vemos que este é um jogo bem mais táctico que muitos outros shooters da segunda guerra mundial, como Call of Duty ou Medal of Honor. Em primeiro lugar, este é um jogo com uma vertente bem maior de stealth, com as suas armas silenciosas, a possibilidade de esconder os corpos dos inimigos e o indicador de camuflagem à semelhança do que foi visto no Metal Gear Solid 3. E se formos descobertos pelo inimigo, em muitas situações isso poderá ser fatal, até porque muitos dos mapas estão também repletos de outros snipers, pelo que avançar com o maior cuidado possível é sempre boa política. A outra grande diferença deste Sniper Elite face aos demais é a sua balística mais realista, com as balas a ganharem peso e serem afectadas pelo vento ou mesmo pela respiração de Karl. Detalhes interessantes como rebentar granadas ou tanques através de disparos certeiros nos seus depósitos de combustível foram adições muito benvindas, ao invés de andarmos sempre à procura de uma Panzerfaust ou Bazooka.

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Destroços, destroços e destroços de partes não tão desertas assim da cidade. Vamos ver isso muitas vezes.

O jogo possui mapas gigantescos comparativamente com outros jogos similares da época e se tivermos o cuidado de ser o mais stealth possível, essas missões acabarão por demorar muito tempo a serem completadas. Mas como as missões vão tendo objectivos pouco distintos entre si, seja assassinar oficiais nazis importantes, recuperar documentos secretos, resgatar soldados aliados ou outras personalidades importantes, esse cuidado todo que temos de ter acaba por se tornar algo aborrecido, o que é pena, pois o jogo faz um bom trabalho com toda a atmosfera de tensão que nos envolve, sem sabermos se haverá um sniper escondido numa janela de um edifício no fundo da rua e que nos pode limpar o sebo num ápice. Muitas vezes teremos de ter uma abordagem de tentativa-erro ao encarar diversas situações, como descobrir qual o melhor caminho a tomar de forma a ter vantagem sobre os inimigos, ou mesmo adivinhar de onde eles vêm.

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Nem todas as missões são jogadas durante o dia.

A inteligência artificial está bem implementada. Se um grupo de inimigos descobre a nossa posição, eles procuram abrigo e vão-nos atacando de forma cuidada, bem como outros grupos nos começam a flanquear de forma a tentar apanhar-nos de surpresa. Mas outras coisas também podem ser utilizadas a nosso favor, como ferir não mortalmente um inimigo e ele ficar a contorcer-se com dores no chão, chamando os seus companheiros para o virem ajudar, deixando-nos assim com mais um alvo a abater. De resto, para além das sniper rifles existem uma variedade de armas que podemos recolher, convém ter sempre umas metralhadorazinhas preparadas para encontros próximos.

Na maior parte do tempo vamos jogar numa perspectiva de terceira pessoa, mudando apenas para a primeira pessoa quando utilizarmos a . Uma outra coisa que não gostei foi a maneira como a Rebellion implementou os controlos standard do jogo nesta versão PC, que estão na minha opinião desnecessariamente complicados, como a velocidade de movimento, por exemplo, ou a interacção com o nosso inventário de items. Para além de granadas, binóculos, bombas e afins, um item interessante que podemos utilizar é uma simples pedra, ideal para distrair os inimigos temporariamente.

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Como seria de esperar, a interface de disparo no modo sniping está cheia de informação

Para além da longa e competente campanha singleplayer, temos também uma vertente online, não fosse este um shooter para PC. Infelizmente, não existe assim uma grande variedade de modos de jogo, com os mesmos a assentar essencialmente em variantes dos já conhecidos deathmatchs. Sobra então o modo Assassination, onde as equipas são divididas entre soviéticos e nazis, com os soviéticos incumbidos com a missão de assassinar um determinado alvo alemão e estes terão de o proteger a todo o custo.

De resto, graficamente é um jogo competente para os padrões de 2005. Tal como referi há pouco os níveis vão sendo bastante grandes, com áreas abertas enormes, mas infelizmente não há uma grande variedade de cenários. Tirando um ou outro caso, vamos andar sempre a vaguear pelas ruas de Berlim, com todos os seus destroços de guerra. O que me impressionou, e ficou certamente uma imagem de marca na série, foram as kill cams para headshots estilosos, onde vemos em câmara lenta a bala a sair do cano da nossa arma e ir direitinha à cabeça do pobre soldado em questão. Naturalmente que na sequela este mimo foi bem melhorado. O som é misto. As músicas quando existem vão sendo épicas como manda a lei, os efeitos sonoros são competentes e realistas, porém o voice acting na minha opinião é fraquinho, assim como toda a história no geral, com muitas missões a serem algo anti-climáticas. No entanto, os efeitos sonoros são bons como eu já disse, e o barulho das explosões de artilharia que vamos ouvindo em background pode ser aproveitado para mascarar o barulho dos nossos disparos, mais um detalhe interessante.

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As kill cams são sem dúvida uma mais valia para desanuviar um pouco

No entanto, no fim de contas apenas posso recomendar que comprem a versão steam deste jogo. Ou caso encontrem a versão retail deste jogo bem baratinha como eu, tentem acabar por comprar mais tarde a versão steam. Isto porque o jogo vem incluido com o Star-Force, um sistema de protecção antipirataria vindo dos infernos, que já na altura em que foi desenvolvido trazia problemas a vários PCs, nos PCs modernos ainda traz mais. É possível jogar isto sem o Star-Force, mas depois terão problemas a desinstalar o jogo, como me aconteceu a mim e tive de recorrer a uma daquelas aplicações manhosas para desinstalar programas, que me deixou o Windows um pouco lixado. A versão steam que eu saiba já não traz essas dores de cabeça.

Aliens vs Predator (2010) (PC)

Aliens vs Predator PCAliens vs Predator é um dos crossovers mais famosos do mundo da ficção científica, unindo 2 dois mais letais predadores do espaço. Mais tarde ou mais cedo o conceito teria de chegar aos videojogos, pelo que em 1999 saiu no PC o primeiro first person shooter com este conceito, apresentando 3 campanhas distintas: uma com os space marines, uma outra com o Predator e mais uma onde encarnamos no Xenomorph mais fofinho do espaço interestelar. Após uma sequela da qual eu não joguei e 2 filmes medianos no cinema, a Rebellion voltou à carga com mais um videojogo da saga, lançado em 2010. A minha cópia foi comprada na Amazon UK algures neste ano, por cerca de 7€. Estranho que me tenham enviado uma versão americana, mas sendo para PC não tem problema algum.

Aliens vs Predator 2010 PC
Jogo completo com caixa e manual

Eu apenas joguei um pouco do primeiro Aliens versus Predator, e vi apenas o primeiro filme que achei muito mauzinho. Como me disseram que o segundo era ainda pior, ainda não ganhei coragem para o ver. De qualquer das formas, a história pareceu-me muito semelhante à do primeiro filme AvP, só que ao invés de ser na Terra e num futuro próximo, é passada num outro planeta. Basicamente o sr. Weyland descobre umas ruínas antigas utilizadas pelos Predators para combater contra os Xenomorphs, trazendo para lá toda uma equipa científica/militar para estudar os aliens e os segredos dos Predators. Claro que as coisas correm para o torto, os Aliens soltam-se, os Predadores querem reclamar o que é seu e os Space Marines receberam um pedido de socorro das gentes que estavam lá no massacre.

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Os xenomorphs têm ácido no lugar de sangue, é melhor evitar confrontos corpo-a-corpo

O modo single player inclui 3 campanhas relativamente curtas, com jogabilidades diferentes entre si. A campanha dos Space Marines é a que apresenta uma jogabilidade mais vulgar para quem já estiver habituado a jogos destas andanças. Encarnamos num soldado raso do esquadrão de Space Marines que vinha prestar auxílio à colónia Weyland-Yutani no tal planeta. As coisas não correm bem e os Marines foram atacados por uma nave camuflada de Predators, tendo-se despenhado perto na colónia que queriam salvar. Nesta campanha é possível carregar até 3 diferentes armas, sendo que uma delas é sempre um revólver com munição infinita. Este revólver é a nossa única arma no início, mas posteriormente iremos encontrar diversas outras armas que nos são familiares se acompanham os filmes Alien, tais como o lança-chamas, pulse rifle, ou a smart gun, uma metralhadora pesada com uma espécie de auto-aim dentro de uma determinada área. Para além destas ainda existem uma shotgun e uma sniper rifle que é bastante útil para atirar sobre os Aliens, pois faz com que os mesmos sobressaiam do resto do cenário. De resto os Marines podem também usar uma lanterna, flares temporários e podem carregar com alguns medkits. A vida é regenerativa, mas por blocos. Assim que um bloco de vida se “esvaziar”, só é possível voltar a preencher a barra utilizando um desses Medkits. O mesmo é válido para o Predator, já os Aliens possuem uma barra de vida completamente regenerativa. Ainda nos marines, existe também no HUD o típico radar de movimento que continua a causar aqueles momentos de maior tensão no jogo.

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Lovely

Os Predadores têm uma mecânica de jogo mais complexa e interessante. Em primeiro lugar são uma raça fisicamente bem mais capaz que os humanos, possuindo fortes ataques melee e capazes de saltos longos. Para além do mais possuem um arsenal bem mais interessante, que irá sendo adquirido ao longo do jogo. Inicialmente possuem um raio laser que usa uma certa energia, energia essa que pode ser restabelecida interagindo com geradores eléctricos dos humanos da colónia. Posteriormente também vão sendo descobertos um disco teleguiado, minas e uma poderosa lança. Para além do mais, os Predators possuem a liberdade de se tornarem quase invisíveis, ou utilizar diferentes vozes para distrair os inimigos. Já os Aliens foram a raça que mais prazer me deu a jogar. Apenas possuem ataques melee, mas são bastante ágeis, movendo-se muito rapidamente em qualquer superfície, sejam paredes ou mesmo tectos. As acções especiais de perfurar um ser humano com a cauda, com a segunda “dentadura”, ou mesmo forçar pobres civis a serem “infectados” por um facehugger, foram de longe os momentos que mais gostei neste jogo. Nas 3 campanhas vamos também encontrando alguns objectos escondidos que servem maioritariamente para obter uns achievements, excepto os da campanha Marine, que servem para dar um maior background à história. Estes consistem nuns pequenos audio logs de diversas personagens, sejam trabalhadores da colónia, cientistas, ou o sr. Weyland mesmo. Infelizmente com todo o caos de algumas secções do jogo, onde por vezes enfrentamos hordas intermináveis de aliens, é muito difícil prestar muita atenção aos cenários quando o que queremos é sobreviver, acabando por deixar escapar alguns destes logs desta forma.

Existe também um modo multiplayer, mas quando tentei lá ir os servidores estavam completamente desertos, pelo que acabei por não jogar nada. Para além de vários modos do tradicional deathmatch, o jogo contém também um modo de Domination, onde 2 equipas lutam pela posse de objectivos dispersos pelos mapas, um Survivor mode, onde é jogado em co-op para defrontar várias waves de Aliens, o Predator Hunt, em que um jogador encarna o papel de Predator e sempre que um Marine matar o predator, toma o seu lugar. Por fim existe o modo Infestation, onde apenas um jogador toma o papel de Alien, lutando contra outros Marines. Sempre que um Marine for assassinado, passa para a equipa dos Aliens. É possível adquirir pontos de experiência nos combates multiplayer, desbloqueando assim várias outras skins que possam ser utilizadas pelos jogadores.

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Os Predators possuem uma HUD com bastante informação, se utilizada com o “Focus”.

Graficamente é um jogo bastante competente, mesmo nos dias de hoje. As texturas dos cenários podem não ser nada de especial, mas gostei bastante da forma visceral como os Aliens foram representados, com animações muito bem conseguidas. Os combat androids também ficaram muito bem representados na minha opinião. O voice acting está bem conseguido, mas o que realmente brilha neste jogo são os efeitos sonoros, que conseguirarm reproduzir perfeitamente o que se ouvia nos filmes. O radar de movimento, os silvares dos Aliens nas escuras, o barulho das pulse-rifles, enfim, gostei bastante. O jogo peca por ser um pouco simples e com campanhas relativamente curtas, mas não deixa de ser uma experiência agradável a quem for um fã das séries. A Rebellion está a preparar para lançar o Aliens Colonial Marines em 2013. É bem possível que seja mais um FPS bastante linear e com pouco factor de replay como foi este jogo, mas eu mal posso esperar.

Call of Duty World at War Final Fronts (Sony Playstation 2)

Call of Duty World at War Final Fronts

Para acabar (para já) com a série de jogos seguidos dedicados à IIª Guerra Mundial trago o último Call of Duty a sair na Playstation 2. Tal como Medal of Honor Vanguard foi um jogo que saiu já numa altura tardia para a PS2, visto que a consola ainda vendia muito bem. Ambos os jogos foram inspirados nos seus “primos” para as consolas HD, neste caso o Call of Duty World at War. Enquanto que o original foi desenvolvido novamente pela Treyarch, esta versão PS2 ficou-se pelas mãos do estúdio britânico Rebellion. A minha cópia foi adquirida na Gamestop do Dolce Vita perto do Estádio do Dragão, tendo-me custado algo em torno dos 7.5€.

Call of Duty World at War Final Fronts PS2
Jogo completo com caixa e manual

Como o próprio nome indica, a história segue os campos de batalha finais da guerra. Isto quer dizer que vamos andar a espalhar o terror tanto pela Europa como no pacífico. As batalhas na europa, mais precisamente em solo alemão são executadas por tropas britânicas enquanto que as do pacífico são naturalmente norte-americanas. O jogo tem 4 campanhas no total, uma inicial no pacífico, duas na Alemanha e uma final novamente no pacífico em plenas portas de Tóquio. Provavelmente já disse isto quando falei no Medal of Honor Rising Sun, e de facto os níveis repletos de selvas, foxholes com japoneses saltitantes e bunkers por tudo quanto é sítio é algo que continua a não me agradar por aí além. As missões em si não são nada que já não se tivesse visto num Call of Duty anteriormente: destruir bunkers, artilharia, conquistar base inimiga, defendê-la do contra-ataque inimigo, estourar com uns tanques, etc. Já foi tudo visto. A jogabilidade não é má de todo. No artigo anterior eu reclamei do Call of Duty 3 de ter alterado a jogabilidade do Big Red One. Enquanto que continuo a preferir a jogabildade desse jogo, acabei por me habituar à nova que se encontra toda neste jogo também. Felizmente não vou reclamar da jogabilidade dos tanques. Existe apenas uma missão com tanques e felizmente não temos de os conduzir. Apenas controlamos o canhão para destruir tanques e infantaria nazi. O jogo para a PS2 não vem com qualquer tipo de jogo multiplayer, seja online seja em splitscreen e ao contrário dos outros jogos também não traz nenhum conteúdo bónus a desbloquear ao longo da campanha singleplayer.

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"Aiming down the sight" na primeira missão

A nível gráfico o jogo não é propriamente feio. Digamos que é aceitável tendo em conta as limitações da PS2. A Rebellion não usou a engine da Treyarch do CoD3, tendo usado uma engine proprietária. O jogo tem efeitos de luz bonitos, mas prefiro as texturas de Call of Duty 3 ou mesmo do Big Red One, estavam mais trabalhadas. O facto de uma parte do jogo ser passada em selvas também não é algo que me fascine particularmente. Os inimigos são novamente idênticos entre si, existindo muita pouca variedade entre eles. Isto ja é uma queixa antiga, mas adiante. Em relação ao som, a banda sonora não tenho muito que lhe dizer, adequa-se ao carácter épico que o jogo tenta transmitir, mas uns furos abaixo do habitual. Já o voice-acting está fraquinho. As falas dos companheiros (especialmente do sargento que nos ordena) estão muito mal conseguidas e o facto de este CoD não ter suporte a legendas também é outro ponto menos bom.

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Pequenos filmes históricos são mostrados no início de cada campanha, como é habitual

Este post é bem mais curto, mas de facto não há muito mais a dizer. Não cheguei a jogar o World at War original (ainda), mas esta conversão para PS2 deixa um pouco a desejar. Tendo em conta que saiu num período em que a PS2 já era pouco relevante até se pode aplaudir a iniciativa, mas o que é certo é que o resultado final não é o melhor. Apenas recomendo a quem for um fã ferrenho da série ou de jogos com a temática da 2ª Guerra Mundial no geral.