Vamos voltar novamente à Mega Drive para mais uma adaptação de um filme de acção dos anos 90, este True Lies que protagonizava actores como o Arnold Schwarzenegger e Jamie Lee Curtis. Ao contrário de muitas adaptações de filmes para videojogos dessa época, este jogo acaba por não ser nada mau! O meu exemplar foi comprado em partes. Comprei uma caixa vazia por 50 cêntimos numa feira de velharias há uns meses atrás, tendo acabado por mandar vir um cartucho de uma loja alemã por alturas da Black Friday por pouco mais de 20€.
O jogo segue mais ou menos a história do filme onde Harry (protagonizado pelo Arnold) é um agente secreto de topo, embora a sua família ache que ele apenas seja um mero vendedor informático. Entretanto, enquanto Harry persegue uma perigosa organização terrorista, a sua esposa acaba por ser arrastada para a acção, embora isso não aconteça neste jogo, pois apenas jogaremos com o Arnold apenas.

Já no que diz respeito à jogabilidade, este é então um jogo de acção com uma perspectiva top down, algo semelhante com títulos como o The Chaos Engine, por exemplo. No que diz respeito aos controlos, este é um dos casos em que o comando de 6 botões é suportado e acaba por dar jeito. O direccional serve para movimentar a nossa personagem e o botão B a servir para disparar. O botão A (ou Y) serve para “trancar” a nossa direcção de disparo enquanto o mantivermos pressionado, o botão C serve para darmos uma cambalhota evasiva pelo chão, enquanto os botões X e Z servem para mudarmos a arma equipada. Se usarmos um comando de 3 botões, teríamos de pressionar o botão A duas vezes seguidas para usar a manobra evasiva o botão C serviria para trocar de arma.

O objectivo de cada nível vai variando. Por exemplo, logo no primeiro nível temos de invadir uma festa chique numa mansão, ganhar entrada para o andar de cima e ligar um modem ao computador do dono da mansão, de forma a o espiar. Uma vez feito isso, teremos de escapar debaixo de fogo! Os níveis seguintes já terão outros objectivos, incluindo destruir bombas, caixas repletas de armas, procurar chaves, entre vários outros. O “problema” é que os níveis vão sendo cada vez maiores, mais labirínticos e repletos de inimigos que surgem de todo o lado, pelo que teremos mesmo de dominar todas as habilidades que teremos ao nosso dispor e o “strafing” é mesmo uma mais valia! De resto uma das coisas que temos de ter em consideração, pelo menos nos primeiros níveis, é a de não disparar sobre civis. Se matarmos 3 perdemos uma vida! Mas isto é algo que temos de preocupar apenas nos 3 primeiros níveis, daí para a frente serão apenas inimigos que teremos pela frente.
E à medida que vamos explorando poderemos encontrar muitas mais armas e munições. Começamos cada nível munidos apenas de uma pistola com munição infinita, mas poderemos encontrar também shotguns, Uzi, granadas, minas anti pessoais (que também nos podem causar dano se lhes passarmos por cima) ou até um lança-chamas! Outros itens que poderemos encontrar, para além de eventuais chaves que nos desbloqueiam partes do nível, são também medkits e vidas extra, ambos bastante valiosos tendo em conta a quantidade de inimigos que teremos pela frente. O penúltimo nível é completamente diferente dos restantes pois controlamos um caça e o objectivo é o de destruir uma série de camiões que transportam ogivas nucleares. Esse nível é como se um shmup vertical se tratasse, onde o botão B dispara a metralhadora e o A mísseis ar-terra.

No que diz respeito aos audiovisuais, sinceramente acho o jogo bem competente, com inimigos bem detalhados e alguns civis (os tais inocentes que devemos evitar atingir) até algo bizarros. Surpreendeu-me também o jogo ser bastante sangrento! Os níveis vão sendo diversificados e bem detalhados, levando-nos à tal mansão e suas montanhas repletas de neve, um centro comercial, um parque, um subterrâneo do metro, docas entre muitos outros, incluindo uma visita à cidade proibida na China. As músicas não são nada do outro mundo, mas também não são más de todo. De resto o jogo tem também uma versão para a Super Nintendo que acaba por ser algo superior a nível gráfico e supostamente terá sido a versão principal de desenvolvimento, pois esta versão Mega Drive é jogada numa resolução inferior ao habitual, semelhante à da SNES.








