Pixel Puzzles Ultimate (PC)

Vamos voltar às rapidinhas agora para um indie no PC. Depois de ter jogado o Pixel Puzzles: Traditional Jigsaws apercebi-me que tinha mais alguns jogos desta série na minha conta para experimentar. A parte engraçada é que eu não tinha comprado nenhum destes jogos (nem mesmo esse que já escrevi anteriormente) e no excel onde catalogo a minha colecção apenas o Pixel Puzzles Undeadz foi comprado por mim. Todos os outros terão sido oferecidos aos donos desse outro Pixel Puzzles, pelo que me passaram completamente despercebidos, pelo menos inicialmente. Aliás, no momento em que estou a escrever isto, voltei a verificar a lista de jogos não categorizados da minha conta steam e… mais um jogo da série Pixel Puzzles para experimentar.

A razão pela qual eles oferecem este jogo é simples: DLC. O jogo já possui muitos puzzles gratuitos para experimentar (com um ou outro DLC gratuito também), mas dado à sua natureza viciante, compreendo que hajam várias pessoas que não se importem de gastar mais uns meros trocos para ter mais uns quantos puzzles para resolver. Mas acreditem, mesmo sem comprar DLCs, consegui completar dezenas de puzzles. E existem ainda desafios adicionais como um novo puzzle a ser distribuido gratuitamente todos os meses. É mesmo uma versão ultimate!

Para além do puzzle em si temos sempre uma ou mais área onde peças soltas vão flutuando e uma outra área onde poderemos guardar algumas peças para as encaixar mais tarde

Sobre como resolvemos puzzles é simples, são usadas as mesmas técnicas que mencionei no artigo acima referido. Teremos uma grande variedade de puzzles a completar e as peças dos mesmos estão a flutuar numa área reduzida de jogo. Com o botão direito do rato mantido pressionado seleccionamos uma peça e podemos arrastá-la e largá-la na posição que achemos que a mesma se encaixe, podendo também rodá-la em ângulos de 90º (com o botão direito do rato) para tentar descobrir qual a sua orientação correcta. Para além disso temos também algumas áreas onde poderemos armazenar peças de puzzle para tentar encaixá-las mais tarde.

Não é só o elevado número de peças que pode tornar um puzzle difícil. A pouca variedade de padrões e cores também dificulta bastante

Temos puzzles bastante simples com menos de 100 peças, outros bem mais complexos, como um puzzle de 1000 peças que é naturalmente mais desafiante. Mas podemos também ter algumas ajudas para os completar e isso é feito ao usar alguns hint tokens que poderemos amealhar à medida que vamos juntanto peças. Esses hint tokens podem ser utilizados para gerar uma imagem temporária fantasma do puzzle resolvido, indicar qual a orientação correcta de alguma peça que tenhamos seleccionado ou mesmo a sua localização exacta no puzzle em si. Uma diferença considerável perante o Traditional Jigsaws é que a imagem pequena de referência do puzzle completo está desactivada por defeito, mas a qualquer momento podemos activá-la sem qualquer prejuízo e mais, esta pode ser desta vez ampliada. Aliás, toda a área de jogo pode ser ampliada a qualquer momento também, recorrendo apenas à roda do rato.

Se quisermos gastar dinheiro nisso, há todo um universo de diferentes DLCs que podem ser comprados com mais conteúdo, incluindo imagens licenciadas

De resto, no que diz respeito aos audiovisuais, bom o jogo mantém o mesmo tipo de menus e backgrounds do seu predecessor, até as músicas e efeitos sonoros são os mesmos! Mas para quem compra um jogo destes não está propriamente à procura de gráficos bonitos, a apresentação é simples e bastante funcional para o tipo de jogo que é.

Cyborg Justice (Sega Mega Drive)

Agora que terminei esta pequena maratona pelos títulos da Intellivision que possuo na colecção, é tempo de voltarmos à Mega Drive para este Cyborg Justice, um beat ‘em up desenvolvido pela Novotrade (Ecco the Dolphin, Exo Squad, The Lost World, entre outros) muito original nos seus conceitos, mas que deixa algo a desejar na sua execução. O meu exemplar foi comprado a um amigo meu no passado mês de Abril por 5€.

Jogo com caixa e manual

Este jogo é uma história de vingança. Alguém estaria a viajar numa nave espacial que acaba por se despenhar num planeta. Recolhido por robôs, o piloto da nave que tinha ainda o seu cérebro intacto é então transformado num cyborg e estaria destinado a trabalhos pesados para o resto da sua vida. No entanto, alguma coisa corre mal na rotina de eliminar as suas antigas memórias, pelo que nós, agora como cyborg iremos partir à porrada com todos os outros robots que nos tentam travar.

Ao arrancar um braço do nosso oponente podemos destruí-lo ou substituir o nosso braço, trocando efectivamente de arma

Como conceito o jogo tem ideias muito boas. Começamos por construir um robot ao nosso gosto, constituído por diferentes braços, troncos e pernas. Os troncos não parecem ter grandes diferenças entre si, já os braços e pernas sim. Os primeiros consistem em diferentes armas que poderemos usar durante os combates, como uma serra, um lança-chamas, um raio laser ou a possibilidade de simplesmente dispararmos o nosso braço como um projéctil (se bem que depois teremos de o ir apanhar novamente). Já as pernas podem-nos permitir saltar mais alto, mover mais ou menos rápido, pernas que nos permitem desbloquear alguns ataques especiais ou outras de tão pesadas que são que nos tornam imunes a sermos atirados para o chão ou mesmo imunes às armadilhas que iremos eventualmente encontrar.

Já quando arrancamos um tronco se o consumirmos regeneramos parte da nossa barra de vida

O jogo está dividido em 5 zonas, cada uma com 3 níveis distintos que teremos de percorrer, enfrentando várias duplas de robots que nos vão atacando. E o sistema de combate está também cheio de algumas boas ideias. Para além da possibilidades de customização que nos permitem ter robots com habilidades diferentes, nós podemos também, ao atacar os inimigos, arrancar os seus braços e torsos. Os braços podem ser destruídos (e se atirados para cima do nosso oponente ainda lhe causam mais dano), ou usados no nosso cyborg, efectivamente substituindo a nossa arma. O mesmo pode acontecer com os troncos, mas se os utilizarmos no nosso cyborg apenas regeneramos parte da nossa barra de vida. Por fim sobram as pernas que sim, também poderão ser equipadas no nosso cyborg. Mas os inimigos podem também fazer o mesmo connosco! De resto convém também referir que o jogo possui também um modo multiplayer para dois jogadores, onde ambos podem customizar o seu robot para depois andarem à pancada um com os outros. Sinceramente não o experimentei.

O jogo acaba infelizmente por se tornar bastante repetitivo ao colocar-nos constantemente à pancada contra um par de inimigos genéricos ao fim de vários metros desde o encontro anterior

Apesar de toda esta originalidade na jogabilidade e customização do nosso personagem, o jogo tem também no entanto coisas menos positivas. Existem muitos golpes e técnicas que podemos executar, mas muitas utilizam combinações de botões e/ou timings complexos que dificultam a sua execução e se este jogo tivesse suporte ao comando de 6 botões da Mega Drive certamente facilitaria mais as coisas neste departamento. Depois, mesmo com toda esta variedade de robots e suas peças, o jogo acaba também por se tornar bastante repetitivo e aborrecido com o tempo. Não há uma grande variedade de níveis e todos eles consistem no mesmo: avançar alguns metros, lutar contra 2 robots em simultâneo, avançar mais uns metros, desviar de uns mísseis, lutar contra mais dois robots e repetir até ao final do nível. O terceiro nível de cada zona possui também um confronto contra um boss no final do mesmo, mas a jogabilidade não muda muito aí. A excepção à regra está mesmo no último nível, onde confrontamos um boss completamente diferente de tudo o resto!

No final de cada nível a nossa performance é avaliada em vários critérios, resultando em mais ou menos pontos

A nível audiovisual este é um jogo competente nesse campo, mas que também não impressiona. Isto porque não há uma grande variedade de cenários e estes são também todos escuros, começando por planícies rochosas nas imediações de uma mega cidade, passando depois por lutas em vários corredores, no topo desses edifícios, cavernas, entre outros. De nível para nível na mesma zona apenas a cor dos backgrounds muda. Já as músicas, bom aquelas mais rock têm aquele som bastante arranhado e característico da Mega Drive, particularmente dos jogos ocidentais que usam o sound driver GEMS e que sinceramente não me soam lá muito bem, mesmo eu gostando de músicas mais pesadas. Por outro lado temos também algumas músicas bem mais funky e com linhas de baixo interessantes e essas sim, já me agradaram bem mais. De resto nada de especial a apontar aos efeitos sonoros que são bem básicos.

Portanto este Cyborg Justice é um jogo que está repleto de boas ideias como a grande customização que poderemos fazer ao nosso robot, tanto antes como durante o próprio jogo (ao aproveitar pessas dos inimigos), assim como a grande variedade de acções que podemos desencadear. No entanto, a complexidade dos controlos e o sentimento de aborrecimento que nos desperta depois de vermos que o jogo se torna super repetitivo são pontos que baixam consideravelmente a minha opinião.

Tron: Deadly Discs (Mattel Intellivision)

Tron foi um famoso filme de ficção científica, produzido pela Disney e lançado para os cinemas algures durante o ano de 1982. A Mattel não demorou muito no entanto a assegurar as devidas licenças para produzir videojogos baseados no filme e só na Intellivision foram lançados uns 3 jogos pela Mattel. Um deles foi mesmo este Tron: Deadly Discs que é um simples, porém interessante jogo de acção. O meu exemplar, tal como todos os outros jogos de Intellivision que trouxe até agora, veio num lote da consola e vários jogos que consegui comprar algures em Maio passado.

Jogo com manual e sleeves de plástico para inserir nos comandos.

E este Tron: Deadly Discs é um jogo de acção com um único ecrã onde o objectivo é precisamente o de sobreviver o máximo de tempo possível, matando todos os inimigos que vão surgindo no ecrã e assim ganhando cada vez mais pontos, com o jogo a tornar-se cada vez mais difícil à medida que a pontuação aumenta. Mas sendo este um jogo de Intellivision convém também perder algum tempo a explicar todos os seus controlos, começando precisamente por definir a sua dificuldade (neste caso associada à velocidade com que as personagens e projécteis se movimentam). Ao pressionar o botão direccional em qualquer direcção entramos logo no modo de dificuldade máxima, com os botões 1, 2 e 3 do teclado numérico a definirem níveis de dificuldade cada vez mais baixos. Entrando na acção propriamente dita, usamos o direccional para movimentar a nossa personagem e o botões numéricos para atirar um disco na direcção pretendida. O botão numérico central serve no entanto para alternamos entre o modo ataque e defesa. Neste último não nos podemos mover, mas usamos os botões numéricos para bloquear os projécteis inimigos nas direcções respectivas!

Detalhe da folha plastificada inserida no comando para melhor ilustrar os controlos

De resto o objectivo é, tal como referi acima, derrotar o máximo de inimigos possível. Estes vão surgindo por várias portas espalhadas pela arena (portas essas que nós podemos também atravessar) e também nos podem atacar com discos. Os inimigos surgem também em diferentes cores: inicialmente apenas confrontamos inimigos azuis que são derrotados com um ataque certeiro mas ao fim de algum tempo começam a surgir inimigos com outras cores que precisam mais de um ataque certeiro para serem derrotados, ou outros que nos atacam com discos teleguiados que deverão ser defendidos. Ocasionalmente surgem também no ecrã uns inimigos gigantes: os Recognizers. Se estes nos tocam é game over imediato e quando estes surgem lançam imediatamente dois ataques: um projéctil branco que se nos toca deixa-nos paralizados o resto do tempo enquanto este inimigo estiver presente no ecrã e um projéctil negro que é usado para reparar algumas das portas/portais da arena. Esses inimigos não são no entanto indestrutíveis, mas podem ser apenas derrotados se lhes atacarmos o seu ponto fraco. Se formos bem sucedidos, ganhamos bastantes pontos!

Graficamente super simples mas funcional

A nível audiovisual é um jogo bastante simples como tem sido habitual nos títulos da Intellivision. Temos uma única arena e, tirando os tais inimigos especiais Recognizers, todos os restantes são aquelas sprites monocromáticas típicas de outros jogos da Intellivision que já cá trouxe no passado. No entanto apesar dos gráficos simples a acção é rápida e fluída e os efeitos sonoros são bem competentes, apesar de também minimalistas.

Portanto este Tron: Deadly Discs é mais um jogo de acção simples e primitivo, característico dos sistemas desta geração. Ainda assim não deixa de ser suficientemente divertido para nos entreter durante uns bons minutos. Os seus controlos pseudo-twin stick shooter poderiam ser um pouco simplificados é verdade, mas não deixou de me proporcionar alguns bons momentos. De resto só mesmo referir que a Mattel relançou este mesmo jogo também na sua consola da concorrência, a Atari 2600. embora pareça uma versão inferior.

Frog Bog (Mattel Intellivision)

Continuando pela saga de rapidinhas a jogos da Mattel Intellivision, vamos finalmente ficar com um jogo que não é de desporto, mas sim uma criação original da Mattel para este sistema (apesar de terem também posteriormente lançado uma versão deste jogo para a Atari 2600 sob outro nome). Neste Frog Bog controlamos um ou dois sapos e o objectivo é o de saltitar entre nenúfares e comer o máximo de insectos possível, vencendo no final quem tiver mais pontos, sendo que diferentes insectos valem também pontos distintos. O meu exemplar, tal como os restantes jogos Intellivision que cá tenho trazido veio num lote que comprei a um particular com uma consola também.

Jogo com caixa, manual e folhas de plástico para se inserirem dos comandos

Já descrevi acima o objectivo do jogo, mas como é que isto funciona mesmo? Bom, começamos por escolher que tipo de jogo queremos jogar: se durante o dia, ou à noite, que por sua vez é mais difícil pelo ecrã estar mais escuro e não conseguirmos ver bem os insectos a apanhar. E isso é definido pelos botões do teclado numérico devidamente assinalados nas folhas de plástico que acompanham o jogo. Uma vez escolhida a partida, somos levados à acção, onde vemos dois sapos coloridos, cada um no seu nenúfar e vários insectos a passearem-se pelo ar. Devemos então apenas pressionar o direccional que o sapo salta numa trajectória pré-definida e o próprio CPU activa a língua do sapo para tentar apanhar os insectos que se atravessem no nosso caminho. Bom, pelo menos é o que acontece nas opções por defeito… se repararem na tal folha que deveremos colocar no comando temos também 3 outros botões mapeados para o teclado numérico do comando, que correspondem às opções Fixed Arc, Dir e Dir & Tongue. A primeira está activa por defeito e representa esse controlo automático da trajectória dos saltos e do uso da língua. A qualquer momento no jogo no entanto poderemos alternar entre todas estas opções! A Dir permite-nos controlar a direcção do salto usando o direccional e quanto mais tempo mantivermos o direccional pressionado nessa direcção, mais alto/longe o sapo saltará e corremos o risco de cair fora dos nenúfares, perdendo alguns segundos até que o sapo nade novamente para a superfície. Com essa opção activada o controlo da língua mantém-se automático, enquanto que na opção Dir & Tongue já temos o controlo total do sapo, com a língua a ser activada recorrendo a qualquer um dos botões laterais do comando. Infelizmente, tendo em conta que o direccional da Intellivision permite movimento em 16 direcções distintas, a experiência no emulador não me parece de todo a mais fiel e se calhar os saltos até são bem mais intuitivos no hardware original.

Detalhe da folha de plástico inserida no comando com os controlos a usar. Só não refere no caso de usarmos o controlo 100% manual teremos de utilizar os botões laterais para controlar a língua do sapo

Um outro detalhe interessante a mencionar na jogabilidade é o ciclo de dia e noite. Cada partida dura à volta de 3 minutos e caso comecemos a jogar de dia, ao fim de algum tempo a luz do dia transforma-se no crepúsculo, para depois dar origem ao céu estrelado da noite, sinalizando assim o final da partida. Por outro lado se começarmos de noite vamos vendo lentamente a lua a deslocar-se para o horizonte, dando por fim lugar ao nascer do sol e uma vez mais sinalizando o final da partida. Por fim, um outro detalhe peculiar, pelo menos tendo em conta os jogos de Intellivision que joguei até agora é que apesar deste jogo ser também idealizado para dois jogadores, tal não é obrigatório. Ao iniciar uma partida, se ninguém mexer no segundo comando ao fim de alguns segundos, o CPU começa então a controlar esse sapo e, curiosamente, se ninguém mexer no primeiro comando também, o CPU também assume o seu controlo.

O jogo tem um interessante sistema de noite e dia em que as partidas duram cerca de 3 minutos

A nível audiovisual este é uma vez mais um jogo muito simples e com um único ecrã de jogo, se bem que possui alguns gráficos distintos no caso das partidas diurnas ou nocturnas. Ainda assim, por muito minimalista que seja, fiquei agradavelmente surpreendido pelo cenário bem detalhado, pelo menos tendo em conta os restantes jogos deste sistema que havia experimentado até então. E mesmo os efeitos sonoros por muito minimalistas que sejam estão também muito bem representados, com ruídos que simulam vários sons da natureza como o barulho das cigarras ou o som das corujas. Adequam-se perfeitamente ao ambiente que o jogo tenta nos envolver!

Caso queiramos jogar à noite os insectos são mais difíceis de ver, alternando entre a cor preta e amarela

Portanto, apesar de ser uma vez mais um jogo super simples onde o único objectivo é o de fazer mais pontos que o nosso oponente, devo dizer que até agora este foi o jogo de Intellivision que mais apreciei. A sua jogabilidade simples (mas que a qualquer momento poderemos complicar ou descomplicar interagindo com os botões devidamente assinalados no teclado numérico), mas o conceito é interessante e os seus audiovisuais estão bem conseguidos para o sistema. Curiosamente a Mattel relançou mais tarde este jogo no sistema concorrente, a Atari 2600, sob o nome de Frogs and Flies e, apesar de não fazer a mínima ideia se a nível de jogabilidade é melhor ou pior, pelo menos graficamente é muito, muito mau.

Tennis (Mattel Intellivision)

Continuando pelas rapidinhas de jogos da Mattel Intellivision, ficamos agora com mais um jogo desportivo, desta vez uma simples adaptação do ténis. E tal como os outros jogos deste sistema que trouxe até agora, este veio em conjunto com a própria Mattel Intellivision que comprei a um particular algures em Maio e o conjunto ficou-me por 50€.

Jogo com caixa, manual exclusivamente em francês e folhas plastificadas para se inserir nos comandos. A julgar pelo uso, este terá sido o jogo mais jogado pelos antigos donos!

Tal como no Basketball e Soccer que já trouxe anteriormente este é também uma simples representação do desporto onde poderemos apenas jogar uma partida de 1 contra 1. E sim, também é um jogo exclusivo para dois jogadores, pelo que como o joguei sozinho não deu para tirar tanto partido do mesmo. E a jogabilidade é relativamente simples, mas convém ter o manual para entender as suas particularidades e infelizmente neste caso o manual está exclusivamente em Francês. Felizmente no entanto não é difícil encontrar uma versão inglesa em pdf. A primeira dessas particularidades está logo ao iniciar a partida, que nos obriga a definir a dificuldade: para a activar a dificuldade mais difícil (jogo mais rápido) basta pressionar o direccional em qualquer direcção. Já para dificuldades mais baixas deveremos pressionar um dos botões com bolas de ténis assinalados pela folha de plástico que inserimos no comando. Estes são Inner, Center e Outer, da dificuldade maior para a menor. Uma vez ultrapassada essa escolha, que intuitivamente acabamos sempre por escolher a mais difícil por estar “agarrada” ao direccional, estamos prontos a começar a partida.

Folha plastificada inserida no comando para ilustrar os controlos importantes

E começamos sempre pelo jogador 1 (à esquerda) a servir. E aí temos uma vez mais de pressionar um daqueles 3 botões mencionados acima, que definirão em que zona do campo iremos direccionar a bola durante o serviço, e aí sim, as palavras inner, center e outer já fazem sentido. Uma vez escolhida a direcção da nossa jogada, o jogador posiciona-se no local correcto e estamos prontos a servir e é aí que entram os botões laterais. Pela descrição do plástico que inserimos no comando esses botões servem para hard e soft swing, pelo que são esses os botões que iremos mais utilizar ao longo da partida. Para o serviço teremos de pressionar um desses botões 2 vezes, a primeira para lançar a bola ao ar, a segunda para lhe acertar e aí temos de ter em atenção ao timing certo para mandar uma raquetada. De resto, com a bola em jogo teremos de utilizar os mesmos botões para usar as raquetes, seja com lobs (soft swing) ou jogadas mais tensas (hard swing). Claro que jogando isto sozinho não tem piada nenhuma porque o segundo jogador nunca responde…

Visuais super minimalistas mas com alguns detalhes interessantes para a época

A nível audiovisual estamos uma vez mais perante um jogo bastante minimalista e graficamente simples. O campo de ténis é apresentado numa horizontal, as sprites dos jogadores são bastante minimalistas e monocromáticas e de resto o jogo até tem alguns detalhes interessantes: a bola de ténis tem uma sombra que a acompanha no campo e as cabeças do público acompanham o seguimento da bola. São pequenos detalhes que devem ter sido bem recebidos num jogo de 1980! A nível de som é o habitual, efeitos sonoros também muito discretos e o ocasional ruído do público sempre que alguém pontua.

Portanto este Tennis é mais um jogo bastante simples e felizmente a Mattel também não resolveu complicar muito a sua jogabilidade. Só mesmo a definição inicial da dificuldade deveria ter sido melhor implementada e a selecção dos diferentes tipos de serviços também é algo desnecessária. De resto só faltava mesmo a possibilidade de se jogar sozinho contra o CPU!