The House of the Dead: Remake (Nintendo Switch)

Voltando à Nintendo Switch, voltei também a jogar um título mais curto neste sistema, uma vez mais um título da Forever Entertainment, depois de ter jogado também há umas semanas atrás o Panzer Dragoon Remake. E tal como o Panzer Dragoon este é, acima de tudo, um remake do primeiro jogo da saudosa série The House of the Dead, cujo primeiro jogo, após um lançamento inicial nas arcades, recebeu também uma conversão não muito bem conseguida para a Sega Saturn e outra que, apesar de ter saído no PC, tinha a versão Saturn como base. Depois disso nunca mais se voltou a pegar no jogo original e estou contente que a Forever Entertainment o tenha feito e sinceramente achei um resultado mais bem conseguido que o Panzer Dragoon. O meu exemplar foi comprado directamente no site da FE algures no ano passado por 40€, o que sinceramente me arrependi logo de seguida. É que ao contrário do Panzer Dragoon, este teve lançamento normal em retalho e meras horas depois de ter pago 40€ mais os portes, vi a versão retail com grande também em lojas nacionais. Oh well.

Jogo com caixa, papelada, stickers e um “cartão de autenticidade” da Forever Limited. Sinceramente tinha ficado mais bem servido pela edição normal que se vê por aí.

E tal como referi acima, este é, acima de tudo, um remake do primeiro House of The Dead, onde encarnamos no papel de um (ou dois caso joguemos com alguém) agente secreto que investiga a Mansão Curien e depara-se que a mesma está repleta de zombies e outras criaturas grotescas. Rapidamente nos apercebemos que tudo isso são frutos das experiências do cientista Dr. Curien, pelo que, enquanto no seu encalço, vamos também encher inúmeros zombies e outras criaturas de chumbo. Tal como no original, podemos acertar em diferentes partes do corpo de cada criatura, pelo que nem sempre basta um tiro certeiro para a matar. No final de cada nível temos sempre um boss para derrotar que tem um porto fraco em particular que teremos de explorar e, mediante como agimos em certas situações chave, poderemos explorar diferentes caminhos alternativos ao longo dos níveis.

O modo horde inclui muitos mais inimigos para derrotar e podemos também alternar entre ambos os sistemas de pontuação

Mas o que traz mais este jogo para além de um remake do original? Podemos optar por um método de pontuação alternativo (tornando mais fácil o requisito de pontos mínimos para alcançar o melhor final), alguns segredos adicionais escondidos que nos levarão a desbloquear diferentes armas e um modo de jogo horde, que é essencialmente o mesmo jogo mas agora com muitos, muitos mais zombies para combater. Para além disso teremos acesso a uma galeria onde poderemos seguir um sistema interno de achievements ou observar em detalhe os modelos poligonais de cada tipo de criatura que enfrentamos.

Salvar todos os cientistas é um dos requisitos obrigatórios para desbloquear armas extra

No que diz respeito aos controlos devo dizer que apesar de o jogo oferecer múltiplos esquemas de controlo, a informação está apresentada de uma forma muito confusa, pelo que acabei por optar por jogar inicialmente apenas com o comando normal, onde os gatilhos servem para disparar ou recarregar a arma e o analógico esquerdo para mover a mira. Os botões faciais podem ser usados para algumas destas funções também e o d-pad para alternar entre armas, caso as desbloqueemos. Para além disso é possível usar os motion controls em conjunto com os botões do comando, ou um setup mais próximo de uma light gun, usando um dos joycons exclusivamente para isso, embora não seja a solução mais ergonómica. Aparentemente a versão PS4 teria (ou estava nos planos disso) suporte para os comandos move da PS3, pelo que seria, a meu ver, a versão mais interessante a reter no que diz respeito à jogabilidade.

Graficamente nota-se que este é produto de um estúdio algo amador, mas resultou bem melhor que no Panzer Dragoon

Já no departamento gráfico, tal como o Panzer Dragoon Remake este foi mais um jogo realizado com recurso ao Unity e, ao contrário do Panzer Dragoon cujo mundo repleto de um misticismo muito próprio não foi, a meu ver, bem representado, aqui as coisas resultam melhor. Está longe do detalhe gráfico que esperaria se este remake fosse produzido pela própria Sega, mas resultou bem melhor desta vez. Até os clipes de voz, que eram deliciosamente maus no original, ainda têm um certo quê de embaraçoso. Já a banda sonora confesso que a devo ter de ouvir novamente. A música que ouvimos enquanto navegamos pelos menus não me soou nada de especial, mas confesso que assim que comecei o jogo, pouca atenção lhe consegui dar.

Portanto este remake do House of the Dead, apesar de ainda possuir certas características típicas de um estúdio algo amador, confesso que mesmo assim até foi um jogo que me divertiu bastante. Ainda assim, como o original arcade é um jogo bastante curto, gostava também que tivessem introduzido mais algum conteúdo adicional, para além de novos sistemas de pontuação, o modo horde e segredos como novas armas desbloqueáveis.

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Autor: cyberquake

Nascido e criado na Maia, Porto, tenho um enorme gosto pela Sega e Nintendo old-school, tendo marcado fortemente o meu percurso pelos videojogos desde o início dos anos 90. Fã de música, desde Miles Davis, até Napalm Death, embora a vertente rock/metal seja bem mais acentuada.

Um pensamento em “The House of the Dead: Remake (Nintendo Switch)”

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