King of the Monsters (Sega Mega Drive)

Tempo de voltar à Mega Drive e às rapidinhas, ficando agora com mais uma conversão de um clássico arcade da SNK, o King of the Monsters. O motivo deste artigo ser uma rapidinha é precisamente por eu já ter analisado muito brevemente na compilação SNK Arcade Classics Vol. 1 e apesar desta versão Mega Drive ser bastante inferior ao original (tanto a nível audiovisual como de conteúdo), as mecânicas de jogo de base estão lá todas. O meu exemplar foi comprado recentemente numa CeX por cerca de 12€.

Jogo com caixa

Este videojogo nasce do amor que os japoneses têm por filmes onde monstros gigantes (como Godzilla ou Mothra) surgem do nada e começam a causar o caos ao destruir todo um conjunto de cidades. Pensem neste jogo então como uma espécie de combate de wrestling entre duas destas criaturas colossais, mas a arena são cidades nipónicas, onde para além de derrotar o oponente, ganhamos também pontos de bónus por toda a destruição que também causamos. Os controlos são relativamentes simples, com um botão para socos, outro para pontapés e o terceiro serve para correr, onde se usado em conjunto com um dos outros botões de ataque, é garantido que mandamos o nosso oponente ao chão, caso o atinjamos. Cada personagem possui um golpe especial diferente ao pressionar os botões A e B em simultâneo e, caso tentemos pregar um soco ao nosso oponente se estivermos muito próximo, agarramo-lo e poderemos depois mandá-lo ao chão, sendo que usar certas combinações de botões quando o fazemos permite-nos coleccionar alguns power ups. Coleccionando power ups suficientes a nossa personagem pode-se transformar, mudando de cor e ficando também mais poderosa. E é isto, ao longo de várias cidades nipónicas ao longo de diferentes alturas do dia.

Nuncaa entendi muito bem de onde é que vem este pseudo capitão américa

Infelizmente esta conversão para a Mega Drive deixa muito a desejar, principalmente a nível gráfico. O facto de o jogo ter saído num cartucho de baixa capacidade para os padrões de 1993 também pode explicar muita coisa, mas a verdade é que a Mega Drive é capaz de melhor. É verdade que não há muito a fazer no que diz respeito à quantidade de cores em simultâneo presentes no ecrã, mas basta olhar para o King of the Monsters 2, lançado no ano seguinte para a Mega Drive num cartucho com o dobro da capacidade para ver uma grande diferença. A banda sonora desta versão infelizmente também não é grande coisa. Gosto sempre de ver no entanto aquelas pequenas animações dos aviões, tanques e outros veículos estranhos militares a surgirem pela cidade para nos combater… claro que podem ser destruídos e mais: usados como arma de arremesso, mas isso não é nada exclusivo desta versão. Para além do corte técnico, esta versão Mega Drive teve também corte de conteúdo: duas personagens jogáveis não estão presentes nesta versão e era capaz de jurar que faltam também um ou outro nível.

A parte mais divertida é mesmo a destruição das cidades e dos militares que nos tentam atrapalhar

Portanto, apesar de este ser um jogo interessante, mesmo eu não gostando muito de jogos que tenham uma jogabilidade mais próxima dos de wrestling (não referi acima mas para vencer o oponente temos de saltar em cima deles e esperar uma contagem), acho sinceramente um jogo bastante original. No entanto, a versão Mega Drive fica muito aquém das capacidades do sistema e, actualmente, tendo acesso a conversões directas da versão arcade original, seja em compilações, seja em lançamentos digitais, torna-se difícil recomendar esta versão Mega Drive. Só em jeito de nota final, a sua sequela King of the Monsters 2 saiu também na Mega Drive tal como referido no parágrafo acima, mas infelizmente é um lançamento exclusivo norte-americano.

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Autor: cyberquake

Nascido e criado na Maia, Porto, tenho um enorme gosto pela Sega e Nintendo old-school, tendo marcado fortemente o meu percurso pelos videojogos desde o início dos anos 90. Fã de música, desde Miles Davis, até Napalm Death, embora a vertente rock/metal seja bem mais acentuada.

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