Mais um jogo em full motion video por parte da Digital Pictures, se bem que este até saiu com o branding Sega Sports pelo menos na sua versão norte-americana. Estamos aqui portanto perante um jogo de boxe na primeira pessoa, na qual todos os combates são sequências de full motion video e apesar da ideia não ser má de todo, acaba por ser um jogo algo frustrante. O meu exemplar veio através de um amigo meu que o comprou na loja Mr. Zombie algures durante o mês de Janeiro.
Portanto, como referi acima, este é um jogo de boxe na primeira pessoa, com a particularidade de todos os combates decorrerem como filmes em full motion video e os nossos braços a aparecerem em frente do ecrã. Com o botão B podemos bloquear, o botão A e C serve para desferir golpes com o punho esquerdo e direito respectivamente. O d-pad serve para nos desviarmos dos golpes inimigos e, quando pressionados em conjunto com os botões A ou C, serve também para efectuar golpes altos, baixos ou uppercuts. Uma das opções muito úteis que podemos activar é a opção de training que, na primeira ronda de cada combate irá apresentar no ecrã algumas setas que vão indicando as aberturas do nosso oponente e onde poderemos atacar. Mas não nos devemos guiar a 100% por essas indicações, pois não temos tempo de reacção suficiente para pressionar as respectivas combinações de botões quando estas surgem no ecrã! Devemos sim é ir memorizando as movimentações do inimigo, desviar/bloquear os seus golpes e eventualmente iremos conseguir desferir alguns golpes.

Cada lutador tem a sua barra de vida e o combate ou acaba num knock out quando desferimos dano suficiente e o nosso oponente já não consegue recuperar, ou então no final de 3 rounds, que por sua vez duram 3 minutos cada. Outra das mecânicas de jogo importantes é o facto de, antes de cada combate, podermos distribuir uma série de skill points na força do punho esquerdo, direito ou stamina. Sempre que ganhamos um combate vamos ganhando novos pontos para distribuir e é importante ir treinando vários com os oponentes mais fracos antes de avançar para o oponente seguinte, que é sempre mais resistente e forte.

A nível audiovisual sinceramente até acho que este Prize Fighter se safa bem. As filmagens são todas a preto-e-branco, simulando um ambiente algures na década de 50 o que neste caso resulta bem devido à palete de cores limitada da Mega Drive / Mega CD. Com os filmes a preto e branco, para além das cutscenes entre combates serem em maior resolução, a própria imagem está bem mais nítida. Já nos combates a imagem é mais reduzida, mas não acho que tenha ficado mal. A prestação dos actores também não é nada má (e temos aqui o anunciador do “let’s get ready to ruumbleeeeeee!” ).
Portanto este Prize Fighter é um jogo que até tem boas ideias, mas vai-nos obrigar a muita práctica para aprender as tácticas de cada lutador e ripostar com sucesso. Mas uma vez terminado o jogo, não há grande motivo para o jogar novamente.